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dezembro 12, 2012
Seminário Internacional Mira Schendel na Pinacoteca de São Paulo
Seminário Internacional na Pinacoteca de São Paulo discute a obra de Mira Schendel
Concebido em duas etapas, a primeira realizada em novembro na Tate Modern, Londres, o evento discute a obra de Mira Schendel (Suiça, 1919 - São Paulo, 1988) a partir de uma abordagem multidisciplinar. O objetivo é propiciar o encontro de especialistas e do público em geral para debater a produção desta que é considerada uma das artistas mais complexas da arte brasileira contemporânea. Este seminário concretiza a primeira etapa do projeto Mira Schendel que a Pinacoteca do Estado está desenvolvendo com a Tate Modern e que irá culminar em uma grande exposição internacional nas duas instituições em 2013 e 2014, numa parceria inédita de curadoria conjunta.
Palestrantes convidados: Cauê Alves, Irene Small, Isobel Whitelegg, John Rajchman, Sônia Salzstein, Taisa Palhares
14 e 15 de dezembro de 2012 - Inscrições até 13 de dezembro
Pinacoteca de São Paulo - Auditório
Praça da Luz 2, São Paulo - SP
Inscrições: eventos@pinacoteca.org.br
PROGRAMAÇÃO
14 de dezembro, sexta-feira
10h00: Abertura com Ivo Mesquita, Diretor Técnico da Pinacoteca do Estado.
10h30 às 12h00: Primeira sessão com Cauê Alves e Taisa Palhares
12h às 14h: Intervalo para almoço
14h às 16h: Segunda sessão com Irene Small e Isobel Whitelegg
16h às 16h30: Coffee break
16h30 às 17h: Finalização dos trabalhos do dia com Taisa Palhares e Tanya Barson.
15 de dezembro, sábado
10h30 às 13h: Terceira sessão com Sônia Salzstein e John Rajchman
Debate final com a presença de todos os palestrantes.
Mira Schendel (Zurique, Suíça 1919 - São Paulo SP 1988)
Emigra em 1949 para o Brasil como Mira Hargersheimer, estabelecendo-se em Porto Alegre. Nesta cidade inicia sua carreira de pintora e trabalha na Tipografia Mercantil como desenhista. Estuda filosofia de maneira autodidata, hábito que manteria por toda a sua vida. Participa da I Bienal Internacional de São Paulo em 1951 e dois anos depois muda-se para São Paulo. Em 1954 realiza sua primeira individual na capital paulista, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e no ano seguinte participa da III Bienal. Dedica-se fundamentalmente à pintura e passa a assinar seus trabalhos somente como “Mira” em meados da década de 1950. Em 1960 casa-se com o livreiro Knut Schendel, adotando a partir de então seu sobrenome. As décadas de 1960/70 representam um momento singular para o desenvolvimento de sua produção artística. Em poucos anos, Mira irá realizar boa parte de sua obra em papel, como as séries conhecidas como os “Bordados”, as “Monotipias” e as “Bombas”. Explora novos materiais como o acrílico, criando seu importante grupo de “Objetos Gráficos”, de “Discos” e de “Toquinhos”. Paralelamente realiza as “Droguinhas” feitas de papel-arroz retorcido, além de continuar uma produção considerável em pintura. Aproxima-se de importantes críticos e intelectuais como Mário Schenberg, Mário Pedrosa, Haroldo de Campos, Max Bense, Theon Spanudis, Vilém Flusser, Umberto Eco, Jean Gebser, entre outros. Por intermédio do crítico inglês Guy Brett, expõe na Signals Gallery em Londres em 1965 e 1966, e participa como representante do Brasil da Bienal de Veneza em 1968. Em 1969 apresenta a instalação “Ondas Paradas de Probabilidade” na X Bienal de São Paulo, conhecida como a “Bienal do Boicote”. No início da década de 1970 também irá realizar cerca de 150 cadernos que são expostos no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Começa a desenvolver a grande série de colagens com papel tingido artesanalmente e com aplicação de letraset, conhecida como “Toquinhos”. Também nesses anos faz trabalhos tão heterogêneos entre si como os “Datiloscritos” e as “Mandalas”. Nos anos 1980, inicia as grandes pinturas em têmpera com aplicação de formas geométricas em folha de ouro que irão marcar seu trabalho nos últimos anos de vida. Em 1987 apresenta o conjunto de 12 telas em gesso e têmpera denominadas “Sarrafos”, última grande série acabada de sua produção.
