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abril 21, 2021
Seminário marca chegada do acervo pessoal do arquiteto Jorge Wilheim ao IAC, São Paulo
IAC – Instituto de Arte Contemporânea promove seminário que marca a chegada do acervo pessoal do arquiteto à instituição
23 de abril de 2021, sexta-feira, das 10h às 12h30, com transmissão pelo YouTube
O seminário “Jorge Wilheim: Tênue Esperança no Vasto Caos" tem como objetivo dar visibilidade às teses sobre o futuro das cidades no século XXI - elaboradas por Wilheim durante a Conferência de Istanbul da ONU nos anos 1990 e aprofundadas em publicação no início dos anos 2000 - e apresentar o pensamento do arquiteto como planejador urbano, tendo como base suas publicações — “O caminho de Istambul” em seu apêndice “Nosso fecundo fim-de-mundo” e “Tênue Esperança no Vasto Caos – Questões do Proto Renascimento do Sec. XXI”.
O debate contará com a participação de interlocutores que vivenciaram com Jorge Wilheim momentos importantes de sua trajetória, são eles: a Profa. Dra. Angélica Alvim, arquiteta e urbanista, diretora da FAU Mackenzie; o economista urbano e assessor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Alberto Paranhos; o arquiteto, urbanista, professor da FAU USP e gestor público, Prof. Dr. Nabil Bonduki; e a filósofa, escritora, Profa. Dra. Olgária Matos, professora de filosofia na USP e na UNIFESP. O seminário será conduzido pelo arquiteto, escritor e Prof. Dr. da FAU USP, Guilherme Wisnik, que assinou a curadoria da exposição “Conversas na Praça: o urbanismo de Jorge Wilheim”, realizada pelo SESC SP na unidade Consolação em 2019. A socióloga Ana Maria Wilheim, filha do arquiteto, fará uma conceitualização do seminário, enquanto a apresentação e boas-vindas aos participantes ficam à cargo de Marilucia Bottallo, diretora técnica do IAC e Raquel Arnaud, presidente da instituição.
O seminário foi concebido pela socióloga e responsável pelo projeto "Legado Jorge Wilheim", Ana Maria Wilheim, em parceria com o Instituto de Arte Contemporânea.
Sobre o acervo pessoal de Jorge Wilheim
O acervo pessoal de Jorge Wilheim foi doado por sua família para o Instituto de Arte Contemporânea para que esse assuma a sua salvaguarda, difusão e disponibilização pública. São aproximadamente 14 mil itens entre documentos pessoais, fotos, livros, estudos, projetos, plantas, desenhos e outros formatos. Só de grandes formatos (plantas, desenhos e projetos de arquitetura) estima-se três mil itens.
Fazem parte do conjunto de documentos, os projetos do Anhembi, do Teatro de Arte Israelita Brasileiro – TAIB, do Centro de Diagnósticos Albert Einstein, o projeto da Nova Augusta (não executado), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, além de inúmeros outros. Antes de ser disponibilizado ao público e para pesquisa, o acervo passará pelos processos museológicos padrão do instituto, contemplando as seguintes etapas: quarentena, higienização e organização, acondicionamento, digitalização, upload para o banco dados e catalogação. A previsão é que o trabalho seja concluído em até quatro anos.
Sobre o IAC
Única instituição no país voltada exclusivamente à preservação de arquivos pessoais de artistas visuais brasileiros, o IAC – Instituto de Arte Contemporânea surgiu em 1997 para a preservação inicial de dois acervos confiados a Raquel Arnaud: Willys de Castro e Sergio Camargo. São 23 anos de credibilidade, incluindo dois Prêmios APCA, em 2006, como melhor iniciativa cultural do ano e em 2021, como melhor atividade cultural na área das artes visuais em 2020. Com sede própria localizada na Av. Dr. Arnaldo desde 2020, o IAC operou até então por meio de parcerias institucionais com a Universidade de São Paulo (2006-2011) e com o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2011-2019).
Se de um lado, com seu potente Núcleo de Documentação e Pesquisa, atende a estudiosos, de outro, o IAC oferece ao público exposições que revelam o processo de trabalho de grandes nomes da arte brasileira, além de cursos, palestras e workshops. Pela interface on-line ainda, pesquisadores de qualquer parte do mundo podem ter acesso ao acervo por meio de seu banco de dados.
Atualmente o acervo conta com mais de 60 mil documentos, dos artistas: Amilcar de Castro, Hermelindo Fiaminghi, Iole de Freitas, Ivan Serpa, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Sergio Camargo, Sérvulo Esmeraldo e Willys de Castro e do arquiteto Jorge Wilheim. Até o final de 2022, o IAC se prepara para receber os acervos de Antonio Dias, Carmela Gross e Rubem Ludolf.