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setembro 28, 2020
Conversa online com Raquel Nava e Graça Ramos na Referência
A curadora e historiadora da arte Graça Ramos e a artista visual Raquel Nava participam da Conversa online “De corpos quentes e frios”, com transmissão pelo Instagram @referenciaarte, quando abordarão temas pertinentes à produção de Raquel Nava como o uso da cor, o desenho, a pintura, a instalação, a moldagem, a taxidermia, influências, similaridades e as mudanças de rota. O público pode participar da conversa com perguntas e comentários.
30 de setembro de 2020, quarta-feira, às 17-18h
Referência Galeria de Arte
Instagram @referenciaarte
Raquel Nava (1981) investiga o ciclo da matéria orgânica e inorgânica em relação aos desejos e hábitos culturais, usando taxidermia e restos biológicos de animais justapostos aos materiais industrializados em suas instalações, objetos e fotografias. A variação cromática com a qual trabalha nos objetos e fotografias se aproxima da paleta utilizada na sua produção de pintura. A diversidade de sua produção está nos experimentos com técnicas e materiais, mas sempre surge uma referência aos órgãos ou aos organismos.
Formou-se em artes visuais pela Universidade de Brasília (2007), obteve título de mestre em Poéticas Contemporâneas pela mesma instituição (bolsa Capes 2010-12) e foi aluna da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires (2005). Trabalhou como professora de licenciatura em Artes Visuais da Universidade Aberta do Brasil - UAB/UnB (2010-2017). Expõe com regularidade desde 2006, tendo realizado mostras no Brasil e no exterior.
Em 2016 teve o projeto de Pesquisa e Residência Artística Taxidermia Contemporânea: transformações e apropriações contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura/DF- Brasília. Indicada ao Prêmio Pipa 2018 e ao Prêmio Indústria Nacional Marcantônio Vilaça 2019. Vive e trabalha em Brasília.
Graça Ramos é doutora em História da Arte e curadora independente. Atua em Brasília.
Material de imprensa realizado por Agenda KB Comunicação - Luiz Alberto Osório
setembro 22, 2020
Curadoria: modos de pensar e agir com Daniela Labra e Beatriz Lemos no Zait
O curso discute em seis aulas o percurso de institucionalização do ofício do curador de arte desde os anos 1960, e analisa aspectos históricos, críticos e práticos dessa atividade. Comentamos projetos curatoriais paradigmáticos realizados em instituições culturais ou espaços independentes, e analisamos questões práticas como: concepção da proposta, artistas participantes, montagem, negociações no espaço social, recepção pública, entre outras.
As aulas são conduzidas por Daniela Labra, com a participação de um curador convidado. Convidada: Beatriz Lemos. Curadora e pesquisadora. Mestre em História da Arte PUC-Rio; Co-curadora da Frestas Trienal 2020-21
22 de setembro a 27 de outubro de 2020, terças-feiras, das 10h-12h (Brasília)/ 15h-17h (CEST/Berlin)
PROGRAMA
Carga total de aula + leituras: 14 horas
Aula 1 O curador de arte: das reservas técnicas dos museus para a atuação autoral. Formações, ações críticas e mercado de trabalho dentro e fora das instituições.
Aula 2 Estudos de caso de exposições e eventos renovadores da cena artística no Século XX.
Aula 3 Atuação curatorial no sistema da arte contemporânea: instituições, espaços independentes, residências, plataformas virtuais, coleções, feiras, publicações e outros.
Aula 4 Aula especial com Beatriz Lemos (Frestas Trienal 2021): a cena curatorial e artística contemporânea no Brasil.
Aula 5 Desenvolvimento de proposta curatorial: Linguagens artísticas, etapas de elaboração, pensando os artistas, negociações institucionais, projeto pedagógico, projeto expositivo, texto curatorial e outros.
Aula 6 Exercício: apresentação de esboços de propostas curatoriais dos participantes (opcional); Comentários gerais sobre perspectivas e atuações profissionais.
