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julho 9, 2021
Cursos de Férias Julho 2021 na EAV Parque Lage
Durante o mês de julho, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage - referência na América Latina no desenvolvimento de experimentações artísticas e pedagogias inovadoras - oferecerá mais de 20 cursos livres on-line, de curta duração, voltados a pessoas interessadas em se aproximar ou aprofundar conhecimentos e práticas em artes visuais. Com foco em arte contemporânea e recortes temáticos variados que investigam múltiplas linguagens, os cursos (práticos ou teóricos) têm duração de quatro a oito aulas.
A EAV - como uma escola que responde ao seu tempo, forma e aprende nas suas relações sociais com o entorno e a floresta - toma a arte como uma importante ferramenta de construção de sentido para pensar a atualidade em suas dimensões estéticas, sociais e políticas.
CURSOS
>>> Introdução à videoarte, com Marcos Bonisson
06 a 27 de julho. Terças, de 19h às 21h. R$ 380,00
SOBRE
O curso apresenta um núcleo de conhecimento histórico e procedimentos utilizados por artistas brasileiros e internacionais que trabalham com videoarte – como imagem em movimento, cinema de artista, vídeo-instalação, meta-documentários, filmes experimentais – desde as vanguardas do início do século XX até os dias atuais. Em sentido prático, as aulas objetivam um trabalho de curta duração para o final do curso a partir de exercícios específicos durante os quatro encontros propostos.
CONTEÚDO
Este curso introdutório pretende compartilhar conhecimentos sobre diferentes possibilidades do trabalho em Videoarte no campo ampliado das linguagens visuais e seus múltiplos suportes.
>>> Exposições como meio, com Sonia Salcedo Del Castillo
06 a 27 de julho. Terças, de 17h às 19h. R$ 420,00
SOBRE
O curso promove uma reflexão sobre as exposições de arte enquanto meio da prática e do discurso da experiência artística, estimulando um ensaio expositivo coletivo como trabalho final.
CONTEÚDO
Partindo da modernidade, as exposições deixam de ser uma manifestação lateral de novas proposições artísticas para se traduzir em uma prática do discurso da experiência artística. Um panorama da expografia da arte do século XX – passando por considerações acerca do lugar expositivo como meio e projeto artístico –, que apresenta diferentes relações entre arte, espaço e montagem, indicando à compreensão das exposições em seus aspectos mais gerais e, assim, seu papel determinante na visualidade contemporânea. Mediante mostras exemplares, aborda diferentes relações entre arte, espaço e montagem, coloca em debate o papel das exposições na contemporaneidade com explanação teórica e apresenta imagens exemplares como conteúdo reflexivo e criativo para o exercício de ensaio expositivo.
>>> Arte Brasileira - passagens e permanências, com Paulo Couto
06 a 29 de julho. Terças e quintas, de 19h às 22h. R$ 350,00
SOBRE
A arte brasileira é marcada pela inexistência de um período clássico. Afora a presença de um Barroco pujante e as pinturas de viagens com caráter etnográfico, é com a arte acadêmica que se inaugura a prática educativa e profissional institucionalizada da arte no país no século XIX. Em seguida, é com a vanguarda modernista de 1922 que surge um campo artístico autônomo onde a busca por originalidade e autoria são perseguidas por artistas com perfil independente para construir uma cultura e uma identidade brasileira. Com a arte concreta e o abstracionismo informal, em meados do século XX, o campo artístico se complexifica e surgem novas maneiras de representar um ideário cultural moderno através da abstração. O neoconcretismo, então, aparece como uma renovação nos modos de relação sensorial entre as obras e os espectadores. As Novas Tendências e a Nova Objetividade Brasileira introduzem no cenário brasileiro os modos poéticos de criação da arte conceitual, a partir da urgência política que se instaura no Brasil nesse momento. A Arte Afro Brasileira constitui um empreendimento fundamental para a elaboração de um repertório moderno e contemporâneo com uma profunda densidade conceitual sobre a história do Brasil. O estudo da arte das sociedades indígenas não só revela como seus conteúdos ocupam as operações conceituais dos estilos hegemônicos, como propiciam atualizações teóricas no campo estético mais ampliado a partir do reconhecimento dos efeitos sensoriais dessas manifestações por si próprias.
