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dezembro 13, 2017
O teor político das artes hoje: debate com curadores no CPF do Sesc, São Paulo
Curadores de quatro exposições em cartaz em São Paulo - "Ensaio de Tração"/Estação Pinacoteca; "Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina"/Memorial da Resistência; "Levantes"/ SESC-Pinheiros; e "20o Festival de Arte Contemporânea SESC-VIDEOBRASIL"/SESC Pompéia – debatem os (des)encontros entre arte e política no Sesc.
15 de dezembro de 2017, sexta-feira, das 14h às 18h30
Centro de Pesquisa e Formação do Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto 285 – 4º andar, São Paulo, SP
11-3254-5600
Segunda a sexta, das 10h às 22h., sábados, das 9h30 18h30
APRESENTAÇÃO
Curadores de quatro exposições em cartaz em São Paulo - "Ensaio de Tração"/Estação Pinacoteca; "Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina"/Memorial da Resistência; "Levantes"/ SESC-Pinheiros; e "20o Festival de Arte Contemporânea SESC-VIDEOBRASIL"/SESC Pompéia – se reúnem no dia 15 de dezembro no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc para debaterem sobre a atual paisagem artística, destacando seu momento de ação/transformação política. São eles: Jochen Volz, Juliana Braga de Matos, Márcio Seligmann-Silva, Miguel Chaia, Ana Pato e Diego Matos, Marilia Bonas, e Priscila Arantes (Paço das Artes; PUC-SP). Na pauta das discussões, as novas versões do (des)encontros entre política e as artes.
Se desde os anos 1960 percebe-se com certa clareza um viés político das artes, como elas tensionam criticamente o mundo, não deixa de ser verdade que esse compromisso com a política se transformou. O derretimento das grandes narrativas levou tanto à crise da política e das utopias, como alavancou novas propostas heterotópicas.
As artes se inserem aí como agentes tanto de inscrição da violência institucional e cotidiana, como também enquanto agenciadoras de novas sensibilidades. Elas permitem uma ação tanto na micropolítica como além dela. Seja em exposições, nas cidades, na mídia ou na web, existe uma prática artística plural que entra em conflito e responde também aos neo-discursos-nomológicos, fundamentalistas e fascistas, que não admitem o jogo diferencial, a linguagem das artes com seu caráter aberto, criativo e desestruturador/estruturador das identidades.
PROGRAMAÇÃO
1° Mesa: 14h - 16h
Jochen Volz (co-curador de "Ensaio de Tração"/Estação Pinacoteca);
Juliana Braga de Matos (co-curadora da "Levantes"/ SESC-Pinheiros);
Márcio Seligmann-Silva (curador de "Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina"/Memorial da Resistência) -
Mediador: Miguel Chaia (PUC-SP)
2° Mesa: 16h30 - 18h30
Ana Pato e Diego Matos (curadores convidados do 20o Festival de Arte Contemporânea SESC-VIDEOBRASIL/SESC Pompéia);
Marilia Bonas (diretora do Memorial da Resistência) -
Mediadora: Priscila Arantes (Paço das Artes; PUC-SP)
dezembro 7, 2017
Dragão Floresta Abundante: projeção de filmes chineses no CCBB, Brasília
Em cartaz no CCBB, exposição Dragão Floresta Abundante inclui mostra de cinema chinês, em cartaz entre 12 e 17 de dezembro
Filmes marcaram a trajetória do artista Christus Nóbrega e dialogam com obras que compõem a exposição. A exposição prossegue até 21 de janeiro.
Quem visita a exposição Dragão Floresta Abundante, de Christus Nóbrega, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Brasília), se encanta com a visão muito particular da China, que revela aspectos ainda pouco conhecidos do olhar brasileiro. Agora, o público terá a chance de dar um mergulho mais profundo na cultura chinesa com uma mostra de filmes que marcaram a passagem do artista pelo imenso país asiático, exibida no cinema do CCBB Brasília entre 12 e 17 de dezembro. A exposição continua em cartaz até o dia 21 de janeiro.
Entre os destaques da mostra está Voltando para casa, de Zhang Yimou. O filme foi essencial para que Christus entendesse melhor a revolução cultural da China e suas consequências. Para ele, foi marcante a experiência de assistir à obra na própria TV chinesa.
