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agosto 29, 2011
Rumos Artes Visuais 2011-2013 - Selecionados
Rumos Artes Visuais 2011-2013 - Selecionados
De um total de 1.770 inscrições, 45 nomes, entre eles três coletivos artísticos, foram selecionados no Rumos Artes Visuais 2011/2013.
A exposição geral, em que todos os trabalhos poderão ser vistos, está prevista para o dia 8 de fevereiro de 2012, no Itaú Cultural, em São Paulo. Exposições temáticas irão itinerar por quatro cidades brasileiras, mas ainda sem datas previstas. A segunda e a última exposição geral devem acontecer no final de 2012, no Rio de Janeiro.
Comissão de seleção: Alejandra Muñoz, Agnaldo Farias, Ana Maria Maia, Felipe Scovino, Gabriela Motta, Júlio Martins, Franzoi, Luiza Proença, Marcelo Campos, Matias Monteiro, Paulo Miyada, Sanzia Pinheiro, Vânia Leal
Artistas selecionados:
Adriano Costa – São Paulo (SP)
Allan de Lana – Brasília (DF)
Berna Reale – Belém (PA)
Carla Evanovitch – Belém (PA)
Carlos Contente – Rio de Janeiro (RJ)
Claudia Hersz - Rio de Janeiro (RJ)
Cristiano Lenhardt – Recife (PE)
Dalton Paula – Goiânia (GO)
Daniel Murgel – Rio de Janeiro (RJ)
Fábio Baroli – Rio de Janeiro (RJ)
Fábio Magalhães – Salvador (BA)
Fernando Ancil – São João Del Rei (MG)
Gabriela Mureb – Niterói (RJ)
GIA – Grupo de Interferência Ambiental (coletivo) – Salvador (BA)
grupo PS (coletivo) – Joinville (SC)
Guilherme Dable – Porto Alegre (RS)
Guilherme Teixeira – São Paulo (SP)
Íris Helena – João Pessoa (PB)
Isabel Ramil – Porto Alegre (RS)
Jimson Vilela – Rio de Janeiro (RJ)
João Castilho – Belo Horizonte (MG)
Luciana Paiva – Brasília (DF)
Luiz Roque – São Paulo (SP)
Luiza Baldan – Rio de Janeiro (RJ)
Marcos Brias – São Paulo (SP)
Maria Laet – Rio de Janeiro (RJ)
Marilia Furman – São Paulo (SP)
Michel Zózimo – Porto Alegre (RS)
Naia Melo Arruda – Manaus (AM)
Nara Amélia – Porto Alegre (RS)
Pablo Lobato – Belo Horizonte (MG)
PirarucuDuo (coletivo) – São Paulo (SP)
Pontogor – Rio de Janeiro (RJ)
Rafael Pagatini – Porto Alegre (RS)
Raquel Versieux – Belo Horizonte (MG)
Regina Parra – São Paulo (SP)
Rodrigo Torres – Rio de Janeiro (RJ)
Rogério Severo – São Leopoldo (RS)
Romy Pocztaruk – Porto Alegre (RS)
Thiago Honório – São Paulo (SP)
Thiago Martins de Melo – São Luís (MA)
Ueliton Santana – Rio Branco (AC)
Vijai Patchineelam – Niterói (RJ)
Vinicius Guimarães – Serra (ES)
Virgílio Neto – Brasília (DF)
no Paraná e Santa Catarina não tem artistas pelo visto. FALTA DE VISAO DESTE PROJETO.
Posted by: Lucas at agosto 31, 2011 12:46 AMPelo visto tb não tem artista no interior de nenhum Estado... "mais do mesmo"... localização geográfica não implica necessariamente em qualificação do trabalho artístico, mas infelizmente o que se observa é medo de arriscar em jovens artistas que não estão nos eixos das capitais do sudeste.
Posted by: Susi at setembro 1, 2011 1:43 PMO Rumo para o artista é se mudar para SP mesmo. Mas é estranho mesmo ter tantos gaúchos e nenhum paranaense por exemplo.
