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outubro 4, 2015
19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil | Panoramas do Sul: Seminário Lugares e sentidos na arte: debates a partir do Sul
19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil | Panoramas do Sul
Seminário Lugares e sentidos na arte: debates a partir do Sul
O Seminário, com curadoria e mediação de Sabrina Moura, busca expandir questões centrais trazidas pelas exposições que compõem o 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil. Em diálogo com o programa de estudos Observatório do Sul, iniciado em maio de 2015 em parceria com o Goethe-Institut, o seminário discutirá a expansão da arte como campo produtor de conhecimento. Com a proposta de repensar suas tradições, espaços de circulação, narrativas e histórias, dialogaremos com pensadores, escritores e artistas em quatro encontros ao longo do mês de outubro.
Participantes: Abdoulaye Konaté (Mali), Andrea Giunta (Argentina), Art Museu (Tóquio), Berhanu Ashagrie Deribew (Etiópia), Cristiano Lenhardt (Brasil), Dor Guez (Israel), Gabriel Abrantes (Portugal), Gerardo Mosquera (Cuba), Hoor Al-Qasimi (Sharjah), Júlia Rebouças (Brasil), Júlio Pimentel (Brasil), Karol Radziszewski (Polônia), Keli Safia-Maksud (Quênia), N’Goné Fall (Senegal), Ntone Edjabe (Camarões), Roy Dib (Líbano), Tânia Rivera (Brasil), Till Fellrath (Suíça), Ting-Ting Cheng (Taiwan)
7 a 29 de outubro de 2015
Sesc Pompeia - Teatro
Rua Clélia 93, Pompeia, São Paulo, SP
Retirada de ingressos 1h antes no próprio local. Vagas limitadas.
PROGRAMA
7 de outubro, quarta-feira, 11-13h30
Mesa 1 - Repensar tradições: arte, gesto e contemporaneidade
Participantes: Abdoulaye Konaté (Mali), Art Museu (Tóquio), Júlia Rebouças (Brasil), N’Goné Fall, Roy Dib (Senegal)
A noção de arte contemporânea responde a um sistema específico, respaldado por práticas, atores e instituições determinados. Ao longo do século 20, com a “desmaterialização” da obra de arte, novas linguagens passam a coexistir com objetos artísticos de naturezas diversas, muitos associados a tradições do passado. Em meio às múltiplas temporalidades partilhadas pelo presente, qual o sentido de uma suposta ideia de superação? Se o contemporâneo abrange, sobretudo, o agora, como repensar e alargar as categorias da arte?
10 de outubro, sábado, 14-16h30
Mesa 2 - Repensar espaços: arte, usos e cotidiano
Participantes: Berhanu Ashagrie Deribew (Etiópia), Hoor Al-Qasimi (Sharjah), Keli Safia-Maksud (Quênia), Till Fellrath (Suíça)
Fora dos espaços institucionais, a arte adentra o cotidiano e interfere na forma de perceber o mundo. Para além de práticas educativas formatadas, a criação artística converte-se em um poderoso instrumento de produção de sentidos, conhecimento e pensamento crítico. Quais lugares a arte ocupa hoje? Quais usos a obra de arte nos sugere? Após o encontro, será lançado o livro Panoramas do Sul | Leituras | Perspectivas para outras geografias do pensamento.
22 de outubro, quinta-feira, 14-16h
Mesa 3 - Repensar narrativas: arte, memória e ficção
Participantes: Andrea Giunta (Argentina), Gabriel Abrantes (Portugal), Júlio Pimentel (Brasil), Tânia Rivera (Brasil), Ting-Ting Cheng (Taiwan)
Aberta a múltiplas interpretações e percepções, a ficção permite extrapolar a linearidade narrativa em direção a outras lógicas sensoriais. A dimensão ficcional da literatura libera o narrador para outras maneiras de contar histórias e elaborar trajetórias pessoais ou coletivas. A mesa discute a criação que, destituída de prova ou documento, busca cruzamentos de palavras e imagens que permitam escapar de um mundo reduzido ao visível e entrar no campo da imaginação.
