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março 10, 2010
Dasartes - Ano 1, Fevereiro 2009 – Número 2
Dasartes - Número 2
Tipo de publicação: Bimestral
Preço: R$ 17,90 + correio
Como comprar: clique aqui para se informar
Formato fechado: 23 x 29 cm
Nº páginas: 112 páginas
Impressão: Em cores
Tiragem: 8000 exemplares
Peso:536 g
Edição: Editora Selo
Capa: Dionísio del Santo, Matadouro, 1980
Editor- Chefe: Adolfo Montejo Navas
Colunistas: Agnaldo Farias e Raul Mourão
Colaboradores: Alessandra Modiano, Aline Leal, Ana Maria Maia, Angélica Madeira, Camila Molina, Carmem Zita, Clarissa Diniz, David Barro, Débora Monnerat, Elida Tessler, Fabiana Éboli, Fernanda Lopes, Fernanda Pequeno, Fernando Gerheim, François Soulages, Guilherme Bueno, Ivan Hegenberg, Julio Leite, Luiza Baldan, Marcos Florence, Marília Panitz, Marília Passos, Mario Margutti, Moacir dos Anjos, Natália Barros, Priscilla de Paula, Reynaldo Roels, Teixeira Coelho, Wagner Barja
Sumário
7. Editorial - Adolfo Montejo Navas
10. Expediente
11. Cartas
11. Hypertexto
12. Agenda
18. De Arte a Z
Mosaico de notícias e informações
25. Alto-Falante
Raul Mourão em uma festa cheia de obras de arte
26. Entrevista
Charles Watson – O processo criativo debulhado e remontado por Liege Gonzalez
32. Capa
Dionísio Del Santo – uma justa homenagem ao capixaba por Reynaldo Roels
40. Notícias de
Nelson Felix – Suas pedras arrastadas pelos quatro cantos de Portugal
44. Em Foco
Os 90 anos de Enrico Bianco por Mario Margutti
48. Outra Margem
Marina Abramovic – a pioneira mostra conteúdo por trás de suas performances por Adolfo Montejo Navas
54. Destaque
Waltercio Caldas – novas obras em exposição na Espanha, por David Barro
60. Dossier
Outros Lugares da arte – Lugar de arte não é só o museu, por Adolfo Montejo Navas
70. Resenhas e Críticas*
82. Página Aberta
Enfrentando o vazio por Ivan Hegenberg - uma análise dos erros e acertos da Bienal de São Paulo
86. Atualidades
Parque Lage: Novas perspectivas, por Marília Passos
88. Objeto do Desenho
Uma luminária muito especial
90. Garimpo
Eduardo Verderame e Mateu Velasco por Aline Leal
92. Obra dos Sonhos
Carlos Parreira e a Ponte sobre o Lago das Ninféias de Monet
94. Flashback
Chiaroscuro ou a Virtualidade na Pintura por Priscilla de Paula
100. Turismo e Arte
São Paulo – museus famosos e tesouros escondidos por Marcos Florence
104. Coleção
João Ferraz – uma casa com arte contemporânea por toda a parte
106. Mercado de Arte
2008/2009 Tempo de Mudanças por Carmen Zita – o fim da bolha da arte contemporânea, ou não, por Carmem Zita
108. Leilões
Nacionais e internacionais
109. Arte-Educação-Cultura
Responsabilidade Social com ARTE por Liege Gonzalez - Santander Cultural e suas ações culturais entre os jovens
110. Coluna do Meio
Veja quem esteve nas aberturas e lançamentos de exposições
112. Observatório
Vazio de Bienal, por Agnaldo Farias
* Resenhas e Críticas
Nova Arte Nova, CCBB, Rio de Janeiro, out/08-jan/09, por Fernanda Pequeno
Narrativas em madeira e muro, Museu do estado, Recife, nov/08-jan/09, por Natália Barros
Walter Smetak - Imprevisto, MAM, São Paulo, out-dez/08, por Adolfo Montejo Navas
Gil Vicente, Galeria Mariana Moura, recife, dez/08, por Ana Maria Maia
José Damasceno - Projeção, Topographie de l'Art, Paris, nov-dez/08, por François Soulages
Regina Silveira - Mundus Admirabilis e outras pragas, galeria Brito cimino, São Paulo, nov-dez/08, por Camila Molina
Dionísio Del Santo, MAES, Vitória, 2008, por Adolfo Montejo Navas
Apresentação
Adolfo Montejo Navas
Editor
Se existe uma palavra que esteje no ar hoje em dia é crise. Em parte pelo grau de influência que a interdenpendência econômica produz no mundo globalizado. Os últimos acidentes financeiros norte-americanos contagiaram o resto do planeta em todas as áreas (Bolsas, mercados, ações e obras de arte). A única coisa que sabemos hoje é que há necessidade de uma ecologia econômica, outra regulação que favoreça a recuperação da credibilidade financeira. Neste contexto, o casamento monopolizador entre arte e mercado já alertava para conveniência de um princípio de realidadena roleta russa da mercantilização - "dos fogos artificiais da economia", como disse Marcel Duchamp na Filadélfia em 1960-, pois certos produtos artísticos inflacionados criam verdadeira confusão entre valores e preços.
Ainda assim, nem sempre a lógica da crise incide mecanicamente sobre a arte: a atividade expositiva continua, com alterações, com seu próprio movimento.E notícias de altas cotações atingidas recentemente são um índicce paradoxal de tudo isso. Neste sentido, a ARCO em Madri (em fevereiro) vai servir como um novo termômetro internacional.
Por outro lado, é sempre importante pensar que a arte trabalha, justamente, a crise do entendimento "coisificado", coloca em crise o status quo do mundo como o percebemos: neste sentido, a arte não quer ser supérflua nem prescindível. Aliás, a arte contemporânea lida permanentemente com a crise, e todo o século XX foi essa tentativa de organizar o caos reinante (sócio-histórico) e compreendê-lo ou, pelo menos, transformá-lo em uma interrogação sustentável.
Por isso, neste número, há matérias em sintonia com a crise com a sua colisão. De fato, ela também está presente em Bienais, e na forma de efetivar e mostrar a arte. Daí também nossa atenção significativa á última Bienal de São Paulo, por meio de três olhares diferentes, e o dossier sobr outros espaços artísticos. As poéticas em destaque de Dionísio del santo , Waltércio Caldas, Marina Abramovic, e o encontro com Charles Watson, além de nossas seções habituais e outras novas, completam esse número. Ao mesmo tempo, Dasartes 2, apresenta novo e apurado projeto gráfico, na crença de que uma revista de arte deve ter a melhor visualidade. E sempre pensando na melhor leitura, no benefício e retornode nossos leitores.