|
julho 27, 2020
#NaVaranda: José Bento Ferreira em "Visita ao Masp" na Casa de Cultura do Parque
Nesta visita virtual ao acervo do MASP, o professor de filosofia José Bento Ferreira apresenta a diversidade de olhares que retratos e imagens religiosas são capazes de produzir. Utilizando o Art and Culture do Google, o participante é convidado a apreciar obras de Manet, Almeida Júnior, Goya, Gauguin, Modigliani, culminando com o olhar da Virgem na pintura do Mestre de Bigallo. Durante a visita, José Bento mostra também a influência das imagens religiosas nas pinturas destes grandes artistas e que o cristianismo criou uma cultura visual da frontalidade, face a face.
28 de julho de 2020, terça-feira, a partir das 10h
Casa de Cultura do Parque
Instagram @casadeculturadoparque
Facebook @casadeculturadoparquesp
Youtube youtube.com/casadeculturadoparque
Sobre o #NaVaranda
O programa #NaVaranda convida artistas, críticos, professores, educadores e articuladores de um pensamento contemporâneo para apresentar um panorama sobre a arte e a cultura na contemporaneidade.
As publicações apresentam análises, resenhas, evocações, em formatos variados e acontecem toda terça, a partir das 10h, no perfil do Instagram e canal do YouTube da Casa de Cultura do Parque.
Sobre A Casa de Cultura do Parque
Inaugurada em março de 2019, a Casa de Cultura do Parque oferece oportunidades de vivências criativas e plurais no campo das artes e do conhecimento. A programação abarca exposições de arte, oficinas e apresentações musicais, além de cursos no campo artístico. São ações diversas, que se complementam, e que fazem da Casa do Parque um espaço singular no contexto cultural da cidade de São Paulo.
julho 26, 2020
Palestras online de Charles Watson sobre criatividade
Na próxima quarta-feira, 29 de julho, 19h30, acontece a Palestra Aberta, online e gratuita, que inaugura a nova edição do workshop O Processo Criativo, em parceria com a EAV / Parque Lage. A palestra acontecerá pelo Zoom, com vagas limitadas, e será transmitida ao vivo pelo Youtube da Escola.
A palestra Engenharia do Erro / A Crack in Everything começa reconhecendo que, embora o medo de cometer erros seja um dos obstáculos mais onipresentes e paralisantes que permeiam os esforços criativos, os erros são inevitáveis – são até mesmo uma pré-condição para aqueles que desejam ir além do previsível em sua performance criativa. Uma palestra online presencial, na quinta-feira, 30 de julho, às 19h30, realizada pelo Zoom e disponibilizada posteriormente na plataforma EADBox, garantindo o acesso para os inscritos durante 1 mês. Esta é parte de uma série de palestras de aproximadamente 2 horas com temas específicos da pesquisa de Charles Watson sobre desempenho criativo otimizado.
O Processo Criativo
O workshop completo O Processo Criativo inicia sua nova turma no dia 10 de agosto. São 4 meses de curso online, todas as segundas e quartas, e é a única forma de entrar em contato na íntegra com a ampla pesquisa de Charles Watson. Com abordagem instigante, o workshop aponta os mais diversos fatores que fazem a diferença para um desempenho criativo otimizado. O curso tece uma teia de conexões improváveis entre uma ampla variedade de assuntos supostamente desconexos: desde arte contemporânea, design, música e negócios à genética, Neo-Darwinismo, neurociência e até comédia stand-up.
Com conteúdo vasto e multidisciplinar, o workshop é, para muitos, um curso divisor de águas, que provoca reflexão e nos impele à ação. As aulas serão ministradas em videochamadas com os participantes, guiadas pelas palestras compartilhadas em tela, mantendo parte da dinâmica presencial, com a possibilidade de interação diante da abordagem dos conceitos propostos, conduzidos pelas indagações do grupo.