Aulas acompanhadas de referências institucionais, bibliográficas e links diversos, postadas no Fórum fechado do curso. Gravação acessível apenas para os participantes.
Valor
Curso live: R$ 400,00
Parcelamento no PagSeguro
Inscrição online
OUTROS CURSOS
Arte e Política, uma introdução, com Daniela Labra
Início 10 de novembro de 2020
O curso oferece um panorama de artistas, movimentos artísticos e autores atuantes desde o começo do século XX, cujas práticas lidaram e lidam com situações políticas, sociais e estéticas diversas. Nosso conteúdo vai do Proletkult, na antiga União Soviética, ao "Kult Cuir" global. Saiba mais
Grupo de Estudos em Arte contemporânea 2020.3
Novembro a Dezembro de 2020
Lista de espera: deixe seu contato
Trajetórias internacionais da arte latino-americana no IAC Online
IAC promove o curso Trajetórias internacionais da arte latino-americana: antecedentes históricos, desenvolvimentos recentes, tendências e desafios do processo de internacionalização.
Neste curso, tendo como pano de fundo um mundo globalizado e desigual, pretende-se discutir criticamente a internacionalização da arte brasileira e latino-americana, e também a internacionalização da perspectiva das instituições, importante tanto para a sua sustentabilidade e desenvolvimento, quanto para o processo de pesquisa, reconhecimento, validação e valoração artística. Quais as determinantes, os caminhos, as estratégias, as condições e as medidas da internacionalização? Qual a importância e o impacto da internacionalização no funcionamento do sistema da arte brasileiro e de suas diferentes instâncias? De que forma os agentes do sistema das artes participam do debate internacional? Como o atual contexto da pandemia covid19, com a suspensão por um período indeterminado das viagens internacionais, transforma os modelos de internacionalização que observamos até recentemente?
Com Gabriel Pérez-Barreiro, Kiki Mazzuchelli, Jacopo Crivelli Visconti e coordenação / concepção de Ana Letícia Fialho
29 de setembro, 6, 13 e 20 de outubro de 2020, terças-feiras, das 10h às 12h
O curso acontece na plataforma Zoom e é dirigido a profissionais que atuam no sistema das artes visuais, artistas, estudantes, professores e pesquisadores. 30 vagas / R$300,00. Regulamento, condições, formas de pagamento e política de descontos AQUI. Dúvidas e inscrições: cursos@iacbrasil.org.br
PROGRAMA DE AULAS
Calendário: 29 de setembro, Gabriel Pérez-Barreiro; 6 de outubro, Kiki Mazzuccheli; 13 de outubro, Ana Letícia Fialho; 20 de outubro, Jacopo Crivelli Visconti.
Aula 1 - (29 de setembro): Os caminhos da internacionalização - antecedentes históricos 1
Convidado: Gabriel Pérez-Barreiro
Entre a identidade e o universalismo: arte latino-americana no cenário internacional
A internacionalização da arte latino-americana nos contextos europeu e estadounidense se gera por vários fatores e com diferentes ideologias ao longo do tempo. Nesta aula faremos um repasse histórico por momentos chaves nesse processo, analisando os modelos de construção de narrativas curatoriais e estruturas ideológicas desde 1990 até 2010. Como casos de estudo veremos exposições como Art in Latin America (Hayward Gallery), Brazil: Body and Soul (Guggenheim), Latin American Artists of the 20th Century (MoMA), Heterotopias (Reina Sofia) e outros para analisar os modelos atuantes de forma crítica. Faremos uma análise específico da arte abstrata/concreta nessemodelos, e os desafios específicos dessa linguagem ‘internacional’ nos modelos identitários da arte latino-americana.
Aula 2 - (6 de outubro): Os caminhos da internacionalização - antecedentes históricos 2
Convidada: Kiki Mazzucchelli
A expansão das fronteiras do mundo da arte, das bienais às feiras, o lugar da América Latina no mapa internacional das artes.
