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setembro 26, 2018
Documentário sobre o grupo Chelpa Ferro na FIC, Porto Alegre
Trailer VCA Chelpa Ferro from Videobrasil on Vimeo.
Filme do diretor Carlos Nader terá sessão comentada com o professor e artista visual Chico Machado
30 de setembro de 2018, domingo, 16h
Fundação Iberê Camargo - Auditório BTG Pactual
Avenida Padre Cacique 2000, Porto Alegre, RS
No próximo domingo, 30 de setembro, às 16h, o Cine Iberê apresenta o documentário Chelpa Ferro, do diretor Carlos Nader, sobre o grupo criado em 1995 pelos artistas plásticos Barrão e Luiz Zerbini e pelo editor de cinema Sergio Mekler. A sessão única e gratuita contará com debate com o professor e artista visual Chico Machado. A exibição integra as atividades paralelas às exposições Iberê Camargo: formas em movimento e Caixa Preta. A curadoria do Cine Iberê é de Marta Biavaschi.
O Chelpa Ferro explora a plasticidade do som em esculturas, objetos, instalações e performances que desafiam os sentidos do espectador. Uma de suas instalações – ON-OFF Poltergeist, de 2007 – pode ser vista na exposição Caixa Preta, em cartaz na Fundação Iberê Camargo.
Sexto documentário da série Videobrasil Coleção de Autores, Chelpa Ferro foi filmado em 2008. No filme, o diretor Carlos Nader acompanha a montagem do objeto sonoro Totoro, na Pinacoteca de São Paulo, e da instalação Jungle Jam, no Museu de Arte Moderna da Bahia, além da apresentação da ópera desconstruída A autópsia da cigarra gigante, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro. Reflexões dos artistas e excertos de trabalhos anteriores – como Acqua Falsa (2005), apresentada na Bienal de Veneza, e a instalação Estabilidade provisória (2005), na Fundação Eva Klabin – deixam entrever as inquietações e o sentido de humor por trás de sua produção particular.
O diretor Carlos Nader nasceu em São Paulo em 1964. Desde 1992 vem dirigindo vídeos que já foram premiados e exibidos por museus, centros culturais e veiculados nos principais canais de TV do planeta. Mesclando linguagens que vão do documentário clássico à videoarte, Carlos Nader é, acima de tudo, um ensaísta. Entre seus temas principais estão a questão da identidade, a sensação do tempo e a relação do homem com a câmera. Filmografia: A Paixão de JL (2014), Homem Comum (2014), Eduardo Coutinho, 7 de outubro (2013), Chelpa Ferro (2009), Pan-Cinema Permanente (2008) e Preto e Branco (2004).
Chico Machado é artista plástico, performer e professor de Artes Visuais, com mestrado e doutorado em Poéticas Visuais pela UFRGS. Atuando também na área musical, realizou diversas exposições individuais e coletivas desde 1991. É professor no Departamento de Arte Dramática da UFRGS. Recebeu o Prêmio Aquisitivo no V Salão Nacional Victor Meirelles de Artes Plásticas, em Florianópolis (1997), o V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, destaque em escultura, em Porto Alegre (2011), e foi o vencedor do I Concurso Goethe de Artes Plásticas, em Porto Alegre (2000). Como artista e pesquisador atua nos temas: objeto, performance, vídeo e elementos visuais da encenação.
Seminário Arte além do horizonte no Pivô, São Paulo
O Pivô apresenta o seminário “Arte além do horizonte: Repensando o meridiano da política e da estética” – organizado pelo Antropólogo Alex Flynn – como parte do programa Pivô Recebe, que apresenta projetos previamente formatados por artistas, curadores ou produtores culturais selecionados por afinidades conceituais com o programa da instituição.
Participantes: Alex Ungprateeb Flynn, André Mesquita, Bruno de Almeida, Catalina Lozano, Fernando Palma Rodríguez, Isabella Rjeille, Jonas Tinius, Juliana Caffé, Laymert Garcia dos Santos, Luiza Crosman, Pedro Cesarino, Simon Njami, Virgínia de Medeiros, Wura-Natasha Ogunji, Yudi Rafael
29 e 30 de setembro de 2018
Pivô
Avenida Ipiranga 200, Edifício Copan, loja 54, São Paulo, SP
11-3255-8703 ou contato@pivo.org.br
O seminário propõe uma reflexão crítica acerca das intersecções entre arte, estética e política a fim de repensar noções relevantes para o futuro da arte contemporânea, que nos últimos anos, esteve sujeita a uma série de incursões teóricas e práticas que questionam seus próprios modelos e estruturas, a hegemonia de um cânone geograficamente localizado, assim como a noção de autonomia.
Obras que sugerem experiências de sociabilidade e que desafiam os sistemas da arte contemporânea dos países hegemônicos ganharam maior visibilidade, propondo caminhos inesperados para engajar-se na história e orientando a prática artística como de produção de conhecimento. Paralelamente, surgiram proposições teóricas que perceberam tais práticas como “modos de fazer” que intervêm na ordem geral da vida cotidiana, ao mesmo tempo em que identificam a relação entre a inserção da arte na sociedade e seu desejo por autonomia.
É importante ressaltar que essas possibilidades estão situadas simultaneamente no interior e no exterior dos paradigmas existentes na história da arte, em um campo liminar e de contestação, entre a prática artística e a intervenção ativista.