A nova turma de O Processo Criativo tem início no dia 10 de agosto. As inscrições na Palestra Aberta e no workshop podem ser feitas pelos links: Palestra Aberta e O Processo Criativo.
Engenharia do Erro / A Crack In Everything
Há um lugar, na fronteira entre o familiar e o desconhecido, para onde as pessoas criativas costumam ir. É um espaço “Entre" onde as certezas são deixadas para trás e as convicções dão lugar a dúvidas e dilemas. Não existe mais dogma, ou certo, ou errado – apenas "talvez", "quem sabe" e "por que não?"
Em um lugar como esse, não há o conceito de ERRO – uma vez que o erro é medido em relação à certeza e a certeza deve ser abandonada. Nesse local, o erro se torna um simples EVENTO, despojado de suas associações tóxicas – simplesmente algo que deve ser observado, avaliado e aprendido.
Metodologia
A palestra Engenharia do Erro / A Crack in Everything começa reconhecendo que, embora o medo de cometer erros seja um dos obstáculos mais onipresentes e paralisantes que permeiam os esforços criativos, os erros são inevitáveis – são até mesmo uma pré-condição para aqueles que desejam ir além do previsível em sua performance criativa.
Seminário online Histórias indígenas no MASP, São Paulo
Este é o terceiro seminário de um projeto de longo prazo que antecipa o programa de exposições, palestras, oficinas, publicações e cursos no MASP dedicado às Histórias indígenas em 2023.
29 de julho de 2020, quarta-feira, 11h às 15h30
MASP no YouTube
com tradução em libras
O evento tem organização de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, André Mesquita, curador, MASP, Guilherme Giufrida, assistente curatorial, MASP, Lilia Moritz Schwarcz, curadora adjunta de histórias, MASP, e Sandra Benites, curadora adjunta de arte brasileira, MASP. Sandra passou a integrar a equipe do museu no final de 2019 e participou recentemente do seminário online "Histórias do Brasil", mas esse é o primeiro em que atua como co organizadora.
Os seminários se propõem a apresentar e discutir a riqueza e a complexidade de materiais indígenas e culturas imateriais, suas filosofias e cosmologias, além dos desafios e das possibilidades de trabalhar com esses campos, sobretudo no contexto de um museu. Participam desta edição: Abraham Cruzvillegas, Arial Kuaray Ortega, Carlos Fausto, Rosaura Andazabal, Sandra Gamarra e Sebastián Calfuqueo Aliste.
PROGRAMA
11H-11H10
introdução
LILIA MORITZ SCHWARCZ, curadora adjunta de histórias, MASP
11H10-12H40
ARIEL KUARAY ORTEGA
O cinema e os Guarani: espiritualidade, territórios e fronteiras
O cinema entre os Guarani, especialmente na aldeia onde vive Ariel, tem hoje uma importância política e espiritual. Interessa, para ele, pensar o significado do cinema para os Guarani e quais mudanças ele causou para esse povo que vive em uma situação de fronteira, entre Brasil, Paraguai e Argentina. O cinema é uma ferramenta que permite que os indígenas transmitam suas histórias. Ao mesmo tempo, o cinema indígena teve que transformar tal ferramenta ocidental para que ela pudesse ser aceita dentro da aldeia. Em diálogo com a comunidade, vídeos registram a cultura Guarani em seus próprios termos e tempos. Apesar de ser uma linguagem universal com certas regras, o cinema, quando entra na aldeia, funciona no ritmo dela, impondo um confronto constante e produtivo entre dois mundos.