Proposta resumida
Neste curso propomos discutir criticamente o processo de internacionalização da arte latino-americana e brasileira, partindo de uma perspectiva histórica para pensar as transformações e desafios dos processos de internacionalização no atual contexto da crise desencadeada pela pandemia da covid 19.
Quais as determinantes, os caminhos, as estratégias, as condições e as medidas da internacionalização da arte da Latino-americana? Qual a importância e o impacto da internacionalização no funcionamento do sistema da arte brasileiro e de suas diferentes instâncias? De que forma os agentes do sistema das artes participam do debate internacional? Como o atual contexto da pandemia covid19, com a redução/suspensão por um período indeterminado das viagens internacionais, transforma os modelos de internacionalização que observamos até recentemente?
A partir da virada do século XXI, a internacionalização da arte brasileira vem passando por um processo de aceleração inédito em sua história. Tomando a 24a. Bienal de São Paulo (1998), com curadoria de Paulo Herkenhoff, como um importante ponto de inflexão, esta apresentação examinará o papel dos diferentes agentes deste processo ao longo dos últimos 20 anos. De uma perspectiva interna, serão discutidos a expansão e a profissionalização do panorama institucional e do mercado, bem como a criação de um circuito de feiras de arte regionais. No âmbito internacional, serão examinados alguns dos principais mecanismos de inserção da arte brasileira, incluindo a participação em bienais e exposições institucionais, a representação por galerias estrangeiras, as residências artísticas e os comitês de aquisição dos grandes museus.
Aula 3 - (13 de outubro): Determinantes, caminhos, estratégias, condições e medidas da internacionalização do sistema da contemporânea no Brasil a partir dos anos 2000
Ana Leticia Fialho
Da visibilidade ao reconhecimento internacional, o crescente protagonismo do mercado de arte
No Brasil, o sistema da arte contemporânea registrou recentemente um período bastante positivo, de grande visibilidade, dinamismo, expansão e internacionalização. Nesse processo, o crescimento do mercado e os interesses mobilizados por seus agentes parecem ter sido determinantes. Neste encontro, discutiremos o protagonismo do mercado no funcionamento do sistema da arte no Brasil e o seu papel no processo de internacionalização da arte brasileira na última década.
Aula 4 - (20 de outubro): Desafios, transformações e tendências: arte contemporânea e internacionalização
Convidado: Jacopo Crivelli Visconti
Arte contemporânea e internacionalização - reflexões a partir do projeto da 34a Bienal de São Paulo.
A Bienal de São Paulo foi concebida nos anos 1950 para colocar o Brasil no mapa da produção artística contemporânea da época. Mesmo com todas as ressalvas que podem e devem ser feitas hoje a uma divisão do sistema da arte em centros hegemônicos e periferias, da qual a proliferação de bienais pelo mundo é fruto, a Bienal de São Paulo mantém uma grande importância no panorama nacional e latino-americano. O projeto da 34a Bienal, com sua expansão no tempo e no espaço, reforça o papel da Bienal e sua relação vibrante com outras instituições da cidade, buscando tanto a definitiva internacionalização do cenário, quanto aprofundar e matizar a relação com os diversos públicos locais. Este encontro apresenta um sucinto histórico de edições da Bienal particularmente relevantes no processo de internacionalização da arte brasileira e latino-americana, até chegar no processo, ainda em curso, de concepção e construção da 34a Bienal.