SOBRE OS PALESTRANTES
Cauê Alves: Crítico de arte e curador. Mestre e doutor em filosofia pela USP, é professor da Faculdade Belas-Artes e do curso “Arte: história, crítica e curadoria” da PUC-SP. Foi um dos curadores da 8ª Bienal do MERCOSUL e curador da mostra “Mira Schendel. Curador da mostra O Avesso do avesso” (Instituto de Arte Contemporânea, 2010).
Irene Small: Professora assistente de Arte Contemporânea no Departamento de Arte e Arqueologia da Princeton University (EUA). Especialista em arte latino americana, defendeu doutorodo na Yale University (EUA) com o trabalho Hélio Oticica and the Morphology of Things, em 2008.
Isobel Whitelegg: crítica de arte e curadora, especialista em arte contemporânea latino americana, possui doutorado pela University of Essex (Inglaterra). Atualmente é curadora da Nottingham Contemporary, na Inglaterra.
John Rajchman: Filósofo, especialista em estética e filosofia francesa contemporânea, com trabalhos importantes sobre Michel Foucault e Deleuze, entre outros. É editor colaborador da revista Artforum e professor do Departamento de História da Arte da Columbia University (EUA).
Sônia Salzstein: Crítica de arte e curadora. Doutora em filosofia pela Universidade de São Paulo e professora do Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Foi curadora da mostra “Mira Schendel: no vazio do mundo” (Galeria de Arte do SESI, 1997).
Taisa Palhares: crítica de arte e pesquisadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Doutora em filosofia pela Universidade de São Paulo, é co-curadora da mostra Mira Schendel juntamente com Tanya Barson (Tate Modern).
dezembro 10, 2012
Cursos de férias 2013 no ITO, São Paulo
Cursos de férias 2013
Orientadores: Andrea Aly, Claudio Barros, Denise Adms, Gustavo Falqueiro e Natália Tonda, Inaê Coutinho, Julia Abs, Helenira Paulino, Raimo Benedetti, Teresa Viana
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 Entrada pela R. Coropés Pinheiros, São Paulo
11-2245 1900 /1937
www.institutotomieohtake.org.br
Curso para crianças
com Andrea Aly
Público-alvo: Crianças de 5 a 10 anos
5 dias (15 horas), 28, 29, 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro, segunda a sexta-feira, 10-13h
Vagas: 20
Valor: R$200,00
O curso será uma mistura de brincadeira com invenção, investigação e arte. Faremos pesquisas com luzes, sombras, materiais visuais, sonoros e tecnológicos.
Fotografia, Tempo e Movimento: experimentações pré-cinematográficas
com Inaê Coutinho
Público-alvo: estudantes de fotografia, fotógrafos ou interessados em geral com conhecimento intermediário em fotografia que possuam equipamento fotográfico. (limite mínimo de idade: 15 anos)
5 dias (15 horas), 28, 29, 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro, segunda a sexta-feira, 10-13h
Vagas: 20
Valor: R$280,00
Este workshop investiga as relações entre a fotografia, a representação do tempo e a ilusão de movimento. Inicialmente, os princípios da animação e do cinema serão investigados por meio da
observação e da fabricação de brinquedos ópticos característicos do século XIX, através dos quais a ilusão de continuidade é alcançada. Em seguida, analisaremos a obra dos fotógrafos Eadweard Muybridge, Étienne-Jules Marey, Duane Michals e David Hockney, cujos trabalhos lidam com o tempo e o movimento através de foto-sequências, séries narrativas e foto-colagens. Finalmente, cada participante se proporá o desenvolvimento de uma série de imagens fixas que dialoguem com a
questão do movimento, aprofundando as características levantadas de maneira investigativa e criativa.
História da Dança
com Julia Abs
Público-alvo: Interessados em geral
5 dias (15 horas), 28, 29, 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro, segunda a sexta-feira, 14-17h
Vagas: 20
Valor: R$280,00
O curso apresentará um panorama geral e analisará as principais vertentes da dança cênica na Europa, Estados Unidos e Brasil, a partir da década de 1970. Algumas obras que pertencem à dança moderna podem ajudar a lançar luz sobre questões presentes na dança de hoje, e por isso o curso inicia dando ênfase à pesquisa da dança-teatro de Pina Bausch. As aulas serão compostas por exibição de vídeos de espetáculos de coreógrafos importantes e debate acerca das questões da dança atual.
