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setembro 1, 2020

Diretores de instituições da Alemanha, da Argentina e do Brasil debatem a reabertura dos museus

Painel virtual promovido pelo Goethe-Institut e pelo Ministério Federal das Relações Externas da Alemanha, em parceria com o Museu Nacional/UFRJ, acontece em 2 de setembro

O Goethe-Institut, o Ministério Federal das Relações Externas da Alemanha e o Museu Nacional/UFRJ promovem em 2 de setembro (quarta-feira) o evento virtual “Reopening Museums: European and South American Perspectives”. Com o objetivo de debater estratégias para a reabertura de espaços culturais após a quarentena provocada pela pandemia de Covid-19, o painel contará com as participações de Johannes Vogel, Diretor Museu de História Natural de Berlim; Barbara Plankensteiner, Diretora do Museum am Rothenbaum - Kulturen und Künste der Welt (MARKK); Gabriela Rangel, Diretora do Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA); e Alexander Kellner, Diretor do Museu Nacional/UFRJ.

O debate, mediado pela diretora do ICOM Brasil, Marília Bonas, terá início às 10h e será transmitido em inglês, ao vivo, pelo canal do Goethe-Institut Central no YouTube (www.youtube.com/goetheinstitut). Um link para tradução simultânea em português no Zoom será disponibilizado no chat ao vivo. A participação é franca e aberta a todos os interessados. O evento é uma das iniciativas que integram um projeto de longo prazo de intercâmbio museológico entre Brasil e Alemanha, capitaneado pelo Goethe-Institut. Nesse sentido, também já está agendada para junho de 2021 uma conferência internacional, a ser realizada presencialmente, no Rio de Janeiro.

“O ‘Reopening Museums’ foi pensado a partir da necessidade de falarmos sobre a reabertura destes espaços de maneira segura. Num momento como esse, é importante dar a nossa contribuição para incentivar colaborações entre diversas instituições. O intercâmbio de informações é peça-chave para incentivar colaborações entre museus na América do Sul e na Europa”, afirma Robin Mallick, Diretor do Goethe-Institut Rio. Ele antecipa que o painel deve ter um formato colaborativo, incentivando discussões relevantes para todos os convidados.

A Alemanha está entre os países que já reabriram museus após a diminuição significativa das taxas de contágio do coronavírus. Como reabrir com segurança em tempos de pandemia? Essa é uma das propostas da discussão digital que abordará, entre outros temas, o diálogo e a cooperação entre Europa e América do Sul, a retomada do diálogo dos museus com a sociedade, e o compromisso com a sustentabilidade.

O evento também marca os dois anos do incêndio do Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro. No dia seguinte ao desastre, o Ministério Federal das Relações Externas da Alemanha realizou uma doação de até 1 milhão de Euros para a recuperação e reconstrução do museu, dando início a uma relação de cooperação e proximidade da instituição brasileira com empresas e órgãos do governo alemão - da qual o evento do próximo dia 2 é fruto, assim como uma série de intercâmbios e outras atividades.

Sobre o Goethe-Institut

O Goethe-Institut é o instituto cultural de âmbito internacional da República Federal da Alemanha, que promove o conhecimento da língua alemã no exterior e o intercâmbio cultural internacional. A instituição transmite uma imagem abrangente da Alemanha através de informações sobre a vida cultural, social e política em nosso país. Os programas culturais e educacionais promovem o diálogo intercultural e permitem a participação cultural. Fortalecem o desenvolvimento de estruturas da sociedade civil e promovem a mobilidade global.

Com a rede de Goethe-Institute, Goethe-Zentren, centros culturais, salas de leitura e centros de línguas e exames, o instituto é, há mais de 60 anos, o primeiro contato de muitas pessoas com a Alemanha. A parceria de longa data com as principais instituições e indivíduos em mais de 90 países gerou na Alemanha uma confiança duradoura. A instituição se configura como uma parceira para todos aqueles que estão ativamente interessados na Alemanha e sua cultura e trabalham de forma independente e sem filiações político-partidárias.