PALESTRANTES
Ana Letícia Fialho é gestora cultural, professora e pesquisadora. É atualmente professora visitante do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutora em Ciências da Arte e da Linguagem na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais - EHESS/Paris, Mestre em Gestão Cultural na Universidade de Lyon II e Bacharel em Direito pela UFRGS. Foi Diretora do Departamento de Estratégia Produtiva da Secretaria da Economia da Cultura do Ministerio da Cultura de 2016 a 2018, Consultora em Inteligência Comercial e Coordenadora de Pesquisa do Programa Latitude/Associação Brasileira de Arte Contemporânea entre 2012 e 2019 e Curadora Executiva do Fórum Permanente de 2007 a 2013. Participou de diversas publicações, entre elas, Sociologia das artes visuais no Brasil (Ed. SENAC, 2012), O valor da obra de arte (org. GRACA-COUTO, Ronaldo, Metalivros, 2014); Art et société : Recherches récentes et regards croisés, Brésil/France. (org. QUEMIN, Alain: VILLAS BÕAS, Gláucia., Marseille: OpenEdition Press, 2016). É co-organizadora, com Leandro Valiati, do Atlas Econômico da Cultura Brasileira (MINC/UFRGS, 2017), finalista do prêmio Jabuti em 2018.
Gabriel Pérez-Barreiro é curador e historiador da arte. Foi diretor e curador chefe da Coleção Patricia Phelps de Cisneros (2008-2018), atualmente é assessor sénior da Coleção. Curador da 33ª Bienal de São Paulo (2018). De 2002 a 2008 foi curador de arte latinoamericana no Blanton Museum of Art da Universidade do Texas em Austin. Em 2007 foi curador geral da VI Bienal do Mercosul em Porto Alegre. É doutor em Teoria e História da Arte pela Universidade de Essex, Reino Unido, e mestrado em história da arte e estudos latinoamericanos pela Universidade de Aberdeen. De 2000 a 2002 foi diretor de artes visuais da The Americas Society em Nova York. Foi também coordenador de exposições na Casa de América em Madrid. De 1993 a 1998 foi curador fundador da Coleção de Arte Latino Americana da Universidade de Essex. Publicou varios libros e artigos sobre história da arte iberoamericana e tem participado de conferências em diversas universidades pelo mundo.
Kiki Mazzucchelli é curadora independente, editora e escritora. Entre suas exposições recentes, encontram-se Flávio de Carvalho (S2 Gallery, Londres / Galeria Almeida & Dale, São Paulo, 2019), Conjuro de ríos - Selva Cosmopolítica (Museo de Arte de la Universidad Nacional, Bogotá, Colombia, 2018) e Site Santa Fe Biennial (Site Santa Fe, Novo México, 2016). É autora de diversos ensaios e publicações com foco em artistas da América Latina e organizou as monografias de Tonico Lemos Auad (Koenig, Londres, 2018) e Marcelo Cidade: Empena Cega (Cobogó, Rio de Janeiro, 2016).
Jacopo Crivelli Visconti é crítico e curador independente. Doutor em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP), é autor de Novas derivas (2014). É curador da 34ª Bienal de São Paulo (2020). Entre seus trabalhos recentes mais representativos estão: Untimely, Again, Pavilhão da República de Chipre – 58ª Biennale di Venezia (2019); Brasile – Il coltello nella carne, Padiglione d’arte contemporanea, Milão (2018); Matriz do tempo real, Museu de Arte Contemporânea da USP (2018); Memories of Underdevelopment, Museum of Contemporary Art of San Diego (2017); Héctor Zamora – Dinâmica não linear, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo (2016); Sean Scully, Pinacoteca do Estado de São Paulo (2015); Ir para volver, 12a Bienal de Cuenca (2014). É colaborador regular de revistas de arte contemporânea, arquitetura e design, além de escrever para catálogos de exposições e monografias de artistas.
setembro 20, 2020
Maker Day Brasil Online: Um mar de imagens com Marcio Diegues
Com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos, 24 centros Binacionais, incluindo o IBEU, promovem a 3ª edição do “Maker Day Brasil”, no dia 26 de setembro, das 10h às 16h, que este ano acontecerá online devido à pandemia. Tendo como objetivo criar e compartilhar ideias com o país inteiro, por meio de divertidas palestras e oficinas práticas para todas as idades, o evento é gratuito e aberto ao público.
