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julho 21, 2019
Semana de aniversário do MARGS, Porto Alegre
Para celebrar o aniversário de 65 anos, o MARGS convida o público para uma programação especial ao longo da semana, que terá falas, mostra de vídeo, oficina e shows. O ponto alto e diferencial se dará no próximo sábado, data de aniversário, quando as Pinacotecas, o espaço mais nobre do museu, darão lugar a um evento com apresentações musicais.
23 a 27 de julho de 2019
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - MARGS
Praça da Alfândega s/n, Centro Histórico, Porto Alegre, RS
Terças a domingos, das 10h às 19h, com entrada gratuita
Visitas mediadas podem ser agendadas por e-mail
SEMANA DE ANIVERSÁRIO
Programação especial em homenagem aos 65 anos do MARGS
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) comemora em 2019 os seus 65 anos. O aniversário é celebrado no dia 27 de julho, data de fundação do museu em 1954 por meio do decreto com que o governo do Estado do RS oficializou a sua criação (Leia aqui sobre a história do MARGS).
As exposições atualmente em exibição no museu foram prorrogadas para receber o público durante a semana de aniversário.
CONVERSAS NO MUSEU
Traços de Memória do Museu
com Luiz Inacio Medeiros e Miriam Avruch (ex-diretores do MARGS)
27 de julho, terça-feira, às 16h
Auditório do MARGS
Entrada franca, lugares ocupados por ordem de chegada, com capacidade para 60 pessoas
A programação começa com o já tradicional evento de palestras, Conversas no Museu, organizado mensalmente pela Associação dos Amigos (AAMARGS).
Para esta edição especial, intitulada Sobre “Traços de memória do museu”, foram convidados para falar ao público dois ex-diretores do MARGS: Luiz Inácio Medeiros, diretor entre 1975 e 1979 e responsável pela transferência do museu em 1978 para a atual sede no prédio situado à Praça da Alfândega, e Miriam Avruch, diretora entre 1988 e 1991.
AUDIOVISUAL
Mostra-ocupação AVSD
24 de julho, quarta-feira, a partir das 10h
Galeria Iberê Camargo
Até 4 de agosto
Entrada franca
O grupo de pesquisa “AVSD — Audiovisual sem destino” ocupa a Galeria Iberê Camargo com uma seleção de vídeos projetados no espaço da galeria. Trata-se de uma retrospectiva dos trabalhos selecionados em quatro edições do projeto (2014, 2015, 2016, 2018). No total, serão exibidos 94 vídeos de diferentes temáticas e estilos, apresentados sequencialmente e de modo contínuo.
Coordenada pela artista, pesquisadora e professora Elaine Tedesco, do Instituto de Artes (IA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o AVSD consiste em um edital de convocatória para trabalhos em videoarte, resultando em exposição paralela com artistas convidados e um seminário ou workshop. Iniciado em 2014, o projeto vem sendo uma oportunidade para apreciação da produção jovem de videoarte no Brasil.
FALA PÚBLICA
“História das Exposições como abordagem curatorial”, a partir da remontagem da exposição “Frantz – Pichações” (1982)
Com Frantz e Francisco Dalcol
25 de julho, quinta-feira, às 16h
Auditório do MARGS
Entrada franca, lugares ocupados por ordem de chegada, com capacidade para 60 pessoas
A programação especial de aniversário prossegue, novamente no auditório do museu, com a fala pública “História das Exposições como abordagem curatorial”. Na ocasião, o artista Frantz e o diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, falarão da experiência da remontagem da exposição “Pichações”, de 1982, que ocupa uma das três salas da mostra “Frantz — Também e ainda pintura”, atualmente em exibição no museu.
Nessa mostra de 1982, Frantz apresentou no MARGS pinturas baseadas nas intervenções escritas que encontrava nos muros à época, muitas delas de caráter político e subversivo. Foi uma exposição audaciosa, e também provocativa, tanto pelo fato de um museu apresentar pichações, como por se tratar de um jovem artista, então com 19 anos.
Passadas quase quatro décadas, “Pichações” foi remontada na nova exposição individual de Frantz, procurando emular o significado e a experiência da exposição original ao reunir a quase totalidade dos trabalhos expostos em 1982, à maneira como foram apresentados. São obras que hoje se encontram em coleções particulares e acervos públicos, a exemplo do próprio MARGS.
A remontagem dessa exposição do passado marca a estreia de um ciclo expositivo da atual gestão, intitulado “História do MARGS como História das Exposições”, com o qual se pretende revisitar episódios da história do museu – e de artistas que nele expuseram – a partir de exposições emblemáticas do passado.
Na fala pública, Frantz e Francisco Dalcol revisitam a exposição do passado a partir da experiência advinda do seu processo de remontagem, abordando a História das Exposições enquanto estratégia e metodologia curatorial.
FOTOGRAFIA
Cianotipia, com Andréa Brächer
27 de julho, sábado, às 10h
Torreão 3 do MARGS
Entrada franca, mediante inscrição prévia
A artista Andréa Brächer ministra a Oficina de Cianotipia. A atividade parte do uso do processo fotográfico histórico do cianótipo (cianotype ou cianótipo/cianotipia), um processo fotográfico conhecido também como Blueprint, baseado na sensibilidade dos sais de ferro aos raios U.V., sendo também classificado como iron printing.