“Arte além do horizonte” visa refletir sobre essas questões abrangendo perspectivas intersticiais – muitas delas oriundas de territórios do Sul Global – através de uma série de diálogos entre artistas, curadores e acadêmicos com o interesse de repensar as noções hegemônicas que circulam pelo sistema da arte contemporânea, revisando formas de socialbilidade, a reconfiguração de cânones eurocêntricos, a relação entre arte e sociedade, assim como as consequências da produção contemporânea.
PROGRAMAÇÃO
Dia 29
11h – Introdução: Julian Fuchs (Goethe Institut), Alex Ungprateeb Flynn (Universidade de Durham)
11h30 – Primeira mesa: Jonas Tinius (Antropólogo, Universidade Humboldt, Berlim) e Wura Ogunji (Artista/Curadora). Moderador: Laymert Garcia Dos Santos (Universidade Estadual de Campinas)
13h30 – Café
14h: Segunda mesa: Fernando Palma Rodríguez (Artista) e Catalina Lozano (Curadora, Museu Jumex). Moderador: Pedro Cesarino (Universidade de São Paulo
16h: Encerramento do primeiro dia
Dia 30
13h – Primeira mesa: Luiza Crosman (Artista) e Bruno de Almeida (Curador). Moderadora: Isabella Rjeille (Curadora, Museu de Arte de São Paulo)
15h – Café
15h30: Segunda mesa: Juliana Caffé, Yudi Rafael e Alex Ungprateeb Flynn (Curadores da Residência Artística Cambridge) e André Mesquita (Museu de Arte de São Paulo). Moderadora: Virginia de Medeiros (Artista)
17h30- Keynote talk: Simon Njami (Curador)
18h30 – Recepção
19h: Encerramento
PARTICIPANTES
Alex Ungprateeb Flynn vive e trabalha em São Paulo. Sua pesquisa se dirige ao campo da antropologia da arte, com ênfase em estética, política e subjetividade, e desenvolve pesquisas no Brasil desde 2007 com temáticas relativas a intervenções ativistas, produção de conhecimento e noções do Sul Global. Em 2016 integrou a equipe curatorial da Residência Artística Cambridge e fará a curadoria de duas exposições sobre o fenômeno de editoras cartoneras em São Paulo e Londres em 2018 e 2019. É autor dos livros ‘Anthropology, Theatre and Development’ (Palgrave, 2015) em parceria com Jonas Tinius, e ‘Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made’ (GLAC 2016) com Leonardo Araujo, entre vários outros artigos. Atualmente é professor no Departamento de Antropologia na Universidade de Durham e coordena a Anthropologies of Art [A/A], plataforma de difusão de perspectivas contemporâneas da antropologia da arte.
André Mesquita vive em São Paulo onde realiza pesquisas sobre as articulações entre arte, política e ativismo. Ele recebeu seu doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. É autor dos seguintes livros: Insurgências poéticas: arte ativista e dinâmica coletiva (Annablume / Fapesp, 2011), Esperar não é saber: arte entre o silêncio e a evidência (2015), realizado com financiamento da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais 2014, e co-autor do Desinventario: esquirlas de Tucumán Arde no arquivo de Graciela Carnevale (Ocho Libros, 2015). Em 2014, Mesquita foi pesquisador residente do Museu Nacional de Arte Reina Sofía, na Espanha. Como membro do Red Conceptualismos del Sur (Rede de Conceptualismos do Sul), ele foi um dos curadores de Perder la forma humana: uma imagen sísmica de los años ochenta en América Latina (Museo Reina Sofía, 2012) e contribuiu para a publicação que acompanha. Além disso, foi co-curador da exposição Politização da Amizade (Moderna Galerija / Museu de Arte Contemporânea Metelkova, Ljubljana, 2014). Atualmente Mesquita trabalha no Programa Público no Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Bruno de Almeida. Curador e arquiteto, integra o Programa Curatorial 2018/19 da instituição De Appel, Amsterdã, Países Baixos. Fundador e curador das plataformas de exposição/pesquisa SITU (2015-2017) e 1:1 (2018-), ambas em São Paulo, Brasil. Nas suas 7 edições o projeto SITU comissionou uma série de obras públicas que exploram a relação entre arte, arquitetura e a cidade como uma forma de investigar aspectos sócio-espaciais da urbanidade contemporânea. 1:1 comissiona trabalhos que se desenrolam simultaneamente no espaço de exposição e num segundo estabelecimento local pré-existente no bairro da galeria. Bruno de Almeida é Mestre em Arquitetura pela Accademia di Architettura, Mendrisio, Suíça, e Bacharel pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, Portugal. Desenvolveu outros projetos com instituições tais como: Harvard University, Graduate School of Design, Cambridge, EUA; Storefront for Art and Architecture, Nova Iorque, EUA; 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo, Brasil; Pivô Arte e Pesquisa, São Paulo, Brasil, entre outras. Participou das residências: TATE Intensive, TATE Modern, Londres, Inglaterra (2018); IdeasCity, New Museum em colaboração com LUMA Foundation, Arles, França (2017); Curatorial Intensive Accra, Independent Curators International, Acra, Gana (2017), entre outras.
Catalina Lozano é Curadora Assistente do Museu Jumex na Cidade do México e pesquisadora independente. Ela se interessa em narrativas históricas minoritárias que questionam formas hegemônicas de conhecimento. A análise das narrativas coloniais e a desconstrução da divisão moderna entre natureza e cultura foram pontos de partida para muitos de seus projetos curatoriais e editoriais, como C’est qui ne sert pas s’oublie (CAPC Bordeaux, 2015) e A Machine Desires Instruction as a Garden Desires Discipline (MARCO Vigo, FRAC Lorraine, e Alhóndiga Bilbao, 2013-14) e o livro Crawling Doubles: Colonial Collecting and Affects (B42, Paris), co-editidado com Mathieu K. Abonnenc e Lotte Arndt.
