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outubro 29, 2012
Simpósio Trigésima Bienal de São Paulo - A iminência das poéticas no SESC Belenzinho, São Paulo
Simpósio Trigésima Bienal de São Paulo - A iminência das poéticas
Palestrantes: Adele Nelson, Angela Mengoni, Antonio Nóbrega, Estrella de Diego, Giovanni Careri, Homi Bhabha, Jaime Reyes, John Rajchman, Maria Helena Bernardes, Nelson Brissac, Peter Pál Pelbart, Pilar Garcia de Germenos, Raul Antelo, Stephen Bann, Suely Rolnik
Realizado em parceria com o SESC-SP, o Simpósio 30a Bienal – A iminência das poéticas consiste em um ciclo de palestras proposto pela curadoria da mostra, a ser realizado no SESC Belenzinho entre os dias 6, 7 e 8 de novembro. Com o objetivo de trazer questionamentos em torno do motivo A iminência das poéticas foram convidados historiadores, escritores, poetas e artistas para falarem ao público. Composto de três encontros, o Simpósio está organizado em três eixos conceituais: Iminências, Arte Contemporânea: disciplina e antidisciplinae Arquivar o futuro. O Simpósio tem a intenção de dar lugar a perguntas fundamentais que estimularam o pensamento curatorial e orientaram as linhas de reflexão propostas pela 30ª Bienal de São Paulo, A iminência das poéticas.
6, 7 e 8 de novembro de 2012
Inscrições: 31 de outubro a 4 de novembro de 2012 pelo site: www.divertecultural.com.br
SESC Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1.000 - Belém - São Paulo
11-2076-9700 ou email@belenzinho.sescsp.org.br
Para informações, enviar e-mail para educativo@bienal.org.br
(inscrições sujeitas à lotação do teatro)
Programação
Iminências
06 de novembro de 2012
A prática artística produz seu significado mantendo o sentido no estado de potência: história e discurso artístico como chave da iminência. Este eixo dá lugar a algumas perguntas centrais:
- o que vem?
- a arte é um estado de iminência?
- como viver a temporalidade da iminência no mundo atual?
Tarde - 15h às 18h
15h: abertura com Luis Pérez-Oramas
15h30: palestrantes:
Homi Bhabha
Giovanni Careri
Peter Pál Pelbart
17h30: tempo para perguntas
18h: encerramento
Arte Contemporânea: disciplina e antidisciplina
07 de novembro de 2012
Com o objetivo de questionar a crescente disciplina da arte contemporânea, será discutido o tema de arte e disciplina ou antidisciplina, evocando as seguintes questões:
- anacronismo e criação
- o papel moderno do artista como sujeito antidisciplinado
- a situação do artista contemporâneo ante um mundo regido pela ideologia das expertises.
Manhã - 10h às 13h
10h: abertura com Luis Pérez-Oramas
10h30: palestrantes:
Stephen Bann
Nelson Brissac
Estrella de Diego
12h30: tempo para perguntas
13h: intervalo
Tarde - 15h às 18h
15h: abertura
15h30: palestrantes:
John Rajchman
Antonio Nóbrega
Maria Helena Bernardes
17h30: tempo para perguntas
18h: encerramento
Arquivar o futuro
08 de novembro de 2012
Diante de manifestações de arquivo, atlas e constelação, cada vez mais frequentes na materialização da arte contemporânea, o encontro abordará o estado do conhecimento das artes diante das práticas de arquivo e da lógica arquivista que prevalece em nossa cultura digital e numerada. Também serão observadas suas inflexões na conservação, transformação e futuro dos acervos mnemônicos. Arquivar é uma prática de memória. Suas consequências, contudo, ativam nosso entendimento do futuro: o arquivo garante a dimensão profética do passado?
Manhã - 10h às 13h
10h: abertura com Luis Pérez-Oramas
10h30: palestrantes:
Raul Antelo
Adele Nelson
Angela Mengoni
12h30: tempo para perguntas
13h: intervalo
Tarde - 15h às 18h
15h: abertura
15h30: palestrantes:
Jaime Reyes: Arquivo Histórico José Vial Armstrong
Pilar Garcia de Germenos
Suely Rolnik
17h30: tempo para perguntas
18h: encerramento
PALESTRANTES
Adele Nelson é professora-doutora assistente de História da Arte na Universidade de Temple, EUA. PhD em História da Arte do Institute of Fine Arts, Universidade de Nova York e bacharel pela Universidade de Brown, EUA. Autora de Jac Leirner in Conversation with/en conversación con Adele Nelson (Fundação Cisneros, 2011), suas publicações incluem ensaios sobre a história da Bienal de São Paulo e a emergência do abstracionismo no Brasil.