Sobre Alexander Kellner

Alexander Kellner é diretor do Museu Nacional/UFRJ desde 2018 e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências. Membro Honorário da New York Paleontological Society, Pesquisador Associado do American Museum of Natural History e do Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology (IVPP, China) e, em sua trajetória acadêmica, já descreveu 70 espécies novas e organizou expedições para os mais diferentes pontos do planeta. Ocupa o cargo de editor-chefe dos Anais da Academia Brasileira de Ciências (única revista multidisciplinar lato sensu editada no Brasil) e pertence a classe Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

Sobre Barbara Plankensteiner

Barbara Plankensteiner é diretora do Museu am Rothenbaum - Culturas e Artes Mundiais (MARKK) desde abril de 2017. Sob sua liderança, o museu iniciou um processo de reposicionamento e descolonização que também levou a uma mudança de nome. A partir de 2015, ela foi Frances and Benjamin Benenson Foundation Curadora Sênior de Arte Africana na Galeria de Arte da Universidade de Yale, New Haven, Connecticut. Antes, foi vice-diretora, curadora-chefe e curadora das coleções da África no Weltmuseum Wien, onde teve um impacto decisivo no reposicionamento do museu e na conceituação da nova coleção permanente. Suas exposições internacionais mais conhecidas são Benin — Kings and Rituals: Court Arts da Nigéria, onde foi curadora principal e editora do manual que a acompanha, e African Lace. A History of Trade, Creativity and Fashion in Nigeria, que ela co-curou e para a qual ela co-editou o catálogo que acompanha. Pesquisa e publicações sobre arte africana e cultura material, história da antropologia e coleções, antropologia de museus. Barbara é co-fundadora do Benin Dialogue e organizou sua primeira reunião em Viena em 2010. Junto com o Príncipe Gregory Akenzua, ela é agora co-presidente do comitê diretor do Benin Dialogue Group.

Sobre Johannes Vogel

O geneticista Johannes Vogel é Diretor Geral do Museum für Naturkunde, Instituto Leibniz para Evolução e Pesquisa em Biodiversidade de Berlim e Professor de Biodiversidade e Diálogo Científico na Humboldt University Berlin desde 2012. Com uma coleção de mais de 30 milhões de objetos, o museu é um dos maiores museus de história natural do mundo com base em pesquisas e recebe até 800.000 visitantes anualmente. A sua visão é promover o diálogo científico e social e encorajar uma ação ativa pela natureza e pela democracia.

Sobre Gabriela Rangel

Gabriela Rangel é diretora artística do Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA). Antes de assumir seu cargo atual, ela foi diretora de artes visuais e curadora-chefe da Americas Society de 2004 a 2019. Ela possui um MA em estudos curatoriais pelo Center for Curatorial Studies, Bard College, um MA em estudos de mídia e comunicação pela Universidad Católica Andrés Bello, Caracas, e bacharel em estudos de cinema pela International Film School de San Antonio de los Baños, Cuba. Ela trabalhou na Fundación Cinemateca Nacional e no Museu Alejandro Otero in Caras, e no Museum of Fine Arts de Houston e foi curadora e co-curadora de várias exposições de arte moderna e contemporânea que incluíram trabalhos de artistas como Carlos Cruz-Diez, Gordon Matta -Clark, GEGO, Arturo Herrera, José Leonilson e Alejandro Xul Solar. Ela escreveu para Art in America, Parkett e Art Nexus, editou vários livros e contribuiu com textos para publicações como Lydia Cabrera: Between the Sun and the Parts (Americas Society / Koenig Books, London, 2019); Contesting Modernity: Informalism in Venezuela 1955-1975 (Museu de Belas Artes de Houston, 2018); Erick Meyenberg: the wheel bears no resemblance to a leg (Americas Society / Yerba Buena Center for the Arts, 2017), Marta Minujín (Ciudad de Buenos Aires, 2015) e A Principity of Its Own (Americas Society / Harvard University Press, 2006).

Sobre Marília Bonas

Marília Bonas é historiadora com mestrado em Museologia Social pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Ela é membro da diretoria do Conselho Internacional de Museus no Brasil (ICOM), correspondente brasileira da Federação Internacional de Museus e Direitos Humanos (FIHRM-LA) e diretora técnica do Museu do Futebol e Museu da Língua Portuguesa (São Paulo - SP). De 2010 a 2017, dirigiu o Museu do Café (Santos - SP) e o Museu da Imigração de São Paulo (São Paulo- SP) e coordenou o Memorial da Resistência de 2017 a 2020. Trabalha há mais de 19 anos em investigação, documentação, curadoria em museus e gestão cultural.

Posted by Patricia Canetti at 10:34 AM