CONTEÚDO
Os aspectos históricos da arte das sociedades indígenas, do Barroco, da Arte Acadêmica, do Modernismo de 1922, da Abstração Informal, do Concretismo e do Neoconcretismo, da Arte Afro Brasileira, das Novas Tendências, da Nova Objetividade e do momento atual da arte contemporânea serão introduzidos a partir das teorias centrais das/dos críticas/críticos brasileiras e brasileiros que contribuíram para a narrativa especializada da crítica, da teoria e da história da arte brasileira. Serão feitas associações com artistas, obras, movimentos, e a crítica e a história da arte internacional que foram referências acionadas pelos agentes brasileiros.
>>> Dinâmica das cores - versão intensiva, com Bernardo Magina
06 a 15 de julho. Terças e quintas, de 18h às 21h. R$ 360,00
SOBRE
Curso teórico sobre a dinâmica da cor e sua quarta dimensão: o tempo. Serão analisadas algumas das teorias propostas por artistas – desde Da Vinci até os dias de hoje, com ênfase nos estudos de José Maria Dias da Cruz sobre Cézanne. O curso pretende despertar reflexões sobre o uso da cor para além do círculo cromático tradicional newtoniano. Harmonia e ritmo da cor na criação de paletas.
CONTEÚDO
Os alunos entenderão o porquê dentro do cromatismo cezanneano não são utilizadas nomenclaturas vinculadas ao círculo cromático tradicional, como cores primárias, secundárias, frias, quentes e pastéis para pensar o uso da cor.
Será abordada a capacidade do fenômeno do rompimento do tom, tão explorado por Cézanne, de conferir a dimensão temporal ao estudo da cor. O curso prevê a apresentação de pontos de convergência e divergência de teóricos e artistas como Da Vinci, Newton, Goethe, Albers, Klee, Israel Pedrosa e José Maria Dias da Cruz. Serão exercitadas as dimensões da cor e conceitos como ritmo e harmonia na prática pictórica.
>>> Arqueologia do cotidiano - O acontecimento e o trivial como instrumento de produção em arte, com Fábia Schnoor
06 a 30 de julho. Terças e sextas, de 14h às 16h. R$ 450,00
SOBRE
A partir de referências e exercícios, será proposto ao aluno rever as práticas cotidianas, procurando estranhar o que é comum, perceber os detalhes dos gestos, das relações com os objetos, seus significados afetivos ou inesperados. Cuidar do entorno e do detalhe em um alargamento da experiência da simplicidade. Estar vivo no instante e no ambiente, como recurso de construção poética.
O que nos separa ou nos une do que fazemos? Como nossos artefatos ou objetos, atos ou pequenas escolhas determinam nossos olhares ou nossas construções diárias? Partindo desse estado de atenção como conexão com o meio externo e interno, não só na mente e no corpo, mas na alteridade, no ambiente natural e artificial que nos cerca, seguimos para exercícios que acolham o acaso, o inesperado e também o erro como instrumento de trabalho.
CONTEÚDO
A cada semana serão apresentados e sugeridos referências teóricas, vídeos, trabalhos de pessoas de diferentes áreas do conhecimento para a reflexão, assim como metodologias para desenvolvimento do trabalho. Serão propostos exercícios práticos para serem apresentados na aula seguinte e analisados em grupo.
Cada aluno apresentará um pequeno portfólio ou texto ao final do curso.
>>> Caminhar: prática estética e política e..., com Lucas Icó
08 a 29 de julho. Quintas, de 16h às 18h. R$ 330,00
SOBRE
O curso quer proporcionar, a partir de narrativas, representações visuais, sensibilidades e posicionamentos políticos, um ambiente de investigação do caminhar como prática estético-política, expressiva e inventiva. Vamos abordar o caminhar como modo de localizar-se, relacionar-se e de apresentar ou representar a relação com o lugar. Serão apresentadas as práticas de alguns artistas, coletivos e pesquisadores que trabalham derivas, o deslocamento cotidiano e a ação performática como modo de mergulho na criação estética e no contexto social.
