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novembro 3, 2009
Curso de pós-graduação em restauro de arquitetura no Templo da Arte, São Paulo
O curso propõe capacitar profissionais para a execução de projetos e condução de obras de restauração de arquitetura com bens artísticos integrados.
Inscrições estão abertas
Templo da Arte
Rua Costa Aguiar, 1013 Bairro Ipiranga São Paulo – SP
11-20637443 ou contato@templodaarte.com.br
www.templodaarte.com.br
coordenação - arquiteta restauradora Márcia Braga
www.marciabraga.arq.br
Início 28 de novembro de 2009
Aulas uma vez por mês – 10 horas no sábado e 10 horas no domingo
Exigência para a matrícula - ter graduação completa.
Obs. o programa pode sofrer alterações.
Ementa
Introdução Geral– novembro 2009
Apresentação do curso - 2 horas
Prof. Márcia Braga - Mestre
Dar uma visão global do curso com os objetivos a serem alcançados e a confecção da monografia a ser feita por cada participante.
Apresentação pessoal dos alunos e suas expectativas do curso.
Apresentar a metodologia das aulas expositivas, dos exercícios de simulação de situações reais e da demonstração de alguns métodos construtivos e de restauro.
Currículo mínimo dos professores convidados.
História da conservação e da restauração arquitetônica mundial-18 horas
Prof. Nivaldo Vieira de Andrade Junior – Mestre
Histórico antes das teorias de restauro do século XIX.
As práticas dominantes do século XIX contrapondo as ações de Violet-le-Duc e John Ruskin.
A evolução teórica na Itália com Camilo Boito e Gustavo Giovannoni resultando na Carta de Veneza de 1964.
A teoria de restauro de Cesare Brandi.
As cartas patrimoniais.
O pensamento de Roberto Pane, Paolo Marconi, Cláudio D’Amato e Salvador Muñoz Dias.
Autenticidade e memória
Discussão sobre os valores de autenticidade e suas acepções em diversas partes de mundo.
Discussão sobre a noção de memória e identidade cultural – os liames entre a matéria a ser preservada e suas transformações necessárias.
A restauração como um processo criativo.
Introdução no Brasil– janeiro 2010
Prof. Isabelle Cury – Doutora - 10 horas
Histórico e os órgãos de preservação
Breve histórico sobre arquitetura brasileira e a formação de nossa identidade com os intelectuais pertencentes à Semana de Arte Moderna de 1922.
A criação do Sphan e seu desenvolvimento.
A preocupação com a documentação e o inventário de bens móveis.
Legislação brasileira de proteção do patrimônio.
Exemplos de intervenções
O prédio do MEC no Rio de Janeiro e a integração da arquitetura moderna com a arquitetura colonial.
O repúdio ao Ecletismo.
O restauro arquitetônico no Rio de Janeiro a partir da década de 1960.
Prof. Helena David – Doutora - 10 horas
Formação profissional
Histórico das escolas atuantes em Minas Gerais, na Bahia e movimento atual.
O aprendizado diretamente nas obras e nos ateliês.
Entidades de classe e o reconhecimento da profissão ainda não existente.
Novas perspectivas.
Integração de diferentes áreas de conhecimento
Interdisciplinaridade com as seguintes áreas de conhecimento:
Arqueologia
Biologia e botânica
Geologia
História (social, arquitetônica e artística)
Química
Comunicação e marketing
Engenharias
Etc.
Arquitetura brasileira - fevereiro de 2010
Estilos arquitetônicos - Métodos construtivos - Especificidades regionais
Prof. Maria Isabel Monteiro Teixeira – 20 horas
O colonial laico e a influência indígena
Casas de câmara, cadeia e mercados
Casas Bandeirantes
Residências rurais e urbanas
A praça
Arquitetura religiosa
Os Jesuítas
As Missões no Rio Grande do Sul
Os Franciscanos, Beneditinos e Carmelitas
O Barroco em:
Minas Gerais
Bahia
Rio de Janeiro
Goiás
Pernambuco
O Maranhão e a influência francesa
A azulejaria
O Rococó
Arquitetura brasileira - março de 2010
Estilos arquitetônicos - Métodos construtivos - Especificidades regionais
Prof. Maria Odette Monteiro Teixeira - Mestre – 6 Horas
O Neoclássico e o Ecletismo
A estética da ornamentação
O início da produção industrial.