Outra produção que inspirou o artista foi o curta-metragem Mama Rainbow, de Fan Popo, documentário que relata como seis mães de diferentes partes da China reagiram ao descobrir que os filhos são homossexuais. Fan Popo é um dos únicos cineastas que discutem o tema LGBT na China. Christus teve a chance de conhecê-lo e, por meio desse encontro, pode compreender melhor a questão de gênero e o feminismo na China, o que se reflete em algumas das obras da exposição Dragão Floresta Abundante.
Com curadoria da historiadora da arte Renata Azambuja – atuante em residências artísticas –, Dragão Floresta Abundante é resultado da residência artística de Christus Nóbrega na China. O trabalho propõe uma rede de reflexões sobre diferentes tecnologias, desde as mais arcaicas – como o mapa e a pipa – até as mais modernas como o GPS de celular.
PROGRAMAÇÃO
Mostra de Cinema Dragão Floresta Abundante
De 12 a 17 de dezembro de 2017
Ingressos a R$10 e R$5 (meia)
Local: CCBB Brasília, SCES Trecho 2, Brasília, DF
61-3108-7600
Terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Exposição até 21 de janeiro de 2018
12 de dezembro, terça-feira
19h - A ária do Rio Amarelo
13 de dezembro, quarta-feira
19h - Mama Rainbow
19h30 - Voltando para casa
14 de dezembro, quinta-feira
19h - Espírito de Lobo
15 de dezembro, sexta-feira
19h - Mama Rainbow
19h30 - Voltando para casa
16 de dezembro, sábado
16h - Upa - Meu Monstro Favorito
19h - Eu sou alguém
17 de dezembro, domingo
16h - Espírito de Lobo
19h - A ária do Rio Amarelo
SINOPSES
A ÁRIA DO RIO AMARELO (YELLOW RIVER ARIA - LAO QIANG, 91 MIN, GAO FENG ZI GENG. Drama, 2016)
Shao Han Tian é o chefe de uma família herdeira da tradicional cultura dos teatros de sombra Lao Qiang, na província de Shaanxi. Somente filhos com laços de sangue podem herdar a aprender a arte tradicional, mas a presença do filho adotivo de Shao traz à tona um dilema.
ESPÍRITO DE LOBO (WOLF TOTEM, 121 MIN, JEAN-JACQUES ANNAUD. DRAMA, 2015)
Em 1967, Chen Zhen, um jovem estudante de Pequim, é enviado para viver entre os pastores nômades da Mongólia Interior, onde a relação entre homens e lobos é sagrada. Mas, o futuro das tribos é ameaçado por um oficial.
EU SOU ALGUÉM (I AM SOMEBODY, 134 MIN, DEREK TUNG-SHING YEE. COMÉDIA, 2015)
Um rapaz que vive no interior da China sonha em ser uma estrela do cinema. Seguindo seu grande desejo, ele parte para a capital da indústria cinematográfica, Hengdian, onde encontra companheiros que compartilham o mesmo sonho.
MAMA RAINBOW (MAMA RAINBOW, 28 MIN, FAN POPO. DOCUMENTÁRIO, 2012)
Mama Rainbow é um curta-metragem documental que reúne seis mães de diferentes partes da China, que conversam abertamente sobre suas experiências de descobrir que seus filhos são gays e como elas começam a enxergam além da orientação sexual de cada um deles. No processo, essas mães encorajam outras famílias e aceitar seus filhos como são. LEGENDAS EM INGLÊS.
UPA - MEU MONSTRO FAVORITO (MONSTER HUNT, 116 MIN, RAMAN HUI, FANTASIA / FICÇÃO CIENTIFICA)
Um bebê monstro Huba é uma criança filha de um humano e uma rainha monstro. Ameaçado por ambos, humanos caçadores de monstros e pelos próprios monstros que estão tentando capturar o recém-nascido em um mundo antigo baseado na China medieval.
VOLTANDO PARA CASA (COMING HOME, 90 MIN, ZHANG YIMOU. DRAMA, 2016)
Durante a Revolução Cultural da China no início de 1970, Lu Yanshi (Chen Daoming) é enviado para um campo de trabalho forçado. Ele tenta fugir, mas por causa de sua filha, uma estudante de balé mimada chamada Dandan (Zhang Huiwen), o plano fracassa. Com o fim da revolução, Lu retorna pra casa, mas encontra sua esposa Feng Wanyu (Gong Li) sem memória. Sem conseguir reconhecê-lo, ela espera pacientemente pelo retorno de seu marido.
dezembro 6, 2017
Seminário Internacional Revisitando Pop no MAM, São Paulo
Museu Arte Moderna de São Paulo promove seminário Revisitando o Pop/Flipping Pop. O evento explora a sinergia entre duas mostras de 1967: a IX Bienal de São Paulo, conhecida como a ‘Bienal do Pop Art’ e a exposição ‘Nova Objetividade’ - ponto de partida conceitual para o 35º Panorama da Arte Brasileira, em cartaz no MAM.
