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abril 24, 2021
Ciclo 1922: modernismos em debate - encontro online promovido pelo IMS, MAC-USP e Pinacoteca
Segundo encontro online do ciclo 1922: modernismos em debate problematiza a questão da identidade
O evento acontece com transmissão ao vivo nos canais de Facebook e YouTube do IMS, do MAC USP e da Pinacoteca de São Paulo
No dia 26 de abril de 2021, segunda-feira, das 18h às 21h15, acontece o segundo encontro do ciclo 1922: modernismos em debate, organizado pelo Instituto Moreira Salles, pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e pela Pinacoteca de São Paulo. Online e gratuito, o ciclo promoverá debates mensais, até dezembro, sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. O objetivo é realizar uma revisão crítica da Semana, contextualizando-a historicamente e examinando manifestações consideradas inovadoras em outras partes do país. Todas as atividades serão transmitidas ao vivo nos canais de YouTube e Facebook das três instituições.
O encontro do dia 26 de abril inclui duas mesas com pesquisadores e artistas sobre o tema da identidade no modernismo brasileiro, especialmente relacionado à representação da população afrodescendente e às expressões ditas regionais. A primeira mesa começa às 18h, com a fala do historiador da arte Rafael Cardoso, que questionará o senso comum segundo o qual o movimento modernista teria resgatado a negritude do apagamento cultural. Cardoso discutirá sobretudo a historiografia do modernismo nas décadas de 1930 e 1940.
Em seguida, a artista Val Souza apresentará seu vídeo Lembrança brasileira: uma seleção pitoresca de imagens (2021), com uma visão crítica e comparativa sobre as representações de corpos escravizados realizadas por artistas viajantes no século XIX e as imagens produzidas por artistas modernistas. Das 19h às 19h30, será realizado o debate, com mediação de Renata Bittencourt, coordenadora da área de Educação do IMS.
A segunda mesa inicia às 19h45, com a apresentação de Durval Muniz de Albuquerque Júnior, professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O historiador abordará o Movimento Regionalista e Tradicionalista do Recife, discutindo suas relações de aproximação e distanciamento estético e político com o movimento modernista de São Paulo.
Em diálogo, Aldrin Figueiredo, da Universidade Federal do Pará, abordará o modernismo na Amazônia. O historiador analisará como a Semana de 1922 reforçou as formulações de centro e periferia no contexto nacional. Após o encerramento da mesa, das 20h45 às 21h15, haverá um debate com os dois convidados, mediado por Ana Maria Maia, curadora da Pinacoteca.
Mais sobre o ciclo 1922: modernismos em debate
Realizado entre março e dezembro de 2021, de modo online, o ciclo de encontros tem o objetivo de promover uma revisão crítica da Semana de Arte Moderna de 1922. Os debates serão realizados uma vez ao mês e terão a presença de 41 convidades. Participam pesquisadores de diferentes estados, com o objetivo de comparar pontos de vistas, ampliar o conceito de modernismo e discutir as especificidades dos diversos movimentos que despontaram no Brasil entre os anos 1920 e 1940. Além de reunir especialistas em arte moderna, participam artistas contemporâneos, que discutirão o teor ideológico presente na representação de corpos negres e indígenas nas obras do período. O seminário acontece no ano anterior ao do centenário da Semana de Arte Moderna justamente para nutrir as pesquisas das três instituições para 2022, quando todas farão eventos em torno da efeméride. 1922: modernismos em debate é organizado por Ana Gonçalves Magalhães (MAC USP), Fernanda Pitta (Pinacoteca), Heloisa Espada (IMS), Horrana de Kássia Santoz (Pinacoteca), Helouise Costa (MAC USP) e Valéria Piccoli (Pinacoteca).
Programação
Encontro 2 | Identidade como problema
26 de abril, segunda-feira, das 18h às 21h15
mesa 3
18h - 18h30 | A reinvenção da Semana e o mito da descoberta do Brasil, com Rafael Cardoso (Uerj, Freie Universität Berlin)
18h30 - 19h | Lembrança brasileira: uma seleção pitoresca de imagens, com Val Souza (artista, SP-BA)
19h - 19h30 | debate
Mediação: Renata Bittencourt (IMS)
19h30 - 19h45 | intervalo
mesa 4
19h45 - 20h15 | Movimento regionalista e tradicionalista: a seu modo modernista?, com Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN)
20h15 - 20h45 | Cromografia de país dual: fronteiras e imagens do modernismo na Amazônia, com Aldrin Figueiredo (UFPA)
20h45 - 21h15 | debate
Mediação: Ana Maria Maia (Pinacoteca)
(As mesas 1 e 2 aconteceram no dia 29 de março)
Atividade gratuita com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais)
Transmissão ao vivo pelos canais de YouTube e Facebook das três instituições
IMS
youtube.com/imoreirasalles
facebook.com/institutomoreirasalles
MAC USP
youtube.com/macuspvideos
facebook.com/usp.mac
Pinacoteca de São Paulo
youtube.com/pinacotecadesãopaulo
facebook.com/PinacotecaSP
Sobre os debatedores
Rafael Cardoso
Escritor e historiador da arte, autor de diversos livros sobre arte e design no Brasil, sendo o mais recente Modernity in Black and White: Art and Image, Race and Identity in Brazil, 1890-1945 (2021). É membro colaborador do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e atua também como pesquisador associado ao Lateinamerika-Institut da Freie Universität Berlin. É membro da AICA Deutschland e da Verband Deutscher Kunsthistoriker.
Val Souza
Artista visual multimídia nascida em São Paulo, vive entre São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Seu trabalho é desenvolvido predominantemente por meio de performances. Sua prática artística é decorrente do estudo da filosofia e dos estudos culturais e é impulsionado pela história e iconografia das mulheres negras. Incorpora fotografia, vídeo e instalação em sua prática artística, que explora continuamente a autoexposição e a subjetividade. Bolsista na 8º edição da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS.
Durval Muniz de Albuquerque Júnior
Professor visitante no Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba, professor titular aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e professor permanente dos Programas de Pós-Graduação em História das Universidades Federais de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. É autor de livros como A invenção do Nordeste e outras artes, publicado pela editora Cortez, e Nordestino: invenção do falo (uma história do gênero masculino) e A feira dos mitos: a fabricação do folclore e da cultura popular, ambos pela editora Intermeios.
Aldrin Moura de Figueiredo
Doutor em história, professor da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia da Universidade Federal do Pará e bolsista PQ-CNPq. Foi diretor do Centro de Memória da Amazônia (2013-2017) e publicou, entre outros, Os vândalos do Apocalipse e outras histórias: arte e literatura no Pará dos anos 20 (IAP, 2012).
Próxima datas e temas do ciclo de encontros
31 de maio – Culturas urbanas
28 de junho – O popular como questão
26 de julho – Outras centralidades
30 de agosto – Artes indígenas: apropriação e apagamento
27 de setembro – Fotografia e cinema
25 de outubro – Artes do cotidiano
29 de novembro – Políticas do Modernismo
13 de dezembro – Futuro e passado: legados para o patrimônio