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novembro 11, 2009
PIESP - Programa Independente da Escola São Paulo
PIESP - Programa Independente da Escola São Paulo
Desenvolvimento de linguagem e projetos para artistas
Direção: Adriano Pedrosa
Com: Adriano Pedrosa (interlocutor-diretor), Ana Paula Cohen, Beatriz Milhazes, Carla Zaccagnini, Ernesto Neto, Julieta Gonzáles, Ivo Mesquita, Leda Catunda, Marcos Moraes, Rivane Neunschwander, Rodrigo Moura e Rosângela Rennó.
Inscrições até 11 de janeiro de 2010; Realização de 2 de março a 30 de novembro de 2010
Terças-feiras, 19h-22h - Seminários críticos
Duas quintas-feiras por mês, 20-22h - Palestras
Encontros individuais serão agendados no decorrer do curso
- Matrícula de R$ 990
- Mensalidade de R$ 990
Escola São Paulo
Rua Augusta, 2239 - Metrô Consolação - São Paulo - SP
11-3060-3636 ou info@escolasaopaulo.org
http://www.escolasaopaulo.org/
Segunda a sexta, 9-20h;sábado, 9-18h
PROCESSO DE INSCRIÇÃO
Para efetivar a inscrição no processo seletivo você deve encaminhar à Escola São Paulo aos cuidados do Departamento Educativo (Rua Augusta, 2239 – CEP: 01413-000 / São Paulo – SP) um envelope contendo:
• Currículo resumido (1 página A4);
• Portfólio contendo registro fotográfico da obra do artista, apresentando, no mínimo 20 e, no máximo, 30 imagens (impressas ou em formato digital). Os trabalhos em vídeo deverão ser encaminhados em um DVD com até 15 minutos de duração;
obs: cada imagem ou DVD deve ser acompanhado de uma ficha técnica (autor, título da obra, data, dimensões e técnica).
Sobre o programa
Oferecido a partir de março de 2010, o curso com duração de 1 ano é voltado para o artista em inicio de carreira. Concebido e dirigido pelo curador Adriano Pedrosa (criador da Bolsa Pampulha, em Belo Horizonte), promoverá encontros entre os artistas participantes e destacados artistas e curadores, para discussão e desenvolvimento de linguagem e de projetos, em aulas em grupo e individuais, além de palestras e seminários.
As inscrições, com número limitado de vagas, serão realizadas por meio de análise de portfólio. O publico alvo é o artista em inicio de carreira que já tenha uma linguagem ou trabalho desenvolvido.
O PIESP é estruturado em aulas semanais, que se dividem em três categorias seminário, palestra e encontro individual e são ministradas por interlocutores residentes, que acompanham a turma durante todo ano (Adriano Pedrosa, Marcos Moraes, Rodrigo Moura, Julieta Gonzales e Ivo Mesquita).
O seminário tem a estrutura semelhante a uma crit class comum nos programas de formação de artistas nos Estados Unidos e na Europa, porém inexistente no Brasil. Crit class, ou "aula critica", consiste numa sessão de debate em torno da obra de um dos artistas participantes, onde cada semana um deles apresenta seu trabalho ao resto do grupo que por sua vez o discute em profundidade, questionando suas decisões estéticas, formais e conceituais.
Os artistas terão encontros individuais com todos os professores para discussão de seu trabalho e de seus projetos. Em cada encontro individual aluno deverá mostrar seu trabalho e seus projetos, e terá a oportunidade de estabelecer uma interlocução direta com os mais destacados artistas e curadores brasileiros. O número total de encontros individuais é de 16 por semestre.
Além das aulas individuais e seminários, palestras também ocorrerão no decorrer do curso, com os professores e também convidados especiais.
