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outubro 10, 2012
Rumos Cinema e Vídeo divulga selecionados da edição 2012-2014: Selecionados
Rumos Cinema e Vídeo divulga selecionados da edição 2012-2014
Selecionados: Andrea Tonacci (SP), Armando Praça (CE), Camis Garcia (SP), Carol Argamim Gouvêa (MG), Daniela Moreira (RJ), Fabio Alves (PR), Francisco Bahia (SP), Giovanni Francischelli (SP), Grupo Mesa de Luz (SP), Guille Martins(SP), Lea Van Steen e Raquel Kogan (SP), Luka Melero (RJ), Marcelo Andriguetti (RS), Matheus Leston (SP), Mirella Brandi (SP), Muepetmo (SP), Ricardo Pretti (RJ), Sheyla Smanioto (SP), Tamíris Spinelli (PR), Tiago Pedro (CE), Tiago Romagnani Silveira (SC)
O Rumos Cinema e Vídeo divulga os selecionados da edição 2012-2014. Foram 401 inscrições, vindas de todo o país, nas 3 categorias: Documentários para Web, para produções que exploram a linguagem da internet e recursos de dispositivos móveis; Espetáculos Multimídia, para performances e instalações multimídia e audiovisuais; e Filmes e Vídeos Experimentais, para projetos que subvertem estruturas e modos de criação convencionais. Dos inscritos 20 foram escolhidos.
Na categoria Filmes e Vídeos Experimentais, quatro foram selecionados – e ainda houve um prêmio especial da Comissão; Espetáculos Multimídia contemplou cinco inscritos; e Documentários para Web dez, na Modalidade B.
A categoria Documentários para Web – Modalidade A não atingiu o número mínimo de inscrições e a organização optou por cancelá-la. Para 2013, está prevista uma convocatória que contemplará esse recorte. Mantenha-se informado aqui pelo site ou pelas nossas redes sociais: Twitter ou Facebook.
Conheça os selecionados de edições anteriores do Rumos Cinema e Vídeo na base de dados Rumos. Acesse o catálogo da edição 2009/2011 e assista a entrevistas com os diretores.
Alcance Nacional
O edital 2012-2014 do Rumos Cinema e Vídeo atingiu as cinco regiões do país e selecionou inscritos de quatro delas. Do total de projetos inscritos, 5 são da região Norte; 38 da Nordeste; 46 da Sul; 298 da Sudeste e 14 da Centro-Oeste. Ao fim, foram escolhidos 2 do Nordeste, 4 do Sul, 13 do Sudeste e 1 do Centro-Oeste. Veja abaixo os selecionados:
- Documentários para Web – Modalidade B
Filmes de temática livre que exploram a linguagem web e/ou utilizam câmeras multiformato, smartphones e dispositivos móveis para a realização de vídeos autorais. Os projetos contemplados nessa modalidade participarão de um laboratório virtual para acompanhamento de todas as etapas de desenvolvimento, até a entrega do filme finalizado.
Saltimbanco 3.0
Camis Garcia, São Paulo (SP)
Com foco em acompanhar a convergência de mídias que vêm se consolidando no mundo todo, Saltimbanco 3.0 é um documentário para web que retratará, de forma interativa, os artistas de rua da Avenida Paulista. No site/projeto, o público encontrará, mapeado na avenida, o trabalho de artistas de diferentes modalidades. De maneira livre e participativa, o internauta escolhe que trabalho quer conhecer. Ao clicar no trabalho escolhido, inicia-se o trecho do documentário.
É Osso: As Ausências que a Morte Cava, a Presença que a Imagem Inventa
Sheyla Smanioto, Diadema (SP)
Este projeto propõe um documentário para web que verse sobre a relação entre objetos que fazem lembrar de pessoas já mortas, a ausência evocada pela morte e a imagem, que é uma espécie de presentificação da ausência. A ausência que a morte cava e a delicada presença que a imagem e os objetos tecem serão pensadas por meio do entrelaçamento de entrevistas sobre o tema, aliado à proposta estética de explorar vídeos de arquivo familiar, comuns na internet.
Sorria, É Sexta-Feira
Luka Melero, Niterói (RJ)
Toda sexta-feira à noite a ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, registra longos congestionamentos. A travessia dos pouco mais de 13 quilômetros de extensão da via pode durar mais de três horas. Em meio a esse caos urbano, serão realizadas entrevistas bem-humoradas sobre lazer e rotina, com a intenção de dar espaço para as pessoas se expressarem nesse momento de estresse.
Gamewhat?