29 de outubro, quinta-feira, 14-16h
Mesa 4 - Repensar o tempo: arte, silêncios e histórias
Participantes: Dor Guez (Israel), Cristiano Lenhardt (Brasil), Gerardo Mosquera (Cuba), Karol Radziszewski (Polônia), Ntone Edjabe (Camarões)
Imersa em contexturas marcadas pelos dilemas da história, a esfera da arte exprime inevitavelmente as relações que formam o tecido social. Seus discursos, silêncios ou denúncias revelam as tensões entre aquilo que desejamos lembrar ou esquecer. O encontro debate práticas de pensadores e artistas que buscam desestabilizar (ou reiterar) as forças políticas limitadoras dos campos da história e da memória.
PARTICIPANTES
Abdoulaye Konaté (Mali) é artista visual. Premiado na Dak’Art Biennale de 1996, participou da documenta 12 (2007) e expôs no Centre Georges Pompidou (Paris) e no Mori
Andrea Giunta (Argentina) é curadora e professora de arte latino-americana na Universidade de Buenos Aires e na Universidade de Austin, no Texas.
Art Museu (Tóquio). Há dez anos, dirige o Conservatoire des Arts et Métiers Multimédia em Bamako.
Berhanu Ashagrie Deribew (Etiópia) é artista e diretor da Escola de Belas-Artes e Design da Universidade de Adis Abeba.
Cristiano Lenhardt (Brasil) é artista. Seus trabalhos questionam os limites da realidade comumente aceitos, confrontando-os criticamente com outras possibilidades de existência.
Dor Guez (Israel) é artista visual, diretor do departamento de fotografia da Bezalel Academy of Arts and Design, Jerusalém, Israel, professor e pesquisador associado à Tel Aviv University, Faculty of the Arts, no mesmo país.
Gabriel Abrantes (Portugal) é cineasta, artista visual e professor, atuante entre o cinema, a instalação e a pintura.
Gerardo Mosquera (Cuba) é crítico e curador. Foi cofundador da Bienal de Havana e curador do New Museum de Nova York.
Hoor Al-Qasimi (Sharjah) é artista e presidente da Sharjah Art Foundation, responsável pela Bienal de Sharjah.
Júlia Rebouças (Brasil) integra a comissão curadora do 19º Festival.
Júlio Pimentel (Brasil) é livre docente em história social pela Universidade de São Paulo.
Karol Radziszewski (Polônia) é artista, curador e publisher da revista DIK Fagazine.
Keli Safia-Maksud (Quênia) é artista. Agencia objetos e emblemas comuns ao imaginário criado a partir das conturbadas relações históricas entre Europa e África, desvelando clichês subjacentes à concepção de africanidade.
N’Goné Fall (Senegal) é curadora e crítica. Foi curadora-convidada da Bienal de Dacar de 2002.
Ntone Edjabe (Camarões) é jornalista e DJ. Criou e edita a plataforma curatorial e editorial Chimurenga.
Roy Dib (Líbano) É artista visual e crítico de arte. Concluiu mestrado em estudos teatrais e performance pela Lebanese University, Beirute, Líbano, em 2004. Atua com filme, vídeo e videoinstalação.
Tânia Rivera (Brasil) é ensaísta, psicanalista e professora do Departamento de Arte da Universidade Federal Fluminense.
Till Fellrath (Suíça) é curador e cofundador, com Sam Bardaouil (Líbano), da plataforma curatorial multidisciplinar Art Reoriented.
Ting-Ting Cheng (Taiwan) é artista. Trabalha com vídeo, fotografia e instalação. Sua obra discute as relações entre texto, imagem e língua, e de que forma configuram noções de identidade, pertencimento e cultura.