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abril 21, 2019
Petrobras Traço Animado – Curso e mostra de animação brasileira no MAM, Rio de Janeiro
O Museu de Arte Moderna apresenta Petrobras Traço Animado – Curso e mostra de animação brasileira de 24 a 30 de abril de 2019 (mostra) e 6 a 10 de maio de 2019 (curso) ministrado pelo conservador chefe da Cinemateca, Hernani Heffner. Mantenedora do l, a Petrobras viabiliza a realização do curso e da mostra sobre a animação brasileira.
A animação brasileira vem conhecendo um boom de produção no século XXI, motivado por políticas públicas, entre as quais se destacam os patrocínios da Petrobras e os editais da Secretaria do Audiovisual e da Ancine, e pela crescente aceitação por parte do público, crítica, players de mercado e academia. A multiplicação de mídias, como os jogos eletrônicos e aplicativos, e de janelas de exibição, especialmente o segmento de tv a cabo, também estabilizaram uma base de criação e criaram demanda de produção que inseriu a animação brasileira em um circuito internacional. Nos últimos anos alguns longas metragens estrangeiros foram desenvolvidos e realizados no Brasil, embora formalmente produzidos por países como Espanha, Canadá e França. O prestígio da animação brasileira se consolidou com a indicação ao Oscar de Animação para O Menino e O Mundo e a retrospectiva de sua trajetória no Festival de Annecy em 2018.
Mas nem sempre foi assim. A história da animação brasileira revela um longo e penoso percurso, que se não dista muito das dificuldades de se fazer cinema no país, acrescenta especificidades como a conquista das técnicas, a indefinição por uma segmentação e inserção no mercado, com predomínio da publicidade até bem pouco tempo, e a marginalização de propostas mais experimentais e artísticas. Novamente a pouquíssima repercussão do premiado filme de Alê Abreu, que teve apenas 16 mil espectadores no circuito de salas brasileiro, parece indicar a necessidade uma popularização ainda maior desses esforços e uma discussão do caráter artístico de parte considerável da animação brasileira.
Petrobras Traço Animado – Curso e mostra de animação brasileira pretende ser uma pequena contribuição à essa difusão e reflexão, remontando aos primórdios dessa forma de expressão e perseguindo suas continuidades e descontinuidades até a atualidade, a partir de uma tradição ibérica e latino-americana. Vista quase sempre pela perspectiva de sua associação (ou não) aos padrões dominantes da animação (Disney, McLaren, Svankmajer, Miyazaki, etc.), a trajetória brasileira tanto pode ser enquadrada por suas relações com a indústria gráfico-editorial, o cinema, a publicidade, o expressionismo abstrato e os memes de internet, como pela valorização da natureza, debitária do mito fundador em torno do Eldorado, da criança, quase sempre desencantada e triste nessa filmografia, e da distopia, pela fuga frente ao presente e ao cotidiano, entre outras recorrências.
A presença da Petrobras junto ao curso e mostra revela sua participação e engajamento nessa história, quer pelo pioneirismo em encomendar a primeira animação em cores, Um Rei Fabuloso, realizada em 1966 por Wilson Pinto, quer por manter notável preocupação até os dias atuais com o fomento do segmento.
Curso: 6 a 10 de maio de 2019 | das 14h às 17h
Aula 1 – Animação Brasileira, uma História Cultural
Aula 2 – Fases Históricas e Fontes Artísticas
Aula 3 – Técnicas e Estilos
Aula 4 – Autoria, Estética, Teoria
Aula 5 – Animação Brasileira e Cinema Brasileiro, uma aproximação (ou não?)