8 e 9 de dezembro de 2017, sexta-feira e sábado (ver horários abaixo)
Museu de Arte Moderna de São Paulo - Auditório
Av. Pedro Álvares Cabral s/nº - Portão 3, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP
APRESENTAÇÃO
O Museu de Arte Moderna de São Paulo promove nos dias 8 e 9 de dezembro de 2017 o seminário internacional Revisitando o Pop/Flipping Pop, dentro da programação do 35º Panorama da Arte Brasileira Contemporânea, em cartaz no museu até 17 de dezembro. Coordenado pelo Instituto MESA, e por Luiz Camillo Osorio, que assina a curadoria do 35º Panorama, o seminário propõe explorar as sinergias entre duas importantes exposições de 1967, revisitadas por ocasião dos seus 50º aniversários: a contribuição americana para a IX Bienal de São Paulo, conhecida como a “Bienal do Pop Art” e a exposição/manifesto “Nova Objetividade Brasileira”, sintetizando a proposta das novas vanguardas brasileiras, organizada por um grupo de artistas e críticos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio). Ressalta-se o legado destas convergências históricas para o contemporâneo na retomada do texto “Esquema Geral da Nova Objetividade” escrito por Hélio Oiticica e usado como ponto de partida conceitual para a curadoria do 35º Panorama.
Com o apoio da Terra American Art Foundation, o seminário busca expandir as análises predominantes da pop art para além do eixo Nova York - Londres e da celebração da cultura de consumo ocidental através de novas leituras críticas, lugares e perspectivas de fala. O propósito do encontro é examinar como os artistas da época desafiaram os mitos modernistas de pureza estética criando novas zonas de hibridação política, cultural e social. Para Mário Pedrosa essa foi a virada pós-moderna. Cabe indagar diante do contexto contemporâneo, cada vez mais fragmentado e complexo, como podemos , a partir do que o teórico Walter Mignolo sugere como uma certa "desobediência epistêmica", abordar estas releituras? Ou seja, como podemos descolonizar as leituras históricas da arte e desvincular, tanto em conteúdo como em método, as macro-narrativas e posições tradicionais, retrabalhando-as a partir de diferentes pontos de vista? O seminário internacional Revisitando o Pop/Flipping Pop buscará catalisar estas possibilidades através de novas leituras da pop art americana e das práticas das vanguardas brasileiras dos anos 1960.
Organizado pelo Smithsonian Institute, a contribuição americana para a IX Bienal de São Paulo contou com uma retrospectiva de Edward Hopper e a exposição “Environment USA 1957 – 1967”, apresentando trabalhos de Robert Rauschenberg, Edward Ruscha, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg e Andy Warhol, entre outros. O comissário, o então curador do MoMA William C. Seitz, desenhou um paralelo "não sentimental e às vezes irônico, humorístico ou desencantado" entre a vida americana de Hopper antes da década de 1920 e a década de 1960. A seleção incluiu Three Flags, por Jasper Johns, Gas Station por Edward Ruscha, e Buffalo II, por Robert Rauschenberg além de três obras de Warhol da sua série Death and Disaster (1962 - 1967). Essas obras e a afirmação de Seitz sugerem uma compreensão do pop além de seu verniz consumista. Ao mesmo tempo, no contexto da ditadura militar (1964 - 1985), uma geração de artistas radicalizava sua busca por um posicionamento específico da vanguarda brasileira articulada pela síntese de Oiticica nas proposições do Esquema Geral da Nova Objetividade. Ressalta-se a atualidade deste texto no foco em mudanças ético-estéticas, no engajamento social e político, na redefinição de uma vontade construtiva e no retorno à questão da anti-arte. Além disso, intensifica-se o trânsito de exilados e a diáspora artística juntamente com as sinergias transnacionais da contracultura da década de 1960, produzindo experiências vitais do pop como as obras -manifesto Exploding Plastic Inevitable de Andy Warhol nos EUA e a Tropicália de Oiticica no Brasil.
