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abril 26, 2018
Moda, Filosofia e Arte: diálogos contemporâneos, com Brunno Almeida Maia, na Adelina, São Paulo
Brunno Almeida Maia, pesquisador em filosofia pela Unifesp, e residente do NEC MIS (Núcleo de Estudos Contemporâneos do Museu da Imagem e do Som), ministra curso sobre relações contemporâneas e históricas entre a Moda, a Filosofia e Arte, na Adelina Galeria, em SP.
10 de maio a 21 de junho de 2018, quintas-feiras, das 19h às 22h
Adelina Galeria
Rua Cardoso de Almeida 1285, Perdizes, São Paulo, SP
Inscrições online
APRESENTAÇÃO
O que a coleção de Inverno 2007 da Balenciaga por Nicolas Ghesquière, tem a ver com revolução política? Qual o diálogo entre o pensador alemão Walter Benjamin, e a coleção Mondrian de 1965 de Yves Saint Laurent? Como é possível relacionar a estreia da Comme des Garçons na Paris da década de 80 com a Queda do Muro de Berlim?A atual tendência Agender (moda sem gêneros), encontra consonâncias nas ideias de Judith Butler, Friedrich Nietzsche e do poeta francês Charles Baudelaire? Com Elsa Schiaparelli e Salvador Dali, os futuristas e Giacomo Balla, Moda pode ser Arte, e a Arte pode iluminar o cotidiano?
A partir destas, e outras inquietações, o pesquisador em filosofia pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) e pesquisador residente do NEC (Núcleo de Estudos Contemporâneos) do MIS (Museu da Imagem e do Som), Brunno Almeida Maia, ministra o curso Moda, Filosofia e Arte: Diálogos Contemporâneos, que acontece entre os dias 10 de maio a 21 de junho, sempre às quintas-feiras, das 19h às 22h, na Adelina Galeria, no bairro das Perdizes em São Paulo. Com apenas 30 (trinta) vagas, as inscrições podem ser feitas pelo Sympla, no formato curso total (08 encontros), ou aulas avulsas por tema: www.sympla.com.br/moda-filosofia-e-arte-dialogos-contemporaneos-com-brunno-almeida-maia__249959
Partindo dos escritos do filósofo, ensaísta e crítico alemão Walter Benjamin (1892-1940), sobre a Moda e as roupas, no contexto do capitalismo cultural do século XIX, “Moda, Filosofia e Arte” propõe uma leitura do momento atual, a partir da relação entre Moda e Filosofia. Num trabalho de abertura do pensamento – por meio da filosofia, da história, da história da arte, da fotografia, do cinema e da literatura - o principal objetivo dos encontros é transformar o olhar – muitas vezes intuitivo e sem apuro metodológico – para a relação entre a Moda e a História, entendendo o passado como uma potência para a prospecção – futuro – na criação. Neste sentido, o curso é uma passagem pelas pesquisas de Almeida Maia, sobre as relações entre Moda, Filosofia, Arte e Literatura, desenvolvidas desde 2012, parte de temas, como a Moda e a Arte, a Moda e o Corpo, a Moda e a História, a Moda e a Narrativa, a Moda e a Imagem e a Moda e a Memória.
O projeto “A Literatura e a Moda”, com quatro anos de existência, começou ao lado do estilista brasileiro Walter Rodrigues e, hoje, segue com Almeida Maia e o chapeleiro Eduardo Laurino. Em 2016, a dupla convidou a escritora brasileira Anita Deak, uma das finalistas do Prêmio Sesc de Literatura, para participar da oficina “Assimetrias do Tempo: a construção e a desconstrução na Moda, na Literatura e na Filosofia”, que integrou o projeto #ForadeModa, com co-curadoria do estilista brasileiro Fause Haten no Sesc Ipiranga. A pesquisa rendeu, ainda, convite a Almeida Maia para integrar o quadro de docentes do Senac Lapa Faustolo e realizasse cursos de extensão no Departamento de Pós-Graduação, Extensão e Cursos Livres da FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado, e no Centro Universitário Belas Artes, em SP. Ao longo destes anos, ele participou dos projetos Pano pra Manga, que reuniu, numa programação mensal, os principais nomes da moda brasileira num evento no Sesc Pompeia, e da coletânea “Moda Vestimenta Corpo” (Ed. Estação das Letras e Cores, 2015), no qual assina um capítulo sobre a relação entre literatura e moda, no contexto do Brasil do Segundo Império, a partir do romance “Lucíola” (1862), de José de Alencar.
PROGRAMA
10/5 — Moda e História: Os primeiros estudos sobre Moda; Breves conceituações; O que é o contemporâneo?; Moda e capitalismo cultural em Walter Benjamin; Duas metodologias – a arqueologia e a cartografia (YSL, Balenciaga e Alexandre Herchcovitch).