CONTEÚDO
Considerando as especificidades do encontro on-line a partir de diferentes contextos, que desejos de movimento, coletividade e memórias de lugares são suscitados? Vamos partilhar experiências, realizar exercícios individuais e coletivos e acompanhar a produção des alunes. O curso tem por objetivo acompanhar as construções narrativas que emergem da experiência pedestre – assim como das memórias de caminhadas, das caminhadas mentais e em sonhos, e dos pequenos deslocamentos.
>>> Cartografias, redes e práticas de localização, com Cristina Ribas e Lucas Icó
05 a 26 de julho. Segundas, de 17h às 19h. R$ 330,00
SOBRE
O curso quer proporcionar a experimentação de ferramentas e conceitos ao redor da noção da cartografia – como forma contra-colonial de localizar-se, relacionar-se e de apresentar ou representar a relação com o território a partir de narrativas, representações visuais, sensibilidades e posicionamentos políticos. Vamos apresentar conteúdo relacionado à produção cartográfica, artística e de mapas de resistência produzidos nos últimos dez ou quinze anos no Brasil e fora dele por artistas, coletivos e pesquisadores.
Vamos partilhar experiências, realizar exercícios individuais e coletivos e acompanhar a produção dos alunos. O curso tem por objetivo pensar e colocar em prática a cartografia de território e a cartografia subjetiva pensada como forma de expressão, compartilhando ferramentas do desenho, do design, de pesquisa-processo e pesquisa-intervenção. Assim como as especificidades entre cartografia, redes e internet. A cartografia é uma ferramenta para pensar e imaginar relações comunitárias nas suas diferenças, em contraste à concepção do mundo como uma “aldeia global”.
CONTEÚDO
Esta edição do curso tem por objetivo seguir as linhas de trabalho abertas na primeira edição do curso em janeiro de 2020. Vamos retomar a conversa sobre mapeamentos indígenas do território, e uma discussão ao redor do tema cartografia das águas.
>>> História e processos da arte, com Paulo Couto
05 a 28 de julho. Segundas e quartas, de 19h às 22h. R$ 350,00
SOBRE
Este curso, que é introdutório e teórico, realizará a mediação entre as obras de arte, alunas e alunos. O objetivo é construir um olhar qualificado, que seja gerador de observação, apreciação e análise de obras de arte. Será apresentada a história da arte de maneira cronológica e com extrema clareza. Renascimento, Classicismo, Barroco, Modernismo, Arte Contemporânea serão abordados, trazendo à tona como esses momentos foram produzidos pelos artistas, críticos e historiadores. Remontamos como cada estilo dialogou com os outros, fazendo associações entre estes, e visualizando as correspondências nos surgimentos dos movimentos artísticos. A abordagem leva à uma compreensão abrangente e atualizada de todo o percurso da História da Arte, o que viabiliza uma relação bem informada com a arte do presente. O objetivo é chegar ao final do curso com um olhar que proporcione uma relação crítica e intensa com a arte do nosso tempo.
CONTEÚDO
A visualização das transformações no campo da história da arte aparece de forma clara, através de um encadeamento cronológico entre os períodos históricos e do entendimento de como artistas desdobraram estilos anteriores para construir e avançar. Através da compreensão dos fundamentos teóricos elementares, chegamos à compreensão sobre questões estéticas centrais no estudo da arte.
>>> Cor e Forma – Versão intensiva, com Bernardo Magina
05 a 14 de julho. Segundas e quartas, de 18h às 21h. R$ 360,00
SOBRE
Curso prático-teórico que visa capacitar o aluno a compor e estruturar visualmente desenhos e/ou pinturas, ajudando a desenvolver ou aprimorar um pensamento plástico. As aulas terão explanações teóricas sobre princípios de cor e forma e, posteriormente, exercícios serão realizados em aula. Versão reduzida de 4 aulas do curso semestral homônimo pensada como curso intensivo de férias.
CONTEÚDO
Uso dos elementos construtivos da forma na composição, ritmo e harmonização de cores no espaço plástico. Indução cromática e criação de paletas de cor. Integração de elementos gráficos e pictóricos.
Pensado a partir do curso preliminar da Bauhaus ministrado por Johannes Itten, do curso de Teoria da Forma de Paul Klee, do livro Ponto e Linha sobre plano de Wassily Kandinsky, e de teorias da cor derivadas dos estudos de José Maria Dias da Cruz sobre Cézanne.