Sobre os participantes
Rodrigo Moura
É curador, jornalista cultural, editor e crítico de arte, com publicações em catálogos, livros, revistas e jornais, como Folha de S. Paulo (São Paulo), Flash Art International (Milão, Itália), Arco Noticias (Madri, Espanha), Art Nexus (Bogotá, Colômbia) e Trópico (São Paulo). Desde o início de 2004, é curador adjunto de exposições e da coleção do Centro de Arte Contemporânea Inhotim (Minas Gerais, Brasil). Foi curador do Museu de Arte da Pampulha. Nesta instituição, desenvolve atividades relativas ao desenvolvimento da coleção, à Bolsa Pampulha - projeto do Museu de estímulo à produção emergente - e ao programa de exposições –, para o qual organizou mostras individuais de Ernesto Neto, Fernanda Gomes, Jarbas Lopes, José Bento e Damián Ortega, entre outras.
Ernesto Neto
É artista plástico, participou da 49a Bienal Internacional de Veneza (2001), da 24a Bienal Internacional de São Paulo (1998), da Bienal do Mercosul, Extreme Abstraction - Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, Nova York, EUA, Galerie Yvon Lambert, Paris, França (solo) Koyanagi Gallery, Tókio, Japão (solo). Recentemente fez exposições individuais no 21st Century Museum of Contemporary Art, (Kanasawa, Japão), no Hirshhorn Museum and Sculpture Garden (Washington, EUA), no Kunsthalle Basel (Suíça) e no Centro Galego de Arte Contemporanea (Santiago de Compostela, Espanha). Tem obras nas seguintes coleções: Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, EUA, MoMA, The Museum of Modern Art, Nova York, EUA, Purchase Fund, Washington D.C., EUA, The Monsoon, Londres, Inglaterra, The American Fund for the Tate Gallery Collection, Londres, Inglaterra entre outras.
Carla Zaccagnini
É artista plástica, crítica e curadora. É membro do corpo editorial da revista Número e colaboradora da Flash Art. Seu trabalho é representado pelas galerias Vermelho (São Paulo) e Joan Prats (Barcelona). Até março de 2009 foi Diretora da Divisão de Curadoria e Programação e Curadora de Artes Visuais do Centro Cultural São Paulo. Participou recentemente da 28a Bienal de São Paulo, da Trienal Poligráfica de San Juan América Latina y el Caribe e das exposições MAM 60 anos e Cover, ambas no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 2008 realizou as mostras individuais Bifurcações e encruzilhadas (Galeria Vermelho) e no. it is opposition. (Art Galery of York University, Toronto).
Beatriz Milhazes
Pintora, gravadora, ilustradora, professora. Formada em comunicação social pela Faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro em 1981, iniciou-se em artes plásticas ao ingressar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage em 1980, onde mais tarde lecionou e coordenou atividades culturais. Além da pintura, trabalha também com gravura e ilustração. Em 1995 cursou gravura em metal e linóleo no Atelier 78, com Solange Oliveira e Valério Rodrigues e em 1997 ilustrou o livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canton. Beatriz Milhazes fez parte das exposições que caracterizaram a Geração 80, grupo de artistas que buscou retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos 1970, e tem por característica a pesquisa de novas técnicas e materiais. Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), aos padrões ornamentais e à art deco, entre outras. Entre 1997 e 1998, é artista visitante em várias universidades dos Estados Unidos. A partir dos anos 1990, destaca-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York.
Ivo Mesquita
Curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo e professor do Center for Curatorial Studies, do Bard College, em Annadale-on-Hudson, nos Estados Unidos. Foi curador da 28ª Bienal de São Paulo.
