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março 23, 2015
Encontro Nacional de Críticos de Arte da ABCA na Caixa Cultural, Recife
A Caixa Cultural Recife recebe o Encontro de Crítica de Arte ABCA: artes visuais em Pernambuco, realizado pelo Instituto Cultural Raul Córdula – ICRC, em parceria com a Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA e o patrocínio da Caixa Econômica e do Governo Federal. Esta edição será composta de palestras e mesas-redondas, feira de livros e visita a espaços culturais.
Palestrantes: Agnaldo Farias, Carlos Trevi, César Romero, Cláudia Fazzolari, Dyógenes Chaves, Elvira Vernasch, Joana D'Arc Lima, Lisbeth Rebollo, Marcos Kimura, Marcus Lontra, Olívia Mindelo, Raul Córdula, Vaquíria Farias
25 e 27 de março de 2015
Caixa Cultural Recife - Sala Multimídia
Avenida Alfredo Lisboa 505, Recife, PE
Mais informações: 81-3425-1900
Inscrições por email
PROGRAMA
25 de março, quarta-feira
18h – Recepção; Distribuição do material.
19h – Abertura do Encontro; Palestra com Marcos Kimura, Gerente Geral da Caixa Cultural e Elvira Vernaschi.
26 de março, quinta- feira
1a mesa – 9 às 12h.
Raul Córdula, Olívia Mindelo e Carlos Trevi.
2a mesa – 14h às17h
Joana D'Arc Lima, Elvira Vernaschi e Marcus Lontra.
17h - Visita a espaços culturais.
27 de março, sexta-feira
1a mesa – 9h às 12h.
Vaquíria Farias, César Romero e Cláudia Fazzolari.
2a mesa – 14h às 17h.
Agnaldo Farias, Dyógenes Chaves e Lisbeth Rebollo.
17h - Feira de Livros
SOBRE OS PALESTRANTES
Agnaldo Farias é Professor Doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Crítico de Arte e Curador. Foi Curador Geral do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1998/2000) e Curador de Exposições Temporárias do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (1990/1992). Atualmente é consultor de curadoria do Instituto Tomie Ohtake e membro do Comitê Curatorial da Fundação Iberê Camargo.
Carlos Trevi é curador. Coordenador Geral das Unidades Culturais do Banco Santander, que em 10 anos produziu mais de 60 exposições de arte, 30 lançamentos de livros, 100 seminários e cursos de aperfeiçoamento, dezenas de oficinas de arte e encontro com arte educadores, além da implantação de programas de música e leitura. É formado em Administração, já foi coordenador de eventos da Faculdade Anhembi Morumbi, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) leia-se Projeto Arte no Metrô.
César Romero - autodidata, iniciou-se em artes plásticas em l967. No Brasil participou de mais de 400 coletivas e 37 individuais. No exterior, teve 50 coletivas e 8 individuais. Fez parte dos principais Salões Oficiais realizados no Brasil. Obteve 35 prêmios de pintura, 4 de fotografia, 3 Salas Especiais. Possui trabalhos em 45 museus brasileiros. Há inúmeras referências nacionais e internacionais sobre seus trabalhos em livros, dicionários, revistas e jornais. Sua fortuna crítica consta de 115 textos de especialistas em arte, brasileiros e estrangeiros. Crítico de arte filiado à ABCA e à AICA, recebeu por duas vezes da ABCA o Prêmio Mario Pedrosa.
Cláudia Fazzolari é professora universitária, pesquisadora, curadora independente. Pós-Doutora em Teoria e Crítica de Arte, pela Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (2009). Curadora das mostras coletivas Olhares Contemporâneos (2007); Relatos Culturais (2008) e Corpos estranhos (2009), realizadas no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC/USP e no Memorial da América Latina, São Paulo. Docente colaboradora do Curso de Especialização em Gestão de Projetos Culturais do CELACC, Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação, da ECA/USP. Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, ABCA. Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte, AICA. Pesquisadora PNPD CAPES junto ao Programa de Pós-Graduação Interunidades em Integração da América Latina, PROLAM, da Universidade de São Paulo.
Dyógenes Chaves - é artista visual, designer gráfico e têxtil, professor do Curso Tecnológico de Moda do Unipê/ Paraíba. Curador independente e membro da ABCA/AICA. Frequentou cursos de artes visuais na Coex/UFPB e na Funesc, Paraíba. Artista residente na École des Beaux Arts Luminy (Marselha, França, 1997-98). Desde 1986 participa de diversas exposições no país e no exterior. Realizou curadorias no Centro Cultural Banco do Nordeste, Aliança Francesa e Usina Cultural Energisa. Foi membro do Colegiado Setorial de Artes Visuais/ MinC/Funarte e do Colegiado Setorial de Moda/MinC. Organizou o livro “Núcleo de Arte Contemporânea da UFPB” (Funarte, Rio de Janeiro, 2004) e publicou “2005-2010 – Ensaios sobre artes visuais na Paraíba” (Programa Cultural Banco do Nordeste, 2010). Está finalizando o “Dicionário das artes visuais na Paraíba” (com patrocínio do Programa Petrobras Cultural). É editor geral da revista Segunda Pessoa (MinC/ Funarte).
Elvira Vernaschi é Mestre e Doutora em Artes pela ECA/USP. Foi Vice-Diretora, Coord. do MAC/ Ibirapuera e Coord. da Divisão de Difusão Cultural e Expo. Temporárias do Museu de Arte Contemporânea da USP. Livros e catálogos: MAC - Catálogo Geral das Obras, MAC - Perfil de um Acervo; Antonio Gomide; O Ensino das Artes nas Universidades. Foi Presidente da ABCA – Ass. Bras. Críticos de Arte e é Membro da Diretoria da ABCA e Membro da AICA – Ass. Int. Críticos de Arte. Foi Membro da Comissão de Artes Plásticas da Sec. de Estado da Cultura SP; Organizadora 10º Salão Paulista de Arte Contemporânea; curadora do Júri do Mapa Cultural Paulista. É historiadora e crítica de arte. É curadora independente. Já elaborou e elabora curadorias para o Brasil e o exterior, escreve textos críticos para catálogos de exposições, periódicos e revistas brasileiras.