Através destas várias perspectivas, o seminário busca deflagrar outras formulações do pop através de novos diálogos Brasil-Estados Unidos, reunindo pesquisadores brasileiros, artistas, estudantes e convidados internacionais. A ocasião será composta por duas conferências e três mesas redondas com foco nas releituras históricas e contemporâneas do pop, nas exposições de 1967, o camp e as diversas relações entre as práticas artísticas e o espaço social na década de 1960, tendo, como pano de fundo, a exposição apresentada no 35º Panorama da Arte Brasileira.
PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira, 8 de dezembro
14h Conferência: Flora Süssekind
16h Mesa redonda: Releituras do Pop e das vanguardas dos anos 60
Analisa a recepção crítica da Bienal “Pop” em 1967 e (re) leituras históricas e contemporâneas do Pop e da Nova Objetividade Brasileira
- Jessica Gogan
- Sônia Salzstein
- Sérgio B. Martins (mediação)
Sábado, 9 de dezembro
10h Mesa redonda: (Tropi) Camp
Explora o conceito do camp no trabalho de Andy Warhol e Hélio Oiticica, no cinema e no jogo entre margens e mainstream, no momento cultural dos anos 60
- Denilson Lopes
- Luiz Fernando Ramos
- Max Hinderer Cruz (mediação)
14h Conferência: Jonathan Flatley
16h Mesa redonda: Do museu para a rua/da rua para o museu
Investiga os entrelaçamentos entre práticas artísticas, os espaços sociais e a sensibilidade pop na década de 1960
- Izabela Pucu
- Kenneth Allan
- Ana Maria Maia (mediação)
CONFERENCISTAS E PALESTRANTES
Ana Maria Maia é pesquisadora, curadora e professora de arte contemporânea, doutoranda em Teoria e Crítica de Arte na Universidade de São Paulo e membro do Conselho Consultivo do MAM-SP. Foi curadora adjunta do 33º Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2013) e curadora do Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (2011-12). Fez parte do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake (2011-2013) e foi assistente de curadoria da 29ª Bienal de São Paulo (2009-2010). Realizou diversas curadorias, tais como “Experimente também em outros horários" (Trienal de Sorocaba, 2015) e "Elefante branco com paninho em cima" (MIS, São Paulo, 2016). Organizou os livros Sobre artistas como intelectuais públicos (Casa Tomada e Prólogo Editora, 2012), Flávio de Carvalho (Editora Azougue, 2015) e Arte-veículo: intervenções na mídia de massa brasileira (Editora Aplicação, 2016).
Denilson Lopes é professor associado da Escola de Comunicação da UFRJ e pesquisador do CNPq. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) e da Associação Brasileira de Estudos de Homocultura (ABEH). É autor de No Coração do Mundo: Paisagens Transculturais (Rio de Janeiro: Rocco, 2012), A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens ( Brasília: EdUnB, 2007), O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002), Nós os Mortos: Melancolia e Neo-Barroco (Rio de Janeiro: 7Letras, 1999), organizador de O Cinema dos Anos 90 (Chapecó: Argos, 2005), co-organizador de Silviano Santiago y los Estudios Latinoamericanos (Pittsburgh: Iberoamericana, 2015) e Cinema, Globalização e Interculturalidade (Chapecó: Argos, 2010). Afetos, Relações e Encontros com Filmes Brasileiros Contemporâneos (Hucitec Editora 2017).
Flora Süssekind trabalha como pesquisadora no Setor de Filologia do Centro de Pesquisa da Fundação Casa de Rui Barbosa e como professora associada no curso de Estética e Teoria do Teatro do Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Com graduação, mestrado e doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, é autora, entre outros livros, de Tal Brasil, qual romance?, Literatura e Vida Literária, Cinematógrafo de Letras, Papéis Colados, A Voz e a Série e O Brasil não é longe daqui. Tem focado seus estudos em historiografia literária e teatral, na cultura oitocentista brasileira, na produção cultural contemporânea, na escrita poética e teatral, nas relações entre arte e técnica, entre a literatura e outras artes e em formas diversas de intervenção crítica.
Izabela Pucu é artista, curadora, pesquisadora e gestora cultural. Doutora em História e Crítica da Arte PPGAV/EBA/UFRJ. Diretora e curadora do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (2014-2016). Coordenadora de Projetos da EAV Parque Lage (2008 a 2011). Pesquisadora do livro Mario Pedrosa: primary texts, (orgs. Glória Ferreira e Paulo Herkenhoff, MoMA/NY, 2016), organizou os livros Roberto Pontual obra crítica (Prefeitura do Rio/Azougue, 2013), Imediações: a crítica de Wilson Coutinho (Funarte/Petrobrás, 2008) e foi curadora das exposições Osmar Dillon: não objetos poéticos (2015), Relandscape/Repaisagem, de Ivan Henriques, A lágrima é só o suor do cérebro, de Gustavo Speridião (2016).