>>> Luz e cena, com Iza Valente e Rogério Emerson Magalhães
05 a 28 de julho. Segundas e quartas, de 19h às 21h. R$ 450,00
SOBRE
O curso apresenta algumas das inúmeras possibilidades de pensar e criar cenografia e iluminação, assim como a inter-relação entre esses dois segmentos da arte.
CONTEÚDO
Introdução à história da cenografia e iluminação; visita técnica a um teatro (on-line); apresentação de maquinários, equipamentos e materiais pertinentes às montagens; apresentação e análise de projetos artísticos.
O curso abordará os seguintes tópicos:
-A evolução da caixa cênica (principais assuntos históricos relacionados);
- Espaços, equipamentos e materiais de um teatro;
- Apresentação e análise de importantes projetos e profissionais;
- Exercícios práticos de criação;
- Leitura e decupação de um texto teatral para montagem de cenas;
- Criação, desenvolvimento, produção, montagem e desmontagem de um espetáculo.
>>> 4 exercícios sobre o desenho de representação, com Chico Cunha
05 a 26 de julho. Segundas, de 19h às 21h. R$ 380,00
SOBRE
O curso é composto por quatro aulas práticas sobre as questões do desenho. Os exercícios vão abordar noções de perspectiva, escala, equilíbrio, valor tonal, representação, cópia e composição.
CONTEÚDO
Os temas serão separados por aula e abordados em exercícios propostos no começo da aula. Serão usados materiais como: grafite, nanquim e lápis de cor.
>>> Questões pontuais da arte contemporânea, com Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale
05 a 28 de julho. Segundas e quartas, de 19h às 22h. R$ 450,00
SOBRE
O curso pretende promover a reflexão crítica dos processos artísticos contemporâneos de 1969 até os dias atuais.
Para isso, será analisado o contexto nacional e internacional por meio de textos fundamentais do período e da projeção de amplo material iconográfico como imagens, vídeos, filmes referenciais para o entendimento das matrizes teóricas da arte contemporânea.
CONTEÚDO
O curso discute tópicos como a relação entre mídia e arte, a desmaterialização do objeto de arte, o significado do hibridismo, o grupo Fluxus, a questão linguística na obra de Kosuth e o conceitual – tanto no minimalismo quanto na obra de Joseph Beuys, por exemplo.
>>> Fotografia iniciante, com Thiago Barros
06 a 29 de julho. Terças e quintas, de 19h às 21h. R$ 450,00
SOBRE
O curso objetiva o descobrimento do ato fotográfico e seu aprofundamento conceitual como ferramenta artística, explorando as principais técnicas para controle de seus resultados. A partir de encontros com uso de material audiovisual intercalados com vivências práticas será estimulada a formação histórica, articulada com conceitos teóricos e práticos na fotografia.
CONTEÚDO
O curso oferece aos alunos uma imersão no mundo da fotografia, através do descobrimento do ato fotográfico pela formação da imagem e das principais técnicas para controle do resultado. É um curso de iniciação voltado também para aqueles que, mesmo já atuantes, buscam um conhecimento prático e teórico do fazer fotográfico. Serão abordadas questões básicas e primordiais da fotografia, além das abordagens conceituais ligadas à estética da imagem.
>>> Selfie, logo existo, com Paula Borghi e Beatriz Barros
06 a 15 de julho. Terças e quintas, de 17h às 19h. R$ 380,00
SOBRE
"Selfie, logo existo" é um curso ministrado pela curadora Paula Borghi e pela atriz/performer Beatriz Barros, que vêm trabalhando em colaboração no projeto COMO CORPO; o qual integrou o programa público da exposição Hábito-Habitante. Problematizando as nuances que permeiam a linguagem performática, busca-se investigar a presença da selfie sobretudo nos trabalhos de artes visuais. Se nos anos 60 o conceito psicanalítico da self se fez presente nos trabalhos de Lygia Clark, nos anos 2000 a selfie ganha mais duas vogais e sua profusão se dá pelo compartilhamento frenético de "fotografias de si" nas redes sociais. Trata-se de um sintoma do mundo contemporâneo, em que o celular faz-se extensão do corpo humano e a "saturação de si" é construída por filtros digitais. Dando luz a este fenômeno, o curso apresenta um breve recorte da história da arte por meio de trabalhos que se utilizam da selfies e propõe uma série de exercícios práticos que articulem o tema por meio da imagem, da escrita e da performance.