Joana Darc é curadora e pesquisadora. Atualmente é Diretora da Galeria de Arte Janete Costa e docente na AESO - Faculdades Integradas Barros Melo. Doutora em história pela UFPE. É orientadora do CAD (Coletivo Acervo em Diálogo), do coletivo de pesquisa em história da arte do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM, Recife), e do Coletivo Parangolé: Arte Cultura Educação. Nos últimos anos, sua trajetória profissional se dá na fronteira entre a Universidade e instituições culturais e museais, realizando pesquisa e ensino, curadorias e projetos de extensão.
Lisbeth Rebollo - Professora universitária e crítica de arte. Atualmente é Presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte ±#ABCA, Vice Presidente da Associação Internacional de Críticos de Arte ±#AICA, e professora titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Outras Sociologias Específicas, atuando principalmente nos seguintes temas: arte brasileira, arte contemporânea, crítica de arte, artista brasileiro e arte contemporânea. Foi Diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo de 1994 a 1998 e de 2006 a 2010. Possui doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1985).
Marcus Lontra - Curador e professor universitário, atua como curador no Museu de Arte Moderna da Bahia e leciona na Universidade Estácio de Sá no Rio de Janeiro. Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte. Tem intensa experiência como jurado de salões de arte em todo o Brasil. Foi diretor da Escola de Artes Visuais e diretor do Museu de Arte Moderna de Brasília, foi diretor do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro do Museu de Arte Moderna de Recife e assessor do ex-ministro da Cultura José Aparecido de Oliveira.
Olívia Mindêlo é graduada em jornalismo, desde 2005, pela Universidade Federal de Pernambuco, onde concluiu também mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia, em 2011. Nesse curso, desenvolveu projeto de pesquisa em sociologia da arte, investigando a relação entre público e arte contemporânea na 29ª Bienal de São Paulo, em 2010. Atuou como repórter e editora assistente do Caderno C, no Jornal do Commercio (PE), onde escreveu e editou textos sobre cultura e arte, sobretudo resenhas relacionadas a artes visuais, dança e política cultural. Também já realizou curadorias e escreveu textos críticos para exposições de artistas pernambucanos, como Bruno Vilela, Raul Córdula, Tereza Costa Rêgo, Breno César e Cristiano Artur. Colabora periodicamente com a Revista Continente e sites especializados em arte e cultura.
Raul Córdula é artista plástico, curador, professor e crítico de arte. Membro da Associação Brasileira em Crítica de Arte (ABCA). Com exposições em galerias e museus de arte de todas as regiões do país e no exterior. O artista tem prêmios nos principais Salões de Artes e como crítico de arte. Entre seus prêmios, em função de sua atuação como escritor, recebeu em 2013 o Prêmio da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA) e o Prêmio Sérgio Millet (Funcultura/Fundarpe) pelo seu livro "Utopia do Olhar" . Além de curadorias e participações em comissão de seleção e premiação em Salões de Arte.
Valquíria Farias é curadora e gestora cultural em João Pessoa. Especialista em arte e questão social pela Faculdade de Serviço Social da Universidade de Brasília, com estudo desenvolvido sobre o Jamac – Jardim Míriam Arte Clube, da artista paulista Mônica Nador.Entre 2000 e 2003, escreveu textos críticos para os jornais “O Norte”, “A União” e “Jornal da Paraíba”. Em 2005, foi curadora da exposição individual “Inimigos”, do artista pernambucano Gil Vicente, na galeria Mariana Moura, Recife. Em 2006, coordenou os trabalhos de produção e execução da obra “Brincar com Lygia”, do artista Martinho Patrício, apresentada na 27ª. Bienal São Paulo. Entre outras atividades recentes: escreveu textos críticos para a exposição individual “Chão”, da artista Renata Pedrosa, na Galeria Virgílio, São Paulo; e para a exposição coletiva “Arte Periférica na Paraíba”, no Museu de Arte Assis Chateaubriand, Campina Grande. Realizou a curadoria do XV Salão Municipal de Artes Plásticas de João Pessoa. É coordenadora de Eventos Artísticos do Casarão 34, Galeria de Arte da Fundação Cultural de João Pessoa e membro do Fundo Municipal de Cultura. Escreve regularmente sobre artes visuais para a revista eletrônica “Philipeia”.
março 18, 2015
Adrenalina: programação paralela no Red Bull Station, São Paulo
Programação paralela à mostra Adrenalina, curadoria de Fernando Velázquez, com oficinas, performances e mesa redonda.
Participantes: Andrei Thomaz, Guilherme Kujawski, Henrique Roscoe, Roberto Moreira S. Cruz, Rodrigo Cunha, Valéria Braga
18 de março a 30 de abril de 2015
Red Bull Station
Praça da Bandeira 137, Centro, São Paulo, SP
OFICINAS
Oficina de construção de controladores DIY com Henrique Roscoe
18 e 19 de março, 19-22h
Inscrições pelo site
Ensinar aos artistas como desenvolver interfaces DIY para controlar programas de edição em tempo real. Mostrar as possibilidades do Arduino no desenvolvimento de projetos. Como fazer um controlador que atenda às necessidades específicas de cada artista. Software usados para converter os dados de entrada e softwares que podem ser controlados por estas interfaces. Uso de sensores como variáveis para alterar parâmetros nos programas.
O workshop tem como objetivo ensinar como construir instrumentos e controladores midi utilizando interfaces customizadas. Estas interfaces utilizam sensores, botões, faders, etc, que são ligados ao computador por meio de uma placa que converte o sinal em midi e pode controlar qualquer programa que aceite parâmetros midi. Estes controladores têm baixo custo e a vantagem de serem construídos para necessidades específicas dos artistas.
Serão exibidos alguns instrumentos e controladores, os programas que fazem a interface analógica / digital e, a partir de ideias dos alunos serão construídos cinco controladores simples.
Oficina Introdução ao Open Frameworks com Andrei Thomaz
28, 29 e 30 de abril, 19-22h
Inscrições pelo site
O workshop tem como objetivo introduzir os participantes ao desenvolvimento de programas baseados em OpenFrameworks, com enfoque em gráficos bidimensionais e manipulação de imagens e vídeo.