Na programação do Ibeu, que abordará o tema autoconhecimento, cada oficina terá um público-alvo diferente: “Playing with Lights and Shadows”, das 10h às 10h30, convida crianças e suas famílias a criarem uma história a partir de luzes e sombras utilizando objetos que possuam em casa.
Das 14h às 15h, Marcio Diegues comanda oficina, com adolescentes e adultos, falando sobre arte e sua experiência enquanto artista, inspirado na sua mais recente exposição, “Como sobreviver a um naufrágio”. Em cartaz na Galeria de Arte do Ibeu, no momento a exposição está acessível apenas online, via Instagram e blog.
Fechando o dia, “Maker & Social Emocional Learning in the Language Classroom”, das 15h15 às 16h15, será conduzida por Roberta Freitas e Fernanda Guedes e é voltada para professores de línguas. A abordagem será o movimento maker na sala de aula, pensando sobre como ajudar alunos a focarem nas competências socioemocionais com esse tipo de atividade. Como a temática do evento refere-se ao autoconhecimento, serão provocadas discussões com foco na educação.
As oficinas serão transmitidas ao vivo pelo Youtube. Inscrições: http://bit.ly/InscricaoMakerDayBrasil2020
PROGRAMAÇÃO IBEU
Um mar de imagens, com Marcio Diegues
Horário: 14h às 15h
Público-alvo: adolescentes (17+) e adultos
Descrição: Marcio Diegues comandará uma oficina sobre arte e sua experiência enquanto artista. Ele abordará o tema de sua mais recente exposição, “Como sobreviver a um naufrágio”, em cartaz na Galeria de Arte do Ibeu, neste momento, acessível apenas online, via Instagram e blog. Utilizaremos uma das mensagens passadas pela exposição: em um sentido mais profundo daquilo que o naufrágio pode representar, está o despertar de uma consciência crítica sobre o mundo em crise a nossa volta. Com isso, os participantes serão convidados a refletir sobre o que vivemos e a passar essa reflexão para o papel, em forma de desenho. A oficina será realizada em português.
Materiais necessários: papel; lápis; borracha; giz de cera; lápis de cor; canetinha; pincel; tinta guache; e demais materiais básicos de desenho.
setembro 7, 2020
Palestra online Engenharia do Erro II com Charles Watson
Embora o medo de cometer erros seja um dos obstáculos mais onipresentes e paralisantes que permeiam os esforços criativos, os erros são inevitáveis – são até mesmo uma pré-condição para aqueles que desejam ir além do previsível em sua performance criativa.
11 de setembro de 2020, sexta-feira, de 19h30 às 21h30
Engenharia do Erro II / Try Again, Fail Again, Fail Better é uma palestra de 2 horas que tem o ERRO como principal tema abordado, em continuação à palestra Engenharia do Erro I / A Crack in Everything, realizada por Charles Watson e disponível na plataforma EADBox. Atualmente temos outras 3 palestras já realizadas e disponíveis para aquisição na plataforma.
Para interessados nesta ou nas demais palestras, seus temas e descrições podem ser visualizados junto ao link de inscrição: charleswatsonprojects.eadbox.com Para mais informações: 21-98838-9588 / contato@dynamicencounters.com.br
setembro 1, 2020
Diretores de instituições da Alemanha, da Argentina e do Brasil debatem a reabertura dos museus
Painel virtual promovido pelo Goethe-Institut e pelo Ministério Federal das Relações Externas da Alemanha, em parceria com o Museu Nacional/UFRJ, acontece em 2 de setembro
O Goethe-Institut, o Ministério Federal das Relações Externas da Alemanha e o Museu Nacional/UFRJ promovem em 2 de setembro (quarta-feira) o evento virtual “Reopening Museums: European and South American Perspectives”. Com o objetivo de debater estratégias para a reabertura de espaços culturais após a quarentena provocada pela pandemia de Covid-19, o painel contará com as participações de Johannes Vogel, Diretor Museu de História Natural de Berlim; Barbara Plankensteiner, Diretora do Museum am Rothenbaum - Kulturen und Künste der Welt (MARKK); Gabriela Rangel, Diretora do Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA); e Alexander Kellner, Diretor do Museu Nacional/UFRJ.