Posted by: Fernando at setembro 1, 2011 4:17 PMSem querer polemizar, mas aqui vão alguns dados:
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Sobre a comissão de seleção e suas origens
Alejandra Muñoz ( Origem: Uruguai - Atua: BA )
Agnaldo Farias ( Origem: MG - Atua: SP )
Ana Maria Maia ( Origem: PE - Atua: SP )
Felipe Scovino ( Atua: RJ )
Gabriela Motta ( Origem: RS - Atua: RS)
Júlio Martins ( Origem: MG - Atua: MG )
Franzoi ( Origem: SC - Atua: SC )
Luiza Proença ( Origem: SP - Atua: SP )
Marcelo Campos ( Atua: RJ )
Matias Monteiro ( Origem: DF - Atua: DF )
Paulo Miyada ( Origem: SP - Atua: SP )
Sanzia Pinheiro ( Origem: RN - Atua: RN )
Vânia Leal ( Origem: PA - Atua: PA )
Atuação da Comissão de Seleção:
(SP) = 4
(RJ) = 2
(BA) = 1
(RS) = 1
(MG) = 1
(SC) = 1
(DF) = 1
(RN) = 1
(PA) = 1
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Artistas selecionados:
(RJ) = 11
(SP) = 8
(RS) = 7
(MG) = 4
(DF) = 3
(PA) = 2
(BA) = 2
(PE) = 1
(GO) = 1
(SC) = 1
(PB) = 1
(AM) = 1
(MA) = 1
(AC) = 1
(ES) = 1
-----------------------
Agora, dados geográficos
Lista dos Estados por PIB
1 SP
2 RJ
3 MG
4 RS
5 PR
6 SC
7 BA
8 DF
9 GO
10 PE
11 ES
12 CE
13 PA
14 MG
15 AM
16 MA
17 MS
18 PB
19 RN
20 AL
21 SE
22 RO
23 PI
24 TO
25 AP
26 AC
27 RR
Lista dos Estados brasileiros por População
1 SP
2 MG
3 RJ
4 BA
5 RS
6 PR
7 PE
8 CE
9 PA
10 MA
11 SC
12 GO
13 PB
14 ES
15 AM
16 RN
17 AL
18 PI
19 MG
20 DF
21 MS
22 SE
23 RO
24 TO
25 AC
26 AP
27 RR
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Pela seleção do edital, o PR que está nas primeiras posições de população e PIB é a falta mais significativa de representatividade geográfica. Outros estados como PE e BA tem pouca representação pela população que tem.
As conclusões que podemos tirar é que:
A - A arte produzida no PR e consequentemente em Curitiba é pobre e sem significância.
B - A produção paranaense está deslocada da produção nacional, portanto não deve estar na mesma seleção.
C - A tradição cultural do RS se impõe sobre a produção cultural contemporânea dos outros estados do sul.
D - A falta de um curador/crítico ligado a cena paranaense na comissão de seleção foi fatal para os artistas paranaenses.
Outras possibilidades?
Posted by: Fernando at setembro 1, 2011 5:14 PMMuito engraçado Fernando... a arte feita no Paraná está em Curitiba...vejo que nem você está visualizando a amplitude do problema...
é uma pena...
Enquanto isso todo dinheiro(que sobra)destinado a Cultura, fica nos grandes centros e olha que hoje temos algumas iniciativas(pontos de cultura) descentralizadoras...
Os hegemônicos estão no fim, só esse pessoal que não vê...
Posted by: Valdicéia Frei at setembro 2, 2011 5:56 AMValdicéia Frei, a citação de Curitiba foi um exemplo. Porém, todos sabem que a produção de Londrina, Maringá e outras grandes cidades do norte do estado estão culturalmente ligadas à São Paulo. Exemplos são fáceis de lembrar como Mário Bortolotto, Arrigo Barnabé, etc.