Público alvo: Interessados em tecnologia criativa e arte generativa; profissionais e estudantes das áreas de artes visuais, design gráfico, design digital e outros;
Pré requisitos: Noções de programação em ferramentas como Processing, JavaScript, ActionScript e similares.
Material do aluno: Trazer o seu próprio notebook com os seguintes softwares instalados: no caso de Mac: Xcode / no caso de Windows: Code::Blocks - de acordo com as instruções disponíveis no site do Open Frameworks: http://www.openframeworks.cc/
Andrei Thomaz é artista visual e professor no Istituto Europeo di Design em São Paulo. Mestre em Artes Visuais pela ECA/USP e formado em Artes Plásticas pela UFRGS. Sua produção artística abrange diversas mídias, digitais e analógicas, envolvendo também várias colaborações com outros artistas, entre as quais encontram-se performances sonoras e instalações interativas.
PERFORMANCES
Performance audiovisual Synap.sys - Henrique Roscoe
20 de março, 19h30-20h
Lembranças do passado ou do futuro, coletivas ou pessoais, instintos ou conhecimentos adquiridos com o tempo. Estes são os temas tratados nesta performance audiovisual executada ao vivo através de uma interface criada pelo artista. Este instrumento simboliza as ligações que acontecem no cérebro humano: as sinapses, que fazem as ligações entre neurônios a fim de permitir a codificação de informações adquiridas pelos nossos sentidos, a gravação destas ao longo do tempo além de servir de fonte para nossas lembranças. A performance trata das sensações e sentimentos que de alguma forma passam pela memória, através de abstrações, imagens e sons que fazem parte do processo de formação destas lembranças, que durante a vida moldam nossa personalidade e afetividade.
Henrique Roscoe é artista digital, músico e curador. É graduado em Comunicação social pela UFMG e Engenharia Eletrônica pela PUC/MG, com especialização em Design pela FUMEC. Com o projeto audiovisual conceitual e generativo HOL se apresentou nos principais festivais de imagens ao vivo no Brasil como Sónar, FILE, ON_OFF, Live Cinema, Multiplicidade, FAD e também no exterior, na Inglaterra (NIME, Encounters), Alemanha (Rencontres Internationales), Polônia (WRO), EUA (Gameplay), Grécia (AVAF), Itália (LPM e roBOt), e Bolívia (Dialectos Digitales). Desenvolve instalações interativas e cria instrumentos e interfaces interativas usando sensores e objetos do cotidiano, gerando construções inusitadas.
Performance Espécie com Rodrigo Cunha
Direção e concepção: Valéria Braga e Rodrigo Cunha
15, 16 e 17 de abril, 20h
“Espécie" é uma performance na qual Rodrigo Cunha explora estados de consciência alterada através da transformação e metamorfose contínua do seu corpo. O processo se dá numa sala completamente escura e desenvolve um roteiro que evolui de forma surpreendente, aguçando e desafiando nossos sentidos e convocando nossos medos e fobias. A imersão promovida pela ausência de luz e som, junto à intensidade energética de Rodrigo, que perde mais de 3 kilos durante o processo, promovem um estado de consciência corporal no próprio espectador, que ao cabo de alguns minutos começa a perceber o entorno nos seus mínimos detalhes, tencionando a relação entre indivíduo, coletivo e ambiente. "Espécie" é uma performance altamente imersiva que paradoxalmente na era dos dispositivos altamente tecnológicos, se utiliza de um simples artefato analógico fora o corpo do performer, mas essa é uma das surpresas.
MESA REDONDA
Sobre a exposição Adrenalina com Guilherme Kujawski e Roberto Cruz
24 de março, 20-22h
Guilherme Kujawski é produtor de conteúdo, curador e escritor. Depois de defender sua tese de mestrado em artes visuais na Donau-Universität, na Áustria, começou seus estudos de doutorado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo na USP de São Carlos. Ele é o autor de numerosos artigos sobre novas mídias e foi editor de CIBERCULTURA, revista de arte e ciência patrocinada pelo Instituto Itaú Cultural. Lá, ele também coordenou uma série de simpósios e exposições, tendo realizado a co-curadoria de quatro edições do Emoção Art.ficial, a bienal internacional de arte e tecnologia. Ele também é escritor de ficção científica, tendo publicado em 1994 o seu primeiro livro, Piritas Siderais, um romance cyberbarroco. Atualmente, leciona design crítico no Instituto Europeo di Design, em São Paulo, e trabalha como editor de mídias digitais na Select, revista bimestral especializada em arte contemporânea.
Roberto Moreira S. Cruz é curador independente e produtor cultural. Está vinculado especialmente às áreas de vídeo e filmes de artista, interessado em cinema expandido e artistas brasileiros que trabalhem nessas áreas. Realizou a curadoria de importantes exposições de vídeo, cinema e live image, trabalhando principalmente em colaboração com o Itáu Cultural, onde atualmente realiza consultoria para a aquisição e constituição da coleção de filmes e vídeos de artistas para a instituição. Também idealizou e coordena a Duplo Galeria.
março 12, 2015
toque-me: debates e oficina na Funarte, Brasília
O projeto toque-me, contemplado com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2014 - Atos Visuais Funarte Brasília, é formado por uma instalação interativa, debates e oficina, criado por Eduardo Salvino & OSNÁUTICOS.
Participantes: Alex Dias (Ribeirão Preto), Ananda Carvalho (São José dos Campos), Cayo Honorato (Goiânia), Cláudio Bueno (São Paulo), Eduardo Salvino (Belo Horizonte), Francesca Cricelli (Brasil/Itália)
20 a 22 de março de 2015 - Inscrições para oficina até 16/03
Complexo Cultural Funarte Brasília
Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Lote 2, Brasília
Oficina - inscrições por meio de carta de intenção e currículo.
APRESENTAÇÃO
A obra artística consiste numa relação interativa com o público: de tempos em tempos o telefone toca. O passante que estiver próximo ao orelhão pode atender a chamada. Ao fazer isso, o usuário dará início a uma relação interativa com essa "máquina poética". A interação acontece à medida em que a pessoa responde às gravações eletrônicas ouvidas do outro lado da linha. Ao fazer isso, o “interator” faz associações de teclas, correspondentes ao mês e ano de seu nascimento, o que lhe permite ouvir associações de poesias de Osnáuticos em relação a Brasília.