Fernando Palma Rodríguez combina sua formação como artista e engenheiro mecânico para criar esculturas robóticas que utilizam software customizado para executar coreografias complexas. Seus trabalhos respondem a questões enfrentadas pelas comunidades indígenas no México, abordando direitos humanos e o direito à terra, violência e crises ambientais urgentes. Palma Rodríguez vive e trabalha na região agrícola de Milpa Alta, perto da Cidade do México, onde administra a Calpulli Tecalco, uma organização sem fins lucrativos dedicada à preservação da língua e da cultura Nahua.
Isabella Rjeille é Curadora Assistente do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e co-editora da revista Nossa Voz na Casa do Povo, São Paulo. Fez curadoria de exposições como “Tunga: O Corpo em Obras” (2017-18, MASP), “Tracey Moffatt: Montagens” (2017, sala de vídeo, MASP), “TOTEMONUMENTO” (2016, Galeria Leme), “O que Caminha ao lado ”(2015, SESC Vila Mariana, São Paulo). Foi Assistente Curadora na exposição “Artevida”, com curadoria de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Casa França Brasil e Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro (2015); Assistente curatorial da 32ª Bienal de São Paulo – “Incerteza ao Vivo” (2016) e co-editora de sua antologia de textos “Dias de Estudo” com Jochen Volz. Atualmente, está pesquisando as interseções entre arte e ativismo dentro de uma perspectiva feminista na arte contemporânea.
Jonas Tinius é antropólogo da arte e pesquisador de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Antropológica sobre Museus e Patrimônio (CARMAH), Instituto de Etnologia Européia, Universidade Humboldt, Berlim. Seu projeto de pesquisa atual visa entender como as instituições de arte baseadas em Berlim se engajam com noções de alteridade através de estratégias curatoriais críticas.
Juliana Caffé é curadora independente e pesquisadora em arte contemporânea. Possui especialização em Curadoria pela University of Cape Town UCT (África do Sul); em Arte: História, Crítica e Curadoria pela Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão da PUC SP. Integrou a equipe da Associação Cultural Videobrasil entre 2013 e 2017, onde trabalhou na programação das exposições e demais atividades do Galpão VB. É co-curadora e coordenadora da plataforma Conversas em Gondwana. Entre os trabalhos de curadoria destacam-se: a Residência Artística Cambridge, projeto recipiente do Prêmio APCA 2016 na categoria apropriação urbana; o Seminário: Pensar a América Latina | Panorama Político e Cultural na Associação Cultural Videobrasil (São Paulo, 2017), e a exposição How to Remain Silent? na A4 Arts Foundation (Cidade do Cabo, 2017).
Laymert Garcia dos Santos, professor da UNICAMP, foi diretor da Fundação Bienal de São Paulo (2009-2010). Atua principalmente nas seguintes áreas: biotecnologia, tecnologia e arte contemporânea. Atualmente coordena o Laboratório de Cultura e Tecnologia em Rede.
Luiza Crosman é artista, escritora e pesquisadora de dinâmicas institucionais e estratégias especulativas. Seu trabalho geralmente envolve ‘positive feedback loops’, usando sistemas recursivos que se referem a um evento original. Isso se manifesta em desenhos, textos, instalações e oficinas e no interesse de visualizar como as coisas estão em movimento, produzindo constantemente novas possibilidades de futuro. Crosman está atualmente focando nos conceitos visuais em torno da especulação sobre espaços, coletividade e mega-estruturas. Recentemente Crosman participou de exposições e desenvolveu projetos com Josza Gallery, Iselp, Projetos Greylight, Constant, (Bruxelas 2018, 2017, 2016), KW (Berlim, 2017), CAC (Vilnius, 2017) e CCSP (São Paulo, 2017). Projetos atuais e futuros incluem “TRAMA” na 33 Bienal de São Paulo, São Paulo (2018), “Desenhos azuis para potenciais espaços de arte” na Universidade HKB, Berna (2018) e “BLOCC – Alavancagem do Capitalismo Criativo” na SommerAkademie Paul Klee, Berna (2019).
Pedro Cesarino é Professor de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP), suas pesquisas concentram-se na área de antropologia das formas expressivas e etnologia indígena. Desenvolve estudos sobre xamanismo, cosmologia, tradições orais, tradução e antropologia da arte.
Simon Njami é curador independente, crítico de arte e escritor. Ele é o co-fundador e editor-chefe da “Revue Noire”. Anteriormente, Njami foi diretor artístico da Bienal de Fotografia de Bamako de 2000-2010 e co-curador do primeiro pavilhão africano na 52ª Bienal de Veneza em 2007. Foi curador de numerosas exposições de arte contemporânea e fotografia, incluindo Africa Remix (2004-2007) e a primeira feira de arte africana em Joanesburgo em 2008. Em 2014, a exposição Divine Comedy, criada e comissariada por ele, iniciou uma digressão mundial no MMK (Museum für Moderne Kunst) em Frankfurt, passando para o SCADMuseum of Art em Savannah e o Museu Smithsonian de Arte Africana em Washington, DC. Ele é o diretor das Master Classes Pan-africanas em Fotografia, um projeto criado em parceria com o Instituto Goethe; diretor artístico da Fundação Donwahi (Abidjan, Costa do Marfim); assessor da Coleção Sindika Dokolo (Luanda, Angola); secretário do júri especial do World Press Photography Awards; diretor artístico da primeira edição da Off Biennale (Cairo, 2015) e da Bienal de Dak’Art de 2016 e 2018 (Dakar, Senegal), o primeiro e mais importante evento artístico da África.
