|
maio 8, 2016
12ª Residência Artística Red Bull Station - Selecionados
Sob curadoria de Fernando Velázquez, os seis artistas escolhidos ocuparão os ateliês do Red Bull Station a partir de maio
Carol Cordeiro (MG), Giuliano Obici (PR), Janaina Miranda (DF), Raphael Escobar (SP) e os estrangeiros Anton Steenbok (Alemanha) e Luca Forcucci (Suíça) serão os novos ocupantes dos ateliês do Red Bull Station, a partir de 11 de maio. Selecionados dentre 1.093 inscritos, eles estarão imersos no programa até 1º de julho de 2016, em uma espécie de laboratório onde poderão adquirir experiências e potencializar suas criações. Fernando Velázquez, assim como no último ano, é quem assina a direção artística do espaço.
"No processo de seleção para a 12a Residência Artística do Red Bull Station, o júri levou em consideração a amplitude das pesquisas apresentadas pelos artistas, com base nos portfólios e também na possibilidade de expansão das mesmas durante o período de imersão”, afirma nota do júri. "Pontuou-se a inquietação poética, comprometida com os problemas do mundo contemporâneo, a capacidade de dialogar com a paisagem geográfica, política e social da residência e, na medida do possível, a diversidade geográfica brasileira.”
Fernando Velázquez, curador do Red Bull Station, o artista Divino Sobral e a curadora Marta Mestre compõem o júri responsável pela seleção da nova turma.
Além do programa de residência em si, também estão previstos no cronograma dos participantes studio visits, palestras, workshops, exposições e outras atividades.
Divino Sobral, artista visual e desenhista nasceu em Goiânia, em 1966. Autodidata, desenvolve trabalhos como pesquisador e curador independente. Escreve textos críticos publicados no Brasil e no exterior. Sua obra, que transita entre desenho, pintura, escritura, objeto, escultura, instalação e performance, reúne elementos de sua memória pessoal entrelaçados com a mitologia - como um modo de estabelecer metáforas de um controle imaginário do tempo e do espaço - e com a história - quase como uma reconstituição da estética medieval. Em suas instalações, incorpora cordões fiados a partir de cabelos com os quais tece redes; livros que imobiliza (fossiliza) pela imersão em cera; roupas que são ora oxidadas, ora bordadas, formando estampas que parecem reproduzir textos sobre o tecido; e, algumas vezes, incorpora suas narrativas textuais que se inscrevem como desenhos.
Fernando Velázquez, Montevideu, Uruguai, é artista multidisciplinar. Suas obras incluem vídeos, instalações e objetos interativos, e performances audiovisuais. Doutorando em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Mestre em Moda, Cultura e Arte pelo Senac-SP, participa de exposições no Brasil e no exterior com destaque para a Emoção Art.ficial Bienal de Arte e Tecnologia (Brasil, 2012), Bienal de Cerveira (Portugal, 2013 e 2011), Mapping Festival (Suiça, 2011), WRO Biennale (Polônia 2011), On_off (Brasil, 2011), Bienal do Mercosul (Brasil, 2009), Bienal de Tessalônica (Grécia, 2009), Bienal Ventosul (2009), e o Pocket Film Festival no Centro Pompidou (Paris, 2007). Obteve dentre outros o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (Brasil, 2009), Mídias Locativas Arte.Mov (Brasil, 2008), “2008, Culturas” e o Vida Artificial (ambos na Espanha, 2008). Foi curador do Motomix 2007, Papermind Brasil, Dorkbot São Paulo e do Projeto !wr?. Professor da PUC_SP, vive e trabalha em São Paulo.
Marta Mestre (Portugal, 1980), radicada no Rio de Janeiro é graduada em História da Arte, com mestrado em Cultura e Comunicação. Coordenou e programou o Centro de Artes de Sines (Portugal, 2005-08) e foi curadora assistente do MAM-Rio. Como crítica de arte, publicou nas revistas ArteyParte, Dardo, RawArt, Arte Capital, Concinittas, Kaleidoscope e Buala. Iniciou a curadoria em 2005 (seleção): “Ngola Bar - Kiluanji Kia Henda” (2007); “A situação está tensa mas sob controlo” (Artecontempo, Lisboa, 2008); “Estado de Atenção” (Casa da Cerca, Almada, 2019); “Terceira Metade: Atlantico Sul” (MAM-Rio, 2011), “Se tudo é humano, tudo é perigoso” (Laboratório Curatorial, SPArte, SP, 2012), “Arquivo Aberto: 1983-97” (Centro Sérgio Porto, Rio de Janeiro, 2012), “Deus não Surfa” (Rio de Janeiro, 2013), “Mundos Cruzados” (MAM-Rio, 2014), “Lourival Cuquinha: territórios e expansões” (MAM-Rio, 2014), “Resistir ao passado, ignorar o futuro e a incapacidade de conter o presente”, de Vijai Patchineelam (MAM-Rio, 2014), “Ações, estratégias e situações” (MAM-Rio, 2015); algumas em colaboração. Foi uma das curadoras (2010-2012) da editora portuguesa Ymago que publica Rancière, Didi-Huberman, Belting e Warburg, e uma das dinamizadoras de Ações Curatoriais, encontro de curadores e artistas realizado em Florianópolis, no ano de 2014.
Sobre a Residência Artística do Red Bull Station
O projeto de Residência Artística do Red Bull Station é permanente, com uma edição por ano. Os artistas selecionados por meio de edital vivem diariamente uma espécie de laboratório aberto, com palestras e workshops. Ao final da residência, é realizada uma exposição com os trabalhos desenvolvidos durante o processo.
Sobre o Red Bull Station
Localizado em um prédio de 1926, no centro de São Paulo, o Red Bull Station ocupa a antiga subestação Riachuelo, desativada desde 2004 e tombada como patrimônio histórico pelo Conpresp. Após longa reforma para adaptação ao novo uso do espaço e restauro, o Red Bull Station está de portas abertas para o público.
Com foco em projetos experimentais de artes e música, os cinco andares do Red Bull Station contam com estúdio de música, um projeto permanente de residência artística, três espaços expositivos, um terraço e uma cafeteria.
O espaço tem acesso gratuito e integra diferentes expressões artísticas, que se misturam em tempo real num ambiente que permite a troca contínua entre artistas e as pessoas que estiverem por lá. Os projetos têm como ponto em comum a valorização do processo, a experimentação e a formação de artistas com inúmeros workshops e palestras na programação.