Os debates e a oficina buscam provocar, em conjunto com o público, a reflexão sobre o trabalho, assim como produzir novas poesias, a serem disponibilizadas nos orelhões utilizados na intervenção.
"Essa instalação, cuja pretensão é ser uma espécie de 'oráculo e vidente', faz leituras implausíveis do espectador, dando ao mesmo um perfil editado e inusitado ... em tom de 'fábula fantástica'”, explica Eduardo Salvino. O coordenador do evento acrescenta: “A partir de 'costuras poéticas', 'toque-me' pretende ser um remix sonoro, sobrepondo informações que tangem espaço, tempo e lugar. Dessa forma, esse é um projeto de instalação site specific, que é também construído, ao longo da exposição, de forma colaborativa”.
Brasília é o segundo lugar a receber a ação, que foi executada pela primeira vez em 2014, no SESC Belenzinho (SP).
PROGRAMA
Debates
20 de março, sexta-feira
14h às 16h - MESA 1: toque-me - Processos de Criação
Propositores: Eduardo Salvino e Francesca Cricelli
Mediação: Ananda Carvalho
Eduardo Salvino: toque-me Brasília
Nesta fala, Salvino apresenta os processos de criação do trabalho toque-me, em Brasília. Busca refletir sobre as proposições para lugares específicos, lidando com apropriações e reordenação de camadas de informação no tempo e no espaço, articuladas com o público local.
Francesca Cricelli: REPÁTRIA
A partir do conceito de Repátria, título de seu livro (inédito), Cricelli discute a ideia de “toque entre pátrias e o sentimento de pertencimento”. Por meio dessa perspectiva, propõe reflexões sobre redes, “local x global”, “identidades x identidade”, imagens físicas e mentais e “autor e espectador”.
16h30 às 18h30 - MESA 2: Mediações: entre o público e o espaço
Propositores: Cayo Honorato e Cláudio Bueno
Mediação: Ananda Carvalho
Cayo Honorato: Os públicos em toque-me
O trabalho conjunto de Eduardo Salvino & OSNÁUTICOS parece nos remeter a certa objetividade das mediações intersubjetivas; a uma instância de circulação reflexiva das produções culturais; ou ainda à temporalidade em que elas atuam; a um contexto de interação, de referenciação e de auto-implicação entre textos e seus leitores (em sentido abrangente); a uma conversa entre leituras que se caracterizam umas em relação a outras; etc. Propõe-se aqui discutir possíveis relações entre os diferentes públicos em toque-me, do passante/ usuário/ “interator” a que a obra se endereça e com os espaços de circulação em que ela procura se inscrever.
Cláudio Bueno: Contramonumento
Tomando como ponto de partida os projetos Monumento Continuo (1969) e Supersuperficie (1971-1973), desenvolvidos pelo grupo italiano Superstudio – que sugerem criticamente a ocupação do território das cidades, de modo isotrópico, infraestrutural e invisível, como uma malha infinita que se distribui por todo o espaço, atravessando o corpo e colocando-se como mais uma camada de mediação das relações – pretende-se verificar essas noções frente às redes de comunicação e tecnologias atuais. A essas ideias somam-se discussões sobre os trabalhos do artista Cláudio Bueno, como Redes Vestíveis (2010), Campo Minado(2009-11) e Monumentos Invisíveis (2011). Nesse último, a noção de contramonumento se manifesta num processo dialógico que compreende os territórios e as cidades como algo heterogêneo, múltiplo, marcado por diferenças que resistem aos processos globais de homogeneização, padronização e historicização desses espaços.
21 de março, sábado, das 10h às 12h30
MESA 3: Processo, escrita e colaboração
Propositores: Alex Dias, Eduardo Salvino e Francesca Cricelli
Mediação: Ananda Carvalho
Alex Dias: PoemArte
Ao pensarmos o processo de criação desenvolvido por Eduardo Salvino e Alex Dias, emerge a reflexão sobre como este promoveu a seleção de textos que integram o projeto; e de sua investigação acerca do próprio título que batiza o trabalho:toque-me, em consonância com a busca da poética estabelecida com Salvino. O toque, que tanto nos faz sentir como é gerador de sentidos, configura-se como as palavras que, por si só, são carregadas de significados diversos, à espera de serem “tocadas e reavivadas” pela língua e pelo “tempo” de quem as usa. Através dessa perspectiva, tais palavras encontram caminhos para se constituírem como obras de arte; ou mesmo matéria fundamental neste corpo híbrido de nossa arte contemporânea.
Eduardo Salvino: toque-me Brasília
Apropriando-se do universo multimídia, Salvino apresenta alguns questionamentos a respeito de autoria.
Francesca Cricelli: REPÁTRIA
Cricelli propõe reflexões e leituras em torno de fisicalidade e virtualidade no “elemento palavra”.
Oficina - toque-me poesia
21 e 22 de março, sábado, das 14h às 18h, e domingo, das 9h às 13h e 14h às 18h
Propositores: Alex Dias, Eduardo Salvino e Francesca Cricelli
toque-me poesia é uma oficina teórico-prática, que articula e produz conteúdos a partir de questões relacionadas à oralidade: a poesia falada – gravada e que poderá ser ouvida pelo público através dos orelhões – mas também com forte ligação às questões relativas a “contação” de histórias (em nosso caso, com uso de recursos tecnológicos contemporâneos). Os participantes terão, além de orientações teóricas, contato com diversos materiais das artes visuais que remetam ao projeto, tais como gravações de vozes; captura de sons ambientes; e processos de escritas. Neles, os alunos trabalharão com estímulos da escrita criativa, desenvolvendo seus próprios textos – ora individualmente, ora de forma coletiva. Os participantes experimentarão a escrita em consonância com novos suportes de propagação de textos poéticos, tais como capturas de vozes e sons ambientes (áudios). Os poetas Alex Dias e Francesca Cricelli (OSNÁUTICOS) auxiliarão os participantes na construção de seus textos e poemas, fornecendo-lhes referências práticas e teóricas, tirando suas dúvidas, e instigando-lhes o olhar para novas possibilidades de criação. O artista multimídia Eduardo Salvino auxiliará esses participantes nas escolhas, edição e montagem, dos poemas criados, inserindo-os nas interfaces de toque-me, ou seja, telefones públicos (orelhões) o que resultará não só na montagem final do “site specific”, mas, sobretudo, na difusão de uma nova “paisagem sonora local”.