O debate, mediado pela diretora do ICOM Brasil, Marília Bonas, terá início às 10h e será transmitido em inglês, ao vivo, pelo canal do Goethe-Institut Central no YouTube (www.youtube.com/goetheinstitut). Um link para tradução simultânea em português no Zoom será disponibilizado no chat ao vivo. A participação é franca e aberta a todos os interessados. O evento é uma das iniciativas que integram um projeto de longo prazo de intercâmbio museológico entre Brasil e Alemanha, capitaneado pelo Goethe-Institut. Nesse sentido, também já está agendada para junho de 2021 uma conferência internacional, a ser realizada presencialmente, no Rio de Janeiro.
“O ‘Reopening Museums’ foi pensado a partir da necessidade de falarmos sobre a reabertura destes espaços de maneira segura. Num momento como esse, é importante dar a nossa contribuição para incentivar colaborações entre diversas instituições. O intercâmbio de informações é peça-chave para incentivar colaborações entre museus na América do Sul e na Europa”, afirma Robin Mallick, Diretor do Goethe-Institut Rio. Ele antecipa que o painel deve ter um formato colaborativo, incentivando discussões relevantes para todos os convidados.
A Alemanha está entre os países que já reabriram museus após a diminuição significativa das taxas de contágio do coronavírus. Como reabrir com segurança em tempos de pandemia? Essa é uma das propostas da discussão digital que abordará, entre outros temas, o diálogo e a cooperação entre Europa e América do Sul, a retomada do diálogo dos museus com a sociedade, e o compromisso com a sustentabilidade.
O evento também marca os dois anos do incêndio do Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro. No dia seguinte ao desastre, o Ministério Federal das Relações Externas da Alemanha realizou uma doação de até 1 milhão de Euros para a recuperação e reconstrução do museu, dando início a uma relação de cooperação e proximidade da instituição brasileira com empresas e órgãos do governo alemão - da qual o evento do próximo dia 2 é fruto, assim como uma série de intercâmbios e outras atividades.
Sobre o Goethe-Institut
O Goethe-Institut é o instituto cultural de âmbito internacional da República Federal da Alemanha, que promove o conhecimento da língua alemã no exterior e o intercâmbio cultural internacional. A instituição transmite uma imagem abrangente da Alemanha através de informações sobre a vida cultural, social e política em nosso país. Os programas culturais e educacionais promovem o diálogo intercultural e permitem a participação cultural. Fortalecem o desenvolvimento de estruturas da sociedade civil e promovem a mobilidade global.
Com a rede de Goethe-Institute, Goethe-Zentren, centros culturais, salas de leitura e centros de línguas e exames, o instituto é, há mais de 60 anos, o primeiro contato de muitas pessoas com a Alemanha. A parceria de longa data com as principais instituições e indivíduos em mais de 90 países gerou na Alemanha uma confiança duradoura. A instituição se configura como uma parceira para todos aqueles que estão ativamente interessados na Alemanha e sua cultura e trabalham de forma independente e sem filiações político-partidárias.
Sobre Alexander Kellner
Alexander Kellner é diretor do Museu Nacional/UFRJ desde 2018 e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências. Membro Honorário da New York Paleontological Society, Pesquisador Associado do American Museum of Natural History e do Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology (IVPP, China) e, em sua trajetória acadêmica, já descreveu 70 espécies novas e organizou expedições para os mais diferentes pontos do planeta. Ocupa o cargo de editor-chefe dos Anais da Academia Brasileira de Ciências (única revista multidisciplinar lato sensu editada no Brasil) e pertence a classe Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.