YouTube Remix
com Raimo Benedetti
Público-alvo: Pessoas que já tenham familiaridade com os recursos de vídeo.
Duração: 5 dias (15 horas), 28, 29, 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro, segunda a sexta-feira, 14- 17h
Vagas: 15
Valor: R$280,00
Com a popularização da banda larga e dos sites de busca de vídeo, como a plataforma YouTube, o acesso a imagens de arquivo ficou tão fácil como ficaram frágeis suas leis de propriedade de utilização. Um vídeo, quando levado para a internet, perde seu controle de uso, fica vulnerável a downloads e seu conteúdo pode servir de matéria-prima para outras edições. O curso YouTube Remix pretende tirar proveito dessa estranha e sedutora liberdade em prol da exploração artística/expressiva do vasto banco de imagens disponíveis na internet.
Madeira – forma e design
com Claudio Barros
Público-alvo: Pais e filhos – crianças a partir de 10 anos
2 dias (6 horas), 2 e 3 de fevereiro, sábado e domingo, 14-17h
Vagas: 20
Valor: R$250,00 (para 2 pessoas)
Oficina rápida pretende estimular a criação de objetos e formas tridimensionais, como brinquedos e peças de mobiliário. A oficina visa a interação lúdica entre pais e filhos aliada ao pensamento construtivo, pretende dinamizar o potencial criativo na linguagem tridimensional ao lado do
desenvolvimento de procedimentos básicos da marcenaria, como a utilização das ferramentas elementares como régua e esquadro, serras, martelo e furadeira.
Maratona de pintura
com Deborah Paiva
Público-alvo: Interessados em geral
5 dias (15 horas), 28, 29, 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro, segunda a sexta-feira, 14- 17h
Vagas: 20
Valor: R$280,00
O curso terá uma abordagem totalmente prática, explorando técnicas e acompanhando o desenvolvimento das pinturas realizadas pelos alunos.
Alguns aspectos que serão abordados durante o curso intensivo:
1) Qual é o meu assunto na pintura: Cor? Matéria? Gesto espontâneo? Pincelada? Figuração? Formas geométricas? Formas orgânicas? Formas apropriadas do universo popular?
2) Preparação para pintar: desenhar um esquema; criar moldes em acetato; escolher cores; “programar” o preenchimento da tela.
3) Uso do pincel/da espátula.
4) A construção de uma paleta de cores.
5) Aprendendo a trabalhar com a tinta molhada.
6) Colagem de outros elementos na tela.
Caminho da imagem - um percurso com a fotografia
com Denise Adms
Público-alvo: Interessados em geral
5 dias (15 horas), 28, 29, 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro, segunda a sexta-feira, 10-13h
Vagas: 20
Valor: R$280,00
Debruçar-se sob as poéticas e mapas de artistas e viajantes para, a partir daí, seguir um percurso pela cidade. Com critérios estabelecidos pelo grupo, seguiremos um caminho de produção e edição das imagens realizadas, criando uma obra coletiva.
Fotograma: criando imagens
com Gustavo Falqueiro e Natália Tonda
Público-alvo: Crianças de 10 a 14 anos
Duração: 2 dias (6 horas), 2 e 3 de fevereiro, sábado e domingo, 10-13h
Vagas: 12
Valor: R$250,00
A fotografia é, por princípio, um jogo de luz e sombra gravado na matéria. Seu nascimento ocorre quando a superfície sensível, no escuro, se expõe ao mundo e recebe luz. Nesse momento, do ato fotográfico, a matéria deixa de estar para ser de outro modo. Assim nasce a fotografia, essa filha da luz na matéria.
E o fotógrafo? Ele é o mágico que irá manipular a luz. Ele é aquele que criará um meio reflexivo entre o meu olhar e o mundo. Ele criará um meio que, mesmo sendo artificial, traz consigo graus de realidade. O fotógrafo é um mágico que transforma o mundo em imagem e imagem como um duplo do mundo, graças a Luz. Assim, através da luz, do papel fotográfico e objetos do cotidiano, propomos a criação de cenários e experimentações sem o uso da câmera fotográfica, incentivando a imaginação na criação de novas possibilidades visuais.