Angela Mengoni é pesquisadora na Universidade de Veneza, Itália. Após seu PhD em Semiótica, trabalhou em um projeto de pesquisa sobre o Atlas de Gerhard Richter na Eikones -NFS Bildkritik na Universidade de Basiléia, Suíça. Seus interesses investigativos se referem ao relacionamento entre imagem e memória, a temporalidade plural da obra de arte e, mais amplamente, teoria da arte e imagem. Publicou recentemente um livro sobre a "pós-vida" das injúrias na arte da modernidade recente e seu relacionamento com questões de biopolíticas.
Antonio Nóbrega iniciou carreira na Orquestra de Câmara da Paraíba, Brasil. Em 1971, Ariano Suassuna o convida para formar o Quinteto Armorial. A partir daí, passa a unir os chamados universos "popular" e "erudito" - pesquisa e integra a sua obra expressões dos brincantes populares. Em sua versatilidade artística, ele compõe, toca diversos instrumentos, atua e dirige seus espetáculos. Há 20 anos, com Rosane Almeida, fundou o Teatro-Escola Brincante em São Paulo, Brasil. Seus últimos espetáculos: "Naturalmente" (2010), "Mátria" (2011) e "Lua" (2012). Atualmente dirige a Cia. Antonio Nóbrega de Dança.
Estrella de Diego é ensaista e professora titular de Arte Contemporânea na Universidade Complutense de Madri, Espanha. Participou da 22º Bienal de São Paulo e da 49º Bienal de Veneza sobre Warhol y Sophie Tauber-Arp como representante espanhola. Publicou diversos livros e artigos, dentre eles, o Tristísimo Warhol, Travesías por la Incertidumbre, Contra el Mapa e No Soy Yo. É colunista do diário El País e dirige a série “Azul Mínima” da editora Siruela. Foi contemplada com o prêmio jornalístico sobre a leitura pela Fundação Sánchez Ruipérez e foi premiada pelo trabalho realizado como escritora e pesquisadora.
Giovanni Careri é diretor de estudos do EHESS e membro associado do Laboratoire d’Anthropologie sociale (EHESS, CNRS, Collège de France). Professor da Ecole des Beaux-Arts de Lion. Coordena o grupo de pesquisas Art Contemporain et temps de l’histoire (CEHTA-EHESS / Ecole des Beaux-Arts de Lion) com Bernhard Rüdiger. Suas pesquisam têm como foco objetos singulares e singularmente complexos: a “configuração” das artes nas capelas barrocas de Bernin, França; quadros, peças de balé e teatro que fazem referência à libertação de Jerusalém a partir do poema de Torquato Tasso e, mais recentemente, a edificação cristã da Capela Sistina. Sua aproximação à história e à crítica baseia-se nos métodos e questões semióticas e antropológicas.
Homi Bhabha é professor doutor Anne F. Rothenberg de Humanidades, diretor do Centro de Humanidades Mahindra, conselheiro sênior do presidente e reitor da Universidade Harvard, EUA. Seu trabalho seminal O Local da Cultura apresenta uma teoria sobre o hibridismo cultural para entender as conexões entre colonialismo e globalização. Bhabha é membro do conselho do Relatório Mundial da UNESCO sobre Diversidade Cultural, da comissão de coordenação do Prêmio de Arquitetura Aga Khan. Atua no conselho do Prêmio Literário Homem Asiático, na Comissão indo-americana de Museus e Cultura, na Fundação de Pesquisa Alemã e na Faculdade de Graduação de Estudos Norte-americanos e Centro de Pesquisa Internacional “Entrelaces das Culturas Performáticas” na Universidade Livre de Berlim, Alemanha. Recebeu diplomas honorários da Université Paris 8, University College London, e Universidade Livre de Berlim. Em 2012 recebeu o Prêmio Presidencial Padma Bhushan do Governo Indiano na área da literatura e educação.
Jaime Reyes é poeta, designer industrial, mestre e doutorando em História. É professor na Escuela de Arquitectura y Diseño da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Valparaíso, no Chile, e diretor do Arquivo Histórico José Vial na mesma cidade. Membro da Ciudad Abierta de Amereida. Mantém participação ativa em performances, obras e travessias literárias que a Escola realiza em diversas localidades do continente americano.
John Rajchman é filósofo e editor colaborador da Artforum. É Professor no Departamento de História da Arte na Universidade de Columbia, EUA. Escreveu amplamente sobre a filosofia francesa do pós-guerra e sua intersecção com a arte e a arquitetura. Seu trabalho mais recente é French Philosophy Since 1945: Problems, Concepts, Inventions (The New Press, 2011), coeditada e apresentada com Etienne Balibar.