Mostra: 24 a 30 de abril de 2019
qua 24
19h Tito e os Pássaros de André Catoto Dias, Gabriel Bitar e Gustavo Steinberg. Brasil, 2019. 73’. + Um Rei Fabuloso de Wilson Pinto. Brasil, 1966. Animação. 10’. Exibição em DCP e 16mm.
qui 25
18h30 Macaco feio... macaco bonito de Luiz Seel. Brasil, 1929. Fragmento. Animação. 4’. + O dragãozinho manso: Jonjoca de Humberto Mauro. Brasil, 1942. Animação de bonecos. 25’. + O átomo brincalhão de Roberto Miller. Brasil, 1964. 4’. + Batuque de Stil. Brasil, 1970. Animação. 5’. + Japu - Um bravo guerreiro de Anélio Latini Filho. Brasil, 1981. Animação. 10’. + Estrela de oito pontas de Fernando Diniz e Marcos Magalhães. Brasil, 1986. Animação. 10’ + Coletânea de filmes publicitários de VVAA. Brasil, 1959-1975. Animação. 40’. Exibição em MP4 (H264) e 35mm.
sex 26
14h – Traço Animado: Mostra Petrobras de Animação Brasileira – Piconzé de Ypê Nakashima. Brasil, 1972. Animação. 76’. Exibição em 35mm.
sab 27
15h Peixonauta: o filme de Célia Catunda e Kiko Mistorigo. Brasil, 2018. Animação. 77’. Exibição em DCP.
17h As aventuras do Avião Vermelho de Frederico Pinto e José Maia. Brasil, 2014. Animação. 90’. Exibição em DCP.
dom 28
15h Garoto cósmico de Alê Abreu. Brasil, 2007. Animação. 76’. Exibição em 35mm.
17h O menino e o mundo de Alê Abreu. Brasil, 2013. Animação. 80’. Exibição em mov (H264).
seg 29
18h30 Boi Aruá de Chico Liberato. Brasil, 1994. Animação. 84’. Exibição em 35mm.
ter 30
18h30 Rocky e Hudson de Otto Guerra. Brasil, 1994. Animação. 63’. Exibição em 35mm.
Todas as exibições possuem classificação indicativa livre. Pré-inscrição gratuita online.
Bibliografia
BARBOSA Júnior, Alberto Lucena. Arte da Animação. Técnica e estética através da história. 2a edição. São Paulo: Senac, 2005.
CÀMARA, Sergi. O desenho animado. Lisboa: Editora Estampa, 2005.
COELHO, César; MAGALHÃES, Marcus; QUEIROZ, Aída; ZAGURY, Léa. Animation now! Madrid: Taschen, 2004.
COELHO, Raquel. A arte da animação. Belo Horizonte: Editora Formato, 2000.
GRAÇA, Marina Estela. Entre o olhar e o gesto – Elementos para uma Poética da imagem animada. São Paulo: Editorial Senac, 2006.
LOPES FILHO, Eliseu de Souza. Animação e hipermídia – Trajetória da luz e sombra aos recursos midiáticos. São Paulo: PUCSP, 1997. Dissertação de mestrado.
MAGALHÂES, Marcos. Animação espontânea. Rio de janeiro: PUC-RIO 2004. Dissertação de Mestrado.
MENDONÇA, Flávia da Costa Ferreira. A expansão do mercado de animação brasileira: condições de possibilidade que favoreceram o crescimento da produção de longas-metragens animados no Brasil no século XX. Brasília: UNB, 2017. Monografia.
MIRANDA, Carlos Alberto. Cinema de Animação: Arte nova / arte livre. Petrópolis: Vozes, 1971.
MORENO, Antônio.
A experiência brasileira no cinema de animação. Rio de janeiro: Artenova, 1978.
NESTERIUK, Sérgio.
Dramaturgia de Série de Animação. São Paulo: Sergio Nesteriuk, 2011.
OLIVEIRA, Isabela Veiga.
A Representação Brasileira no Cinema de Animação Nacional: Identidade, Mercado Cinematográfico e Prática Artística. Goiânia: UFG, 2013. Dissertação de mestrado.
SILVEIRA, Nise.
O Mundo das Imagens. Rio de Janeiro Editora Ática, 1992.
OLEDO, Silvio.
Um caminho para a animação. Campina Grande: Epigraf, 2005.