Laboratório de Artes nas Férias
com Helenira Paulino
Público-alvo: Crianças de 6 a 12 anos
2 dias (5 horas), 2 e 3 de fevereiro, sábado e domingo, 11-13h30
Vagas: 20
Valor: R$50,00 por dia
O Laboratório de Artes tem como objetivo propor momentos de experimentação e vivência com as artes visuais para crianças e adolescentes. Em cada dia serão desenvolvidas propostas independentes – possibilitando a participação em ambos ou em apenas um dia de curso –, que terão como eixo o desenho
Pintura contemporânea
pintura (no sábado) e o tridimensional (no domingo).
com Teresa Viana
Público-alvo: Estudantes de arte, jovens artistas em processo de formação, iniciantes e interessados em geral.
2 dias (6 horas), 2 e 3 de fevereiro, sábado e domingo, 14-17h
Vagas: 20
Valor: R$200,00
Dar uma visão abrangente sobre a pintura contemporânea, levando o aluno a submergir no universo pictórico, estimulando a experimentação do seu fazer no processo de pensar com essa linguagem. As aulas serão livres, com conversas e exercícios.
OBS: Os alunos que tiverem um trabalho em percurso devem levar fotos na primeira aula.
Workshop de design – Bruno Munari
com Luciano Deviá
Público-alvo: Interessados em geral
4 dias (12 horas), 4 a 7 de fevereiro, segunda a quinta-feira, 19-22h
Vagas: 20
Valor: R$360,00
O artista italiano Bruno Munari destaca-se como uma das figuras mais importantes e inovadoras do século XX. Através de sua trajetória, lançaremos um olhar sobre o momento histórico que propiciou o desenvolvimento da poética única de Munari, que passa pelas linguagens do design, das artes
visuais e até da educação. Por meio de suas principais obras – ao lado de outros grandes nomes do design italiano –, o aluno será convidado a descobri-las chegando, enfim, à “identidade brasileira”, e aplicando em um laboratório prático os conceitos discutidos sob a ótica do artista.
dezembro 6, 2012
Seminário Internacionaldiscute a obra de Mira Schendel na Pinacoteca, São Paulo
Seminário Internacional discute a obra de Mira Schendel
Palestrantes: Cauê Alves, Irene Small, Isobel Whitelegg, John Rajchman, Sônia Salzstein, Taisa Palhares
14 e 15 de dezembro de 2012
Inscrições até o dia 13.12 pelo email eventos@pinacoteca.org.br
Pinacoteca de São Paulo
Estação Luz do Metrô
Centro - São Paulo
11-3324-1000
www.pinacoteca.org.br
Concebido em duas etapas, a primeira realizada em novembro na Tate Modern, Londres, o evento discute a obra de Mira Schendel (Suiça, 1919 - São Paulo, 1988) a partir de uma abordagem multidisciplinar. O objetivo é propiciar o encontro de especialistas e do público em geral para debater a produção desta que é considerada uma das artistas mais complexas da arte brasileira contemporânea. Este seminário concretiza a primeira etapa do projeto Mira Schendel que a Pinacoteca do Estado está desenvolvendo com a Tate Modern e que irá culminar em uma grande exposição internacional nas duas instituições em 2013 e 2014, numa parceria inédita de curadoria conjunta.
Palestrantes convidados: Cauê Alves, Irene Small, Isobel Whitelegg, John Rajchman, Sônia Salzstein, Taisa Palhares.
Sobre os palestrantes:
Cauê Alves: Crítico de arte e curador. Mestre e doutor em filosofia pela USP, é professor da Faculdade Belas-Artes e do curso “Arte: história, crítica e curadoria” da PUC-SP. Foi um dos curadores da 8ª Bienal do MERCOSUL e curador da mostra “Mira Schendel. Curador da mostra O Avesso do avesso” (Instituto de Arte Contemporânea, 2010).
Irene Small: Professora assistente de Arte Contemporânea no Departamento de Arte e Arqueologia da Princeton University (EUA). Especialista em arte latino americana, defendeu doutorodo na Yale University (EUA) com o trabalho Hélio Oticica and the Morphology of Things, em 2008.