CONTEÚDO
Partindo do cruzamento entre História da arte e práticas performáticas, este é um curso prático/teórico. Apresentando um recorte de trabalhos de arte que desde os anos 70 vêm se utilizando do selfie como linguagem, em um primeiro momento busca-se problematizar esta linguagem como sintoma da fotoperformance. Logo após, o selfie será experienciado no corpo de todas as pessoas da turma por meio de exercícios coletivos e individuais. Dentre os principais assuntos que serão abordados no curso estão: Seria a selfie uma fotoperformance? Uma selfie no Instagram pode ser um trabalho de arte? Como que a dramaturgia colabora para a performatividade do selfie? Seríamos atrizes/atores de nossas próprias vidas? O que é real em um selfie? Qual o limite entre veracidade e ficção? Seria o selfie uma peça de um teatro performativo da vida?
>>> Exposições em nova realidade – pensar e criar exposições em espaços virtuais, com Stella Paiva e Júlia Baker
07 a 28 de julho. Quartas, de 19h às 21h. R$ 380,00
SOBRE
Pensando nas possibilidades e impossibilidades que o cenário da pandemia tem nos colocado e nas novas chamadas públicas que visam o digital, o curso repensa o espaço expositivo a partir do ambiente virtual. O curso propõe uma pesquisa deste novo ambiente: como as exposições são organizadas, como os artistas estão lidando com este novo suporte, os desafios da curadoria e da produção das exposições. O curso buscará, ao decorrer do mês, auxiliar a turma a pensar em possibilidades para a criação de exposições virtuais, a partir da curadoria e produção. Os conteúdos serão abordados de forma expositiva, com exemplos de ferramentas e exposições realizadas. Ao final do curso, a turma poderá apresentar propostas de exposições a serem desenvolvidas em plataformas on-line.
CONTEÚDO
Durante as quatro semanas propostas pelo curso, realizaremos encontros para discutir e apresentar exposições no ambiente virtual. A relação entre curadoria, artista e produção teve que ser alterada durante a pandemia. Apesar de já existirem práticas artísticas voltadas para o ambiente do on-line, a impossibilidade de visitar museus e centros culturais impôs um aceleramento nas investigações e possibilidades do virtual. Afinal, como traduzir uma exposição dentro do “cubo branco” para um espaço bidimensional? A partir de projetos desenvolvidos por instituições e curadorias independentes, iremos investigar o que está sendo feito e os limites do virtual.
>>> Pintura hoje: produção e mapeamento em tempo real, com Gustavo Matos e Bob N
07 a 28 de julho. Quartas, de 19h às 21h. R$ 330,00
SOBRE
O curso tem como objetivo apresentar nomes da pintura contemporânea nacional e internacional que têm se destacado nos últimos anos, situando esses(as) artistas no contexto da História da Arte, bem como nos acontecimentos sócio-culturais da atualidade. O propósito é focar nas produções atuais expostas em galerias e instituições de arte de grandes centros urbanos, tais como Nova York, Berlim, Paris, Londres, Hong Kong, São Paulo, dentre outros. Além das análises dos trabalhos, os professores indicarão sites para pesquisa e publicações relevantes no âmbito da crítica de arte.
CONTEÚDO
Exposição de robusta quantidade de imagens das produções em pintura e eventual material crítico das obras abordadas.
>>> Magia visual: o poder da imagem, com Nadam Guerra
07 a 28 de julho. Quartas, de 19h às 22h. R$ 380,00
SOBRE
Curso pensado para criadores de imagem (artistas, fotógrafos, cenógrafos, cineastas, etc) interessados em autoconhecimento e cura. Faremos uma aproximação prática entre arte contemporânea e xamanismo: Como ler sua produção imagética a partir de uma abordagem mágica-espiritual-pessoal? Como experimentar o poder da imagem? Como intencionalmente criar imagens mágicas?
