|
maio 17, 2017
Seminário Curadoria em artes visuais no Santander Cultural, Porto Alegre
O seminário Curadoria em artes visuais – Um panorama histórico e prospectivo propõe uma reflexão sobre a prática e o pensamento curatorial no mundo contemporâneo. O programa gratuito organizado por Fernanda Albuquerque e Gabriela Motta traz uma série de indagações que permitem traçar um espectro sobre a atividade da curadoria, da sua gênese ao seu papel na reconfiguração de um mapa político da arte. Até 13 de julho, os oito encontros de três horas de duração cada, proporcionam um espaço de fala ampliado tanto para os palestrantes quanto para os alunos. O caráter político, perspectivas educativas e dimensões históricas da curadoria contemporânea estão no programa das aulas.
Ministrantes: André Venzon, Cauê Alves, Ceres Storchi, Frederico Morais, José Augusto Ribeiro, Marília Panitz, Marta Mestre, Moacir dos Anjos, Mônica Hoff, Nico Rocha, Suely Rolnik
18 de maio a 13 de julho de 2017, às quintas-feiras, sempre das 18h30 às 21h30
Santander Cultural
Rua Sete de Setembro 1028, Centro Histórico, Porto Alegre, RS
Informações: 51-3287-5941
Inscrições gratuitas por e-mail
PROGRAMA
18 de maio, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
ABERTURA: Curadoria em diálogo – A prática curatorial e suas relações com a história da arte, a educação e os processos artísticos
Como ponto de partida do seminário, esta mesa de abertura aborda a atividade do curador sob três perspectivas que se cruzam nos projetos envolvendo arte contemporânea.
Participantes:
Cauê Alves – Curadoria e história da arte
André Venzon – Curadoria e prática artística
Mônica Hoff – Curadoria e educação
25 de maio, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
Aula 1 – Ministrante: Marília Panitz
Afinal, o que é curadoria?
Um possível mapeamento da atividade na segunda metade do século XX: curadoria como organização; curadoria como sintaxe; curadoria como discurso autoral; curadoria, acompanhamento crítico e crítica; curadoria e parceria.
1 de junho, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
Aula 2 – Ministrante: Suely Rolnik
O saber-do-corpo nas práticas curatoriais
Driblando o inconsciente colonial-capitalístico
A nova versão do capitalismo, financeirizado, passa a ter como sua principal fonte de exploração e acumulação, a vida como potência de criação, sua essência. Tal fenômeno afeta especialmente o campo da arte, gerando uma constante negociação entre os interesses da arte e aqueles do capital. A figura do curador nasce neste contexto como mediador de tal negociação, do que resultam perspectivas divergentes que materializam-se em suas práticas. Usaremos as noções de ‘saber-do-corpo’ e de ‘inconsciente colonial-capitalístico’, para avaliar o que as difere e, sobretudo, problematizar seus efeitos nos públicos a que se dirigem.
8 de junho, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
Aula 3 – Ministrante: Frederico Morais
Curadoria como mediação – Sobre a dimensão educativa da prática curatorial
A mediação como instrumento de aproximação entre obra e espectador. A relação entre projetos educativos e projetos curatoriais. De que maneira projetos expositivos podem contribuir para a formação humanista e plural da sociedade como um todo?
22 de junho, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
Aula 4 – Ministrante: Marta Mestre
A curadoria como crítica – Imaginários institucionais e instituintes de uma prática
Imaginários em disputa e subjetividades em construção nas práticas críticas e curatoriais, desde os anos 1970 até hoje. Se o "institucional" se refere à sociedade e aos seus instrumentos políticos e econômicos operando de forma “harmoniosa”, o "instituinte" implica uma abertura às dinâmicas conflitivas da sociedade civil e seus diversos capitais simbólicos.
29 de junho, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
Aula 5 – Ministrantes: Ceres Storchi e Nico Rocha
Curadoria e percursos museográficos
Desenho interpretativo e desenho de exposições de arte: questões da construção de um pensamento para uma narrativa museográfica. Autoralidade, autonomia, compartilhamento e subordinação. Visualidade, raciocínio, percepção e interpretação.
6 de julho, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
Aula 6 – Ministrante: Moacir dos Anjos
Pensamento curatorial como prática social – Curadoria em diálogo com o contexto
De que maneira a organização de mostras de arte pode se vincular ao ambiente social e político no qual está inserida ou sobre o qual se debruça? Como proposições expositivas podem agregar ou agredir contextos sociais?
13 de julho, quinta-feira, 18h30 às 21h30min
Aula 7 – Ministrante: José Augusto Ribeiro
A arte contemporânea desde a globalização
Este encontro aborda a expansão do circuito de arte para regiões até então negligenciadas, África, América Latina, Ásia e leste europeu, a partir de 1980, e discute a posição que a arte brasileira assume nesta reconfiguração do mapa cultural do mundo.