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outubro 23, 2016
Palestras sobre Arte, valor e mercado no Santander, Porto Alegre
O campo artístico tem tido dificuldade em compreender os processos de formação de valor da arte, considerando seus aspectos simbólicos e, principalmente, mercadológicos. Neste evento propomos abrir esta discussão a partir das pesquisas de duas especialistas focadas nestas problemáticas, no Brasil e no mundo, desde o início do século XX até a contemporaneidade. Um debate que diz respeito tanto a artistas, críticos, galeristas, produtores, colecionadores e demais interessados nas práticas artísticas.
Palestrantes: Ana Letícia Fialho e Maria Lucia Bueno
Público alvo: artistas, galeristas, produtores culturais, críticos, curadores, estudiosos, colecionadores, investidores e demais interessados.
27 de outubro de 2016, quinta-feira, 10h às 13h e 14h30 às 17h30
Santander Cultural - Sala Multiuso Leste
Rua Sete de Setembro 1028, Porto Alegre, RS
Informações: 51-3286-2615, 9916-8818 ou por email
Inscrições online
O curso oferece certificado de conclusão pelo PPGAV/UFRGS. Vagas limitadas!
Realização: Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS e Galeria de Arte Mamute
EMENTA
A CONSTRUÇÃO DO VALOR NA ARTE MODERNA E NA ARTE CONTEMPORÂNEA.
Com Maria Lucia Bueno - Mediação Maria Amélia Bulhões
Das 10h às 13h
A construção do valor na arte moderna e na contemporânea é um processo altamente complexo, que se desenvolve em diferentes escalas (local e transnacional) entre as instituições e o mercado, envolvendo uma constelação de agentes, eventos e operações. Nesta apresentação, embasada em pesquisas recentes e tendo como referências alguns casos exemplares, vamos abordar a questão a partir de três instâncias específicas: as coleções, as exposições e os arquivos.
Maria Lucia Bueno é pesquisadora e professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde atua nos Programas de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens e em Ciências Sociais. Realizou diversos estágios de pesquisa em nível de pós doutorado no exterior, dos quais os mais recentes foram realizados no Institut d'études européennes (Université Paris 8, 2015-16) e no departamento de sociologia da New School for Social Research (New York, 2016), ambos financiados pela Capes. Com pesquisas nas áreas de sociologia da cultura e da arte, e história social da arte, publicou entre outros, Artes Plásticas no Século XX: Modernidade e Globalização (Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp/IMESP/FAPESP, 2001 e em versão eletrônica em Houston, ICAA/MFAH, 2015) e Sociologia das Artes Visuais no Brasil (São Paulo: Editora do Senac, 2012).
O MERCADO E O SISTEMA DE ARTE CONTEMPORÂNEA NO BRASIL
Com Ana Letícia Fialho - Mediação Niura Borges
Das 14h30 às 17h30
O sistema da arte contemporânea no Brasil viveu recentemente um período bastante positivo, de grande visibilidade, dinamismo, expansão e internacionalização. Nesse processo, o crescimento do mercado e os interesses mobilizados por seus agentes (artistas, galeristas e colecionadores) parecem ter sido determinantes. Atualmente, o contexto nacional já não é tão favorável, a instabilidade política e a estagnação da economia estão afetando o campo da cultura, e há fortes indícios de retração dos investimentos públicos e privados no campo da arte contemporânea, enquanto o processo de internacionalização da produção e do mercado parece prosseguir. A fim entender o impacto dessas mudanças recentes na (re)configuração do sistema da arte no Brasil, neste seminário retomaremos dados de pesquisas que apontam para um forte desequilíbrio entre a esfera de produção, o mercado e as instituições.
