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dezembro 20, 2016
I Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea - Premiação e mostra
O I Prêmio de Arte Contemporânea Vera Brant apresenta mostra com vinte trabalhos de artistas de Brasília e do Entorno, em exibição no Salão Branco do Palácio do Buriti até 5 de janeiro, com entrada franca. A visitação ocorre de segunda a sexta, sempre de 8 às 18 horas, exceto feriados.
A premiação consagrou David Almeida com o primeiro lugar (R$ 15 mil) pela Pintura que integra a série "Conduta de risco". O segundo lugar ficou com João Angelini, pela obra "Karma", que recebeu R$ 10 mil. Pedro Gandra conquistou o terceiro lugar pela Pintura "Desilusão sob a lua" e levou o Prêmio de R$ 8 mil. Waleska Reuter foi agraciada com a Menção Honrosa por "Quarto Escuro".
Além dos vencedores, a exposição é composta pelas obras de: André Vilaron, Arnaldo Saldanha, César Becker, Clarice Gonçalves, Eduardo Belga, Gustavo Silvamaral, Iris Helena, João Duarte, Júlia Milward, Luiz Olivieri, Julio Lapagesse, Nina Orthof, Patricia Bagniewski, Paul Setúbal, Renato Rios, Rodrigo de Almeida Cruz, Stenio Freitas e Waleska Reuter.
O I Prêmio de Arte Contemporânea Vera Brant valoriza a produção dos artistas visuais do Distrito Federal e seu entorno. Com a ainda restrita oferta de editais e premiações que celebrem a arte de Brasília, o I Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea se volta ao devido reconhecimento desta produção artística, cuja qualidade depende de investimentos e de validações que promovam a criação material e intelectual.
O Troféu Vera Brant também visa a valorização de pessoas que integram a cadeia produtiva das artes visuais, dentre artistas, mediadores e consumidores. Uma forma de contemplar este amplo universo que reúne artistas, grupos ou instituições, colecionadores, escolas, gestores públicos e galeristas.
O I Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea homenageia uma personagem icônica para as Artes Visuais em Brasília. Falecida em 2014, Vera Brant foi escritora e uma das colaboradoras de Darcy Ribeiro na criação da Universidade de Brasília. Conviveu cotidianamente com os principais artistas que passaram ou viveram no DF em um momento de construção da identidade da nova capital, como Athos Bulcão, Glênio Bianchetti, Bruno Giorgi e Alfredo Ceschiatti. Além de colecionadora, seus registros indicam que influenciava diretamente a obra de muitos deles.
Em sua residência, obra de autoria do arquiteto Zanine Caldas, passaram os nomes mais significativos da cultura brasileira até então. A simbologia, a memória e o legado desses momentos são registros importantes da história da capital. A escolha de seu nome está diretamente relacionada ao seu empenho para a criação de uma identidade artística brasiliense.
A personalidade de Vera Brant sintetiza as ações do I Prêmio de Arte Contemporânea Vera Brant: Incentivar a produção artística de qualidade no Distrito Federal e Entorno, e reconhecer a atuação de personagens que contribuem de forma significativa para o cenário das artes visuais da região.
Um júri especializado em artes visuais, formado por cinco membros (Clara Mellac, Graça Ramos, Graça Seligman, Pedro Mastruobono e Rogério Carvalho) definiu as vinte obras selecionadas por meio de edital. O júri se encarregou da seleção das obras para a exposição, eleição das premiadas, além de escolher a personalidade homenageada pelo Troféu Vera Brant.
Foram mais de 210 artistas inscritos e mais de 440 obras. Cada artista ou coletivo com obra selecionada recebeu uma ajuda de custo no valor de R$ 750,00. Os três premiados receberão os seguintes valores: 1º lugar: R$ 15.000,00, 2º lugar: R$ 10.000,00 e 3º lugar: R$ 8.000,00.
Sobre o “Troféu Vera Brant”
O “Troféu Vera Brant”, uma obra de arte criada pelo escultor Miguel Simão, é uma homenagem concedida à pesquisadora artística Marília Panitz, uma personalidade importante para a cadeia produtiva das Artes Visuais no DF. Marília é mestre em Arte Contemporânea: teoria e história da arte, pela Universidade de Brasília. Foi professora nesta Universidade, até 2011. Dirigiu o Museu Vivo da Memória Candanga e o Museu de Arte de Brasília. Desde 1994, atua como pesquisadora, coordenadora e orientadora de programas educativos em exposições e em cursos livres de arte.