Virgínia de Medeiros é artista visual, adapta imagens documentais para usos subjetivos e conceituais propiciando a revisão dos modos de leitura da alteridade. Recebeu em 2015 o Prêmio PIPA Júri e Voto Popular e a 5a Edição do Marcantonio Vilaça. Participou várias exposições como 27ª Bienal Internacional de São Paulo (Pavilhão da Bienal, 2006); 31a Bienal de São Paulo, São Paulo (Pavilhão da Bienal, 2014); La réplica Infiel (Centro de Arte 2 de Mayo, Madrid, 2016).
Wura-Natasha Ogunji vive entre Austin (EUA) e Lagos (Nigéria). Seu trabalho transita entre desenhos, vídeos e performances. Seus desenhos feitos em grafite, tinta e bordados à mão sobre papel vegetal são inspirados nas interações cotidianas que ocorrem na cidade de Lagos, das mais íntimas às mais extraordinárias. Já suas performances, exploram a presença feminina no espaço público e tratam de questões como trabalho, lazer, liberdade e banalidades. Atualmente atua como artista-curadora na 33a Bienal de São Paulo com projeto intitulado sempre, nunca a proposta de Ogunji que apresenta um diferencial: é composta somente por obras comissionadas especialmente para a mostra, feitas apenas por artistas mulheres que criarão trabalhos através de um processo curatorial colaborativo e horizontal.
Yudi Rafael é curador independente, pesquisador e artista. Realizou diversas curadorias em São Paulo, tendo atuado, recentemente, como co-curador do projeto Residência Artística Cambridge (2016-17), na Ocupação Hotel Cambridge, e como curador assistente da 2a edição de Frestas: Trienal de Artes, Entre Pós-Verdades e Acontecimentos (2017), no Sesc Sorocaba. Atualmente, é doutorando em Culturas Latino-Americanas e Ibéricas na Universidade Columbia.
setembro 13, 2018
Histórias Afro-atlânticas: Ciclo de conversas Onde estão xs negrxs? no ITO, São Paulo
O Ciclo de conversas "Onde estão xs negrxs?", convida poetas, artistas, dramaturgos, escritores, atores, advogados, historiadores, artevistas e filósofos a debaterem a atuação de profissionais negrxs em diversos setores da sociedade. O mote do ciclo teve origem na pergunta impressa na obra homônima do Coletivo Frente 3 de Fevereiro, uma bandeira estendida na fachada do Instituto Tomie Ohtake e no MASP como parte da exposição Histórias Afro-atlânticas.
18, 19 e 20 de setembro de 2018
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201, Pinheiros, São Paulo, SP
Entrada pela Rua Coropés 88, Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
11-2245-1900
PROGRAMAÇÃO
18 de setembro, às 19h: Salloma Salomão, Allan da Rosa e Nabor Jr e Daniel Lima
Mediação: Hélio Menezes
Salloma Salomão Jovino da Silva é historiador, músico e performer, com 5 CDs lançados pelo selo Aruanda Mundi. É também autor de várias publicações, entre elas, Memórias Sonoras da Noite: Musicalidades africanas no Brasil, nas iconografias do século XIX (Educ, 2002). Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela PUC-SP. É professor no Centro Universitário Fundação Santo André e consultor da Secretaria de Educação do Município de São Paulo. Atualmente, pesquisa teatralidades e dramaturgias negras.
Allan da Rosa é escritor, pedagogo e angoleiro, autor das ficções "Reza de Mãe", "Zumbi Assombra Quem?" e "Da Cabula", entre outros trabalhos premiados em poesia e prosa. Compôs também a obra "Pedagoginga, Autonomia e Mocambagem", ensaio sobre praxis em cultura negra e educação popular e anti-racista. Assinou dramaturgias com companhias de teatro, entre elas a Cia Espanca! (MG) e Os Crespos (SP). Historiador, mestre e doutorando em Educação pela USP, onde estuda Ancestralidade, Imaginário e Cotidiano Negro em São Paulo e nas Américas, já realizou oficinas, recitais, palestras em Cuba, Moçambique, EUA, México, Bolívia, Colômbia e Argentina. Criador do selo "Edições Toró", atua no movimento de literatura das periferias paulistanas e com Educação de Jovens e Adultos há 15 anos.
Nabor Jr. é fundador e diretor da revista “O Menelick 2º Ato”. Jornalista especializado em jornalismo cultural e fotógrafo, atua também como editor da revista “Legítima Defesa – Uma revista de Teatro Negro” e é membro do Núcleo de Comunicação do Museu Afro Brasil.
Daniel Lima (Frente 3 de Fevereiro)
A Frente 3 de Fevereiro é um grupo transdisciplinar de pesquisa e ação direta acerca do racismo na sociedade brasileira. Sua abordagem cria novas leituras e coloca em contexto dados que chegam à população de maneira fragmentada através dos meios de comunicação. As ações diretas criam novas formas de manifestação acerca de questões raciais.