Faixa etária do público-alvo: a partir de 16 anos
Inscrições gratuitas por meio de carta de intenção e currículo até 16 de março de 2015
Divulgação dos resultados: 18 de março de 2015
PARTICIPANTES
Alex Dias (Ribeirão Preto) é poeta, roteirista, ator e produtor cultural. É fundador e diretor de OSNÁUTICOS, que conta com inúmeros projetos ligados a diversas linguagens como cinema, poesia, teatro, artes visuais, literatura e música. Também é diretor da Oscip Cine Fórum Produções; além de ser Animador Cultural no SESC Ribeirão Preto. Cursa pós-graduação em Gestão Cultural e tem formação pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto.
http://osnauticos.blogspot.com.br
Ananda Carvalho (São José dos Campos) é curadora, crítica de arte, professora e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Sua pesquisa observa os procedimentos curatoriais em exposições de arte contemporânea. Acompanha artistas, escreve, pesquisa e produz curadorias em arte contemporânea desde 2009. Entre suas curadorias recentes, destaca-se a exposição Performatividade|Memória (Paço das Artes, 2014).
https://anandacarvalho.wordpress.com
Cayo Honorato (Goiânia) é professor adjunto no Depto. de Artes Visuais (VIS) do Instituto de Artes (IdA) da Universidade de Brasília (UnB), na área de História e Teoria da Educação em Artes Visuais, com pesquisa, principalmente, sobre os públicos e a mediação cultural no âmbito das relações entre as artes e a educação. É Doutor em Educação, na linha de Filosofia e Educação, pela FE/USP; mestre em Educação, na linha de Cultura e Processos Educacionais, pela FE/UFG; especialista em Arte Contemporânea e bacharel em Artes Visuais pela FAV/UFG.
http://cayohonorato.weebly.com
Cláudio Bueno (São Paulo) é artista e pesquisador, doutorando em Artes Visuais na ECA-USP. Por meio de ações em espaço público e instalações, seus trabalhos lidam principalmente com a relação entre corpo, espaço, participação, redes e informação.
http://buenozdiaz.net
Eduardo Salvino (Belo Horizonte) é artista e pesquisador e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Atua nos campos da videoarte, dos sons e das instalações. http://eduardosalvino.net
Francesca Cricelli (Brasil/Itália) é graduada em jornalismo pela Università degli Studi di Firenze (Itália) e mestre em Ciência Política pela Fflch – USP com dissertação sobre as abordagens estético-dramatúrgicas da representação política. Em 2010, recebeu menção honrosa no Prêmio Nosside, patrocinado pela Unesco. Participou dos festivais Amobologna Poesia (Bologna, Itália), Parco Poesia (Rimini, Itália), Atelier delle Arti (Misano Adriático, Itália), Rifrazioni (Nettuno, Itália) e Kritya (Trivandrum, Índia). Entre seus trabalhos de tradução destacam-se o livro do psicanalista Vincenzo Bonaminio (Imago, 2010) e as poesias de Davide Rondoni. Suas poesias foram publicadas na Índia em inglês e malayalam. Prepara sua primeiro livro de poesia em edição bilíngue português-italiano.
março 6, 2015
Terra Comunal: encontros e performances no Sesc Pompeia, São Paulo
A retrospectiva de Marina Abramović traz uma intensa programação paralela que detalhamos a seguir.
Encontros com Marina Abramović
O MAI dedicará um espaço para o diálogo entre a artista e o público, numa reflexão sobre a performance e arte imaterial. Serão oito encontros com Marina Abramović, com a palestra de abertura do projeto em 11 de março de 2015. As conversas serão informais e o público será incentivado a participar e fazer perguntas, dispondo de tradução simultânea para o português.
11 e 26 de março e 1, 2, 8, 15, 22 e 30 de abril, sempre às 20h
Sesc Pompeia - Teatro
Rua Clélia 93, São Paulo
Os ingressos para os encontros são gratuitos, como toda a programação de Terra Comunal, e devem ser retirados – até dois por pessoa – nas bilheterias da Rede Sesc a partir das 13h do dia de cada palestra.
Oito Performances
Artistas brasileiros foram convidados por Marina Abramović, Lynsey Peisinger e Paula Garcia para apresentarem trabalhos autorais de longa duração, produzidos em consonância com as propostas do MAI. Abramović sempre investiu na disseminação da performance como forma autônoma de arte e vem apoiando gerações de artistas por meio de ferramentas estratégicas, estrutura teórica e exercícios específicos. Classificação indicativa: 12 anos
10 de março a 18 de abril de 2015
Ayrson Heráclito com “Transmutação da Carne”
Data: 10 de março |Horário: 19h às 22h | Local: Rua Central
Maikon K com “DNA de DAN”
Datas: 12, 13 e 14 de março, das 17h às 21h |Local: Deck
Marco Paulo Rolla com “Preenchendo o Espaço”
Datas: de 7 a 12 de abril
Horário: 13h às 21h (terça a sábado) | 13h às 19h (domingos e feriados)
Local: Diversos espaços da Unidade
Paula Garcia, com “Corpo Ruindo”; Maurício Ianês, com “O Vínculo”; e Grupo Empreza, com “Vesúvio”
Data: 10 de março a 10 de maio
Horário: 13h às 21h (terça a sábado) | 13h às 19h (domingos e feriados)
Local: Galpão
Fernando Ribeiro, com “O Datilógrafo”
Data: 10 de março a 10 de maio
Horário: 13h às 21h (terça a sábado) | 13h às 19h (domingos e feriados)
Local: Lajes da Biblioteca e Área de Convivência
Rubiane Maia, com “O Jardim”
Data: 10 de março a 10 de maio
Horário: 13h às 21h (terça a sábado) | 13h às 19h (domingos e feriados)
Local: Área de Convivência. Espaço de Leitura.
