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fevereiro 15, 2012
Seminário Transmuseu no MAM, São Paulo
Seminário Transmuseu
A transformação contínua dos museus diante dos desafios da arte contemporânea
O Museu de Arte Moderna de São Paulo propõe um debate sobre a transformação contínua dos museus diante dos desafios da arte contemporânea com o seminário Transmuseu, que acontece nos dias 7, 8 e 9 de março (quarta, quinta e sexta-feira) no Auditório Lina Bo Bardi. O evento gratuito amplia as questões propostas na mostra O retorno da Coleção Tamagni: até as estrelas por caminhos difíceis.
O seminário visa a mapear os desafios atuais dos museus de arte contemporânea, abordando tais instituições em sua complexidade organizacional. A amplitude de possibilidades de constituição de uma obra de arte contemporânea leva os museus a ela dedicados a enfrentar novas situações de concepção do espaço expositivo, mediação educativa, armazenagem e conservação de acervo, formação de público e política de parcerias institucionais.
Ao constituir um amplo painel de temas por meio de seis mesas-redondas, o seminário abrirá a discussão para profissionais de diferentes áreas, que terão a oportunidade de debater sobre práticas museológicas e situações específicas.
7, 8 e 9 de março, quarta, quinta e sexta-feira, 10h30-14h30
Museu de Arte Moderna de São Paulo – Auditório Lina Bo Bardi (200 lugares)
Parque do Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3
11-5085-1300
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PROGRAMAÇÃO
QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO
Mesa 1 – 10h30
[Espaços museológicos]
Esta mesa-redonda abordará a visão de arquitetos sobre espaços expositivos e mobiliário de exposição para a produção contemporânea, que em princípio pode se apresentar sob qualquer forma material (ou mesmo imaterial).
Convidados:
André Vainer
Arquiteto, professor no Estúdio Vertical na Escola da Cidade desde 2004. Trabalhou ainda estudante com Lina Bo Bardi de quem tornou-se estreito colaborador por aproximadamente doze anos. Em seu escritório, que manteve por mais de trinta anos com Guilherme Paoliello, realizou projetos em diversas áreas: urbanizações, edificações, reformas e recuperações, interiores, mobiliário, paisagismo, cenografia, instalações e exposições.
Guilherme Wisnik
Arquiteto e ensaísta, professor da Escola da Cidade, formado pela FAU-USP, mestre em história social pela FFLCH-USP, doutorando pela FAU-USP. Autor de Lucio Costa (Cosac Naify, 2001), Caetano Veloso (Publifolha, 2005) e Estado crítico: à deriva nas cidades (Publifolha, 2009) e organizador do volume 54 da revista espanhola 2G (Gustavo Gili, 2010) sobre a obra de Vilanova Artigas. Colaborador do jornal Folha de S. Paulo e curador do projeto de arte pública Margem (2010), pelo Itaú Cultural.
Mediação: Lauro Cavalcanti
Arquiteto, antropólogo e escritor. Integra o Conselho Consultivo do MAM-SP. Conselheiro da Casa Lucio Costa e da Fundação Oscar Niemeyer, membro do conselho editorial do IPHAN, diretor do Paço Imperial e professor da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI/UERJ).
Mesa 2 – 14h30
[Plataformas de curadoria]
Esta mesa-redonda abordará os desafios para exibição da arte contemporânea do ponto de vista de um artista que trabalha com a história dos espaços expositivos e do ponto de vista de um curador de uma instituição inserida num parque público.
Convidados:
Nicolás Guagnini
Artista, começou sua trajetória na Argentina. Em 1997 radicou-se em Nova York, onde, em 2005, fundou com outros artistas, historiadores de arte e curadores, a Orchard, uma galeria cooperativa. Exibiu sua obra em vários lugares do mundo.
Paul Nesbitt
Diretor da Inverleith House no Royal Botanic Garden de Edinburgo, concebeu e apresentou exposições de alguns dos principais artistas contemporâneos do mundo. Como artista e ecólogo vegetal, tem um interesse profissional na relação entre arte, ciência e o mundo natural. Ele também é guitarrista e se apresentou com Douglas Gordon e o grupo de arte Chicks on Speed.
Mediação: Felipe Chaimovich
Curador do MAM-SP, doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo e professor do artes plásticas na FAAP, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e do Comitê Brasileiro de História da Arte.
QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO
Mesa 3 – 10h30
[Gestão de acervos]
A problemática da preservação da obra de arte contemporânea é discutida entre conservadores de coleções museológicas e restauradores de instituições e particulares. Esses profissionais necessitam da orientação do artista como executor do trabalho. O artista colabora com a preservação da obra apresentando para a instituição esquemas de montagem e entrevistas, métodos que auxiliam a conservação do trabalho tanto na reserva técnica quanto no espaço expositivo. Esses documentos envolvem não só o conservador e o restaurador, mas também o setor curatorial e o setor educativo.
Convidados:
Humberto Farias de Carvalho
Mestre em história e crítica da arte pelo PPGAV-EBA/UFRJ, conservador e restaurador associado ao Centro de Conservação de Bens Culturais. Professor da PUC-SP e da UFRJ, membro da diretoria da ABRACOR como colaborador internacional, do Conselho Cultural do Instituto Brasil Estados Unidos e pesquisador de conservação de arte contemporânea.