Ana Letícia Fialho é Doutora em ciências da arte e da linguagem pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris (EHESS) e bacharel em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é gerente executiva do Programa Cinema do Brasil e pesquisadora associada ao Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB/USP). Com mais de quinze anos de experiência profissional nas áreas de ensino, pesquisa e gestão cultural, já atuou junto a organizações como a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT), o Fórum Permanente, a Fundação Iberê Camargo, a Bienal do Mercosul, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, o Ministério da Cultura, entre outras.É co-autora do livro O valor da obra de arte (Metalivros, 2014).
outubro 11, 2016
Diálogos com a obra de Maria Lucia Cattani no Instituto de Artes da UFRGS, Porto Alegre
Diálogos com a obra de Maria Lucia Cattani apresenta seminário, lançamento de publicações e recital; atividades buscam preservar a memória e render homenagem à Maria Lucia Cattani. Tem entrada franca sem necessidade de inscrição prévia e fazem parte da programação comemorativa aos 25 anos do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do IA/UFRGS.
11 de outubro de 2016, terça-feira, 15h, 18h e 18h30
Instituto de Artes da UFRGS
Rua Senhor dos Passos, 248, Porto Alegre
PROGRAMAÇÃO
15h30: Seminário Múltiplos e Únicos, busca estabelecer um diálogo com a obra de Maria Lucia Cattani, em exposição, Gestos e repetições, na Pinacoteca do IA/UFRGS até o dia 27 de outubro.
com Carlos Martins, Jailton Moreira e Paulo Silveira
18h: lançamento das publicações “Vaga-Lume: mostra de vídeo experimental (2002-2011)” e “A última parede”
com organização de Elaine Tedesco e Lu Rabello, e de Nick Rands, respectivamente
Local: Pinacoteca do IA/UFRGS, no primeiro andar
18h30: "Lecture-recital: 'Scattered Loves', de Celso Loureiro Chaves, e 'Um ponto ao Sul', de Maria Lucia Cattani: intersecções composicionais", com Celso Loureiro Chaves e vídeo de Marta Biavaschi
Local: Auditorium Tasso Corrêa do IA/UFRGS, no térreo
Ingresso: entrada franca
A exposição Maria Lucia Cattani: Gestos e Repetições tem curadoria de Maristela Salvatori e Paulo Silveira e traz a público um panorama da obra Maria Lucia Cattani (1958 - 2015), importante artista que integrou uma geração que ganhou projeção a partir dos anos oitenta e atuou como pesquisadora e docente no IA/UFRGS, tendo integrado o corpo docente de seu Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) de 1991 até sua aposentadoria, em 2013.
As atividades buscam preservar a memória e render homenagem à Maria Lucia Cattani. Tem entrada franca sem necessidade de inscrição prévia e fazem parte da programação comemorativa aos 25 anos do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do IA/UFRGS. Promovidas pelo Grupo de Pesquisa Expressões do Múltiplo/CNPq, tem apoio da Pró-Reitoria de Extensão e da Pró-Reitoria de Pesquisa da UFRGS, da ADUFRGS Sindical e do Atelier de Massas.
outubro 2, 2016
Encontros Entreolhares com Vídeo nas Aldeias e Jorge Menna Barreto no Itaú Cultural e Bienal, São Paulo
A série Entreolhares promove encontros tomando como ponto de partida o tema Incerteza Viva da 32ª Bienal de São Paulo
Em parceria do Itaú Cultural e a 32ªBienal de São Paulo, em outubro a série de formação em artes visuais, organizada pelo instituto, realiza duas conversas com assuntos provocados por artistas que têm obras em exposição na Bienal e pelo tema que lhe dá nome, Incerteza Viva; o primeiro encontro parte da videoinstalação realizada pelo Vídeo nas Aldeias e traz integrantes da Frente 3 de Fevereiro para tratar das ferramentas audiovisuais utilizadas por coletivos para reivindicar novos protagonismos sociais; o segundo, aborda o ativismo alimentar e de cultivo, assunto estimulado pela obra do artista Jorge Menna Barreto
Nos dias 5 e 20 de outubro, o Itaú Cultural oferece mais dois encontros da série de formação em artes visuais Entreolhares. Dando continuidade à parceria com a Bienal de São Paulo o foco está em temas estimulados por obras exibidas na 32ª edição desta mostra internacional, este ano chamada Incerteza Viva. No dia 5 de outubro (quarta-feira), às 20h, o encontro O Potencial do Vídeo para Novas Dinâmicas Sociais é realizado no instituto para debater protagonismos sociais nas produções audiovisuais sobre a causa indígena e afrodescendente. A conversa é ilustrada por meio da videoinstalação do Vídeo nas Aldeias, exibida na Bienal e por trabalhos de integrantes do coletivo Frente 3 de Fevereiro. Em 20 de outubro (quinta feira), às 20h, desta vez na cozinha da exposição no prédio do parque Ibirapuera, o bate-papo é O ato de comer como um ato político, inspirado na obra-restaurante Restauro, presente na mostra e apresentada pelo próprio artista Jorge Menna Barreto.