17/5 — Moda e Memória: “O casaco de Marx” – roupas e memória; A moda e o processo revolucionário; Primo Levi e Christian Boltanski – roupa e testemunho a partir de Auschwitz; As roupas sob o ponto de vista da crítica literária feminista da década de 80/90; Narrar e Tecer – De Marina Colasanti a Penélope da “Odisséia” de Homero.
24/5 — Moda e Imagem: O estatuto ontológico da imagem no ocidente; Breve história da percepção no ocidente; A fotografia no século XIX; Conceituações sobre fotografia de moda; Imagem e Imaginário na fotografia de Moda; Alguns mestres da fotografia de moda: Virginia Oldoini, a Condessa Castiglione, De Meyer, Steichen, Hoyningen-Huene, Horts, Man Ray, Blumenfeld, Cecil Beaton, Munkasci, Penn e Avedon, David Bailey, Hiro, William Klein, Bob Richardson, Diane Arbus, Helmut Newton, Bruce Weber, Herb Ritts, Oliviero Toscani, LaChapelle, Steven Meisel, Juergen Teller, entre outros.
07/6 — Moda e Narrativa: O que é narração?; Moda e Linguagem; Relação entre Literatura e Moda; Um passeio por autores como Virginia Woolf, Marcel Proust, Honoré de Balzac, Émile Zola, Gustave Flaubert, Machado de Assis e José de Alencar; O trabalho da artista plástica belga Isabelle de Borchgrave e um diálogo com a coleção “A Costura do Invisível” de Jum Nakao.
14/6 — Moda e Arte: Aproximações e distanciamentos entre Moda e Arte; Diálogos entre a Moda e Arte – Do Impressionismo do séc. XIX às vanguardas artísticas do séc. XX; Moda e Surrealismo; Moda e Futurismo; A Moda como estética da existência (Gilda de Mello e Souza, Gilles Lipovetsky e Michel Foucault); Passeio pelas obras de Hélio Oiticica, Issey Miyake e Arthur Bispo do Rosário.
21/6 — Moda e Corpo: A moda e o corpo como linguagens; Introdução à História do Belo no Ocidente – Três fases: Antiguidade Clássica Greco-romana (Madeleine Vionnet); Idade Média (Christian Lacroix); Idade Moderna (Christian Dior); Modernidade (Japonismo e Belgas); Reinvenção das formas do corpo nos artistas modernistas, e o diálogo com o trabalho da Escola da Antuérpia e dos estilistas japoneses; 1990 – A década de Opostos; Sobre o Agender – Nietzsche, Charles Baudelaire, Simone de Beauvoir, Judith Butler; Estilistas e marcas contemporâneas que abordam o Agender (Moda sem gêneros).
INVESTIMENTO
R$ 660,00 à vista – curso total com 08 (oito) aulas
R$ 130,00 – aula avulsa
INSCRIÇÃO
30 vagas
Classificação: a partir de 16 anos
Inscrições online
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SOBRE O MINISTRANTE
BRUNNO ALMEIDA MAIA: Pesquisador em Filosofia pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), pesquisador residente do NECMIS (Núcleo de Estudos Contemporâneos do MIS – Museu da Imagem e Som), docente da cadeira “Expressões Artísticas Contemporâneas”, no Técnico de Produção de Moda do SENAC Lapa, professor convidado do Departamento de Pós-Graduação, Extensão e Cursos Livres da FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado e do Centro Universitário Belas Artes, ministrou aulas sobre a relação entre a literatura e a moda ao lado do estilista brasileiro Walter Rodrigues e do chapeleiro Eduardo Laurino, em espaços como Oficinas Culturais Oswald de Andrade, Oficina Cultural Casa Mário de Andrade, Sesc Consolação, Sesc Pompéia, Sesc Ipiranga, CPF – Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, Sesc Jundiaí, Casa da Palavra Mário Quintana, em Santo André (SP), Oficina Cultural Hilda Hilst, em Campinas (SP), Galera AMDO, em Belo Horizonte (MG), Biblioteca Mário de Andrade, Fábricas de Cultura, Biblioteca Pública Pedro Nava, Escola São Paulo. É autor do livro “O Teatro de Brunno Almeida Maia” (Editora Giostri, 2014), assina capítulo sobre a relação entre a literatura e a moda no romance Lucíola (1862) de José de Alencar no livro “Moda Vestimenta Corpo” (Editora Estação das Letras e Cores, 2015), e é um dos autores da antologia “São Paulo em Palavras” (Editora Aquarela Brasileira, 2017). Foi facilitador pedagógico do módulo I de formação em Cidadania e Direitos Humanos do Programa “Transcidadania”, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de São Paulo, com a CADS (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual) e Centro de Cidadania LGBT SP.