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setembro 17, 2014
Curso "Ver e ser visto" no MAM, Rio de Janeiro
Ver e ser visto
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza o curso “Ver e ser visto”, organizado pelo psicanalista Guilherme Gutman e pelo curador Luiz Camillo Osorio, na Cinemateca do MAM Rio. Em um total de seis aulas, serão abordadas as relações entre arte, imagem e psicanálise. A aula inaugural
com a participação da artista Rosângela Rennó será gratuita.
Palestrantes: Carlos Eduardo Estellita-Lins, Guilherme Gutman, Luiz Camillo Osorio, Marcus André Vieira, Pedro Duarte, Rosangela Rennó, Tadeu Capistrano
20 de setembro e 22 de outubro de 2014, quarta-feira, 18h30 - Inscrições até 19 de setembro, sexta-feira
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Cinemateca
Av. Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro
Inscrições por email
Investimento: valor total R$120
APRESENTAÇÃO
Esta é a terceira edição do curso que estuda as relações entre arte e psicanálise. “Em 2013, nos concentramos sobre a loucura, sobre expressões mais francas de enlouquecimento – as psicoses e a melancolia – já nesta, que é a terceira edição de nosso curso, a loucura se suaviza em formas mais cotidianas, e se centra na dicotomia entre o olho e o olhar”, explicam Guilherme Gutman e Luiz Camillo Osorio.
Sobre as questões que serão abordadas, os organizadores questionam: “A empreitada é complexa, na mesma medida em que é desafiadora. Temos como pano de fundo a cidade em que vivemos, capaz de acolher – quase simultaneamente, com a mesma veracidade e voracidade – agrupamentos de gente dispostos a manifestações de cunho político, mas também outras legiões, que vêm à rua para ‘brincar’ o Carnaval. Que desconcertantes similaridades guardam esses grupos aparentemente tão antagônicos, mas que, como na obra de Helio Oiticica, podem ser tomados como dois cordões que se entrelaçam e que se separam continuamente? Como é observar a cidade e ao mesmo tempo estar nela?” Eles acrescentam que os “pontos de fusão e de cisão do político e do festivo; daquele que olha e daquele que é visto e, por fim, do olho que vê e da fenda da qual emerge a obra nos conduzirão por caminhos que atravessam as cidades e que, mais uma vez, cintilarão coisas que dirão respeito à arte e à loucura”.
PROGRAMA
Aula inaugural com Rosângela Rennó
20 de setembro, às 16h
Prof. Guilherme Gutman e Luiz Camillo Osorio
Entrada Franca
Quartas-feiras, às 18h30
24 de setembro – O Olho e o Olhar
Prof. Guilherme Gutman
1 de outubro – A Imagem Surrealista e a Imagem do Sonho em Lacan
Prof. Carlos Eduardo Estellita-Lins
8 de outubro – Ouvindo Imagens: o som que sai da obra.
Prof. Marcus André Vieira
15 de outubro – O Olhar, a Alma e a Loucura.
Prof. Pedro Duarte
22 de outubro – Imagem, fantasma, presença: espectros cinemáticos.
Prof. Tadeu Capistrano
SOBRE OS PARTICIPANTES
Carlos Eduardo Estellita-Lins é mestre e doutor em filosofia, psicanalista, psiquiatra e pesquisador em saúde mental. Professor da FIOCRUZ (ICICT, RJ e René Rachou, BH). Coordenador e professor do curso: “Cinema etnográfico e pesquisa com imagens na saúde”. Integrante da rede de pesquisa transdisciplinar Nietsche&Gambiarra; autor de “Trocando seis por meia dúzia: Suicídio como emergência no Rio de Janeiro” (Ed. Mauad).
Guilherme Gutman é médico psiquiatra e psicanalista, professor de psicologia da PUC-Rio, mestre e doutor em saúde coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ, crítico de arte.
Luiz Camillo Osorio é doutor em Filosofia, Professor do Departamento de Filosofia da PUC-Rio e Curador do MAM Rio.
Marcus André Vieira é médico, psicanalista e professor da PUC-Rio; coordenador do Centro de Atendimento Digaí, na favela da Maré; autor, entre outros, de “Restos – uma introdução lacaniana ao objeto da psicanálise” (Contra Capa, 2009) e “A paixão” (Zahar, 2001).
Pedro Duarte é professor de filosofia da UniRio. Doutor e mestre em filosofia pela PUC-Rio, onde é professor colaborador da especialização em Arte e Filosofia. É autor de Estio do tempo: Romantismo e estética moderna (Zahar).
Rosangela Rennó é artista, com intensa pesquisa no campo da fotografia, não só da especificidade da imagem fotográfica mas também de seus suportes físicos, que desdobra em publicações e instalações. Em 1994, participa da 22ª Bienal Internacional de São Paulo com a instalação “Candelária” e, em 2003, participa da Bienal de Veneza.
Tadeu Capistrano é professor de teoria da imagem na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou tese de doutorado sobre cinema, tecnologia e percepção pela UERJ, pesquisou na Universidade de Columbia, em Nova York, onde foi visiting scholar.