Encontro com Isobel Whitelegg no MAC USP, São Paulo
O evento reúne Isobel Whitelegg, diretora de pesquisa da School of Museum Studies da University of Leicester, e a professora livre-docente, curadora e vice-diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Ana Gonçalves Magalhães, para discutir a relação entre as exposições temporárias de arte contemporânea e as suas instituições realizadoras.
23 de abril de 2019, terça-feira, das 19 às 21h
MAC USP
Avenida Pedro Álvares Cabral 1301, Parque Ibirapuera, São Paulo, SP
Evento gratuito. Não é necessária inscrição.
Diferentemente de outras mega-exposições periódicas de arte contemporânea, as origens da Bienal de São Paulo, estão vinculadas à promoção internacional do modernismo no pós-guerra e à formação de uma acervo que hoje pertence ao Museu de Arte Contemporânea. Tomando como ponto de partida essa história institucional que envolve diferentes instituições localizadas no parque Ibirapuera, o encontro tem como objetivo levantar discussões teórico-metodológicas adotados no campo da História das Exposições.
O evento, apoiado pela FAPESP, contará com a mediação do professor Vinicius Spricigo, do departamento de História da Arte da Unifesp.
abril 16, 2019
Seminário Arte, Cultura e Política no Brasil Contemporâneo: uma Perspectiva a Partir do Rumos Itaú Cultural
O cenário cultural, artístico e político no Brasil é tema de seminário no Itaú Cultural
Arte, Cultura e Política no Brasil Contemporâneo: uma Perspectiva a Partir do Rumos Itaú Cultural reúne especialistas para debaterem sobre as mudanças no universo ligado às artes, a partir da criação e modificações deste que é um dos principais programas de fomento à cultura do país. O objetivo é levantar a discussão sobre os modos de se fazer arte e a necessidade dos editais. Na sequência, ainda em abril, o seminário segue para a capital de Roraima, Boa Vista, e do Mato Grosso, Cuiabá
Nos dias 17 e 18 de abril (quarta-feira e quinta-feira), o Itaú Cultural realiza o seminário Arte, Cultura e Política no Brasil Contemporâneo: uma Perspectiva a Partir do Rumos Itaú Cultural. A proposta é reunir especialistas das diferentes áreas de expressão artística para debater o atual cenário dos três eixos que dão nome à atividade. Toda a reflexão é alimentada por subsídios baseados na série histórica do programa Rumos a partir dos editais de 2013-2014, de 2015-2016 e o mais recente, de 2017-2018. Toda a programação será transmitida ao vivo pelo site do instituto (www.itaucultural.org.br).
O Itaú Cultural promoveu uma pesquisa sobre um total de 1.723 fichas de inscrição e sobre os projetos finalistas do Programa Rumos nestes três momentos. O objetivo foi investigar os impactos gerados pelo novo formato do edital e como as suas alterações são percebidas pelos diversos agentes culturais. Ela revela, por exemplo, que as inovações e alterações no Rumos ocorridas a partir de 2013 marcaram uma nova fase na seleção de projetos artísticos e culturais no Brasil, em que a ideia é o foco. Este formato, segundo o estudo, ampliou a possibilidade de acesso a recursos para criadores que não tinham espaço no estabelecido mercado de editais e ampliou as possibilidades de realização aos criadores que, de alguma forma, já estavam sendo contemplados em outros processos.
Formato
O seminário, compartilha com o público estes resultados e aprendizados, sem perder de vista os demais editais e como eles foram se transformando. A historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz abre os debates no dia 17, às 20h, com a palestra Cultura, Arte e Política no Brasil Contemporâneo. No dia seguinte, são realizadas mais três mesas – às 14h, 17h e 20h –, com participações de profissionais de áreas de expressão artística diversas, ao lado da gerente do Núcleo de Comunicação do Itaú Cultural, Ana de Fátima Sousa, o gerente do Núcleo de Inovação, Marcos Cuzziol, e o de Música, Edson Natale.