Fabio Alves, Curitiba (PR)
O crítico Roger Ebert afirmou certa vez que videogames não podem produzir grandes obras de arte: “Acredito que video games podem ser elegantes, sutis, visualmente maravilhosos. Mas creio que a natureza dessa mídia a impede de passar do estado de artesanato para o de arte”. Será mesmo? Em Gamewhat? buscaremos entender de que forma a gamearte se apropria do caráter estético dos games de modo crítico e questionador, propondo reflexões inusitadas. Ebert está correto ou não? A resposta dependerá do caminho.
A Experiência do Sujeito Genérico
Francisco Bahia, São Paulo (SP)
O Google Street View apresenta uma possibilidade nunca antes imaginada: todas as grandes cidades do mundo inteiramente fotografadas em 360 graus, formando um continuum de espaço e tempo. Porém, o olhar que se desprende das cidades é um olhar pronto, vazio de experiência e subjetividade. Este documentário aborda a relação entre os limites da virtualidade e da experiência real, entre o olhar da técnica e o olhar subjetivo, carregado de significados.
Se Eu Demorar Uns Meses
Giovanni Francischelli, São Paulo (SP)
Se Eu Demorar Uns Meses é um K-Filme, ou seja, um filme desenvolvido no software livre Korsakow, um aplicativo baseado em banco de dados que trabalha relações entre unidades de vídeo, textos e imagens. Tendo como fundamento a interatividade e a não linearidade, o projeto resgata histórias de presos políticos que estiveram no Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), na cidade de São Paulo.
Boca de Rua – Vozes de Uma Gente Invisível
Marcelo Andriguetti, Porto Alegre (RS)
Documentário inédito, com dez minutos de duração, sobre a trajetória do jornal Boca de Rua, produzido inteiramente por moradores de rua de Porto Alegre e que há 12 anos lhes serve de fonte renda e oportunidade. Além de ser uma ferramenta que exalta a liberdade de expressão, a publicação é um exemplo de perseverança e democracia.
Corpos Trans*Lúcidos
Tamíris Spinelli, Curitiba (PR)
Corpos Trans*Lúcidos é um filme ensaio documental que, a partir da colagem de imagens autodocumentais publicadas on-line, busca lançar um olhar não exotizante e aprofundado sobre os corpos e as subjetividades de indivíduos nascidos com corpos biológicos femininos que optaram por alguma transformação física no sentido do gênero oposto.
O Centro Invisível
Carol Argamim Gouvêa, São João del-Rei (MG)
Ver quais são os modos de se capturar uma realidade. Um cego enxerga; na Eslovênia Evgan Bavcar tira fotos. Em Fortaleza não se percebe a cidade, não a enquadramos mesmo possuindo olhos. Um centro invisível. É a identidade de nossa capital cearense, a memória se perde, não é preservada e não a vemos. Resiste, se manifesta na luz ou na ausência desta. O centro se esconde e é revelado na tela. Em três episódios: uma cartografia do centro invisível, manifestado no sagrado, no profano e no mundano.
Onde os Sinos Falam
Tiago Pedro, Fortaleza (CE)
Onde os Sinos Falam irá abordar a Linguagem dos Sinos de São João del-Rei, tentando responder através de entrevistas e pesquisa histórica qual a importância dessa tradição secular nos dias de hoje.
- Espetáculos Multimídia
Performances e instalações que utilizam em seus processos criativos preponderantemente os meios audiovisuais. Os eventos multimídia exploram a presença de uma situação dessa natureza em espaços distintos dos da sala de cinema e de sua ocorrência na televisão e na internet, rompendo com a obrigatoriedade de uma tela única e frontal.
Armadilhas
Grupo Mesa de Luz, São Paulo (SP)
O projeto tem como objetivo a criação das seguintes obras artísticas: 1 – Criação e execução do espetáculo de cinema ao vivo Armadilhas, realizado pelo Grupo Mesa de Luz e que envolve a participação ativa do público; 2 – Criação do DVD interativo Laços.
Som e Chão
Tiago Romagnani Silveira, Florianópolis (SC)
O projeto Som e Chão propõe um diálogo rigoroso entre intenção, acaso e consequências para pesquisar a natureza da luz, do som e do ser humano. A pesquisa/performance/instalação busca criar um espaço de suspensão de certezas e tensão, para lidar com a dureza e a fragilidade do tempo, com os limites do corpo e a busca violenta de superação. A pesquisa explora como diferentes qualidades de tempo são geradas e experienciadas, como penetram e marcam o corpo em sua trajetória.
Orquestra Vermelha
Matheus Leston, Osasco (SP)
Orquestra Vermelha é a apresentação de uma banda de cinco músicos. Porém, apenas um deles está no palco. Os outros quatro são sombras, vídeos exibidos em grandes telas. Os elementos principais são, na realidade, as imagens e a iluminação. Por que vamos a apresentações musicais? Para ver pessoalmente nossos ídolos? Para admirar sua técnica? Para participar de um espetáculo audiovisual? No projeto, assim como em parte dos shows de hoje, talvez a música não seja tão importante.