ROSAURA ANDAZABAL
O projeto Cuentos Pintados del Perú [Contos Pintados do Peru] e sua contribuição para a educação intercultural e bilíngue
Criado e dirigido de 1994 até janeiro de 2020 pelo historiador peruano Pablo Macera, o projeto influenciou no fomento e desenvolvimento da educação intercultural e bilíngue. Projeto este que, no decorrer do que hoje são quase três décadas, compilou diversos registros plásticos que andam de mãos dadas com a oralidade própria de mulheres e homens migrantes dos Andes e da Amazônia peruana, estabelecidos com suas famílias na urbe metropolitana de Lima. Um patrimônio cultural que se tornou tangível por meio de publicações (contos, catálogos, calendários e outros itens em idioma nativo e em espanhol), exposições de arte, celebrações rituais de festas tradicionais e participações em eventos culturais de nível nacional e internacional. Obras de artistas populares que, segundo os dizeres do próprio Pablo Macera, “constroem um espaço próprio e obtêm, com certas limitações, um reconhecimento justo dentro e fora desse Quarto Mundo que opera dentro do Terceiro Mundo”.
CARLOS FAUSTO
A face de Deus e a face do jaguar: a arte indígena para além do humano
“Então disse Deus: – Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Esse famoso versículo está na origem de toda uma tradição imagética ocidental, cujos pilares são o antropomorfismo e a verossimilhança. Contudo, nem todas as sociedades do mundo estabeleceram essa surpreendente correspondência entre o humano e o divino. As sociedades indígenas das Américas, que floresceram durante treze milênios ao largo da cultura cristã, não imaginaram nem materializaram o divino na forma humana. Ao contrário, suas artes procuram figurar as “divindades” por meio de imagens paradoxais, forjadas em um vigoroso zoomorfismo e um antropomorfismo apenas latente. Nessa apresentação, Carlos convida os ouvintes a “estranharem” sua própria tradição artística, bem como suas premissas antropocêntricas, por meio de uma viagem pelas artes indígenas.
Mediação: Guilherme Giufrida, assistente curatorial, MASP
14H-15H30
ABRAHAM CRUZVILLEGAS
Histórias indigentes
Entendendo “indígena” como uma categoria política, e não apenas cultural, além de considerar a língua como território, conforme proposto por Yásnaya A. Gil, Abraham irá falar sobre o projeto atual do Exército Zapatista, a Universidad de la Tierra, por meio do qual se confirma a transformação em projeto cultural do que era antes uma organização militar criada pelos povos indígenas de Chiapas para lutar contra o Estado mexicano. Será abordado o povo P’urhépecha do povoado de Cherán, em Michoacán, que – depois de sofrer com a presença dos cartéis de drogas, a devastação de seu ambiente e a decorrente destruição de suas economias, tradições e culturas – decidiu se organizar em “autodefesas” para se livrar de um ambiente corrompido e se declarar autônomo em relação ao estado federal, recuperando assim seu sistema de governo tradicional, independente e não ocidental. A família do pai de Abraham também é de origem P’urhépecha de Nahuatzen, vilarejo próximo a Cherán, enquanto sua mãe tem origens Hñähñu. Ele é um artista que se questiona sobre a construção da identidade do sujeito dentro de um modelo ou metodologia não binário – quiçá trinitário ou múltiplo, simultâneo: um modelo contraditório e ineficiente.
SANDRA GAMARRA
Se me sale el indio
Enquanto artista e antropólogo, ou como artista antropólogo, José María Arguedas é uma das vozes mais necessárias e importantes da cultura peruana. Ele soube, a partir de sua condição de mestiço, falar enquanto índio e enquanto ocidental, entendendo a mestiçagem não como a dissolução de uma cultura na outra, e sim como uma convivência complexa, dolorosa e bastante particular, dependendo das circunstâncias de cada grupo. As ferramentas usadas por ele para navegar nessas águas são justamente a escrita e uma antropologia subversiva. Falar em histórias indígenas quando a história que fala não é nativa pode parecer uma usurpação da voz e do imaginário desses povos. Todavia, pensando a partir de Arguedas, essas partes se encontram em convívio, e tomar a voz indígena não significa torná-la particular, e sim, pelo contrário, expor essa ficção e, assim, também sua existência. Nesse cenário, a singularidade não é mais uma qualidade, o artista passa a ser mediador da comunidade, um agente que espera que, no uso dessas formas, se manifeste seu significado.