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A centralização cultural não ocorre de forma direta. Ela parte de pequenos centros, para médios centros, para grandes centros e então apenas um só centro. Isso não ocorre só no Brasil, é um fenômeno global. É uma das incoerências da globalização. Todos podem se comunicar, mas quem está no centro é que manda. Simples. O que fiz foi um diagnóstico. Se você tem a explicação, por favor, compartilhe (:
Posted by: Fernando at setembro 2, 2011 10:04 AMValdicéia Frei, outro dado. Dos 45 selecionados, 3 não estão em capitais dos seus estados ou suas regiões metropolitanas. São artistas de Joinville-SC (sendo que é a maior cidade), Serra-ES (que fica a 27km da capital) e São João Del Rei-MG. Ou seja, as capitais são a regra. Não é julgamento, é constatação.
É assustador sim a falta de qualquer artista de qualquer cidade paranaense, Curitiba principalmente, pois sua região metropolitana é da mesma proporção que Recife ou Porto Alegre. 7x0 na comparação com o RS é no mínimo de se fazer pensar o porque não tem artistas do PR.
Ou seria de se pensar que artistas tem, o que não tem são críticos ligados à cena paranaense? Esse sim é meu questionamento. Comparar a origem dos críticos é vital se for levantar esta questão.
Posted by: Fernando at setembro 2, 2011 11:35 AMPrezados, a questão é complexa e muito mais perversa, não se trata de distribuição igualitária de artistas, mas um processo de validação (veja CAUQUELIN, Arte Contemporânea). Por exemplo, grosso modo ok, uma instituição valida um curador ou um curador valida uma instituição, que por sua vez valida um artista, o artista depois de conseguir a duras penas ser reconhecido (validado) por essa estrutura de troca de favores, tb acaba tendo poder de dar reconhecimento ao curador e a instituição, então resumindo esse imbróglio, ninguém quer arriscar... vejam alguns nomes na lista (artista muito bons diga-se de passagem), mas que não precisam necessariamente estar no rumos, artistas que já ganharam bolsa iberê camargo, artistas representados por galerias poderosas, etc. Claro que tb com isso não estou querendo dizer que o rumos deva se pautar apenas por artistas desconhecidos, mas afinal um dos objetivos não seria "mapear" ou demonstrar a qualidade de produção dos artistas brasileiros num contexto mais amplo (corajoso)? Poucos artistas tem muito e muitos artistas tem pouco, o sistema funciona como uma onda, que carrega um grupo de artistas durante um certo período, em todos ou quase todos os eventos importantes, abastece o mercado das galerias que cresce a cada dia, mas esse mercado não absorve a demanda. O que acontece é que as instituições públicas, ou privadas que usam dinheiro público, estão cada vez mais perigosamente conectadas a esse mercado, ávido por expor, demonstrar e impor ou qualificar suas escolhas... Ou seja uma vez o artista reconhecido o sistema precisa a todo o custo mantê-lo em uma crescente onda de visibilidade por questões mercadológicas (claro todo mundo tem que pagar as contas, afinal estamos falando de artistas profissionais, ok). O artista que é o lado mais fraco disso tudo, muito ingenuamente busca e tb colabora para isso, não há escapatória...
Posted by: Susi at setembro 2, 2011 11:38 AMSeria interessante que cada um dos inscritos não selecionados recebesse um parecer da comissão para entender porque ficou de fora... e onde está o mapeamento?
Posted by: Roseli at setembro 2, 2011 3:17 PMEntão, esses artistas foram para São Paulo pois precisavam viver e como não se vive de arte fora dos grandes centros... enfim
É Susi vc tem toda razão (creio eu é claro)...
E hoje graças ao acesso que a internet possibilita, tod@s somos influenciados por tod@s...
Alias deixa eu voltar para a rua, pois esse papo é de poucos...
Posted by: Valdicéia at setembro 4, 2011 5:08 AMdesde qd franzoi é curador? é um provinciano. a falta de profissionalismo da equipe curatorial é sem fronteiras
Posted by: joana at setembro 5, 2011 4:58 PM