Participam das mesas, a performer e idealizadora da Casa de Zuleika, espaço contemporâneo dedicado às linguagens da performance e visuais, Estela Lapponi; o cantor e compositor Tiganá Santana; a professora, artista e autora de livros didáticos, Beá Meira; a ativista e defensora nos campos de governança da internet e atuante na Fundação Ford no Brasil, em direitos de mídia e questões de acessibilidade, Graciela Selaimen; o diretor do Centro da Música da Funarte (ex-MinC) e representante do Ibermúsicas no Brasil, Marcos Souza; a secretária Executiva de Planejamento e Gestão da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, Suzete Nunes, e o professor de filosofia e tradutor Peter Pal Pelbart.
No primeiro dia, é realizada, também, a oficina Laboratório de portfólio: Trajetórias, campos de trabalho, contingências culturais, urgências sociais. Ministrada pela artista e pesquisadora Mônica Hoff e a curadora e professora Fernanda Albuquerque. A proposta delas é construir um espaço de reflexão sobre as trajetórias e campos de trabalho, analisando de acordo com as contingências culturais e urgências sociais atuais. Os nomes dos selecionados para participar desta oficina, por meio de inscrição, encontram-se aqui.
Debates
Entre as discussões levantadas estão as maneiras de pensar e fazer cultura; a arte e a política no Brasil atual e os métodos de seleção e funcionamento de instituições nacionais e internacionais no processo de escolha de projetos. Amarra toda a estrutura dos debates, uma perspectiva geral do Rumos naquelas três edições, explorando dados quantitativos, qualitativos e linguagens.
Depois de São Paulo, o Seminário Arte, Cultura e Política no Brasil Contemporâneo: uma Perspectiva a Partir do Rumos Itaú Cultural passa por outras cidades na semana seguinte. No dia 23 de abril, terça-feira, o Teatro Municipal de Boa Vista, Roraima, recebe o encontro com apresentação e mediação de Ana de Fátima Sousa, gerente do núcleo de Comunicação do Itaú Cultural, e a participação de especialistas e artistas contemplados pelo programa. Na quinta-feira, 25, segue para Mato Grosso. Realizado no Cine Teatro Cuiabá, desta vez, a apresentação e mediação é de Tânia Rodrigues, gerente da Enciclopédia Itaú Cultural.
Rumos e premissas
Rumos nasceu em 1997 com o objetivo de valorizar a diversidade, estimular a criatividade e a reflexão sobre a cultura no país, além de premiar artistas e pesquisadores de diferentes áreas. Nestes 22 anos, a iniciativa recebeu mais de 64,6 mil inscrições, vindas de todos os estados do país e do exterior. Destas, foram contempladas mais de 1,4 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa. Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos por mais de 6 milhões de pessoas em todo o país.
Até 2013, os editais eram focados individualmente em artes visuais, arte e tecnologia, dança, música, cinema e vídeo, educação, literatura, jornalismo cultural e gestão cultural. Em 2013, o programa foi totalmente reformulado.
Na contramão dos demais editais e programas de fomento à cultura promovidos pelos setores público e privado, a partir daquele ano passou a privilegiar a criação e a ideia artística, concentrando todas as áreas de expressão em um mesmo edital, possibilitando, assim, que projetos que atuam em fronteiras de linguagem fossem contemplados.
As mudanças foram profundas e estruturais em seu conceito, provenientes do diálogo entre artistas, produtores, pesquisadores, cientistas e gestores da instituição. Por sua vez, a possibilidade de inscrever o projeto da forma como foi criado, sem amarras pré-estabelecidas e sem fronteiras, trouxe reflexões, dúvidas e a certeza de que novos caminhos podem ser traçados.
PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira, dia 17, às 20h
Palestra: Cultura, Arte e Política no Brasil Contemporâneo
Com a historiadora Lilia Schwarcz e o diretor do Itaú Cultural Eduardo Saron
Resumo: Como se pensa a cultura, arte e política no Brasil atual, assim como seus modos de fazê-la. Lilia também leva para o público as urgências e possibilidades de futuro no universo cultural.