Maria Helena Bernardes é artista plástica e professora de História e Teoria da Arte na Arena, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Com André Severo, criou o Projeto Areal no ano 2000, no qual desenvolve seu trabalho artístico e mantém a série de livros “Documento Areal”, pela qual publicou ”Vaga em Campo de Rejeito” e (em co-autoria com Severo) “Histórias de Península" e "Praia Grande/Arranco, Dilúvio e Ensaio”.
Nelson Brissac é filósofo e trabalha com questões relativas à arte e ao urbanismo. Foi curador de Arte/Cidade, um projeto de intervenções urbanas em São Paulo. Publicou: Paisagens Urbanas, Ed. Senac, 1996; Brasmitte, catálogo, 1997; Arte/Cidade - Intervenções Urbanas, Ed. Senac, 2002; Paisagens Críticas - Robert Smithson: arte, ciência e indústria, Ed. Senac / Educ, 2010; e Arte/Cidade Zona Leste, Ed Dardo, 2011. Dedica-se também a pesquisas sobre as dinâmicas territoriais na região sudeste do Brasil e as relações entre arte e indústria.
Peter Pál Pelbart é filósofo e escreve sobre loucura, tempo, subjetividade e biopolítica. Nasceu em Budapeste, estudou em Paris e atualmente vive em São Paulo, onde é professor titular de filosofia na Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, Brasil. Publicou, entre outros livros, O Tempo não-reconciliado e Vida Capital. Traduziu várias obras de Gilles Deleuze para o português. É um dos coordenadores da Cia. Teatral Ueinzz.
Pilar Garcia de Germenos possui graduação e mestrado em História da Arte pela Universidade Iberoamericana, no México. Diretora do CURARE e do Espacio Crítico para las Artes, desde 1992 integra o grupo e o conselho editorial da revista publicada pela organização. Atualmente é curadora das coleções documentais do Museo Universitario de Arte Contemporáneo (MUAC) da UNAM – Universidade Nacional Autônoma do México, e é também responsável pelo centro de documentação Arkheia e pelo programa de exposições da mesma. Publicou diversos ensaios em catálogos e revistas, vindo a se especializar em arte contemporânea, arte mexicana das décadas de 60 e 70, assim como na arte moderna das três primeiras décadas do século XX. Participou em diversos projetos curatoriais, livros e catálogos de exposições mexicanas e internacionais. Junto a Olivier Debroise, Cuahtémoc Medina e Álvaro Vázquez, dividiu a curadoria da exposição e do catálogo La era de la discrepancia: Arte y Cultura visual en México 1968-1997, realizada no Museo de Ciencias y Arte (MUCA), coordenando também o simpósio internacional Recargando lo Contemporáneo: Estratégias Curatoriales de Rescate del Arte Reciente, organizado junto a mesma exposição. Atualmente faz parte do projeto Redes Intelectuales, promovido pelo Instituto de Pesquisas da Getty, EUA.
Raul Antelo nasceu em Buenos Aires, mas reside no Brasil há 40 anos. É professor titular de literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. É autor de vários livros, dentre os mais recentes “Transgressão & Modernidade”, “Potências da imagem,” Crítica acéfala", "Ausências", "Maria com Marcel e Duchamp nos trópicos" e "Alfred Métraux: antropofagia e cultura". Colaborou também em várias obras coletivas e catálogos, entre eles "Roteiros. Roteiros. Roteiros…", da Bienal de São Paulo (1998).
Stephen Bann é editor de uma das primeiras antologias internacionais de poesia concreta, em 1967, é historiador da arte, crítico e curador. Foi Presidente do CIHA (Comitê Internacional d'histoire de l'art) de 2000 a 2004, e é Professor Emérito de História da Arte na Universidade de Bristol, Reino Unido. Sua colaboração com Ian Hamilton Finlay desenvolveu-se a partir de 1964. Durante esse período também manteve contato com o grupo Niogandres de São Paulo, Brasil.
Suely Rolnik é psicanalista, crítica de arte e cultura, curadora, professora titular da PUC-SP e docente convidada do Programa de Estudios Independientes doMuseu de Arte Contemporáneo de Barcelona, Espanha. Foi docente convidada do Master Oficial em História da arte contemporânea e cultura visual, pela Universidade Autônoma de Madri, Espanha e pelo Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía. Sua investigação enfoca as políticas de subjetivação em diferentes contextos, abordadas de um ponto de vista teórico transdisciplinar e indissociável de uma pragmática clínico-política. É autora de 80 ensaios e tradutora dos Vol. III e IV de Mille Plateaux, de Deleuze e Guattari (Ed.34, 1997), entre outros. Criadora do Arquivo para uma obra-acontecimento, projeto de pesquisa e ativação da memória corporal das proposições artísticas de Lygia Clark.