CONTEÚDO
O mundo é composto de coisas visíveis e invisíveis. O artista, como o xamã, tem a função de fazer a ponte: tornar visível o invisível e criar novos invisíveis a partir da matéria. Com experiências práticas, físicas e visuais, criaremos um campo de aprendizado e sensibilização. Cada participante poderá descobrir em sua própria produção visual um caminho de autoconhecimento e potência de vida, além de entender o inconsciente como fonte infinita de criatividade e cura. No curso serão abordados: os níveis sensorial, convencional e pessoal de reverberação das imagens; a leitura de imagem, o poder do espaço; sólidos platônicos, o poder da forma; sensação e sentido, o poder das cores; a presença do ausente, o poder da imagem e a emanação e canalização, usando o inconsciente na criação artística. Seremos inspirados por antigas e novas tradições como tarot, alquimia, xamanismo, linguagem de luz, magia do caos.
>>> Experiências gráficas: narrativas cotidianas, com Bia Amaral e Giodana Holanda
08 a 29 de julho. Quintas, de 18h às 20h. R$ 380,00
SOBRE
O curso pretende explorar narrativas do cotidiano no contexto atual e criar poéticas através de experimentos gráficos, utilizando diversos recursos tradicionais e digitais.
CONTEÚDO
Estamos há mais de um ano vivendo uma pandemia que transformou nosso cotidiano. A necessidade de distanciamento social alterou rotinas, relacionamentos, formas de trabalhar e viver. Pretendemos estimular a produção de arte por meio da observação e reflexão sobre as mudanças ocorridas em nosso cotidiano e sobre as incertezas para o futuro próximo, a partir do dia-a-dia de cada um, em casa ou na cidade, identificando elementos de mudança em nossas vidas, por exemplo: afetos, hábitos, a vida digital que se expandiu e tende a se manter no futuro, relações sociais e transformações urbanas.
Para pensarmos algumas dessas questões como forma de arte, iniciaremos levantando um conjunto de palavras que expressem esse momento, e, como suporte para desenvolvimento dos trabalhos, apresentaremos textos de teóricos do cotidiano.
>>> A fotografia brasileira e o modernismo – Fotorreportagem, com Denise Cathilina
06 a 27 de julho. Terças, de 19h às 21h. R$ 330,00
SOBRE
O curso tem como objetivo traçar um panorama da fotografia moderna brasileira entre os anos 1940 e 1960, contextualizando-o na arte moderna brasileira e mundial, estimulando o pensamento crítico sobre a produção desse período. O workshop aborda as origens do modernismo fotográfico no Brasil com ênfase em artistas que atuaram em reportagens fotográficas e na fotografia documental.
CONTEÚDO
O curso abordará de forma teórica os seguintes tópicos:
• Pictorialismo no Brasil e movimento Fotoclubista mundial.
• Foto Cine Clube Bandeirante, Fotoptica. As mulheres fotógrafas pertencentes à escola paulista de fotografia.
• Revista Cruzeiro e Revista Manchete. Amilcar de Castro e reforma gráfica do Jornal do Brasil. Associação Brasileira e Arte Fotográfica (ABAF).
•Thomas Farkas: Do Foto Cine Clube Bandeirante à Caravana Farkas. Os fotógrafos Jean Manzon e José Medeiros.
>>> Antotipo – Fotografia natural, com Denise Cathilina
08 a 29 de julho. Quintas, de 10h às 13h. R$ 380,00
SOBRE
Antotipo (anthotype) é uma impressão de clorofila. Uma técnica fotográfica com origem no século XIX com uso de vegetais, flores e frutas como substância fotossensível. É totalmente natural e exige o tempo da natureza. Não há, nesta técnica, uso de elementos químicos – apenas plantas e revelação à luz do sol. Desde os anos 1970, o antotipo vem sendo utilizado por artistas visuais e educadores. Este processo, que é baseado na pesquisa de materiais, observação, paciência e gosto pela experimentação, resulta em imagens delicadas e fugazes. Neste fazer fotográfico, o caminho para obtenção da imagem é tão importante quanto o resultado final. O objetivo do curso é investigar os possíveis desdobramentos dessa técnica na arte contemporânea.
CONTEÚDO
Introdução às técnicas fotográficas históricas: a inversão no século XIX e os fotógrafos pictorialistas. Apresentação de artistas que utilizam a técnica na arte contemporânea. O negativo: preparando a matriz para impressão. Apresentação de lista de materiais e bibliografia comentada. Emulsionamento e impressão. A análise dos trabalhos.