As ordens clássicas, suas adaptações e representações iconográficas nacionais.
Métodos construtivos e o racionalismo construtivo incipiente.
O confronto do repertório plástico com a arquitetura contemporânea.
A valorização do contraste.
Prof. Ceça Guimaraens – 14 horas
A arquitetura moderna
Ideais, nova identidade nacional.
O repertório plástico.
A mudança das técnicas construtivas.
O restauro da arquitetura modernista.
Levantamentos e caracterização de materiais através de exames de laboratório e in loco - abril 2010
Prof. Cristina Coelho – Mestre - 10 horas
Levantamento histórico e iconográfico
Cadastramento arquitetônico.
Levantamento histórico e iconográfico.
Consulta aos órgãos públicos e bibliotecas, investigando a cronologia da edificação, estudo comparativo das imagens, análise tipológica, avaliação das modificações ocorridas nos projetos aprovados e no próprio bem, pesquisa oral com depoimentos.
Levantamento arquitetônico – técnicas de medições, estereofotogrametria, desenhando ornamentos, mapeamento de danos e diagnóstico do estado de conservação.
Prof. Ubirajara Mello – Mestre - 9:30 horas
In loco VISITA À OBRA
Prospecções – tipos de alvenaria, estratigrafia de argamassa e pictórica.
Quantidade de argila presente na areia
Qualidade da cal
Som cavo
Análises de laboratório
Quando e porque analisar
Microscopia ótica e eletrônica de varredura
Análises microbiológicas
Caracterização de madeira
Caracterização de rocha
Resistência à tração e compressão de argamassas, rochas e outros materiais
Absorção de materiais porosos
Abrasão de rocha e de materiais de revestimento
Análise de traço de argamassa
Identificação de sais em materiais porosos
Condições climáticas para ambientes internos para coleções
Prof. Márcia Braga – Mestre – 30 Minutos
Para obras de arte:
Raios ultravioleta
Raios infravermelhos
Raios X
Luz rasante
Lupa
Patologias de Deterioração – Diagnóstico, mapeamento e processos de restauro - maio 2010
Prof. Alexandre Mascarenhas – Doutorando - 20 horas
Reconhecendo o entorno
Poluição atmosférica, trepidação no solo, presença de vegetação e pátina biológica, ações antrópicas.
Estrutura – recalque, rachadura, umidade, perda e queda
Fundações – umidade, recalque
Alvenaria – rachaduras, umidade ascendente e descendente, desagregação, perda, inserção de materiais não adequados
Telhado – falência do madeirame, corrosão metálica, acúmulo de detritos, ausência de visitação e manutenção, substituição de telhas, ausência de impermeabilização
Pisos – ação de térmitas, perda de partes, preenchimento do espaço de aeração do piso, desagregação superficial de peças cerâmicas e perda.
Esquadria – falta de manutenção, inserção inadequada de material.
Materiais porosos (pedra e argamassa) – esfoliação, rachadura, erosão, deformação, desplacamento, crosta, eflorescências salinas, perda, presença de vegetação, pátina biológica, pátina, etc.
O Restauro e sua inserção no tecido urbano
elementos artísticos integrados
conservação preventiva / manutenção - junho 2010
Prof. Nivaldo Vieira de Andrade Junior – Doutor - 9 horas
Na urbe
Análise do entorno e possibilidades de mudanças.
Novo fluxo de visitantes.
Interação com a população local – apropriação da nova estrutura.
Possíveis processos de deterioração e de manutenção.
O risco da expulsão da população local de mais baixa renda.
Prof. Isabelle Cury – Doutora - 9 Horas
Bens artísticos integrados mais comuns
Pinturas, esculturas em pedra e argamassa, douramentos, metais, talhas, vitrais, etc.
A compreensão da unidade do imóvel e a compatibilização das intervenções necessárias.
Proteções provisórias.
Intervenções parciais.
Identificação dos usuários do imóvel e os participantes do restauro.
Adequando as necessidades de cada agente.
Durante a obra e depois:
Controle do fluxo de pessoas.
Treinamento de guias.
Convivendo com problemas.
Prof. Márcia Braga – Mestre - 2 horas
Conservar antes que restaurar
Higienização de: telhados, forros, pinturas murais, douramento, telas, metais.