Isis Baldini
Conservadora-restauradora de obras de arte em suporte de papel, doutora pela ECA-USP, com tese em conservação de obras contemporâneas, especialista em gestão e políticas culturais pela Fundación Universitat de Girona, Espanha, e em tecnologia do papel pela Faculdade Oswaldo Cruz. Com curso na Itália e estágio na Itália e Espanha, atua na área desde 1982. Professora do curso de conservação e restauração de material gráfico, do SENAI.
Marcelo Cidade
Formado em artes plásticas pela FAAP, em São Paulo, cidade onde vive e trabalha. Dentre as exposições individuais estão Avant-gard is not dead, Galeria Vermelho, São Paulo, 2010; Vamos falar senhor fantasma, Fundação Serralves, Portugal, 2009 e Norms Patterns Systems, Galerie Motte et Rouart, França, 2009.
Mediação: Lívia Lira
Bacharel em educação artística pela Universidade São Judas Tadeu com licenciatura em artes plásticas pela Belas Artes. Coordenadora do Setor de Documentação e Conservação do Acervo do MAM-SP, membro do Comitê Brasileiro do ICOM, atualmente faz o curso técnico de conservação e restauro no centro técnico Templo da Arte.
Mesa 4 – 14h30
[Conexões e diversidade]
Esta mesa-redonda abordará os desafios de democratização das instituições de arte contemporânea por meio de setores dedicados à mediação educativa e ao atendimento ao público diverso. Considerando o potencial da arte contemporânea para desencadear reflexões críticas acerca dos valores estabelecidos e inspirar novas possibilidades, os museus têm a sua área de atuação ampliada, podendo inspirar significativas transformações sociais.
Convidados:
Ronald Ligtenberg
Professor de Imagineering (imaginação + engenharia) no ECHS – Eurocollege, diretor da SkyWay Foundation, promove uma consultoria de marcas sensoriais. Ligtenberg se autodenomina um possibilitador: tornando o impossível possível. Em setembro de 2011 o MAM acolheu o evento Sencity, que leva a música para a comunidade surda, realizado simultaneamente em Roterdã e São Paulo.
Sangeeta Isvaran
Dançarina, coreógrafa, pesquisadora e ativista social. Mestre em artes da performance pela Sarojini Naidu School of Arts and Communication. Vem de Chennai, Índia.
Mediação: Daina Leyton
Coordenadora da área Educativa e de Acessibilidade do MAM-SP. Psicóloga formada pela PUC-SP, atua desde 2000 na coordenação e gestão de projetos culturais e sociais, constituição de redes e conexões de diferentes linguagens, trabalhando com educação, promoção de cultura e saúde para o público diverso.
SEXTA-FEIRA, 9 DE MARÇO
Mesa 5 - 10h30
[Acervo e seus "despojos": o arquivo performativo]
Recentemente muito se tem discutido a função dos acervos e arquivos nos museus e instituições culturais. Esses setores passaram a ser entendidos não apenas como depositários de obras ou documentos, mas como irradiadores de conhecimento e "modos de operar", com a capacidade de ensinar tanto ao próprio museu, de maneira particular, como ao sistema da cultura como um todo. O que resta depois que a obra de arte entra para o acervo da instituição, e como se posicionar para que ela se mantenha viva e operante, dentro e fora do contexto museológico?
Convidada:
Carla Zaccagnini
Artista plástica e mestre em poéticas visuais pela ECA-USP. Realizou, entre outras, as seguintes mostras individuais: Plano de falla (Ignacio Liprandi, Buenos Aires, 2011), Imposible pero necesario (Joan Prats, Barcelona, 2010); no. it is opposition. (AGYU, Toronto, 2008) e Bifurcações e encruzilhadas (Galeria Vermelho, São Paulo, 2008).
Magali Arriola
Curadora freelancer e crítica de arte. Arriola organizou a exposição Coartadas/Alibis no Centre Culturel du Mexique em Paris. Catherine David convidou-a para fazer uma nova versão da exposição para Witte de With. Publicou artigos em várias revistas, entre elas Curare, Art Nexus, Parachute e Reforma.
Mediação: Fernando Oliva
Curador, professor na Faculdade de Artes Plásticas da FAAP e na Faculdade Santa Marcelina, Integra a Comissão de Programação do Festival Internacional de Arte Contemporânea Videobrasil e editou a publicação de ensaios Caderno Videobrasil “Turista/Motorista” (2010). Foi diretor de curadoria e programação do Centro Cultural São Paulo (2009/2010).
Mesa 6 – 14h30
[Economia criativa]
Esta mesa-redonda abordará alternativas ao financiamento via leis de incentivo, visando a discutir iniciativas brasileiras e internacionais para tornar uma instituição cultural sustentável por meio de patentes e iniciativas inovadoras.
Convidadas:
Ana Carla Fonseca Reis
Fundadora da empresa Garimpo de Soluções, administradora, economista e autora do livro Economia da cultura e desenvolvimento sustentável, entre outros.
Cláudia Sousa Leitão
Secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura, foi diretora regional do Senac-CE nos anos de 2001 e 2002 e Secretária da Cultura do Estado do Ceará no período de 2003 a 2006. É consultora nas áreas de cultura, criatividade e desenvolvimento.
Mediação: Felipe Chaimovich
Curador do MAM-SP, doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo e professor do artes plásticas na FAAP, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e do Comitê Brasileiro de História da Arte.