19 de setembro, às 19h: Erica Malunguinho, Daniel Teixeira e Joice Berth
Mediação: Jordana Braz
Erica Malunguinho é artevista, transativista, pretativista, mobilizadora cultural e educadora. Mestra em Estética e História da Arte. Trabalhou como educadora, agente cultural e na formação de gestores e professores. É idealizadora e gestora do quilombo urbano “Aparelha Luzia”, território de artes, culturas e políticas pretas, também visível como instalação estético-política, zona de afetividades e bioma de inteligências pretas. Produz trabalhos em múltiplas linguagens artísticas.
Joice Berth é arquiteta e urbanista, escritora, assessora parlamentar, pesquisa sobre Direito a Cidade com foco em gênero e raça, autora do livro “O que é Empoderamento?” da Coleção Feminismos Plurais.
Daniel Teixeira é advogado e diretor de projetos do CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades; especializado em Direitos Difusos e Coletivos pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(PUC/SP); foi pesquisador-visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, em Nova Iorque; e Fellow do Public Interest Law Institute, em Budapeste. É conferencista no Brasil e internacionalmente e co-autor dos livros “Discriminação racial é sinônimo de maus-tratos: a importância do ECA para crianças negras” e “Diversidade nas empresas e equidade racial”.
20 de setembro, às 19h: Elisa Lucinda, José Fernando Peixoto de Azevedo e Ana Maria Gonçalves
Mediação: Lilia Schwarcz
Elisa Lucinda é poeta, atriz, jornalista, professora e cantora. Possui dezessete livros publicados, dentre os quais a Coleção amigo oculto, de livros infanto juvenis, que lhe rendeu, em 2002, o prêmio Altamente Recomendável (FNLIJ) por “A menina transparente”. A multiartista encena e circula muito de sua obra pelos palcos brasileiros e estrangeiros, e comemora o reconhecimento de ser uma das escritoras que mais popularizam a poesia em nosso tempo... Seu primeiro romance “Fernando Pessoa, o Cavaleiro de Nada”, uma autobiografia do poeta, foi finalista no Prêmio São Paulo de Literatura 2015.
José Fernando Peixoto de Azevedo é professor na Escola de Arte Dramática e no Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Estudou cinema, possui graduação e doutorado em Filosofia pelo Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.. Atua como pesquisador nas áreas de história e estética do teatro brasileiro e do teatro negro, além de estética e filosofia contemporânea. Foi fundador, dramaturgo e diretor do Teatro de Narradores e é colaborador do grupo de teatro negro Os Crespos, além de outros coletivos teatrais como o Chai-na (Isto é um negro?). Atua também como curador. Dirigiu o espetáculo “Navalha na Carne Negra” e publicou, pela editora n-1, o volume da coleção Pandemia intitulado “Eu, um crioulo”.
Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, MG, em 1970. Trabalhou com Publicidade até 2001, quando se mudou para a Ilha de Itaparica e escreveu “Ao lado e à margem do que sentes por mim” e “Um defeito de cor” (Editora Record), ganhador do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007). Já publicou em Portugal, Itália e nos EUA, onde ministrou cursos e palestras sobre relações raciais e fez residência em universidades como Tulane, Stanford e Middlebury. Mora em São Paulo, onde escreve também para teatro, cinema e televisão.
setembro 11, 2018
Ciclo de Debates Agreste Telúrico no Museu do Barro, Caruaru
O agreste, o barro e suas subjetividades em debate
Ciclo de Debates Agreste Telúrico, realizado a partir do dia 13, em Caruaru, se propõe a discutir o papel da Bienal do Barro do Brasil enquanto projeto e também refletir sobre história, arte e memória
Entre os dias 13 e 15 de setembro, o Museu do Barro de Caruaru vai sediar o projeto Agreste Telúrico, idealizado pelo artista Carlos Mélo, com patrocínio do Funcultura. A proposta é realizar um ciclo de palestras e performances que possam ampliar as discussões levantadas na primeira Bienal do Barro do Brasil, “Água mole, pedra dura”, realizada em 2014, e também a importância da mostra para a região e suas repercussões.
A proposta é ir além do debate da Bienal do Barro enquanto projeto, se constituindo como um espaço de reflexões sobre as relações do barro, da tradição, da memória, da história com a arte contemporânea, sobre o lugar dos artesãos e sobre o cenário cultural do agreste pernambucano. A intenção é problematizar as questões conceituais e simbólicas levantadas pela Bienal, assim como da região, cuja tradição cultural vem dessa matéria-prima, o barro, que possibilitou a fama de ícones como os mestres Vitalino e Galdino.
A primeira Bienal do Barro foi motivada pelo interesse de levar a arte contemporânea até uma região onde a tradição e a matéria são os constituintes principais da produção artística. “Quando comecei a pensar a bienal, lá atrás, existia uma dúvida se chamaria o evento realmente de bienal, devido ao desgaste da palavra. Mas como era a primeira, optei por manter esse nome, numa espécie de contravenção. Criei essa mostra que pretendia discutir a questão do barro, indo além da cerâmica. Agora, voltamos a falar sobre a necessidade e a finalidade de uma bienal e o porquê de ter uma em que o barro seja o ponto central de reflexão”, pontua Carlos Mélo.
O ciclo de debates também aposta, assim como a bienal, na descentralização, invertendo o fluxo. As bienais acontecem geralmente nas capitais, aqui ela foi deslocada para o interior e é no seu local de realização que ela também será debatida e pensada. “Uma vez que a bienal só faz sentido se estiver em total conexão com os interesses da comunidade, e possa assim criar condições, não só para o resgate da tradição, mas também para propor em sua continuidade a ampliação e produção de novos sentidos”, defende Mélo.