Limpeza constante, troca de peças, inserção manta impermeabilizante em telhados.
Canaletas de drenagem ao redor do imóvel.
Aplicação de protetivos.
Produtos não recomendáveis.
Estudo de Materiais e seu restauro - julho 2010
Prof. Márcia Braga – Mestre - 6 horas
Conceitos De Reversibilidade E Compatibilidade
Noções Básicas De Química Orgânica.
Solventes
Propriedades físicas e químicas – migração, evaporação, dissolução.
Toxidade, diluições e misturas
Utilização de alguns solventes (álcoois, cetonas, aminas, derivados nitro - hidro carbonetos aromáticos e alifáticos).
Compostos reativos.
Prof. Yanara Chaas – Mestre - 14 horas
Pedra
Origem e classificação (ígneas, sedimentares, metamórficas)
Características e usos comuns
Como avaliar a evolução dos processos de deterioração endógenos e exógenos
Água e sais
O ataque biológico – bactérias, fungos, algas, liquens, musgos, plantas.
Processos de restauro (limpeza, consolidação e proteção).
Resinas para consolidação, impermeabilização, reforço estrutural, colagem de peças, vernizes, criação de moldes, vedação, etc.
Produtos comerciais (acrílicos, polivinílicos, silicatos de etila, epóxi, poliéster, compostos fluorados)
Estudo de materiais e seu restauro - Agosto 2010
Prof. Alexandre Mascarenhas – Doutorando - 20 horas
Retomando Conceitos Sobre Autenticidade.
Argamassa
Componentes básicos – argila, gesso, cal (aérea e hidráulica), cimento, areia, outros inertes e agregados reativos. Aditivos.
Propriedades físicas e mecânicas das diversas composições.
Questões a serem postas antes do restauro.
Processos de restauro (complementação, consolidação e proteção).
Estuque
Breve histórico e composição básica.
Danos comuns e cuidados antes do restauro.
Os materiais (a cal, a areia, a água) e a mão de obra.
Restauração de forros.
Higienização e descupinização.
Consolidação e pré-consolidação da argamassa.
Recomposição das lacunas.
Restauração de sancas.
Demolições, remoções e reprodução de peças grandes (moldagem e modelagem).
Métodos de limpeza e de consolidação.
Execução de novas peças.
Fixação de peças e partes soltas.
Tratamento de fissuras e rachaduras.
Recuperando o finus e acabamento final.
Estudo de materiais e seu restauro - setembro 2010
Prof. Helena David – Doutora - 20 horas
Madeira
Seu uso na arquitetura brasileira.
Classificação (botânica, crescimento, trabalhabilidade, composição química, métodos de identificação, produção, propriedades físicas e mecânicas, defeitos, levantamento e diagnóstico, principais causas de degradação, no canteiro de obra – armazenamento, escoramento, limpeza e remoção, substituição, reforços, eliminação dos agentes, desinfestação, imunização, tratamentos finais.
Pintura sobre madeira
História das técnicas e no Brasil.
Imaginária religiosa.
Estabilização dos suportes (desempenamento e consolidação).
Faceamento e impregnação.
Processos de deterioração da pintura
Procedimentos de restauro: limpeza, remoção de vernizes oxidados, remoção de repinturas com alteração cromática, nivelamento, reintegração pictórica e aplicação de verniz.
Douramento
Breve histórico.
A folha de ouro e outras aplicações metálicas.
Diferenças de douramento a óleo e a água.
As diversas características do bolo e sua aplicação.
Bolo com ovo e bolo com cola.
Douramento sobre diferentes suportes (madeira, pedra e metal).
Polimento ou brunimento.
Ferramentas.
Conservação
Estudo de materiais e seu restauro - outubro 2010
Prof. Márcia Braga - Mestre – 20 Horas
Pintura mural
Breve histórico das técnicas.
Cor e pigmento.
Limpeza e desinfestação
Consolidação
Tratamento estético
Pintura de fachadas
Diversos tipos de tinta, suas características e indicações (acrílica, polivinílica, a base de cal e de base mineral)
Velaturas e argamassas pigmentadas.
Argamassas especiais - estuque marmorizado e esgrafito
Breve histórico, composição dos materiais, método construtivo e processos de restauração.