É curadora independente, com projetos como: Felizes para Sempre, BsB, Curitiba e SP, 2000/2003; Gentil Reversão, BsB, RJ 2001/2003; Rumos Visuais Itaú Cultural 2001/2003 e 2008/2010; Lúdico, Lírico, Berlim, 2002; Centro|EX|cêntrico, CCBB, 2003; Situações Brasília, Caixa e CCBE, 2005; Bolsa Produção|Artes Visuais, Curitiba, 2008/2010; Brasília: Síntese das Artes, CCBB- BsB, 2010; Mostra Tripé Brasília| Linhas de Chamada, SESC Pompéia-SP , 2011 – 2012; Mostra Rumor, Coletivo Irmãos Guimarães, Oi Futuro – RJ ,CCBB-DF e SESC Belenzinho -SP, 2012- 2013; Azulejos em Lisboa Azulejos em Brasília: Athos Bulcão e a azulejaria barroca, Lisboa, 2013; Projeto Triangulações 2013 (Salvador, Brasília e Recife); 2014 (Salvador, Belém e Maceió); 2015 (Salvador, Goiânia, Fortaleza); Mostras de Carlos Lin, Polyanna Morgana, Andrea Sá, Gê Orthof, Renato Rios e Luciana Paiva, Gal. Alfinete, BsB 2013-2015; Christus Nóbrega e Gê Orthof na AmareloNegro, RJ e na Referência Galeria de Arte, BsB, em 2014; Prêmio Marcantônio Vilaça-Sesi/CNI 2014-2015, Mostra Vértice: Coleção Sérgio Carvalho, BsB, RJ e SP, 2015-2016.
O local - Palácio do Buriti
O “I Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea” adquire relevância ao levar a arte para o cotidiano das pessoas, no Palácio do Buriti, um espaço público de grande circulação de pessoas.
Ao final da mostra, as três obras premiadas serão incorporadas às dependências públicas do Palácio do Buriti e poderão ser apreciadas de maneira definitiva em visitas posteriores. Pretende-se dar início ao acervo permanente do Palácio sede do Governo de Brasília com obras produzidas por artistas locais.
Sua realização no Palácio do Buriti reforça os pontos turísticos da parte superior do Eixo Monumental, como o Memorial dos Povos Indígenas, o Memorial JK e a Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano. São espaços e edificações que merecem maior atenção de quem visita Brasília.
Sobre o Programa Educativo
O projeto pedagógico para a ação educativa, implementado pelo I Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea é coordenado por Renato Acha. O Programa Educativo desenvolve-se a partir das pesquisas que identificam as práticas educacionais dentro de espaços culturais como exercício de cidadania, com a disponibilização de instrumentos de apropriação, por parte do visitante, dos elementos formadores do patrimônio cultural compartilhado.
Dentro de tal perspectiva, o trabalho é orientado por uma matriz construtivista crítica, com três vertentes estruturais: apreciação, contextualização e produção. Através destas ações, são desenvolvidos estudos por educadores de museus, que propiciam diferentes camadas de leitura dos objetos culturais expostos. Associado a este exercício de aprofundamento, está a reflexão em torno das manifestações culturais não musealizáveis, com as quais os visitantes estão mais frequentemente familiarizados.
O Programa Educativo é voltado para o público e escolas públicas e particulares do DF. O agendamento de escolas pode ser feito através do fone (61) 99326-6390 e do e-mail educativoverabrant@gmail.com
O “I Prêmio de Arte Contemporânea Vera Brant” conta com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF).
A cerimônia de entrega dos prêmios e do troféu acontece no dia 23 de novembro de 2016 (quarta), às 18:30, no Salão Branco do Palácio do Buriti, em evento para imprensa e convidados.
A mostra tem visitação pública de 24 de novembro de 2016 até 05 de janeiro de 2017, de segunda a sexta, de 8 às 18 horas.