No primeiro dia do evento, o mote da discussão será “Por que uma Bienal?”, com a participação de Raphael Fonseca (RJ), que foi o curador da primeira edição da mostra, e de Marcus Lontra (SP), outro nome de destaque na cena curatorial brasileira. Para tornar o diálogo mais profícuo, a mesa será composta por três mediadores de Pernambuco, a diretora do Museu do Barro de Caruaru, Maria Amélia, e pelos artistas Sonia Costa e Abel Carvalho (PE). Sonia Costa aproveitará o espaço do evento para fazer uma instalação com cabaças, ainda sem título, e apresentará a performance Sopro. A artista vai aproveitar a passagem por Caruaru para realizar também um vídeo performance. O pernambucano Abel Carvalho também vai apresentar trabalhos que refletem sobre memória, pertencimento e história.
No segundo encontro, dia 14, o anagrama Agreste/Resgate, trabalhado recorrentemente por Carlos Mélo em suas obras, vai suscitar questões relativas ao lugar, sua história, memória e tradição, e contará com a participação de Mélo, dos artistas José Rufino (PB), Sonia Costa e Abel Carvalho (PE), e da professora e fotógrafa Juliana Leitão.
Fechando o ciclo, a pergunta que norteará os debates do terceiro dia será: “Por que uma Bienal do Barro?”. A proposta é que os artistas Sonia Costa, Carlos Mélo, Abel Carvalho e Marcelo Cidade (SP), junto com o jornalista e pesquisador Paulo Carvalho, discutam a simbologia do barro e o que ele representa como contribuição para a contemporaneidade. A ideia é que o artista Marcelo Cidade proponha um projeto para a próxima edição da Bienal do Barro do Brasil, cuja data ainda não está definida.
No dia 14, após a conversa, Mélo vai apresentar uma performance, que usará o anagrama Agreste/Resgate como eixo conceitual do projeto da Bienal do Barro. Curiosamente, a proposta da bienal se formou através de experiências com a palavra, no poema ‘ocorpobarroco’, outra instalação do artista, que foi fracionado em “o corpo, o barro e o oco”, como espécie de tripé poético. O barro virou uma bienal, o corpo e o oco são plataformas conceituais do trabalho do artista. A proposta da performance é compartilhar essa experiência, realizando uma reflexão sobre a arte hoje, como uma obra pode ser um projeto cultural, algo além do objeto artístico.
Entre a zona da mata e o sertão esse entre-lugar, que é o agreste. O “resgaste” proposto por Mélo é uma reconstrução da subjetividade de uma comunidade de artesãos e de uma região cuja fonte cultural é o barro. Com leituras de textos, exibição de vídeos e de obras, a performance acontecerá em vivo contato com as pessoas presentes. “Resgatar, não e trazer de volta, uma imagem ou um estereótipo ou um artístico. Nossa proposta é transcultural, ela pretende trazer diálogos cruzamentos, atualização de linguagem, um olhar contemporâneo sobre a cultura popular”, diz.
O projeto contará com ações de inclusão para portadores de deficiência. Haverá intérprete de Libras para as palestras e mesas.
13/9 - 14h - 18h: Palestra
Tema: Por que uma Bienal? Por que o modelo "Bienal" e como a Bienal do Barro contribui no contexto local, nacional e internacional.
Palestrantes: Marcus Lontra (SP) e Raphael Fonseca (RJ). Mediadores: Maria Amélia, Sonia Costa e Abel Carvalho (PE)
14/9 - 14h - 17h: Palestra
Tema: Agreste/Resgate. O anagrama Agreste/Resgate, suscita questões relativas ao lugar, sua história, memória e tradição.
Palestrantes: José Rufino (PB) e Carlos Mélo (PE). Mediadores: Juliana Leitão, Sonia Costa e Abel Carvalho (PE)
14/9 - 17h-18h: Performance de Carlos Mélo
15/9: Palestra
Tema: Por que uma Bienal do Barro? Qual a simbologia da matéria prima do Barro e o quê ela representa como contribuição para a contemporaneidade.
Palestrantes: Sonia Costa, Carlos Mélo e Marcelo Cidade (SP). Mediador: Abel Carvalho (PE) + Paulo Carvalho (PE)
Local: Museu do Barro de Caruaru
Praça Cel. José de Vasconcelos 100, Centro, Caruaru, PE
81-3727-7839 ou 3721-2545
setembro 6, 2018
Encontros sobre arte na Simone Cadinelli, Rio de Janeiro
A convite da galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, a artista e professora Tania Queiroz coordena o projeto "Encontros sobre arte", uma série de palestras e conversas com profissionais e artistas, com foco na formação de público para a arte. O módulo 1 do programa aborda a arte contemporânea e tem como palestrantes Marcelo Campos, Felipe Scovino e Clarissa Diniz.
12 e 19 de setembro e 3 de outubro de 2018, quartas-feiras, das 18h30 às 20h30
Simone Cadinelli Arte Contemporânea
Rua Aníbal de Mendonça 171, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ
21-3496-6821
Investimento: R$ 400,00
O primeiro módulo tem como objetivo criar uma aproximação dos participantes com repertório, obras e questões da arte contemporânea, a partir de apresentação de trabalhos de artistas da atualidade, tanto do cenário nacional quanto do internacional, além de breves leituras e apresentação de exposições. Também serão abordados assuntos como o contemporâneo e a arte, o objeto artístico indistinguível, o imaterial e o efêmero na contemporaneidade, entre outros, afirma Simone Cadinelli.
