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setembro 22, 2010
Simpósio Curadoria e Novas Centralidades (entre temporalidades) e para o Laboratório de Curadoria na Fundação Joaquim Nabuco, Recife
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceria com o projeto Made in Mirrors (MiM) e apoio da vinícola Botticelli organizam o simpósio Curadoria e Novas Centralidades, a ser realizado no Recife no período de 27 a 29 de setembro de 2010. O objetivo do evento é refletir acerca do crescente fluxo de exportação de curadores, artistas e trabalhos, sendo esse deslocamento intercultural, internacionalmente e em múltiplas mídias. Carregado de mentalidade, percepção e entendimento ocidentais, esse movimento conseguiu construir novas amarrações em uma atual rede estendida, fazendo-se presente também nas então consideradas periferias do sistema da arte: museus e instituições de arte contemporânea têm florescido por todo o mundo, e com eles a demanda de novos profissionais, públicos e narrativas. Mediante a formação dessas novas redes, o simpósio ‘Curadoria e Novas Centralidades’ discutirá a relevância do curador na constituição da recente história da arte e na formação do gosto, além de visualizar novas dimensões no campo artístico e as centralidades desenvolvidas nesse, percebendo os novos medianos na apresentação e representação da arte e as fundações das redes do futuro.
27 a 29 de setembro de 2010
Inscrições abertas
Fundação Joaquim Nabuco
Av. 17 de Agosto 2187, Casa Forte, Recife – PE
81-3073-6692/6691 ou artes@fundaj.gov.br
www.fundaj.gov.br
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceria com o projeto Made in Mirrors (MiM) e apoio da vinícola Botticelli organizam o simpósio Curadoria e Novas Centralidades, a ser realizado no Recife no período de 27 a 29 de setembro de 2010. O objetivo do evento é refletir acerca do crescente fluxo de exportação de curadores, artistas e trabalhos, sendo esse deslocamento intercultural, internacionalmente e em múltiplas mídias. Carregado de mentalidade, percepção e entendimento ocidentais, esse movimento conseguiu construir novas amarrações em uma atual rede estendida, fazendo-se presente também nas então consideradas periferias do sistema da arte: museus e instituições de arte contemporânea têm florescido por todo o mundo, e com eles a demanda de novos profissionais, públicos e narrativas. Mediante a formação dessas novas redes, o simpósio ‘Curadoria e Novas Centralidades’ discutirá a relevância do curador na constituição da recente história da arte e na formação do gosto, além de visualizar novas dimensões no campo artístico e as centralidades desenvolvidas nesse, percebendo os novos medianos na apresentação e representação da arte e as fundações das redes do futuro.
A Diretoria de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco, em parceria com o projeto Made in Mirrors (MiM), abre inscrições em três etapas para as atividades do Simpósio Curadoria e Novas Centralidades (entre temporalidades).
A programação do Simpósio Curadoria e Novas Centralidades abrange três momentos de participação do público.
1. O primeiro diz respeito ao Projeto Edições: laboratório de curadoria que ocorre de 27 a 29 de setembro, das 10h às 12h, na Sala João Cardoso Ayres, no Derby. Este projeto, organizado por Alexandre Dias Ramos, pretende trazer um momento de reflexão teórica das questões museográficas e sociais envolvidas no processo curatorial, visando estabelecer um grupo de estudos com o público interessado na formação e atuação do curador de arte, figura muitas vezes controversa, que organiza e cria o espaço expositivo, seleciona os artistas e desenvolve o discurso conceitual das exposições. Para esta atividade serão selecionados 20 (vinte) participantes, através de análise de CV, da carta de intenção e ficha de inscrição (anexa).
2. O segundo momento é um almoço social no café da Fundação Joaquim Nabuco do Derby que terá uma dinâmica diferenciada. Tomando como ponto de partida a historicidade da palavra simpósio – espaço de sociabilidade em que os cidadãos de Atenas se reuniam para discutir democracia, poesia e demais assuntos, regados a vinhos – o encontro promoverá um almoço com pratos feitos a partir de elementos nativos de Pernambuco e importados, ainda da época da colonização, além de uma degustação de vinhos finos produzidos no Vale do São Francisco. A gastronomia é pano de fundo para o primeiro dia do simpósio que terá como palestrantes os curadores Stjin Huits, Hu Fang, William Wells, Paulo Herkenhoff e Thais Rivitti, com mediação de Cristiana Tejo. O primeiro dia do simpósio será fechado para convidados e 8 (oito) participantes que serão selecionados por CV, da carta de intenção e ficha de inscrição.
3. A última etapa são dois dias de debates que terá transmissão online, com inscrições abertas ao grande público pelo site da FUNDAJ.
O Simpósio Curadoria e Novas Centralidades (entre temporalidades) será traduzido simultaneamente do inglês para o português.
Serão disponibilizadas 100 (vagas) através do encaminhamento da ficha de inscrição (anexa) para o e-mail: cadif@fundaj.gov.br.