Jessica Gogan é curadora, educadora e diretora do Instituto MESA e co-editora da Revista MESA. Doutora em História da Arte pela Universidade de Pittsburgh nos EUA (2016). Entre seus projetos recentes são o livro Domingos da Criação: um coleção poética do experimental em arte e educação (a ser lançado em dezembro 2017) premiado pelo Itaú Rumos 2015-2016; O sentido do público na arte – encontros considerando as singularidades regionais brasileiras em três distintos contextos; exposição e residência do artista brasileiro José Rufino no Museu Andy Warhol (Pittsburgh, EUA), onde foi diretora de educação e curadora de projetos especiais (1997 – 2009).
Jonathan Flatley é professor associado da literatura inglês na Wayne State University. Foi co-organizador da coletânea Pop Out: Queer Warhol (1996) e autor de Affective Mapping: Melancholia and the Politics of Modernism (2008) e Like Warhol (2017), recém lançado pela University of Chicago Press, onde examina a prática do artista e os impulsos utópicos e queer que o animam. Formado no Programa de Pós-Graduação em Literatura da Duke University em 1990-1996, onde trabalhou com Fredric Jameson e Eve Sedgwick, sua pesquisa e ensino estão comprometidos com uma abordagem comparativa da experiência da modernidade, com foco nas tradições culturais afro-americanas, americanas e russas. A capacidade da arte para representar e criar experiências afetivas coletivas tem sido um foco constante de seu trabalho.
Ken Allan é professor associado de História da Arte na Universidade de Seattle. Recebeu seu mestrado e doutorado na Universidade de Chicago. Pesquisa sobre arte nos anos 1960, Los Angeles, urbanismo e espectadores. Publicou nos periódicos The Art Bulletin e Art Journal e no livro Pacific Standard Time: Los Angeles Art, 1945-1980. Contribui vários ensaios para catálogos de exposições, como o Aleph americano: Wallace Berman; Pop Departures e The City Lost and Found: Capturar Nova York, Chicago e Los Angeles, 1960-1980. Seu projeto de livro atual é intitulado Object Lessons: Experiencing Pop Art in 1960 Los Angeles.
Luiz Fernando Ramos é professor associado do Departamento de Artes Cênicas da USP e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da ECA/USP. É pesquisador do CNPq e coordenador do Grupo de Investigação do Desempenho Espetacular. Criou e coeditou entre 2000 e 2010 a revista Sala Preta e, desde 2014, reassumiu a publicação, agora em versão eletrônica e filiada ao portal de periódicos da USP. Foi crítico de teatro da Folha de São Paulo entre 2008 e 2013. É autor de O parto de Godot e outras encenações imaginárias: a rubrica como poética da cena (Hucitec, 1999) e de Mimesis Peformativa: a margem de invenção possível (Annablume, 2015).
Max Jorge Hinderer Cruz é escritor, tradutor e critico focando nos estudos Latino-Americanos e estética materialista e atualmente doutorando na Acadêmica das Belas Artes em Vienna. Pesquisa questões de crítica ideologica e estética materialista junto com a história da cultura marginal brasileira nos anos 60s and 70. Co-autor com Sabeth Buchmann de Block Experiments in Cosmococa: Program in Progress, MIT Press, 2012 e co-curador do “The Potosi Principle”, Reina Sofia, 2010.
Sérgio Bruno Martins é professor do departamento de História da PUC-Rio. Possui mestrado e doutorado em história da arte pela University College of London (UCL). Foi editor-convidado do número especial 'Bursting on the scene: Looking Back at Brazilian Art', do periódico Third Text, e é autor do livro Constructing an Avant-Garde: Art in Brazil, 1949-1979 (MIT Press, 2013). Tem experiência nas áreas de crítica e história da arte, atuando principalmente nos seguintes temas: arte e vanguarda no Brasil (com ênfase em Hélio Oiticica, Neoconcretismo, Lygia Clark, Cildo Meireles, Antonio Dias, Ferreira Gullar, Mário Pedrosa); participação nas artes visuais; o legado moderno e o problema da autonomia artística na arte contemporânea; relação entre visualidade e escrita nas artes; ideologia do espaço urbano. É vice-líder do Grupo de Pesquisa/CNPq Arte, Autonomia e Política.