Quinta-feira, dia 18
Às 14h
Rumos: uma Perspectiva Histórica
Com a gerente do Núcleo de Comunicação do Itaú Cultural, Ana de Fátima Sousa; a professora, artista e autora de livros didáticos, Beá Meira; a idealizadora da Casa de Zuleika, espaço contemporâneo dedicado às linguagens da performance e visuais Estela Laponi; e o cantor, compositor, instrumentista e pesquisador de música afro-brasileira, Tiganá Santana.
Mediação: Marcos Cuzziol, gerente do Núcleo de Comunicação do Itaú Cultural
Resumo: Ana de Fátima apresenta o histórico do Rumos Itaú Cultural, desde sua criação até as mudanças realizadas a partir de 2013. Cuzziol, exibe os dados de pesquisa realizada entre os selecionados.
Na sequência, Tiganá Santana, Beá Meira e Estela Laponi, que também são membros da Comissão de Seleção dos projetos inscritos no Rumos, falam sobre esta experiência: os desafios para avaliar linguagens diferentes das suas, as trocas de conhecimento entre eles, os pontos relevantes e possíveis melhorias no edital, a interação do programa com as urgências artísticas e sociais do Brasil contemporâneo.
Às 17h
Modelos de Fomento: Casos de Editais Nacionais e Internacionais
Com a ativista defensora nos campos de governança da internet e atuante na Fundação Ford no Brasil, em direitos de mídia e questões de acessibilidade, Graciela Selaimen; o diretor do Centro da Música da Funarte (ex-MinC) e representante do Ibermúsicas no Brasil, Marcos Souza, e a gestora cultural e secretária de Cultura do Estado do Ceará, Suzete Nunes.
Medição: Edson Natale, gerente do Núcleo de Música do Itaú Cultural
Resumo: Vistas todas as mudanças existentes no cenário da cultura atual, a mesa busca compartilhar e apresentar como funcionam as outras instituições, tanto nacionais, como internacionais no processo de escolha e seleção dos editais. Os pontos relevantes e semelhantes.
Às 20h
O Novo em Tempos de Urgências Sociais e Culturais
Com o professor de filosofia e tradutor Peter Pal Pelbart
Mediação: Ana de Fátima Sousa, gerente do Núcleo de Comunicação do Itaú Cultural
Resumo: Qual é o espaço para o novo, a inovação e a criatividade no processo artístico diante das urgências sociais e políticas. As urgências culturais se sobrepõem as vanguardas artísticas no contexto brasileiro atual?
PERFIS DOS PARTICIPANTES
Beá Meira é professora, artista e autora de livros didáticos para disciplina de arte, voltados para o Ensino Fundamental II e para o Ensino Médio, tais como: Projeto Mosaico Arte e Projeto Arte (2016) e Percursos da Arte (2018). Estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Foi professora de arte em escolas particulares, em São Paulo, professora assistente na Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Santos e na Faculdade de Multimeios da PUC – SP. Foi coordenadora pedagógica da Universidade das Quebradas -Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalha com formação de professores de arte em todo o país na última década.
Estela Lapponi é uma performer paulistana que tem como foco de pesquisa o discurso cênico do corpo com deficiência e o trânsito entre as linguagens cênicas e visuais. Em 2009, elaborou o termo Corpo Intruso, que investiga de maneira conceitual e artística em linguagens variadas. É idealizadora da Casa de Zuleika, espaço contemporâneo dedicado às linguagens da performance e visuais.
Fernanda Albuquerque é curadora, pesquisadora e professora do Curso de Museologia, do programa de pós-graduação em Museologia e Patrimônio e do curso de especialização em Práticas Curatoriais, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É doutora, desde 2015, em artes visuais, história, teoria e crítica pela mesma universidade, com estágio na University of the Arts London (UAL). Foi Curadora Assistente da 8ª Bienal do Mercosul (2011), quando atuou como coordenadora curatorial da Casa M, e curadora de artes visuais do Centro Cultural São Paulo (2008-2010).