BRANCO
Mirella Brandi e Muepetmo, São Paulo (SP)
BRANCO é uma apresentação audiovisual realizada ao vivo que explora a luz, de modo a gerar ambientes e sensações que se unem numa narrativa não linear e que se apropria da subjetividade perceptiva para amplificar a direção interpretativa e jogar com a percepção do público. Utiliza volumes variados de névoa e fumaça para imprimir suas imagens e busca no áudio não apenas a sensibilização, mas as reações causadas pelos efeitos físicos do som.
entremeios
Lea Van Steen e Raquel Kogan, São Paulo (SP)
entremeios é uma videoinstalação na qual público e obra interagem, que se utiliza do vídeo, da escultura e de dois fenômenos ópticos: a reflexão e a refração. Nessa obra inédita, vídeos de queimadas serão projetados nas quatro paredes do espaço. No centro, haverá um cubo de espelho colocado dentro de uma caixa de vidro transparente com água. O visitante, ao entrar, se colocará entre a projeção e a superfície reflexiva do cubo, e assim se verá refletido e refratado junto com as imagens.
- Filmes e Vídeos Experimentais
Filmes que extrapolam a estrutura clássica em busca de novos modos de construção da narrativa. Trabalham a não linearidade e formas originais de montagem; a hibridização de suportes e linguagens; e a subversão de características dos meios de captação e finalização, entre outros aspectos que podem ser explorados como elementos de experimentação.
Cine Penhor
Guille Martins, São Paulo (SP)
Um diretor de cinema decide espalhar anúncios pela cidade, convidando a população a penhorar seus vídeos domésticos. Em pouco tempo começam a chegar propostas com filmes de celular, VHS e super-8. Ao manipular e se apropriar dessas memórias alheias, o diretor acaba encontrando outro sentido para sua arte, que parecia estar esgotada. Cine Penhor é um documentário ficcional de colagem que busca, através da multiplicidade de texturas audiovisuais, trazer à tona a força espontânea de imagens anônimas.
O Porto
Ricardo Pretti, Rio de Janeiro (RJ)
O Porto é um filme ensaio que, através de uma cartografia do ambiente portuário do Rio de Janeiro, se propõe a refletir sobre a tensão entre passado e presente, tradição e modernidade. A partir das obras de urbanização do projeto Porto Maravilha, implementado pela prefeitura, o filme realizará uma sobreposição histórico-temporal das atividades antigas e atuais do porto, colocando-as em perspectiva, através de suas relações.
A Deusa Branca
Armando Praça, Fortaleza (CE)
A Deusa Branca trata da faceta menos conhecida do artista, engenheiro e teatrólogo Flávio de Carvalho: a sua incursão no cinema. Em 1958, Flávio parte em uma expedição rumo à Amazônia. Seu plano como diretor era realizar um ambicioso filme que uniria pesquisa etnográfica e o drama ficcional de uma menina branca raptada pelos índios. A empreitada foi um fracasso – o filme jamais foi concluído. Por meio de um precioso material de arquivo, pretende-se resgatar esse fascinante e obscuro episódio.
Origem: Destino
Daniela Moreira, Rio de Janeiro (RJ)
Imigrantes africanos legalizados no Brasil exploram e vivenciam como atores as narrativas orais de imigrantes africanos ilegais chegados aqui em navios de carga, fugindo de alguma contingência de sua terra de origem. O roteiro utiliza elementos narrativos emergidos de uma pesquisa etnográfica prévia; o filme pesquisa livremente procedimentos ficcionais, documentais e experimentais na busca de uma linguagem sensorial que dê conta da complexidade política e estética dessa experiência.
- Prêmio Especial
Já Visto, Jamais Visto
Andrea Tonacci, São Paulo (SP)
Já Visto, Jamais Visto é uma montagem de imagens gravadas, ao longo dos últimos 50 anos, nos mais diferentes suportes por Andrea Tonacci, cineasta marginal e diretor dos clássicos Bang Bang e Serras da Desordem. Um diálogo entre as memórias de um autor e as imagens que filmou e guardou ao longo de sua atividade cinematográfica. Segmentos de vida nunca exibidos, nunca revistos e nunca editados. Uma reflexão sobre imagens que permaneceram à margem da memória, e de memórias à beira do esquecimento.
Caros, Andrea Tonacci é "diretor" e não "diretora".
Quem é o "um" do centro-oeste?
Posted by: Sérgio Jacarandá at outubro 12, 2012 1:44 PM