*Serões Performáticos por Grupo Empreza
Datas: 14 e 25 de março, 07, 17 e 29 de abril e 10 de maio
Horário: 13h às 21h (terça a sábado) | 13h às 19h (domingos e feriados)
Classificação indicativa: 18 anos. Local: Galpão.
*Reperformances por Andrea Boller
Freeing the Voice | 21 de março, às 17h
Freeing the Memory | 04 de abril, às 17h
Freeing the Body | 18 de abril, às 13h | Classificação indicativa: 18 anos
Local: Espaço Entre, no Galpão
Espaço Entre (Space in Between)
Em uma área exclusiva de 522m2 no Galpão do Sesc Pompeia, o espaço Entre (In Between), funcionará como uma praça pública onde artistas, pesquisadores e o público em geral poderão se reunir para expor ideias e aprofundar seus conhecimentos sobre a arte da performance e a arte imaterial. Será um ponto de encontro para que todos possam relatar suas experiências.
Entre terá uma programação de performances com Lynsey Peisinger e Serões Performáticos do Grupo Empreza. Obras históricas de Marina Abramović serão reperformadas pela artista brasileira Andrea Boller (São Paulo, 1980 – vive e trabalha em Berlim e São Paulo). O espaço também servirá para conversas interdisciplinares com convidados de diferentes áreas, atividades educativas e uma série de catálogos e publicações sobre performance e as práticas de Abramović, disponíveis para consulta.
Método Abramović
“Se você me der o seu tempo, eu lhe darei uma experiência”, diz a artista ao convidar as pessoas a abandonarem a correria e as distrações da vida cotidiana, com seus excessos de informações, atividades e tecnologias, e a dedicarem um tempo para estarem consigo mesmas, por meio da prática de exercícios simples que permitem alcançar concentração, quietude e introspecção.
10 de março a 10 de maio de 2015
Ler apresentação e informações sobre as sessões e inscrições em post específico.
Inscrições para Método Abramović no Sesc Pompeia, São Paulo
“Se você me der o seu tempo, eu lhe darei uma experiência”, diz a artista ao convidar as pessoas a abandonarem a correria e as distrações da vida cotidiana, com seus excessos de informações, atividades e tecnologias, e a dedicarem um tempo para estarem consigo mesmas, por meio da prática de exercícios simples que permitem alcançar concentração, quietude e introspecção.
Inscrições reabertas a partir de 10 de março de 2015
Sesc Pompeia
Rua Clélia 93, São Paulo
Inscrições gratuitas online
APRESENTAÇÃO
De terça a sábado, 5 sessões, 9h30 – 11h30 – 13h30 – 15h30 – 17h30; domingos e feriados, 4 sessões, 9h30 – 11h30 – 13h30 – 15h30. Cada sessão, com 2h30, atenderá aproximadamente 100 inscritos. Classificação indicativa: 12 anos
Serão cinco sessões diárias entre terça-feira e sábado, e quatro aos domingos e feriados, sempre a partir das 9h30. Com duração de 2h30 – duas horas de exercícios, precedidas de 30 minutos de preparação –, cada sessão atenderá cerca de 100 inscritos, num total de aproximadamente 500 visitantes por dia.
Os participantes deixarão todos os seus pertences – como celulares, carteiras e bolsas – guardados em lockers, receberão fones de ouvido isoladores de som e assistirão a um vídeo tutorial no qual Marina explica o Método e apresenta os exercícios preparatórios para a experiência. Em um ambiente de silêncio completo e sem nenhuma ligação com o mundo externo, eles serão divididos em grupos e encaminhados para a prática de quatro exercícios, vivenciando uma experiência pessoal e coletiva que possibilitará atingir estados de clareza e conexão cada vez mais raros em nosso dia-a-dia.
Para a aplicação do Método no Sesc Pompeia – “uma verdadeira fábrica de energia”, como Marina define o espaço projetado por Lina Bo Bardi –, a artista desenvolveu uma série especial de “Objetos Transitórios”, com os quais os público irá interagir adotando as três posturas corporais básicas: de pé, sentado e deitado. São cadeiras, bancos, camas e pedestais feitos da combinação de madeira e cristais brasileiros (foi usada 1.5 tonelada de minerais), cada um com suas próprias qualidades energéticas. Além de utilizar os objetos, o público passará um tempo caminhando em câmera lenta, desacelerando o corpo, a respiração e os pensamentos.
Uma equipe de facilitadores selecionados e devidamente treinados pela artista e por Lynsey Peisinger, colaboradora e curadora do Marina Abramović Institute (MAI), irão acompanhar o público durante os exercícios do Método. Após o encerramento da sessão, os visitantes poderão deixar um relato sobre a experiência em depoimentos escritos ou em vídeo e compartilhar nas redes sociais com a hashtag #terracomunal.
Marina quer parar o tempo, colocando os participantes no aqui e agora. Seu Método propõe que as pessoas fiquem conectadas somente com os seus próprios corpos e mentes e com a energia coletiva gerada na experiência. A relação entre o performer e o público sempre esteve no foco de pesquisa da artista e o Método Abramović permite esta troca de papéis. Os participantes passam a compreender, vivenciar e apreciar melhor as performances de longa duração.
O que não é performance? no Maria Antonia, São Paulo
No mês de março, o Centro Universitário Maria Antonia apresenta O que não é performance?, evento organizado pelo Coletivo Sem Título, s.d., com performances, mesas de debates e a exposição Rastros.
3 a 26 de março de 2015, terças e quintas, às 19h30
Centro Universitário Maria Antonia, 294
Rua Maria Antonia 294, Vila Buarque, São Paulo
APRESENTAÇÃO
O intuito do Coletivo, ao propôr o evento, é estabelecer relações a partir das quais pesquisadores, artistas e o público em geral possam dialogar acerca da performance, e principalmente sobre questões como os limites do gênero e os obstáculos à sua definição, as relações com outras áreas e o papel do registro para a performance. A iniciativa é resultado de uma série de pesquisas realizadas desde 2013 pelo Coletivo Sem Título, s.d., que se formou a partir do Núcleo de Pesquisa e Mediação do Maria Antonia, coordenado por Ana Cândida de Avelar, e hoje atua como grupo independente e residente na instituição.