>>> Tópicos de curadoria e montagem de eventos de arte, com Fernando Cocchiarale e Ivan Pascarelli
08 a 29 de julho. Quintas, de 19h às 21h. R$ 400,00
SOBRE
A partir de debates, pesquisas e experiências práticas, este curso pretende apresentar ao público interessado etapas fundamentais da curadoria e da conceituação espacial do projeto de montagem de eventos de arte. Não é, portanto, um curso de especialização, mas de introdução às principais etapas do trabalho curatorial. O curso tem um caráter dinâmico e possibilita que todos dialoguem e compartilhem suas experiências – sejam alunos(as), professores ou convidados(as) como designers, iluminadores e produtores.
CONTEÚDO
Todos os encontros serão acompanhados de projeções de imagens, contendo vasto acervo de fotos realizadas pelos professores, nos últimos trinta anos, em diferentes instituições culturais do país. Além disso, serão compartilhadas as imagens de acervo dos(as) palestrantes convidados(as).
>>> Creativity Masterclass II – Mistério e Espanto, com Charles Watson
15 a 17 de julho. Quintas, sextas e sábados, de 19:30h às 22:30h. R$ 480,00
SOBRE
Ao contrário do que se pensa, a criatividade não é tão natural ou fácil como muitos livros de autoajuda nos fazem acreditar. "Natural" para nossos cérebros é seguir o caminho de menor resistência, usando uma quantidade mínima de energia para o máximo de retorno esperado. A natureza é econômica. Afinal, por que gastar mais energia procurando uma nova solução quando uma antiga e familiar funciona tão bem quanto? Quando é dada a opção, tendemos a escolher as vias neurais mais percorridas. Existe um lugar, na fronteira do possível, para onde as pessoas criativas costumam ir. É um lugar fértil, mas geralmente solitário e até perigoso, onde somos obrigados a deixar nossas certezas de lado. Muitas vezes percebemos que é arriscado e hesitamos em ir – mas as recompensas, embora raras, são riquíssimas.
CONTEÚDO
Amplamente ilustrada com textos, imagens e entrevistas, a Creativity MasterClass II / Mistério e Espanto examina essa fronteira, traçando uma relação entre altos níveis de motivação e desempenho criativo otimizado. A partir de um repertório de 10 temas disponíveis neste módulo, as palestras que integram os 4 dias de encontro são escolhidas de acordo com as particularidades do grupo. Ao todo, são 8 Creativity MasterClasses independentes e complementares, que fazem parte da pesquisa interdisciplinar do educador britânico Charles Watson. Podem ser feitas isoladamente ou na ordem de interesse de cada participante.
>>> Manual de instruções para perder-se numa floresta, com Patricia Alves Dias
10 a 31 de julho. Sábados, de 11h às 13h. R$ 380,00
SOBRE
Walter Benjamin nos ensina que "saber orientar-se numa cidade não significa muito. No entanto, perder-se numa cidade, como alguém se perde numa floresta, requer instrução.” A ideia é produzir exercícios experimentais de imagem em movimento com as crianças do grupo. Serão realizados 04 encontros-passeio [virtuais] na natureza – Floresta da EAV ou outros biomas. Em tempo real, uma câmera subjetiva guiará as crianças numa experiência de (re)viver o contato com a Natureza de forma remota, numa experiência de brincar coletivo e espontâneo. Ao fim de cada encontro, as crianças produzirão obras experimentais de imagem em movimento ou brincadeiras óticas com ou sem o uso de dispositivos eletrônicos. O curso dá continuidade às ações do parquinho lage, que aconteceram presencialmente na Escola de Artes Visuais do Parque Lage até março de 2020.
CONTEÚDO
Para além das dificuldades impostas nos tempos da contemporaneidade, o Manual de Instrução para se perder em uma Floresta aposta nas práticas do brincar das crianças e na sua capacidade de reinvenção e resiliência. Brincar na floresta é ao mesmo tempo conteúdo e dispositivo da experiência, em que o processo se impõe mais do que qualquer produto. A ideia é convidar a criança para experimentar a escuta e o olhar para e com natureza e seus pares, criando experimentos curtos de imagem e movimento.