Desenvolveu projetos para instituições como Instituto Tomie Ohtake, Bienal de São Paulo, Goethe Institut Porto Alegre, Santander Cultural, Bienal do Mercosul, Galeria Gabriela Mistral, Fundação Ecarta, Museu Murillo La Greca e Centro Universitário Maria Antônia. Desde 2014, realiza, em parceria com Mônica Hoff, o Laboratório de Curadoria, Arte e Educação, com edições em Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo.
Graciela Selaimen é mestre em comunicação e cultura pela Escola de Comunicações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde de 2013 trabalha na Fundação Ford no Brasil, em direitos de mídia e questões de acessibilidade. Apoiou iniciativas que promovem a liberdade de expressão e o pluralismo no setor de comunicações, especialmente aquelas que promovem estruturas regulatórias democráticas e responsabilidade da mídia.
Ela tem mais de 15 anos de experiência como ativista e defensora nos campos de governança da internet, direitos de comunicação e tecnologia da informação e comunicação (TIC) para o desenvolvimento. De 2008 a 2013, atuou como membro do grupo consultivo do Fórum de Governança da Internet. Foi uma das fundadoras e coordenadoras do Instituto Nupef, do Centro de Pesquisa e Capacitação em Comunicações e TIC.
Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP). Atuou como visiting professor em Oxford, Columbia e Princeton, onde foi Global e é professora visitante desde 2010. Em 2007 obteve a bolsa da John Simon Guggenheim Foundation Fellow. Em 2010 recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Científico Nacional; em 2018, a medalha Júlio Ribeiro por destaque cultural etnográfico. Ainda em 2008, foi apontada Mulher de Ideias pelo Jornal do Brasil em 2008.
É autora, entre outros, de Retrato em branco e negro (1987), O espetáculo das raças (Companhia das Letras, 1993), Racismo no Brasil (Publifolha, 2001), O sol do Brasil (2008) e Lima Barreto triste visionário (Companhia das Letras, 2017). Publicou com Lucia Stumpf e Carlos Lima A batalha do Avaí (Sextante, 2013, Prêmio ABL), com Adriana Varejão Pérola imperfeita: a história e as histórias na obra de Adriana Varejão (Companhia das Letras, Cobogó, 2014, prêmio APCA).
Foi curadora de uma série de exposições como A longa viagem da biblioteca dos reis (Biblioteca Nacional, 2002), Nicolas-Antoine Taunay e seus trópicos tristes (Museu de Belas Artes Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2008), Histórias mestiças (Instituto Tomie Ohtake, 2015), Histórias da infância (Masp, 2016). Desde 2015 atua, também, como curadora adjunta para histórias e narrativas no Masp e é colunista do jornal Nexo.
Monica Hoff é artista, curadora e pesquisadora. Mestre em história, teoria e crítica de arte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), atualmente cursa doutorado em processos artísticos contemporâneos no programa de pós-graduação em artes visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UESC), com pesquisa sobre escolas de artistas [artists-run art schools] e como metodologias artísticas se convertem em pedagogias instituintes e instituições.
De 2006 a 2014, coordenou o projeto educativo da Bienal do Mercosul, atuando também como curadora adjunta na nona edição do evento, em 2013. Desde 2014, realiza, em parceria com a curadora Fernanda Albuquerque, o Laboratório de Curadoria, Arte e Educação, com edições realizadas em Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo.
Com a curadora Kamilla Nunes, ela co-dirige, desde 2016, o Espaço Embarcação, em Florianópolis, onde coordenam dois grupos de estudos em processos curatoriais, entre eles, Oficina Pública de Perguntas Nos últimos anos tem realizado conferências, workshops e participado em publicações organizadas por instituições nacionais e internacionais como, Matadero Madrid, Museo Picasso Málaga, Liverpool Biennial, Bienal de Cuenca, Bienal da Bahia, New Museum/NY, Museu de Arte do Rio (MAR), 32ª Bienal de São Paulo, MASP, SESC, Fondazione Antonio Ratti, Museo Thyssen-Bornemisza, Parque Lage, MUAC, Bienal FEMSA, Itaú Cultural, entre outras.