As terças-feiras de março serão dedicadas às apresentações de performances dos artistas e nas quintas-feiras é a vez das mesas de debates. Além disso, durante o período de realização de O que não é performance?, estará aberta à visitação a exposição Rastros, reunindo objetos, registros, resíduos e arquivos deixados pelos artistas participantes, com a proposta de tensionar a autonomia desses elementos no campo das artes e questionar a memória e as narrativas produzidas a partir destes rastros deixados no espaço.
PROGRAMA
3 de março
Guto Lacaz, LUDO VOO, sessões às 20h e 21h (retirar senhas 30 min antes); Otávio Donasci, Casulos; Gabriel Brito Nunes, (des)instalação
5 de março
O que não é performance?: a performance como gênero, com Ana Carolina Roman, Beth Lopes e Lucio Agra
10 de março
Ana Elisa Carramaschi, Elástica [ com cisne] ; Luisa Nóbrega, Eco ou reescrita: nunca te disse que ia durar; Thiago Salas e Lucas Almeida, Escritório de sugestões musicais
12 de março
Zona limítrofe: os diversos campos artísticos e suas especificidades, com Artur Matuck, Fernando Iazzetta, Marcelo Denny e Victor Negri
17 de março
Lucio Agra, Vejo tudo nu; Maya Dikstein, sem título; Olyvia Bynum, Esclarecimento
19 de março
O artista performer: corpo de si, corpo do outro, com Ana Goldstein, Mário Ramiro e Ricardo Basbaum
24 de março
Carlos Monroy, Enunciações: emendando palavras, emendando crenças. Da série Re-formando a fé; Lia Chaia e Thiago Amoral, Trílito; Renan Marcondes, Estudos para geografias impermanentes
26 de março
Percursos possíveis: a institucionalização da performance, com Carlos Monroy, Daniela Mattos e Marcos Gallon
março 4, 2015
Oficina de práticas audiovisuais em tempo real com Luiz DuVa no Red Bull Station, São Paulo
Workshop gratuito, de caráter informativo e prático, coloca o aluno em contato com a história, as técnicas e os conceitos utilizados por composições audiovisuais, performances e instalações que tem em comum a criação de espaços específicos para a apresentação de obras audiovisuais onde a imagem e o som são manipulados ao vivo e em tempo real. Durante o processo do curso será dada ênfase à análise de experiências, trabalhos e/ou processos artísticos, que tenham como base o uso de técnicas de expansão da consciência para a sua realização.
Professor: Luiz DuVa
10, 11 e 12 de março de 2015 - 19 às 22 horas
Red Bull Station - Auditório
Praça da Bandeira 137, Centro, São Paulo
PROGRAMA
A oficina, ministrada pelo artista Luiz DuVa, abordará dos seguintes temas – que podem variar de acordo com o interesse e o nível de conhecimento do grupo:
1. A história, os conceitos e o desenvolvimento das técnicas usadas nas performances multimidias desde a década de 1950 até os dias de hoje.
2. Técnicas de criação utilizando-se ferramentas de manipulação de imagem e som em tempo real: after-image, video-remix, video-improvisação, video-scratch, narrativas não-lineares, visual music e arte generativa.
3. Introdução aos softwares mais utilizados, audio e video, com ênfase no ambiente gráfico de programação Isadora e Modul8.
4. Exercícios de interpretação e criação de uma peça audiovisual, uma para cada grupo de até 3 alunos, que poder ser apresentada como performance ou instalação no final do curso.
Método de estudo: Teoria: 50% / Prática: 50%, sendo que cada aula se inicia e termina com uma atividade prática.
Público Alvo: Vídeoartistas, vjs, videomakers, performers, djs, produtores de música eletrônica, fotógrafos, artistas plásticos, cineastas, web artistas, desing gráficos e interessados em geral.
Pré-requisitos: Ter domínio básico, técnico e teórico de sua área de atuação. Algum conhecimento de edição de vídeo e produção de música. Familiaridade com plataforma Apple e softwares de edição e manipulação de imagens é recomendável mas não obrigatório.
Material do Aluno: Os alunos são incentivados a trazer seu próprio material artístico (fotos, videos, textos) para que sirvam de material-prima para a oficina prática assim como seus próprios equipamentos.
Como se inscrever: Os interessados em participar devem enviar uma carta de intenção de um parágrafo para o email com o assunto “workshop Luiz DuVa”. A seleção será feita pelo ministrante e os participantes escolhidos serão comunicados no dia 7 de Março, por email.
Capacidade: 20 pessoas – gratuito
Luiz Duva é um artista experimental no campo da videoarte que desenvolve desde o início dos anos 1990 narrativas pessoais em vídeo, bem como uma série de experiências com videoinstalações e performances audiovisuais. Duva também é um dos criadores e o diretor artístico da Mostra Live Cinema, mostra de performances audiovisuais que acontece anualmente no Brasil desde 2007.
março 1, 2015
Seminário 80+30 no CCBNB, Fortaleza
O seminário ocorre junto à abertura da mostra 80+30 e tem por objetivo debater sobre as artes visuais produzidas no Brasil durante a década de 1980, passados 30 anos da exposição Como Vai Você, Geração 80?, realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em 1984, que tem sido compreendida como marco daquele período.
Participantes: Analu Cunha, Angelo Venosa, Barrão, Bitú Cassundé, Daniel Senise, Daniela Name, Delson Uchôa, Eduardo Frota, Herbert Rolim, Ivair Reinaldim, Jacqueline Medeiros, Leda Catunda, Luiz Zerbini, Marcelo Campos, Marcus Lontra, Tadeu Chiarelli
4 a 6 de março de 2015
Centro Cultural Banco do Nordeste
Rua Conde D’Eu 590, Centro, Fortaleza
APRESENTAÇÃO
O seminário 80+30 pretende estimular o debate sobre as artes visuais produzidas no Brasil durante a década de 1980, passados 30 anos da exposição Como Vai Você, Geração 80?, realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em 1984, que tem sido compreendida como marco daquele período.
