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julho 14, 2021
Itaú Cultural lança Revista sobre Plano Nacional de Cultural + caderno em live com Canclini
Plano Nacional de Cultura e transformações da cultura contemporânea conduzem duas novas publicações do Observatório Itaú Cultural
A edição 29 da Revista Observatório, reúne reflexões sobre o Plano Nacional de Cultura 2010-2020 e os desafios para o próximo período. Encontro on-line, organizado pela Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, uma parceria do Itaú Cultural com o IEA/USP, lança o primeiro caderno de pesquisa sobre o tema A Institucionalidade da Cultura e as Mudanças Socioculturais, com o titular da cátedra, o antropólogo argentino Néstor García Canclini
O Itaú Cultural lança duas novas publicações voltadas à pesquisa e reflexão sobre as políticas culturais e o setor da cultura. No dia 14 de julho, quarta-feira, entra no ar, no site da organização www.itaucultural.org.br, a Revista Observatório 29, que nesta edição analisa o período vigente do Plano Nacional de Cultura (PNC). Um dia depois, quinta-feira, 15, às 14h, a Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, realizada em parceria pelo Itaú Cultural e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, promove um encontro no site do IEA/USP http://www.iea.usp.br/aovivo para marcar o lançamento do primeiro caderno de pesquisa da atual titularidade da cátedra, focada nos processos de transformação da cultura e das comunicações contemporâneas.
Com o título Plano Nacional de Cultura: análises e perspectivas, a 29ª Revista Observatório traz análises dos desafios e implementações das metas do PNC. Construído como um dos elementos do Sistema Nacional de Cultura, ele tem como proposta viabilizar o planejamento e a gestão compartilhada das políticas culturais, para garantir a todos o exercício dos direitos culturais. O plano atual, que tinha vigência prevista para o período de 2010 a 2020, foi prorrogado até 2022.
A revista
No artigo História e Resultados do Plano Nacional de Cultura 2010-2020 e o Anseio por um Novo e Aprimorado Plano, que integra a publicação, a historiadora Claudinéli Moreira Ramos traça um histórico da elaboração e do desenvolvimento do Plano Nacional de Cultura (PNC), fazendo uma avaliação geral de suas 53 metas. A publicação traz, ainda, um conjunto de artigos relacionados às experiências de países da América-latina, Ásia e Europa. Em comum, entre outros temas, está a preocupação com a escuta de segmentos artísticos e culturais e da sociedade civil e a atenção à diversidade de públicos.
Por fim, com a proposta de apontar desafios das artes e da cultura no Brasil a serem contemplados no próximo PNC, a revista reúne entrevistas com três representantes do poder público institucionalizado. Do Legislativo, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) e o senador Eduardo Gomes (MDB/TO) apresentam suas visões e análises do PNC 2010-2020 e as expectativas para um novo plano nacional. Pelo Executivo, o secretário especial da Cultura do Ministério do Turismo, Mario Frias, traz seu entendimento do assunto e indica os próximos passos previstos pelo governo federal.
Esta edição da Revista Observatório é a última a ter uma versão impressa. O próximo número, previsto para o segundo semestre de 2021, será integralmente digital, com conteúdo em audiovisual, áudios/podcasts e infográficos.
O caderno
A Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, por sua vez, apresenta o Caderno de Pesquisa n. 1 - A institucionalidade da cultura e as mudanças socioculturais, com os primeiros resultados dos estudos realizados na atual titularidade do antropólogo cultural argentino Néstor García Canclini.
O lançamento, ao vivo on-line, no dia 15 de julho, tem moderação de Martin Grossmann, coordenador acadêmico da cátedra, com a participação de Canclini e os pós-doutorandos Juan Ignacio Brizuela e Sharine Machado Cabral Melo. Selecionados para acompanhar as pesquisas do atual titular da cátedra, os pesquisadores vêm desde o ano passado investigando processos de transformação da cultura e das comunicações contemporâneas, em especial as relações e os desacordos entre a desinstitucionalização do setor e as trajetórias dos movimentos independentes.
No primeiro caderno, Brizuela e Sharine registram os discursos de posse e de recepção desta titularidade, compartilhando resultados parciais e anotações de pesquisa ainda em processo de elaboração. Esta é a proposta dos Cadernos de Pesquisa, uma novidade na cátedra, para possibilitar trocas e debates que possam impactar no desenvolvimento final da investigação.