Desenvolvido por Sir John Hershel em 1842, é um dos primeiros processos fotográficos permanentes e um dos mais antigos. Originalmente era utilizado para copiar notas, embora no terreno dos retratos não tenha sido aprovado. O primeiro livro ilustrado fotograficamente foi realizado com a técnica pela primeira fotógrafa mulher, a britânica Anna Atkins. Essa publicação de mais de 400 imagens chama-se British Algae: Cyanotype Impressions, editada em 1843. Nele estão registrados os fotogramas ou shadowgraphs de algas e de espécimes botânicas da Grã-Bretanha. Exemplares destas imagens encontram-se no Victoria and Albert Museum em Londres, Grã-Bretanha.
No momento, Andréa Brächer apresenta nas Salas Negras do MARGS a exposição “Ficções de um jardim: fotografia e literatura”.
ATENÇÃO: inscrições para a Oficina de Cianotipia são limitadas e gratuitas, devendo ser feitas presencialmente no Núcleo Educativo do MARGS. Idade mínima: 14 anos. Mais informações: educativo@margs.rs.gov.br ou (51) 3225-7551. Horário para se inscrever: de segunda a sexta das 10h às 18h. Os materiais necessários serão fornecidos pela organização.
APRESENTAÇÕES MUSICAIS — MPB E JAZZ
MPB com Roda Viva e jazz com Ivone Pacheco & Clube de Jazz
27 de julho, sábado, às 16h
Pinacotecas do MARGS
Entrada franca
A programação especial da semana de aniversário dos 65 anos do MARGS ganha um diferencial no sábado, quando as Pinacotecas do museu darão lugar a apresentações musicais, a partir das 16h: MPB com a banda Roda Viva e jazz com o grupo Ivone Pacheco & Clube de Jazz.
Desde 2004, a banda Roda Viva tem se dedicado a trabalhar e divulgar a obra de Chico Buarque, homenageando-o com apresentações musicais. Formado com o intuito de reunir amigos e celebrar a obra do compositor carioca, o grupo vem se apresentando em diversas casas noturnas, pub, teatros e eventos culturais de Porto Alegre e do interior de Estado. Por meio de um constante trabalho de pesquisa sobre a produção musical de Chico, a banda Roda Viva já interpretou mais de uma centena de músicas ao longo destes anos, incluindo seus grandes clássicos e muitas outras pouco conhecidas do grande público. O grupo é composto por José Leandro Luz (voz), Juliano Luz (contrabaixo, piano e vocal), Maestro Nambú (saxofone e clarinete), Fabio Bohrer (violão, cavaquinho e vocal), Felipe Bohrer (violão, flauta, percussão e vocal), Jeferson Azevedo (percussão e vocal) e Rafael Bohrer (bateria).
Já para Ivone Pacheco & Clube de Jazz tudo começou na cidade de Porto Alegre, em abril de 1982. Aos 50 anos, depois de ter criado os filhos, cursado a faculdade de Música e lecionado música como professora estadual concursada, Ivone Pacheco pôde enfim dar asas a sua veia artística. Teve então a ideia de fazer do "porão" de sua casa, que tinha sido a discoteca dos filhos nos anos 1970, um "clube de jazz". Mãos à obra, pintaram-se as paredes de preto e lá foram penduradas capas de disco, fotos, pôsteres e quadros. Móveis antigos foram trazidos para o porão, junto com o piano, que estava na sala.
Há regras que regem os encontros do Clube de Jazz, a começar pelo fato de que ele não tem caráter comercial. Os convidados levam sua própria bebida e nada é cobrado. O endereço é mantido em segredo, e é assim há mais de 30 anos: só vai quem sabe ou se conhece alguém que já foi.
Depois de pôr em funcionamento o Take Five, que é a denominação oficial do Clube de Jazz, Ivone Pacheco começou a se apresentar em bares e fazer shows, tanto na capital como em cidades do interior, em outros estados e também fora do Brasil, tocando nas ruas, nos metros e
em pubs, passando a ser chamada de A Dama do Jazz.
EXPOSIÇÕES
Para receber o público em sua semana de aniversário, o MARGS prorrogou em mais alguns dias o período de exibição de três exposições atualmente em cartaz.
A mostra Acervo em movimento: um experimento de curadoria compartilhada entre as equipes do MARGS segue aberta para visitação até o domingo (28/07) nas Pinacotecas. Na sexta-feira (26/07), parte dela será desmontada para que uma das galerias dê lugar às apresentações musicais que ocorrerão no sábado de aniversário (27/07).
Já a exposição “Danúbio Gonçalves — Uma homenagem a partir do acervo do MARGS” recebe o público até a sexta-feira (26/07) na Sala Aldo Locatelli.
Por fim, a exposição “Ficções de um jardim: fotografia e literatura”, que Andréa Brächer apresenta nas Salas Negras, ficará em exibição até 04/08.
No momento, o MARGS também apresenta Frantz — Também e ainda pintura, que segue em exibição até 01/09 na Galeria João Fahrion e nas Salas Pedro Weingärtner e Angelo Guido.