Além disso, procura atualizar informações e reflexões sobre lugares como o Ceará, promovendo cruzamentos com os contextos artísticos do Rio de Janeiro e São Paulo. Pensar a diversidade da arte na década de 1980 é também ampliar o olhar sobre a produção brasileira.
O foco principal de 80+30 recai sobre as trajetórias individuais de artistas atuantes naquele momento, que falarão de suas obras, processos e do contexto artístico em que começaram a produzir, além de refletirem sobre a atualidade. Também teremos a presença de críticos de arte de marcante atuação no período.
PROGRAMAÇÃO
Dia 4 de março, quarta-feira
15h
Abertura oficial
Jacqueline Medeiros e os curadores
16h
Mesa 1 – Enamorados da imagem
Daniel Senise + Bitú Cassundé (falando sobre Leonilson)
Mediação: Daniela Name
Mais do que uma "volta da pintura", a década de 1980 significou uma reaproximação com a imagem e com as possibilidades de relacioná-la com a história da arte, as referências pop e a cultura de massa. No debate que une as trajetórias de dois grandes amigos, Senise e Leonilson, a pintura será abordada em suas relações com o corpo, a arquitetura e com a memória, alavanca para a criação de um inventário íntimo, compartilhável com o observador. Senise vem se relacionando com a suposta morte da pintura criando em seu próprio trabalho um arquivo de referências de "fantasmas" como Caspar David Friedrich ou Giotto. Leonilson cerziu, em sua curta carreira, um diário permeado por figuras arquetípicas - o peixe, o farol, a cruz - e confissões pessoais.
19h
Mesa 2 –Forma e imanência
Angelo Venosa + Eduardo Frota
Mediação: Marcelo Campos
Na década de 1980 alguns artistas dedicaram-se ao pensamento tridimensional, explorando novas possibilidades de uso de materiais e de estruturação da forma, para além do legado da tradição construtiva. Angelo Venosa resgatou o elemento orgânico, configurando imagens que muitas vezes remetem ao natural e ao primitivo, e são a um só tempo contemporâneas e jurássicas, ancestrais. Nas últimas décadas, sua produção incorporou novos processos e tecnologias, fundindo os procedimentos de escultura e desenho. Eduardo Frota, por sua vez, desenvolve sua poética intimamente ligada à tradição construtiva, privilegiando a madeira, em diálogo constante com a arquitetura e os espaços urbanos. Olhares distantes e ao mesmo tempo complementares, reforçam a diversidade que a década de 1980 trouxe à tradição escultórica brasileira.
Dia 5 de março, quinta-feira
16h
Mesa 3 – Outros meios e ações coletivas
Analu Cunha + Herbert Rolim (falando sobre Grupo Aranha)
Mediação: Ivair Reinaldim
Para além da pintura, artistas exploraram diferentes linguagens na década de 1980, como o desenho e a gravura, meios com os quais Analu Cunha começou sua produção. Explorou ainda a fotografia e hoje se dedica à videoarte, não apenas como artista, mas também como teórica. Do mesmo modo, vários artistas uniram-se em torno de gruposno período, muitas vezes ligados apenas pelo espaço físico comum de um ateliê. No Rio de Janeiro, Analu participou da experiência coletiva na Oficina de Gravura do Ingá e, no Ateliê Alice, dos encontros que originariam o Visorama, já no início dos anos 90; em Fortaleza, formou-se o Grupo Aranha, composto por Hélio Rôla, Sérgio Pinheiro, Eduardo Eloy, Kazane, Alano de Freitas e Maurício Cals, entre outros. Tendo os muros da cidade como suporte, as pinturas feitas a céu aberto do coletivo procuravam ampliar o circuito de arte local e explorar diferentes modos de contato com o espectador.
19h
Mesa 4 – Fragmentos do mundo
Luiz Zerbini + Delson Uchôa
Mediação: Marcelo Campos
A pintura dos anos 1980 reforçou sua identidade multifacetada, abrindo espaço para uma diversidade de experiências, materiais, formas e gestos. Luiz Zerbini e Delson Uchôa são artistas que se contaminaram com as visualidades e sutilezas do mundo, da paisagem urbana e regional às narrativas cotidianas, procurando não documentar certos olhares ou representar apenas texturas, mas dar densidade a essas imagens. Em ambos a luz reforça a intensidade e poesia das cores, mas também certo olhar para aquilo que querem chamar a atenção. Se Zerbini ampliou seu repertório através de experiências com apropriações e experimentação visual-sonora, junto ao coletivo Chelpa Ferro, Uchôa, por sua vez expandiu as tramas e texturas de suas pinturas para o universo da fotografia e das instalações com sombrinhas.
Dia 6 de março, sexta-feira
16h
Mesa 5 – Caleidoscópio pop e popular
Leda Catunda + Barrão
Mediação: Daniela Name
O encontro entre Leda Catunda e Barrão colabora para uma reversão de um estereótipo dos anos 80 apenas como a “década da pintura”: Leda é dona de uma pintura híbrida e expandida, cuja pele muitas vezes foi herdada das coisas do mundo. Barrão é um multiartista, que transita com desembaraço da escultura às intervenções sonoras ou em vídeo. Mas há outros pontos de contato que iluminam a análise de sua geração: o flerte com materiais precários, o despudor com o kitsch, o mergulho na matriz popular brasileira e a apropriação de personagens de um universo pop. Os dois também criam a partir de um raciocínio fragmentado, que faz de cada obra uma espécie de prisma ou caleidoscópio. As formas, como Matrioskas russas, podem estar sempre grávidas de outras formas.
19h
Mesa 6 – Retrospecto crítico
Marcus Lontra + Tadeu Chiarelli
Mediação: Ivair Reinaldim
Passados 30 anos da exposição realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, que com uma interrogação pretendeu descontraidamente mapear a jovem produção de arte brasileira da primeira metade da década de 1980, é chegada a hora de reavaliar as posições teóricas assumidas naquele momento. Curadores das mostrasComo Vai Você, Geração 80? (1984) e Imagens de Segunda Geração (1987), Marcus Lontra e Tadeu Chiarelli, respectivamente, são críticos fortemente atuantes desde então, desenvolvendo suas trajetórias teóricas em paralelo à dos artistas do período e estruturando reflexões que extrapolam a própria conjuntura da década de 80.