Ambos os encontros contam com interpretação em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. O primeiro deles, O Potencial do Vídeo para Novas Dinâmicas Sociais, debate como as ações coletivas encontram na produção audiovisual e nos recursos midiáticos um ponto de resistência e são potencial ferramenta para reivindicar novos protagonismos sociais. Para isso, reúne a coordenadora nas oficinas de formação audiovisual junto a comunidades indígenas do Vídeo nas Aldeias Ana Carvalho e o importante líder indígena Hunikuin e também assessor de assuntos indígenas do governo do Acre, Zezinho Yube.
Os dois são membros do Vídeo nas Aldeias, ação precursora na produção audiovisual indígena no Brasil presente nesta Bienal com a videoinstalação O Brasil dos Índios: um arquivo aberto. A eles se unem o diretor da editora e produtora Invisíveis Produções, Daniel Lima, que também é membro da Frente 3 de Fevereiro, grupo transdisciplinar de pesquisa e ação direta acerca do racismo na sociedade brasileira. A Atriz-MC, diretora musical, pesquisadora e slammer Roberta Estrela D'Alva, uma das fundadoras do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e integrante da Frente 3 de Fevereiro, completa o grupo. A mediação é da pesquisadora, curadora e professora de arte contemporânea, Ana Maria Maia, que este ano lançou o livro Arte-veículo: intervenções na mídia de massa brasileira.
No dia 20, às 20h, o Entreolhares acontece na cozinha do Pavilhão da Bienal, instalada no primeiro andar do prédio. O artista e pesquisador Jorge Menna Barreto conduz a conversa sobre seu projeto Restauro, que faz parte das obras de Incerteza Viva. Sob o tema O ato de comer como um ato político, ele se aprofunda em sua própria obra, relacionando a noção de artes visuais com o meio ambiente, por meio do ativismo alimentar e sugerindo outras perspectivas para a relação entre a alimentação e as formas de cultivo do que se come.
A atividade consiste em uma visita pelo espaço de Restauro, a degustação de um pote-paisagem e uma conversa aberta com o público sobre o processo de criação e funcionamento da obra. Participam da conversa Fabiana Sanches da Escola Como Como de Ecogastronomia, Carol Tonetti do Grupo Inteiro, Vitor Braz do Gi Restaurante, Neka Menna Barreto (nutricionista e chef de cozinha) e Marcelo Wasem (músico e artista), todos colaboradores do projeto.
Dia 5 de outubro (quarta-feira), às 20h
O Potencial do Vídeo para Novas Dinâmicas Sociais
Com Vídeo nas Aldeias (Ana Carvalho e Zezinho Yube),
Roberta Estrela D’Alva e Daniel Lima.
Mediação: Ana Maria Maia
Sala Vermelha – Itaú Cultural
70 vagas
Retirada de ingressos na bilheteria
Público preferencial: duas horas antes
Público não preferencial: uma hora antes
Informações: 11-2168-1777
Classificação indicativa: livre
Interpretação em Libras
Dia 20 de outubro (quinta-feira), às 20h
O ato de comer como um ato político
Jorge Menna Barreto
Pavilhão da Bienal – Cozinha (1º piso)
40 vagas
Retirada de senha uma hora antes da atividade
Classificação indicativa: livre
Interpretação em Libras