SEBASTIÁN CALFUQUEO ALISTE
Corpos em resistência / Iñche tá kangechi [Eu sou o outro]
A performance Corpos em resistência / Iñche tá kangechi [Eu sou o outro] compila, a partir de relatos coloniais, diversas formas de denominar a sodomia em mapudungun, língua do povo Mapuche. Na mise-en-scène da performance, Sebastián analisa a colonização e a evangelização como práticas de normalização e extermínio de identidades não heterossexuais presentes antes do processo colonial europeu. A obra trabalha com o corpo, a resistência, a cor azul, o som e a relação do cabelo na cosmovisão mapuche, tensionando imaginários coloniais de gênero construídos pelo Ocidente. No capuz utilizado durante a ação, há o desenho de uma Guñelve, estrela que representa Vênus ou o astro do amanhecer, símbolo da resistência mapuche.
Mediação: Devika Singh, curadora, Tate
Confira atualizações no MASP
julho 6, 2020
Curso online de pintura contemporânea com Teresa Viana
Pintura contemporânea - Práticas e debates / Orientação de projeto
Com aulas práticas pontuadas por debates e reflexões sobre a pintura contemporânea, o curso se propõe a orientar projetos em andamento e iniciantes. A pintura será vista como uma linguagem que dá visibilidade à experiência do sujeito no mundo e proporá reflexões sobre a influência da quarentena causada pela Covid19 na prática de cada um. A orientação será individual e os assuntos serão debatidos a partir da produção dos participantes.
Ministrante: Teresa Viana
Público alvo: jovens artistas em processo de formação, iniciantes e interessados em geral
Online a partir de 8 de julho de 2020, quartas-feiras, das 15hs às 17hs30
As inscrições por email terviana@gmail.com estarão abertas enquanto houver vagas.
O link para as aulas será enviado por e-mail um dia antes do início do curso.
Mensalidade: R$ 350,00
Teresa Viana desenvolve o seu trabalho desde os anos 90, expondo suas obras em museus, instituições e galerias de arte e dá aulas há mais de vinte anos. Em 2020 foi contemplada pelo Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, 9ª edição da FUNARTE e em 2019 recebeu pela segunda vez a bolsa pesquisa da The Pollock-Krasner Foundation para fazer a residência artística no International Studio & Curatorial Program (ISCP) em Nova York durante cinco meses. Atualmente está expondo no Museu de Arte De Ribeirão Preto, em SP. www.teresaviana.com.br
julho 3, 2020
EAV Parque Lage agora oferece cursos online
Escola de Artes Visuais do Parque Lage se abre para alunos de todo o País, com 12 cursos de férias e quase 50 cursos semestrais originalmente formatados para plataforma on-line interativa
A partir das limitações impostas pela pandemia de Covid-19, a Escola de Arte Visuais do Parque Lage (EAV) repensa sua experiência pedagógica, que há 45 anos acontece em torno da maior floresta urbana do mundo. Em julho, a instituição lança 12 cursos de férias e abre o segundo semestre em agosto com aproximadamente 50 cursos remotos, em plataforma digital cedida pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa). Todas as ementas foram concebidas já na conjuntura da pandemia e do consequente isolamento social. Os encontros acontecem ao vivo, por videoconferência, em ambiente on-line que proporciona a interação entre professores e alunos.
Ao longo do primeiro semestre de 2020, o corpo docente da instituição se reuniu para criar estratégias que, de alguma forma, sejam capazes de subverter a distância, ou até mesmo, tirar proveito dela. As aulas remotas são uma possibilidade potente de, pela primeira vez, a instituição se comunicar com públicos de fora do Rio. “Absorver novas referências como ponto criador de sentido para as aulas da EAV, trocando experiências com alunos de outros estados e adensando nosso repertório em arte brasileira, é algo que nos interessa de maneira singular”, comenta Ulisses Carrilho, curador da EAV.