SOBRE OS PALESTRANTES
12 de setembro
Marcelo Campos é curador, crítico de arte, possui mestrado e doutorado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e diretor do Departamento Cultural da mesma universidade. Atua como curador do Museu de Arte do Rio. Criou e coordena a Escola sem Sítio.
19 de setembro
Felipe Scovino é professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Suas áreas de interesse são: curadoria; arte contemporânea, especialmente a produção artística brasileira relacionada aos anos 60 e 70, além de obras que tenham relação com os temas do silêncio e da imaterialidade. Atua também como crítico de arte e curador.
3 de outubro
Clarissa Diniz é crítica de arte, e professora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Foi curadora do Museu de Arte do Rio de Janeiro desde sua inauguração até 2018, foi curadora assistente do Programa Rumos Artes Visuais2008/2009 (Instituto Itaú Cultural, São Paulo) e, entre 2008 e 2010, integrou o Grupo de Críticos do Centro Cultural São Paulo, CCSP.
setembro 2, 2018
Seminário e Curso de Formação em Mediação Cultural na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
O Seminário de Formação em Mediação acontece nos dias 5, 6 e 7 de outubro (de sexta a domingo), com entrada franca a todos os interessados, para fomentar os debates que cercam as práticas de mediação, experiência e acesso à arte e cultura. Já o Minicurso A Escola e o Museu, o Professor e o Mediador acontece nos dias 9, 10 e 11 de outubro (de terça a quinta-feira) e é destinado a profissionais da área de museologia, artistas, mediadores, curadores e professores.
Inscrições até o dia 30 de setembro de 2018
Fundação Iberê Camargo
Avenida Padre Cacique 2000, Praia de Belas, Porto Alegre, RS
Informações: 51-3247-8000 ou educativo@iberecamargo.org.br
O Programa Educativo da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre/RS, realiza em outubro duas ações que têm por objetivo contribuir efetivamente para a formação de profissionais que atuam nos campos da arte e educação: o Seminário de Formação em Mediação e o Minicurso A Escola e o Museu, o Professor e o Mediador. As inscrições estão abertas.
As atividades vão contar com a presença do professor de Filosofia e Educação na Universidade de Barcelona (Espanha), Jorge Larrosa, especialista em mediação cultural. No dia 7, o professor realiza a conferência de encerramento do seminário, intitulada Renovar um mundo comum, que trata de aplicar à escola e ao museu a concepção arendtiana de educação como transmissão, comunicação e renovação do mundo. Após a conferência, Larrosa promove o lançamento de seus livros mais recentes sobre o ofício de professor. Os livros serão apresentados e comentados por profissionais da área de educação e educação artística.
O Seminário de Formação em Mediação acontece nos dias 5, 6 e 7 de outubro (de sexta a domingo), com entrada franca a todos os interessados, para fomentar os debates que cercam as práticas de mediação, experiência e acesso à arte e cultura. Além de Larrosa, participam do seminário Marcus Lontra - crítico de arte e curador independente, Zita Possamai – pós-doutora e professor no Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio e Daniela Name - curadora, crítica de arte, jornalista e professora (confira as informações e a programação no serviço abaixo).
Já o Minicurso A Escola e o Museu, o Professor e o Mediador acontece nos dias 9, 10 e 11 de outubro (de terça a quinta-feira) e é destinado a profissionais da área de museologia, artistas, mediadores, curadores e professores. Ministrado pelo professor Jorge Larrosa, o minicurso vai abordar temas como A mediação artística como artesania; Espaços, tempos, materialidades e práticas da mediação artística e O vocabulário do ofício de mediador. Para cada um dos três encontros serão indicados trechos de livros para leitura e, então, discutir semelhanças e diferenças entre a escola e o museu e entre o ofício de professor e o ofício de mediador (veja a programação e informações no serviço abaixo).
Sobre Jorge Larrosa
Os trabalhos de Jorge Larossa situam-se entre a filosofia, a literatura, o cinema e a educação. Seus principais temas de trabalho se relacionam entre a experiência, linguagem, subjetividade e educação, assim como a materialidade dos dispositivos artísticos, culturais e educativos. Pós- doutorado em Paris e Londres, Larossa é autor de vários livros e quase uma centena de artigos em revistas de diferentes países. Entre suas obras destacam-se a conferência “Experiência e Educação” no curso “Arte e Mediações” (29ª Bienal de São Paulo, 2011), o projeto teatral “Ensaios Ignorantes” (com Juliana Jardim, SESC Interlagos, São Paulo, 2011), a curadoria de “Palavra Muda” (projeto teatral com Zebba Dalfarra, Ausgang Teatro e a Escola de Artes Cênicas da Universidade de São Paulo, 2013), a residência artística “Palavra Muda” (no 7º Festival de Dança Interação e Conectividade, Salvador/ Bahia, 2013), o curso “Bens públicos / bens comuns - Arte, educação e acessibilidade” (31ª Bienal de São Paulo, 2014), e a direção do Laboratório "Mais Diferenças de Experimentação e Educação e Cultura Inclusiva" (desde 2013).
Programação Seminário de Formação em Mediação - Dias 5, 6 e 7 de outubro (sexta a domingo)
Dia 5 de outubro, sexta - O que é, para que serve e para quem é o museu?
14h - Credenciamento
14h30 - Seminário Por um Museu Acessível como Ponto de Partida, Marcus Lontra
16h - Coffee Break
16h30 - Oficina de práticas em mediação, com Programa Educativo da Fundação Iberê
18h - Seminário Museu, História e Formação, com Zita Possamai
20h - Encerramento
Dia 6 de outubro, sábado - Quem faz o museu?