Marcos Souza
Compositor de música para audiovisual e pianista, promoveu uma parceria com o SESC RIO na área da música instrumental produzindo mais de 300 shows. Produziu e idealizou o filme sobre sua família, seu pai Chico Mário e seus tios Henfil e Betinho, 3 Irmãos de Sangue. Morou na Espanha onde foi coordenador de marketing online na Sociedade Espanhola de Autores e Editores (SGAE) e curador no Festival de Jazz de Madrid. Foi Gerente de Produtos da MULTIRIO, Diretor Musical da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sócio-diretor do ATELIER CULTURAL, presidente da Musimagem e consultor da Orquestra Ouro Preto. Atualmente é diretor do Centro da Música da Funarte/Ministério da Cultura e representante do Ibermúsicas no Brasil.
Peter Pál Pelbart nasceu na Hungria, viveu em Paris e atualmente reside no Brasil. Graduado em filosofia pela Universidade de Paris IV é professor titular desta cátedra na Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Tradutor dos livros de autoria do francês Gilles Deleuze, um dos maiores filósofos do século XX. Pelbart também é autor de livros, como O avesso do niilismo — Cartografias do esgotamento, e é coeditor da empresa N-1 edições.
Suzete Nunes
Historiadora, gestora e produtora cultural. Atualmente é Secretária Executiva de Planejamento e Gestão da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará. Foi Secretária Adjunta da Cultura do Ceará entre 2016 e 2018. Ainda na gestão pública, atuou no Ministério da Cultura (MinC) entre 2008 a 2015, onde assumiu como Diretora de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (2015), foi Coordenadora-Geral de Gestão e Inovação e Diretora Substituta da Secretaria da Economia Criativa (2011/2012). Exerceu ainda o cargo de Coordenadora Geral de Literatura e Economia do Livro da Fundação Biblioteca Nacional (2013/2014) e Coordenadora de Bibliotecas do Programa Mais Cultura (2008-2010).
Tiganá Santana
Reconhecido por sua sonoridade afro-brasileira de múltiplas formas, Tiganá Santana é cantor, compositor, instrumentista e pesquisador soteropolitano. Compõe e canta em kikongo, kimbundu (línguas da Angola e do baixo Congo), português, inglês, espanhol e francês, tendo sido o primeiro compositor brasileiro a gravar canções em línguas africanas como compositor. Seus álbuns figuram entre os mais baixados no continente europeu, segundo o World Music Charts, mas também possui faixas das mais ouvidas em rádios norte-americanas e japonesas, por exemplo. Foi eleito um dos dez músicos fundamentais do Brasil contemporâneo pela revista inglesa Songlines.
Foi curador, ao lado da equipe do Itaú Cultural, na Ocupação Dona Ivone Lara. Produziu com o músico sueco Sebastian Notini o álbum Mama Kalunga (título de uma de suas canções), da cantora Virgínia Rodrigues, que rendeu a ela o prêmio de melhor cantora pelo Prêmio da Música Brasileira em 2016. Possui um livro literário publicado pela editora Rubra Cartonera, de Londrina, intitulado O Oco-Transbordo (2013). É bacharel em filosofia pela Universidade Federal da Bahia e doutor em letras (Estudos da Tradução) pela Universidade de São Paulo, com artigos acadêmicos publicados e atividades docentes. É, também, tradutor e poeta.
SERVIÇO
Dia 17, quarta-feira, às 20h
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: Livre
Local: Sala Itaú Cultural
224 lugares
Dia 18, a partir das 14h
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: Livre
Local: Sala Multiúso
100 lugares
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: uma hora antes do evento | com direito a um acompanhante
Público não preferencial: uma hora antes do evento | um ingresso por pessoa
Interpretação em Libras
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.