Sobre Barbara Plankensteiner
Barbara Plankensteiner é diretora do Museu am Rothenbaum - Culturas e Artes Mundiais (MARKK) desde abril de 2017. Sob sua liderança, o museu iniciou um processo de reposicionamento e descolonização que também levou a uma mudança de nome. A partir de 2015, ela foi Frances and Benjamin Benenson Foundation Curadora Sênior de Arte Africana na Galeria de Arte da Universidade de Yale, New Haven, Connecticut. Antes, foi vice-diretora, curadora-chefe e curadora das coleções da África no Weltmuseum Wien, onde teve um impacto decisivo no reposicionamento do museu e na conceituação da nova coleção permanente. Suas exposições internacionais mais conhecidas são Benin — Kings and Rituals: Court Arts da Nigéria, onde foi curadora principal e editora do manual que a acompanha, e African Lace. A History of Trade, Creativity and Fashion in Nigeria, que ela co-curou e para a qual ela co-editou o catálogo que acompanha. Pesquisa e publicações sobre arte africana e cultura material, história da antropologia e coleções, antropologia de museus. Barbara é co-fundadora do Benin Dialogue e organizou sua primeira reunião em Viena em 2010. Junto com o Príncipe Gregory Akenzua, ela é agora co-presidente do comitê diretor do Benin Dialogue Group.
Sobre Johannes Vogel
O geneticista Johannes Vogel é Diretor Geral do Museum für Naturkunde, Instituto Leibniz para Evolução e Pesquisa em Biodiversidade de Berlim e Professor de Biodiversidade e Diálogo Científico na Humboldt University Berlin desde 2012. Com uma coleção de mais de 30 milhões de objetos, o museu é um dos maiores museus de história natural do mundo com base em pesquisas e recebe até 800.000 visitantes anualmente. A sua visão é promover o diálogo científico e social e encorajar uma ação ativa pela natureza e pela democracia.
Sobre Gabriela Rangel
Gabriela Rangel é diretora artística do Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA). Antes de assumir seu cargo atual, ela foi diretora de artes visuais e curadora-chefe da Americas Society de 2004 a 2019. Ela possui um MA em estudos curatoriais pelo Center for Curatorial Studies, Bard College, um MA em estudos de mídia e comunicação pela Universidad Católica Andrés Bello, Caracas, e bacharel em estudos de cinema pela International Film School de San Antonio de los Baños, Cuba. Ela trabalhou na Fundación Cinemateca Nacional e no Museu Alejandro Otero in Caras, e no Museum of Fine Arts de Houston e foi curadora e co-curadora de várias exposições de arte moderna e contemporânea que incluíram trabalhos de artistas como Carlos Cruz-Diez, Gordon Matta -Clark, GEGO, Arturo Herrera, José Leonilson e Alejandro Xul Solar. Ela escreveu para Art in America, Parkett e Art Nexus, editou vários livros e contribuiu com textos para publicações como Lydia Cabrera: Between the Sun and the Parts (Americas Society / Koenig Books, London, 2019); Contesting Modernity: Informalism in Venezuela 1955-1975 (Museu de Belas Artes de Houston, 2018); Erick Meyenberg: the wheel bears no resemblance to a leg (Americas Society / Yerba Buena Center for the Arts, 2017), Marta Minujín (Ciudad de Buenos Aires, 2015) e A Principity of Its Own (Americas Society / Harvard University Press, 2006).
Sobre Marília Bonas
Marília Bonas é historiadora com mestrado em Museologia Social pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Ela é membro da diretoria do Conselho Internacional de Museus no Brasil (ICOM), correspondente brasileira da Federação Internacional de Museus e Direitos Humanos (FIHRM-LA) e diretora técnica do Museu do Futebol e Museu da Língua Portuguesa (São Paulo - SP). De 2010 a 2017, dirigiu o Museu do Café (Santos - SP) e o Museu da Imigração de São Paulo (São Paulo- SP) e coordenou o Memorial da Resistência de 2017 a 2020. Trabalha há mais de 19 anos em investigação, documentação, curadoria em museus e gestão cultural.