“A necessidade de viabilizar os cursos no momento de isolamento social acabou gerando a oportunidade de ampliar nossa área de atuação para além do Rio de Janeiro. O formato on-line vai permitir que pessoas de vários pontos do País e até de outros países possam usufruir de cursos voltados para a conjuntura atual em diversos campos das artes visuais”, afirma Yole Mendonça, diretora da EAV Parque Lage.
Cursos de férias
Durante o mês de julho, a EAV oferece cursos on-line, de curta duração, desenvolvidos a partir de recortes temáticos e dinâmicas que consideram o isolamento social. A proposições tomam a arte como uma importante ferramenta de construção de sentido para pensar a atualidade em suas dimensões estéticas, sociais e políticas. Com variados temas que investigam as artes visuais em múltiplas linguagens e abordagens, será possível conhecer técnicas, elaborar novos processos artísticos, se aproximar de artistas, movimentos históricos e correntes teóricas de relevância para a contemporaneidade.
Ao todo, são 12 cursos livres, teóricos e práticos, voltados a pessoas interessadas em se aproximar ou aprofundar conhecimentos e práticas em artes visuais, com foco em arte contemporânea.
Entre os cursos, que têm duração total de quatro a oito aulas, destaque para ‘Colagem como forma de pensamento’, com Pedro Varela; ‘Pintura Contemporânea 2000-2020’, com Bob N e Gustavo Matos; ‘Introdução à Videoarte’, com Marcos Bonisson, e ‘Arqueologia do Cotidiano - O acontecimento e o trivial como instrumento de produção em arte’, com Fabia Schnoor.
Para ver ementas, horários e valores, acesse Cursos - Julho 2020.
Cursos regulares - 2º semestre (3/agosto a 12/dezembro)
Com início em 3 de agosto de 2020, os 48 cursos regulares da EAV Parque Lage estão subdivididos em sete núcleos: pintura e desenho, imagem em movimento, estudos críticos e curatoriais, volume e espaço, corpos, oficinas gráficas e fotográficas, e desenvolvimento de projetos/poéticas.
Um corpo docente de quase 40 professores/artistas - entre eles Iole de Freitas, Franz Manata, Charles Watson, Bernardo Magina e Clarissa Diniz - oferece proposições bastante diversas, com mensalidades a partir de R$ 300.
Em “A dinâmica das cores”, Bernardo Magina analisa teorias propostas por artistas desde Da Vinci até os dias de hoje, com ênfase nos estudos de José Maria Dias da Cruz sobre Cézanne. O objetivo é fazer o aluno pensar o uso da cor para além do círculo cromático tradicional newtoniano, buscando harmonia e ritmo na criação de paletas.
Em seu “Atelier da Escuta”, Ana Emerich propõe uma imersão na linguagem musical tradicional, no campo sonoro-experimental da arte, nas contaminações poéticas entre imagem sonora e imagem visual, em diálogo com o tempo presente.
O curso “A arte Cura”, com Nadam Guerra, tem proposta vivencial e prática inspirada no método de Anna Halprin e na psicomagia de Alejandro Jodorowsky. Através de uma abordagem contemporânea, o curso visita o xamanismo, a magia e a alquimia.
“Linguagens Visuais: Teorias e Práticas em Fotografia e Vídeoarte”, de Marcos Bonisson, tem como objetivo orientar/dialogar com todos os interessados (sem pré-requisitos) em pesquisar e trabalhar a partir de leituras, teorias e práticas experimentais com fotografia, videoarte, colagem e outros suportes.
Para acessar os cursos por dia de semana, turno ou faixa etária, acesse Cursos - Núcleos.
Sobre a EAV
A Escola de Artes Visuais foi criada em 1975, pelo artista Rubens Gerchman, para substituir o Instituto de Belas Artes (IBA). Seu surgimento acontece em plena Guerra Fria na América Latina, durante o período de forte censura e repressão militar no Brasil. A EAV afirma-se historicamente por seu caráter de vanguarda, como marco da não conformidade às fronteiras e categorias, e propõe regularmente perguntas à sociedade por meio da valorização do pensamento artístico.