Ana Paula Cohen
Ana Paula Cohen (São Paulo, 1975) é curadora independente, editora e crítica de arte. Trabalhou como curadora adjunta da 28ª Bienal de São Paulo – “em vivo contato”, 2008, e como co-editora das publicações relacionadas ao projeto. Ana Paula foi co-curadora do projeto Encuentro Internacional de Medellín 07 (Jan-Jun 2007, Medellín, Colombia), para o qual criou, em colaboração com curadores e artistas, um novo centro de arte contemporânea – La Casa del Encuentro. Como parte do mesmo projeto, Cohen curou uma exposição do artista Cildo Meireles no Museu de Antioquia, em Medellín. Desde 2006, Ana Paula é co-fundadora e parte do grupo editorial do Newsletter do projeto museumuseu, da artista Mabe Bethonico. Em 2005, curou a exposição “Subversiones diarias”, convidada pelo Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, MALBA. Desde 2004, Ana Paula é co-fundadora e curadora do projeto Istmo – Arquivo Flexível, em São Paulo, realizado em colaboração com artistas como Erick Beltrán, Mabe Bethônico, e Angela Detânico & Rafael Lain. Cohen contribui para revistas de arte internacionais, como Frieze, Art Nexus ou Exit Express, e escreveu para diferentes publicações sobre o trabalho de artistas como Goldin & Senneby, Javier Penãfiel, Rosangela Rennó e Oscar Muñoz, ou Cildo Meireles. Cohen organiza com frequência conferências e séries de conversas, dentre as quais a mais recente é “História como matéria flexivel: práticas artísticas e novos sistemas de leitura”. Atualmente, Ana Paula Cohen é curadora residente no Center for Curatorial Studies – Bard College, em New York, pelo período de um ano letivo (2009-2010).
Rosângela Rennó
É artista visual e é graduada em artes plásticas pela Escola Guignard e em arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais, é doutora em artes pela Escola de Comunicações da Universidade de São Paulo. Realizou diversas exposições individuais, entre elas: The Appel Foundation (Amsterdam, 1995), The Museum of Contemporary Art (Los Angeles, 1996), Australian Centre for Photography (Sydney, 1999), Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, 2002), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2003), Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Recife, 2006), Prefix Contemporary Art Institute (Toronto, 2008). Entre as exposições coletivas, destacam-se: Aperto93, 45ª Bienal Internacional de Veneza (1993), 2ª Bienal de Berlim (2001), Pavilhão Brasileiro, 50ª Bienal Internacional de Veneza (2003), Histoires des Amériques, Musée d’Art Contemporain de Montréal (2004), Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna (São Paulo, 2005), ArtesMundi 3, Museum of Art of Wales (Cardiff, 2008), Óscar Muñoz y Rosângela Rennó. Crónicas de la ausencia, Museo Rufino Tamayo (Cidade do México, 200).
Rivane Neuenschwander
Vive e trabalha em Belo Horizonte, Brasil.
Formada pela escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, obteve o título de mestre pelo Royal College of Arts em Londres. As obras criadas por Rivane utilizam uma ampla gama de materiais, como flores secas, papel arroz, insetos, poeira, sujeira, sal e pimenta, materiais orgânicos que têm uma vida efêmera. Cria assim uma espécie de memória da vida cotidiana que se funda justamente em tudo aquilo que é corriqueiro. Dentre as várias exposições que participou destaca-se em 2008 Florescendo: Brasil – Japão O seu lugar. Toyota Municipal Museum of Art, The Wizard of Oz. por Jens HOFFMANN São Francisco: CCA Wattis Institute for Contemporary Arts, em 2007 Comic Abstraction, Image-Breaking, Image-Making. MoMA – Museum of Modern Art, New York, em 2003 Rivane Neuenshwander. Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), Recife, entre outras.
Leda Catunda
Leda Catunda nasceu em São Paulo em 1961. Formou-se em 1984 em Artes Plásticas na FAAP. Expõe desde 1981 em museus e galerias no Brasil e em diversos países, tendo participado de três edições da Bienal de São Paulo. É Doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP (2003), lecionou pintura e desenho na graduação e na pós-graduação da Faculdade de Artes Plásticas Santa Marcelina até 2005. Vêm desenvolvendo recentemente trabalhos de pinturas e objetos moles, utilizando vários tipos de tecidos e materiais como base. Com procedimentos próximos aos da colagem, através da soma de materiais, recortes, sobreposições e entrelaçamentos, reestrutura a superfície das pinturas em busca de uma poética da maciez. O amolecimento de formas nos trabalhos decorre da soma de imagens não agressivas, aliada aos recortes orgânicos e da utilização da característica de moleza como propriedade dos materiais empregados. Assim as obras trazem uma influência zoomórfica, com partes que lembram corpos ou por outras vezes paisagens.