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setembro 19, 2013
Seminário Internacional Diálogos da modernidade: Entre Ciência, Política e Estética no CCBNB, Fortaleza
O Seminário Internacional Diálogos da modernidade: Entre Ciência, Política e Estética foi concebido para promover uma perspectiva crítica sobre a interação da arte e da arquitetura com a ciência e o social. Artistas, designers, teóricos, historiadores do Brasil e estrangeiros e o público em geral, se reunirão para debater sobre a dicotomia entre progresso e atraso, pureza e contaminação, beleza e feiúra, e ciência e ideologia, que estão na raiz do movimento moderno Brasileiro. Seguindo as metodologias dos laboratórios 01, 02 e 03, que deram origem à exposição Natural-Natural: Paisagem e Artifício, o laboratório 04 visa também produzir e testar técnicas e hipóteses relacionadas ao modo como a construção do espaço – natural e arquitetônico– tornou-se um dispositivo tecnológico para as ideologias modernistas.
Participantes: Ana Maria Tavares (SP–Brasil), Enrico Rocha (CE–Brasil), Fabiola López-Durán (USA), Fernanda Rocha (CE–Brasil), Gisele Sanglard (RJ–Brasil), Jacqueline Medeiros (CE–Brasil), Nikki Moore (USA), Renato Pequeno (CE–Brasil), Ricardo Bezerra (CE–Brasil), Paulo Herkenhoff (RJ–Brasil)
26 de setembro, quinta-feira, 10-18h - Inscrições até 23 de setembro de 2013
Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil
Rua Conde D’eu 590, Centro, Fortaleza
Inscrições pelo cultura@bnb.gov.br
PROGRAMAÇÃO
MESA 1 – CONTEXTOS
Moderador Ricardo Bezerra
10hs às 13hs
Jacqueline Medeiros (CE-Brasil) doutoranda em História e Crítica de Arte pelo Instituto de Artes da UERJ e coordenadora de Artes Visuais do Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil. Em sua fala Processos artísticos como estimuladores de parcerias e colaborações fará uma apresentação do projeto Natural-Natural: Paisagem e Artifício realizado para a cidade de Fortaleza.
Luis Renato Bezerra Pequeno (CE-Brasil) professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFC, fará uma leitura dos processos de desenvolvimento e degradação de Fortaleza associadas às condições desiguais de moradia. Em Quadro de dinâmicas intra-urbanas vinculadas ao desenvolvimento desigual na paisagem metropolitana de Fortaleza, buscará reconhecer um panorama de fenômenos territoriais e suas configurações na paisagem da cidade.
Fernanda Rocha (CE-Brasil) arquiteta, especialista em paisagismo é professora da Universidade de Fortaleza e coordenadora do grupo de pesquisa Laboratório da Paisagem – UNIFOR. Participa de grupos de pesquisa da UFPE e da UECE e de grupo temático da FAUUSP. Sua palestra Burle Marx em Fortaleza: auspícios de modernidade interrogará o legado de Roberto Burle Marx em Fortaleza analisando o que é possível aprender a partir das perspectivas inovadoras e instigantes do paisagista.
Ana Maria Tavares (SP-Brasil) artista e professora da USP, fará uma apresentação sobre seus projetos museológicos Natural-Natural: Paisagem e Artifício (Fortaleza 2013) e Natura In-Vitro: Interrogando a Modernidade (São Paulo, 2015). Sua palestra Natureza e artifício: projetos colaborativos recentes enfocará os processos de produção artísticos de caráter colaborativo e investigativo que estabelecem uma ponte entre o conhecimento de natureza popular e acadêmica.
MESA 2 – DIÁLOGOS
Moderador Enrico Rocha
das 15hs às 18hs
Fabiola López-Durán (USA) historiadora de arte e arquitetura e professora da Rice University (USA) e Nikki Moore (USA) teórica e filósofa, atualmente desenvolvendo pesquisa de PhD no Departamento de História da Arte na Rice University (USA), apresentarão um diálogo teórico-histórico intitulado Biologia Construída: Entre a Eugenia e o Pós-Humanismo investigando o fascínio da artista Ana Maria Tavares pelas manobras da modernidade para reinar na natureza, desvendando as cumplicidades entre o modernismo e a eugenia em suas implicações políticas, sociais e biológicas.
Gisele Sanglard (RJ-Brasil) historiadora e pesquisadora da Casa Oswaldo Cruz (COC/FioCruz) é autora de inúmeros livros e ensaios sobre a história da saúde no Brasil. Sanglard apresentará uma perspectiva histórica sobre as relações entre ciências médicas, arquitetura e política. Em A modernidade do Hospital Gaffrée e Guinle: ciência, política e estética Sanglard irá analisar a o Hospital Gaffrée e Guinle concebido para ser a vitrine do progresso científico – a modernidade da ciência brasileira e da arquitetura genuinamente nacional – e exemplo de nação a ser posto em prática em todo o país.
Paulo Herkenhoff (RJ-Brasil) Crítico e curador, diretor do Museu de arte do Rio. Em Peripécias peripatéticas: deambulações e miragens, Herkenhoff questiona: O olho vê incessantemente, vê acordado, quando lê (mesmo que ler não seja ver), na fé, na ideologia, na loucura, no perigo, na cegueira, no projeto, no suicídio, na maquete, na traição, no ato falho, na vigília, no sono, na fantasia, no sonho, no desejo, no inconsciente. O olho vê a sombra na caverna de Platão e no cubo branco. A instituição e o mercado produzem o cubo branco porque lugares de controle da circulação política da arte e de apropriação do produto pelo mercado. A arte é o que produz a obscura luz e a sombra do sol. E o que faz a curadoria?