Informações podem ser obtidas pelo e-mail: cadif@fundaj.gov.br, ou pelos telefones: 81 3073 6753 81 3073 6753 e 3073 6659
PROGRAMAÇÃO
Dia 27/09: Autonomia de curadoria em contextos não-autônomos
12h30: Almoço social no Café da Fundação: 5 mesas | 5 palestrantes | 5 maneiras de curar autonomia
Cada parte do almoço (entrada/prato principal/sobremesa) inicia com uma fala de 10 minutos de cada um dos palestrantes. Isso imporá um limite de tempo para a fala;
Palestrantes ficam em posições fixas nas mesas, convidados recebem cada parte do almoço numa mesa diferente, de acordo com nossa orientação;
Objetivo: todos sentam com todos e desenvolvem novas idéias;
Participação: palestrantes, convidados e 8 pessoas selecionadas por inscrição para o almoço.
Citação para desafio:
“Confie na arte e não no discurso gerando a 'arte'.” (Jean Cristophe Ammann)
Os curadores de países emergentes estão contribuindo com novos parâmetros e uma nova história da arte?
O que é independência para um curador? Quais os limites do curador? Deve haver limites? A dependência ao contexto deve ser encorajada ou não?
Como a diversidade cultural ou contextual influencia a prática curatorial?
O que a prática curatorial deve influenciar?
Moderador: Cristiana Tejo
Palestrantes: Stijn Huijts – Schunck, Heerlen , Holanda
Hu Fang – Vitamin Creative Space, Guangzhou , China
William Wells – Townhouse Gallery, Cairo , Egito
Paulo Herkenhoff
Thais Rivitti
Dia 28.09: A rede e a máquina – chamada para convidados proporem tópicos em função de sua experiência e temas de pesquisa recentes
15h: Apresentações na Sala Aloísio Magalhães - Debates sobre como a mobilidade foi influenciada no campo curatorial pelos meios de comunicação digital.
Palestrantes: Hu Fang
Kiki Mazzuchelli
Hendrik Folkerts
17h: Coffee break
17h30: Debate aberto
Citação para desafio: “Existe um deslocamento semiótico quando o objeto artístico é definido pela sua posição em uma rede de relações” (Marina Vishmidt)
Como o ambiente influencia a maneira com que lidamos com necessidades locais e premissas internacionais?
Potencial futuro? Como podem essas redes apoiar o campo da arte? Como podemos criar sinergias entre o mundo digital e o mundo natural?
Que tipo de nova geografia cultural pode-se esperar?
19h: Fim da sessão
Dia 29.09: Produção de sistemas de arte / Transformação do 'seat of power': instituição versus individual. Usando autocrítica. Chamar a atenção para as condições das possibilidades da arte e a condição de sua produção. (Conferência com discussão)
15h: Apresentações na sala Aloísio Magalhães
William Wells
Inti Guerrero
Stijn Huijts
17h: Coffee break
17h30: Sessão de debate
Citação para desafio: “Dar uma idéia para um objeto já é produção” (Bourriaud)
Até que ponto a visão do curador influencia a maneira com que as pessoas percebem arte?
Qual o papel do discurso do curador na mensagem da obra?
As instituições ocidentais estão mortas? São dinossauros? Como influenciam a produção artística?
Deveríamos falar sobre um programa, uma agenda ou um espaço ao invés de instituição?
Qual o novo modelo curatorial?
19h: Fim da sessão
Lançamento dos livros “Sobre o Ofício do Curador”, da editora Zouk, “O que é bonito é para se ver - Barbara Wagner`, publicado pelo Het Domein Museum, livro da artista Maria Barnas, do Glaspalais, Holanda e das publicações Revista Número e MIM.
Projeto Edições: laboratório de curadoria
Alexandre Dias Ramos é editor, formado em artes plásticas pela ECA-USP, especialista em Arte-educação pelo NACE e Museologia pelo MAC-USP, mestre em Sociologia da Cultura pela FEUSP, doutorando em História, Teoria e Crítica pelo Instituto de Artes da UFRGS. É membro da Fundação Vera Chaves Barcellos (RS), autor do livro Mídia e Arte: aberturas contemporâneas (2006) e organizador do livro Sobre o Ofício do Curador (2010).
Conteúdo:
Introdução ao conceito de curadoria
* A função do espaço expositivo
* Exercícios curatoriais
* A pesquisa
* O ofício do curador
* Noções de sociologia da arte: capital simbólico e capital social
Nos três dias de laboratório do Projeto Edições, o ofício do curador será estudado a partir de algumas das perguntas propostas pelo simpósio “Curadoria e Novas Centralidades”, buscando o levantamento (e o questionamento) da função do espaço expositivo e do próprio papel do curador. Serão propostos alguns exercícios curatoriais e breves leituras em grupo para, em seguida, a discussão de algumas noções da sociologia da arte em Pierre Bourdieu , como habitus, capital simbólico e capital social.
Dias: 27, 28 e 29 pela manhã (2 horas de aula por dia) – 20 vagas