Alguns exemplos marcantes da história do Parque Lage são a utilização do palacete como sede do governo da cidade de Alecrim em Terra em Transe, dirigido por Glauber Rocha em 1967; e a exposição Como Vai Você, Geração 80?, que reuniu 123 jovens artistas de diferentes tendências numa mostra que celebrava a liberdade e o fim do regime militar. O palacete em estilo eclético também palco de “Sonhos de uma noite de verão”, clássico shakespeariano, e serviu como locação para Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade.
A Escola de Artes Visuais do Parque Lage está voltada prioritariamente para o campo das artes visuais contemporâneas, com ênfase em seus aspectos interdisciplinares e transversais. Abrange também outros campos de expressão artística (música, dança, cinema, teatro), assim como a literária, vistos em suas relações com a visualidade. As atividades da EAV contemplam tanto as práticas artísticas como seus fundamentos conceituais.
A EAV configura-se como centro educacional aberto de formação de artistas e profissionais do campo da arte contemporânea. Como referência nacional, com uma consistente imagem no meio da arte, a EAV busca criar mecanismos internos e linhas de atuação externa que permitam um diálogo produtivo com a cidade e com o circuito de arte nacional e internacional. A instituição integra a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado do Rio de Janeiro.
julho 2, 2020
Rommulo Vieira Conceição no Arte em Diálogo do MNBA nas redes sociais
Premiado artista baiano (Salvador, 1968), e radicado há vinte anos em Porto Alegre (RS), Rommulo Vieira Conceição vai falar sobre suas obras, o processo de criação, e sua trajetória, no projeto Arte em Diálogo - Na Quarentena, nesta sexta-feira, dia 3 de julho, às 16h, em vídeo compartilhado nas redes sociais do Museu Nacional de Belas Artes/Ibram - Facebook @MNBARio / Instagram @mnbario.
Rommulo Vieira Conceição é um artista visual negro, professor e pesquisador que trabalha com diversos meios, como a instalação, os objetos, a escultura, o desenho e a fotografia, explorando as sutilezas de percepção do espaço na contemporaneidade e as relações do homem contemporâneo no mundo atual.
Na capital gaúcha, Rommulo desenvolveu seu mestrado em Poéticas Visuais no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005 – 2007) e o doutorado em geologia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
Suas obras remetem à percepção do homem contemporâneo ao espaço físico que ele ocupa. Segundo Rommulo, “A organização, a percepção e a utilização do espaço físico caracterizam o comportamento social e demonstram características da identidade do homem no espaço/tempo da sua existência. Dessa forma, ao sobrepor diferentes espaços, eu imagino, dentre outras coisas, estar trabalhando também com as características da identidade do homem contemporâneo, que são complexas, simultâneas e atravessadas pela sobreposição de interesses e conteúdos da sua época”.
Rommulo Conceição vem encorpando seu currículo desde 1998, com mostras individuais e coletivas, e residências artísticas no Brasil, na Argentina, na Austrália, no Japão e na Finlândia. Em 2016 participou da exposição coletiva “Territórios: artistas afrodescendentes no acervo da Pinacoteca” na Pinacoteca de São Paulo,entre outras exposições. Entre as premiações obtidas estão Rumos Itaú Cultural (2006), 1º Prêmio FUNARTE de Produção em Artes (2008/2009), Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 – Galerias de São Paulo (2012) e Prêmio Aquisição Marcantônio Vilaça-FUNARTE (2012).
O Museu Nacional de Belas Artes/Ibram desenvolveu o projeto Arte em Diálogo - na quarentena, para as redes sociais, a fim de proporcionar aos artistas contemporâneos e à sociedade uma interação afetiva e reflexiva, neste difícil momento de isolamento social.