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fevereiro 9, 2010
Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro - lista de indicados
Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro – A festa da diversidade cultural
A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e o Conselho Estadual de Cultura (CEC) decidiram unificar três prêmios - Golfinho de Ouro, Estácio de Sá e Governo do Rio de Janeiro – e entregarão no dia 10 de fevereiro, às 20hs, no Teatro João Caetano, o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, que este ano é dedicado ao teatrólogo Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido. Bruno Mazzeo apresentará a cerimônia de premiação.
Serão contempladas realizações em 15 categorias – teatro; dança; circo; artes visuais; empreendedorismo; audiovisual; comunicação; literatura; música erudita; preservação do patrimônio histórico material ou imaterial; registro; gastronomia; moda; música popular. Cada premiado receberá R$ 10 mil, além de um troféu inspirado em criação do artista plástico Jorge Barrão.
Para cada uma das 15 categorias a SEC e o CEC selecionaram três nomes, tirados de indicações e sugestões recebidas via internet. Apenas um indicado de cada categoria receberá o prêmio. Além disso, serão homenageados o compositor Heitor Villa-Lobos, a atriz Fernanda Montenegro e os 40 anos do Funk carioca.
Os vencedores serão selecionados pelo CEC na tarde da premiação.
A Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes, destaca o alcance das indicações, que espelham a diversidade do estado. “Obtivemos um retrato amplo e preciso da cultura variada e vigorosa que nosso estado produz, reunindo nessa celebração as diferentes manifestações que compõem o perfil do Rio de Janeiro”, diz Adriana.
Na opinião da escritora e jornalista Ana Arruda, presidente do Conselho Estadual de Cultura, o momento é de celebração: “Reconhecer os méritos das instituições e pessoas que produzem cultura no Estado é uma obrigação . É ótimo que o Estado esteja cumprindo isso. A escolha é difícil, porque no Rio de Janeiro há dezenas de pessoas que mereceriam ser premiadas, mas nós temos que escolher, correndo o risco até de cometermos alguma injustiça. A cultura é feita pela população e temos que considerar que o Estado está fazendo algo bacana, cumprindo o dever de reconhecer. Esse prêmio é simbólico, mas a base da cultura é o simbolismo.”
Os contemplados vão receber o prêmio das mãos de personalidades da literatura, do cinema, da música, da dança, e das artes plásticas, como o cineasta Nelson Pereira dos Santos, o compositor Hermínio Bello de Carvalho, os diretores e autores de teatro Charles Moëller e Cláudio Botelho, a pintora Beatriz Milhazes, os escritores Marcos Vilaça e Omar Salomão, e os atores Sergio Britto e Anderson Quak. As apresentações musicais – que incluem participações de artistas como a Banda Euterpe Friburguense, o grupo de choro Tira Poeira e o DJ Sanny Pitbull - estão pautadas pela diversidade de gêneros, do clássico ao choro, do funk e o eletrônico à MPB. Deborah Colker fará uma apresentação especial, reproduzindo um trecho de seu espetáculo “4 por 4” em que ela toca no piano uma sonata de Mozart enquanto quatro bailarinas de sua companhia dançam em ponta.
Convidado para dirigir a cerimônia de entrega do Prêmio de Cultura, Rafael Dragaud, que também assinou as festas dos prêmios Hutús (Central Única das Favelas) e Orilaxé (Afro Reggae), afirma que a diversidade está sendo o norte desse trabalho:
“O Prêmio de Cultura do Estado tem característica popular. Há uma expressão que está sendo muito usada ultimamente, ‘Tamo junto e misturado’, que evoca muitos tipos de parcerias. Estamos fazendo um prêmio relativo a 2009, e temos que falar do cinqüentenário de morte de Villa-Lobos, um grande artista que aproximou o clássico e o popular, e celebrou a mistura. Isso é o que nós somos. O Rio de Janeiro tem esse traço cosmopolita, sempre foi assim. A gente abraça tudo e retransforma. Nós teremos um espetáculo com convidados especiais que farão a entrega dos prêmios em duplas, também de extremos, como, por exemplo, Ana Botafogo e Delegado da Mangueira, na área de dança; além dos shows, como no exemplo da própria música de Villa-Lobos, que será apresentada tanto por um quarteto de cordas quanto em versão eletrônica. Estamos levantando o espelho , mostrando a nós mesmos a mistura que somos.”
O cenário da cerimônia de entrega do prêmio está a cargo de Gringo Cardia, artista multimídia que traduziu o conceito de mistura cultural, trabalhando com a produção de dois nomes das artes plásticas de polos diferentes: Cândido Portinari e Geléia da Rocinha.
“De Portinari, escolhi os painéis de azulejos em tons de azul, que representam a tradição portuguesa e, ao mesmo tempo, a essência da alma do Rio de Janeiro. De outro lado, tem a explosão de cores na arte do Geléia da Rocinha, que traduz a cultura antropofágica do Estado e transforma tudo em alegria”.
Lista de indicados:
1 - Música erudita
Orquestra de Cordas da Grota de Niterói
Sociedade Musical Bachiana Brasileira
Matutos de Cordeiro
2 - Empreendedorismo
Flip
Grupo Matriz
Festival Vale do Café
3 - Preservação do Patrimônio Material
Museu da Maré
Museu Casa do Pontal
Morro da Conceição – Ordem Terceira de São Francisco da Penitência
4 - Preservação do Patrimônio Imaterial
Professor Bráulio Nascimento
Quilombo São José
Mãe Meninazinha d’ Oxum
5 - Teatro
Grupo de Artes Cênicas Projeto Via Sacra Rocinha
Cia dos Atores
FITA - Festival Internacional de Teatro de Angra
6 - Circo
Crescer e Viver
Teatro do Anônimo
Circo Baixada
7 - Dança
Cia de Dança Ciem H2 - Macáé
Panorama de Dança
Irlan Santos – bailarino do Alemão
8 - Registro
Nilma Teixeira Accioli
Evandro Teixeira
Tempo Glauber
9 - Audiovisual
Projeto Cinema Nosso
Cine Mais, de Bom Jesus de Itabapoana
Matheus Souza
10 - Literatura
Ana Maria Machado
CEP 20000
Thalita Rebouças
11 - Comunicação
Heloísa Buarque de Hollanda
Revista Piauí
Cultura Digital em Antares
12 - Artes Visuais
Vik Muniz
Gentil Carioca
Carlos Vergara
13 - Gastronomia
Guia Botequim
Teresa Corção
Casa de Artes de Machadinha
14 - Moda
DASPU
Adriana Fernandez
Heloisa Simão
15 - Música Popular
Maria Gadu
Mart’nália
Pedro Miranda