14h - Credenciamento
14h30 – Palestra Curadoria, educativo e critica de arte, com Daniela Name
16h - Coffee Break
16h30 - Conversa Afetividade e Formação de novos públicos, com Programa Educativo da Fundação Iberê
18h - Apresentação musical no Átrio da Fundação Iberê
19h - Encerramento
Dia 7 de outubro, domingo - Para onde vai o museu?
14h - Credenciamento
14h30 - Seminário Renovar um mundo comum, com Jorge Larrosa
18h - Encerramento e entrega de certificados
Número de vagas: 100
Inscrições até o dia 30 de setembro (ou enquanto houver vagas), pelo site www.iberecamargo.org.br
Entrada franca
Programação Curso A Escola e o Museu, o Professor e o Mediador - Dias 9, 10 e 11 de outubro
Dia 09 - Das 14h às 17h - A mediação artística como artesania
Dia 10 - Das 14h às 17h - Espaços, tempos, materialidades e práticas da mediação artística
Dia 11 - Das 14h às 17h - O vocabulário do ofício de mediador
Número de vagas: 30
Inscrições até o dia 30 de setembro neste link
Valor: R$ 350,00
V Seminário Internacional ARTE!Brasileiros no Auditório Ibirapuera, São Paulo
V Seminário Internacional ARTE!Brasileiros: Arte Além da Arte
O tema “Arte além da Arte” será abordado por artistas, sociólogos, acadêmicos, curadores, diretores de bienais, museus, fundações e diretores criativos de diversas bienais atuantes no período. A arte contemporânea impregna profundamente a produção artística dos últimos 50 anos. As mudanças e debates culturais acompanham avanços e retrocessos que envolvem o Século XXI.
6 de setembro de 2018, quinta-feira, 9h30
Auditório Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral, Parque do Ibirapuera, Portão 2, São Paulo, SP
Os ingressos serão distribuidos na bilheteria do auditório 1 hora antes da abertura. A distribuição será realizada por ordem de chegada sendo restrita a 2 unidades por pessoa.
O Seminário terá início às 9h30, com a projeção exclusiva da obra “AGAIN”, do artista alemão Mario Pfeifer, que estará presente para abrir o evento e debater o trabalho na sequência. A obra está em exibição na Bienal de Berlim e é uma imponente reflexão sobre o comportamento de países europeus junto aos imigrantes e cidadãos frente os enormes movimentos migratórios atuais.
O primeiro painel abordará o tema Geopolítica e Arte, com Aníbal Jozami, sociólogo, reitor da UNTREF – Universidad Nacional 3 de Fevereiro de Buenos Aires e Diretor de BIENALSUR e João Fernandes, diretor-adjunto do Museu Nacional de Arte Reina Sofia de Madrid. Foi diretor do Museu de Serralves entre 2003 e 2013. Fernandes organizou e curou a representação portuguesa da 1ª Bienal de Johannesburg (1995), da 24ª Bienal de Arte de São Paulo (2003) e, junto com Vicente Todolí, da 50ª Bienal de Veneza (2003).
Este painel conta com a participação da artista chilena Voluspa Jarpa, que desenvolve uma obra ligada à pesquisa e ao estudo de arquivos, especialmente sobre arquivos de CIA. Sua obra se volta para a história e suas representações.
Participa ainda Diana Weschler, argentina, historiadora de arte, pesquisadora, diretora da área de arte e cultura da UNTREF e atual diretora artística da BIENALSUR.
Completa o painel um vídeo exclusivo de Leoluca Orlando, prefeito de Palermo, na Sicília, cidade que recebe a bienal europeia Manifesta 12, em cartaz até 4 de novembro. Orlando ocupa o cargo de prefeito da cidade pela terceira vez, tendo se destacado no combate à máfia e no apoio às artes como forma de integração social e cultural.
A partir das 14h, o segundo painel abordará A Arte Além da Arte com curadores de bienais.
Estarão presentes o curador da 33ª Bienal de São Paulo, Gabriel Pérez-Barreiro, que apresentará sua proposta Afinidades Eletivas; Nydia Gutierrez, venezuelana, diretora artística do Museu de Antioquia, em Medellín, na Colômbia, e diretora-artística do Encontro Internacional de Arte de Medellín (MDE15) . Gutiérrez também foi curadora do Museu de Belas Artes de Caracas e atualmente dá aulas de curadoria na Universidade Nacional da Colômbia, no programa de mestrado em Museologia.
O brasileiro Paulo Tavares, co-curador da próxima Bienal de Arquitetura de Chicago, que acontece em 2019. Ele trabalhou em pareceria com o grupo Forensic Architecture, candidato ao Turner Prize deste ano, e é professor da Universidade de Brasília. Em 2017, criou a agência Autonoma, uma plataforma dedicada a pesquisa e intervenção espacial. E ainda a presença de Anneliek Sijbrandij, nascida em Breda, Netherlands. Advogada, estudou Modern & Contemporary Art em Londres e fundou em 2014 o projeto sem fins lucrativos The Verbier Art Summit, uma plataforma para discutir a inovação e a multidisciplinariedade na arte.
As 16h30, para encerrar o Seminário Internacional, contaremos com a presença dos diretores da Fundação Cultural Montblanc, Sam Bardaouil e Till Fellrath, que farão uma apresentação sobre a fundação e farão a entrega do Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage ao projeto JAMAC. Representando o JAMAC, a artista brasileira Mônica Nador receberá o prêmio e também apresentará seu trabalho.