Isobel Whitelegg: crítica de arte e curadora, especialista em arte contemporânea latino americana, possui doutorado pela University of Essex (Inglaterra). Atualmente é curadora da Nottingham Contemporary, na Inglaterra.
John Rajchman: Filósofo, especialista em estética e filosofia francesa contemporânea, com trabalhos importantes sobre Michel Foucault e Deleuze, entre outros. É editor colaborador da revista Artforum e professor do Departamento de História da Arte da Columbia University (EUA).
Sônia Salzstein: Crítica de arte e curadora. Doutora em filosofia pela Universidade de São Paulo e professora do Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Foi curadora da mostra “Mira Schendel: no vazio do mundo” (Galeria de Arte do SESI, 1997).
Taisa Palhares: crítica de arte e pesquisadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Doutora em filosofia pela Universidade de São Paulo, é co-curadora da mostra Mira Schendel juntamente com Tanya Barson (Tate Modern).
Programação:
14 de dezembro, sexta-feira.
10h00: Abertura com Ivo Mesquita, Diretor Técnico da Pinacoteca do Estado.
10h30 às 12h00: Primeira sessão com Cauê Alves e Taisa Palhares
12h às 14h: Intervalo para almoço
14h às 16h: Segunda sessão com Irene Small e Isobel Whitelegg
16h às 16h30: Coffee break
16h30 às 17h: Finalização dos trabalhos do dia com Taisa Palhares e Tanya Barson.
15 de dezembro, sábado.
10h30 às 13h: Terceira sessão com Sônia Salzstein e John Rajchman
Debate final com a presença de todos os palestrantes.
Mira Schendel (Zurique, Suíça 1919 - São Paulo SP 1988)
Emigra em 1949 para o Brasil como Mira Hargersheimer, estabelecendo-se em Porto Alegre. Nesta cidade inicia sua carreira de pintora e trabalha na Tipografia Mercantil como desenhista. Estuda filosofia de maneira autodidata, hábito que manteria por toda a sua vida. Participa da I Bienal Internacional de São Paulo em 1951 e dois anos depois muda-se para São Paulo. Em 1954 realiza sua primeira individual na capital paulista, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e no ano seguinte participa da III Bienal. Dedica-se fundamentalmente à pintura e passa a assinar seus trabalhos somente como “Mira” em meados da década de 1950. Em 1960 casa-se com o livreiro Knut Schendel, adotando a partir de então seu sobrenome. As décadas de 1960/70 representam um momento singular para o desenvolvimento de sua produção artística. Em poucos anos, Mira irá realizar boa parte de sua obra em papel, como as séries conhecidas como os “Bordados”, as “Monotipias” e as “Bombas”. Explora novos materiais como o acrílico, criando seu importante grupo de “Objetos Gráficos”, de “Discos” e de “Toquinhos”. Paralelamente realiza as “Droguinhas” feitas de papel-arroz retorcido, além de continuar uma produção considerável em pintura. Aproxima-se de importantes críticos e intelectuais como Mário Schenberg, Mário Pedrosa, Haroldo de Campos, Max Bense, Theon Spanudis, Vilém Flusser, Umberto Eco, Jean Gebser, entre outros. Por intermédio do crítico inglês Guy Brett, expõe na Signals Gallery em Londres em 1965 e 1966, e participa como representante do Brasil da Bienal de Veneza em 1968. Em 1969 apresenta a instalação “Ondas Paradas de Probabilidade” na X Bienal de São Paulo, conhecida como a “Bienal do Boicote”. No início da década de 1970 também irá realizar cerca de 150 cadernos que são expostos no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Começa a desenvolver a grande série de colagens com papel tingido artesanalmente e com aplicação de letraset, conhecida como “Toquinhos”. Também nesses anos faz trabalhos tão heterogêneos entre si como os “Datiloscritos” e as “Mandalas”. Nos anos 1980, inicia as grandes pinturas em têmpera com aplicação de formas geométricas em folha de ouro que irão marcar seu trabalho nos últimos anos de vida. Em 1987 apresenta o conjunto de 12 telas em gesso e têmpera denominadas “Sarrafos”, última grande série acabada de sua produção.