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maio 3, 2021
Nova edição do Entreolhares Universitário na Escola Itaú Cultural
Neste curso, o público é convidado a refletir sobre a pergunta: como vai a vida e o que eu posso fazer com ela? A partir daí, nascem reflexões sobre as artes visuais e os diversos caminhos possíveis de atuação na área, tendo sempre as histórias e vivências de cada um como norteadoras dos aprendizados. Para isso, Luciara Ribeiro, consultora do projeto, convida a todos para um mergulho no conceito de Escrevivência, criado pela escritora Conceição Evaristo, na qual as memórias e experiências dos envolvidos são determinantes para construção do aprendizado
Entreolhares é o programa de formação em artes visuais do Itaú Cultural está em sua terceira edição voltada ao público universitário. As inscrições devem ser feitas entre os dias 4 e 18 de maio de 2021, na plataforma da Escola Itaú Cultural escola.itaucultural.org.br. Oferecido a distância, entre 8 e 29 de julho, e inteiramente gratuito como todas as atividades da organização, o curso conta com a consultoria da educadora, pesquisadora e curadora Luciara Ribeiro, mestra em história da arte pela Universidade de Salamanca, na Espanha, e pelo programa de pós-graduação em história da arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Voltado para estudantes de graduação nas áreas de humanidades, o programa tem como princípio a pergunta como vai a vida e o que eu posso fazer? O ponto de partida para responder essa pergunta, durante as 10 aulas programadas em tempo real é o conceito de Escrevivências, elaborado pela escritora Conceição Evaristo. Por ele, se define a escrita que surge das experiências cotidianas contadas a partir do ponto de vista dos envolvidos. É a vida que se faz por meio das palavras – para mais informações sobre o conceito, acesse: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra70934/olhos-dagua. Esta é a base que permeará o curso, durante todo o processo, buscando apontar caminhos amplos e abertos para a futura atuação dos estudantes nas artes.
Estruturado em três blocos temáticos: Escrevivências de mim, Uma vida não se faz sozinha e Sobre o todo e nós: futuros em mudança, no decorrer do cronograma, serão discutidos os diversos papéis e contextos de atuação no campo das artes a partir da troca de saberes e experiências de vida, individuais ou coletivas, propondo uma reflexão sobre as relações entre o eu, o ser e o estar, ou ainda, entre o viver, o partilhar e o fazer artístico. A lista de aprovados será divulgada na plataforma da Escola Itaú Cultural, em 23 de junho.
Entre os convidados estão a Tupinambá, formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA), ARTivista visual e curadora autônoma, Moara Brasil, e o artista visual, autor do livro Y tú, ¿por qué eres negro, co-fundador do coletivo AfroConciencia, Rubén H. Bermudez, que compartilham suas experiências e pesquisas com os alunos, além do Grupo Kayatibu e do Coletivo Visto Permanente, que trazem aos encontros questões geradas pela coletividade e suas formas de articulação. Para abrir o cronograma de aulas, os alunos contam com a presença da artista da dança, atriz, educadora e orientadora corporal, Janette Santiago, e a exploração da ideia de corpovivência como forma de autoconhecimento. Na última semana dos encontros temos a participação da fundadora e diretora executiva da NoFront, economista, formada pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) e mestre em Economia Política Mundial pela Universidade Federal do ABC (UFABC), Gabriela Mendes Chaves, e a performer, curadora autônoma e arte-educadora, Letícia Barbosa, que falam sobre autonomia para a produção artística, a partir de uma visão social e política sobre a economia. Luciara Ribeiro faz a costura entre as aulas. Ela também comandará o encontro inaugural, que acontece no dia 8 de julho, explorando os objetivos do curso e o conceito que o rege, a Escrevivência.