Sônia Salzstein é Professora-Titular de História da Arte e Teoria da Arte junto ao Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde coordena o Centro de Pesquisa em Arte Brasileira. Publicou inúmeros estudos sobre arte moderna e contemporânea, abordando, entre outras, as obras de Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi, Franz Weissmann, Iberê Camargo, Antonio Dias, Iole de Freitas, Mira Schendel e Waltercio Caldas e tem diversos textos publicados sobre questões culturais ligadas à globalização e à modernização em contextos periféricos. Foi curadora de inúmeras exposições de arte contemporânea, acompanhadas pela edição de publicações e pela organização de cursos e oficinas voltados à formação de jovens artistas. Participou em diversos conselhos diretores e comitês assessores de instituições de arte e cultura no país.
COORDENADORES
Com sede no Rio de Janeiro, o Instituto MESA dedica-se a pesquisas, projetos e publicações transdisciplinares que promovam e aprofundam encontros entre arte, cultura e sociedade. A diretora da organização Jessica Gogan foi ex-diretora de educação e curadora de projetos especiais no Museu Andy Warhol antes de obter seu doutorado em História da Arte, e o co-fundador Luiz Guilherme Vergara é professor associado no departamento de arte na Universidade Federal Fluminense, Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos da Arte e ex-diretor / curador do Museu de Contemporâneo Arte, Niterói (MAC, 2013-2016).
Fundada em 2009, a MESA coordena uma ampla gama de iniciativas culturais e também publica o periódico bilíngue online Revista MESA: http://institutomesa.org/RevistaMesa/edicoes_en.html
CURADOR
Luiz Camillo Osorio (Rio de Janeiro, 1963) é professor do Departamento de Filosofia da PUC-Rio, pesquisador do CNPQ e curador do Instituto PIPA. Entre 2009 e 2015 foi Curador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 2015 foi o curador do pavilhão brasileiro na Bienal de Veneza. Em 2016 fez a curadoria da exposição Calder e a Arte Brasileira, no Itaú Cultural. Autor dos livros Flávio de Carvalho, Cosac&Naify, SP, 2000; Abraham Palatnik, Cosac&Naify, SP, 2004; Razões da Crítica, Zahar, RJ, 2005 e Olhar à Margem, SESI-SP e Cosac&Naify, SP, 2016.
SOBRE O PANORAMA
O Panorama da Arte Brasileira, ou Panorama, como é mais conhecido, foi criado em 1969 com o propósito de reconstruir o acervo do MAM. Desde então, propiciou a aquisição de inúmeras obras para a coleção do museu, de artistas como Alfredo Volpi, Maria Bonomi, Abraham Palatnik e Ernesto Neto, entre outros.
O Panorama é realizado a cada dois anos, sendo um espaço de experimentação para curadores e de mapeamento da produção contemporânea em todas as regiões do país.
dezembro 4, 2017
2º Ciclo de Palestras Ready Made in Brasil: Conversas com artistas no Fiesp, São Paulo
No 2º Ciclo de Palestras Ready Made in Brasil: Conversas com Artistas, alguns dos artistas da exposição serão entrevistados por jovens curadores abordando seu processo de trabalho e poética, estabelecendo possíveis relações com conceitos duchampianos. Ao final das conversas, os artista e curadores realizarão uma visita guiada conjunta à exposição, criando conexões com os conteúdos que foram abordados no bate-papo.
6 de dezembro de 2017, quarta-feira, das 16h às 20h
Centro Cultural Fiesp - Espaço Mezanino
Av. Paulista 1313
(em frente à estação Trianon-Masp do metrô)
PROGRAMAÇÃO
16h – 17h30 | Conversa 1
Artistas convidados: Felipe Cohen, Leandro Lima e Gisela Motta
Mediação: Ana Roman
17h30 – 19h | Conversa 2
Artistas convidados: Guto Lacaz e Jac Leirner
Mediação: Catarina Duncan
19h – 20h
Visita com os curadores e artistas na exposição Ready Made in Brasil
Curadoria do ciclo de palestras
Daniel Rangel e Martin Grossmann do Grupo de Pesquisa Fórum Permanente entre o público e o privado do IEA – USP.
Reserva de ingresso para entrada franca; ingressos remanescentes distribuídos no dia do evento, no balcão da chapelaria.
TRANSMISSÃO
As conversas serão transmitidas AO VIVO pelo Fórum Permanente AQUI
A visita à exposição não será transmitida. Além da transmissão o Fórum Permanente fará os relatos críticos das mesas de debates.