Tipos de Reintegração Pictórica
Imitativo, imitativo num tom mais claro, velatura, velatura sobre abrasão, abstração cromática, seleção cromática, seleção pictórica, tracejado, tom neutro, água suja.
Estudo de Materiais e seu restauro - novembro 2010
Prof. Zeila Machado – Mestranda - 10 horas
Azulejo artístico
Histórico no mundo e no Brasil.
Diferentes técnicas – alicatado, de aresta, corda-seca, majólica, caixilho, padronagem de tapete, grandes painéis.
A produção semi-industrial do estampilhado.
A manufatura do azulejo e seus componentes (pasta cerâmica, a preparação da chacota, o vidrado, a transferência do desenho, a pintura).
Processos de deterioração.
Procedimentos de restauro:
Documentação, mapeamento de danos, limpeza, faceamento, tratamento das juntas.
Avaliação sobre a remoção total ou parcial.
Higienização, dessalinização, descolagem e colagem de fraturas.
Preenchimento de lacunas, assentamento, rejuntamento.
Reintegração.
Prof. Guadalupe Campos – Doutora - 10 horas
Metal
Caracterização do material
Processos de deterioração
Pátinas
Restauro
Estudo de casos
O Projeto – janeiro 2011
Prof. Cristina Coelho – Mestre - 10 horas
Definições:
Conservação e restauro, patrimônio cultural, diagnóstico, documentação, manutenção, conservação preventiva e corretiva.
Projetando
Restauração
Anastilose
Adaptação a novo uso (retrofit)
Reconstrução
Réplica (termo mais usado para obras de arte que são removidas de seu local original)
Prof. Rosana Najjar – Doutora - 10 horas
O projeto e a obra
Cadastramento
Levantamento fotográfico
Prospecções arquitetônicas e arqueológicas
O projeto arqueológico
Avaliação do potencial arqueológico
A pesquisa arqueológica
A utilização dos vestígios
O Projeto – fevereiro 2011
Prof. Jorge Astorga – Mestrando - 10 horas
Diretrizes do projeto
Definição de uso e do programa de necessidades
Intervenções somente para adaptações de infraestrutura.
Se o programa exige novas instalações e novos usos.
O partido arquitetônico
Complementando a estrutura original sem criar um contraste estético.
Evocar o contraste para valorização de ambas as partes.
As infinitas possibilidades entre as duas proposições.
Mantendo a casca (as fachadas) e reformando somente o interior.
Prof. Ubirajara Mello – Mestre - 10 Horas
A obra e suas surpresas
Os relatórios de atualização e o as built.
A implementação do uso.
A conservação preventiva.
Projetos complementares – março 2011
Prof. Alexandre Vidal – Mestre – 20 horas
Acesso a deficientes
Isolamentos acústico e térmico
Instalações elétricas, hidráulicas, inserção de novas mídias, etc.
Integração com novas mídias para apresentação do imóvel.
Aprovação de projetos perante as instituições governamentais de proteção do patrimônio (federal, estadual, municipal, urbanismo, meio ambiente, corpo de bombeiros, CET, etc.)
Segurança de trabalho
EPI
Planejamento – abril 2011
Prof. Alexandre Vidal – Mestre - 6 horas
Cronograma
Atualizações.
Controle de qualidade.
Representando os órgãos de preservação e o cliente.
Estruturando um projeto.
Estruturando uma obra.
Dimensionando uma equipe
Estudo dos prazos.
Definindo líderes e responsabilidades.
Equilibrando temperamentos.
Prof. Ubirajara Mello – Mestre - 14 horas
Gerenciamento
Integrando ações.
Planejamento.
Análise de custos.
Organizando uma concorrência.
Canteiro de obras
Infra estrutura de barracão.
Instalações elétricas e hidráulicas.
Vestiários e armários.
Almoxarifado.
Horários.
Proteções.
Estudos de casos – maio 2011
Prof. Cristina Coelho - Mestre – 10 horas
Prof. Ubirajara Melo – Mestre - 10 horas
Em São Paulo:
Catedral da Sé
Igreja da Boa Morte
Teatro Municipal
Estádio do Pacaembu
Museu do Futebol
Estação da Luz
Catedral de Florianópolis
No Rio de Janeiro:
Mosteiro de São Bento
Museu do Meio Ambiente
Casa França Brasil
Instituto de Resseguros do Brasil
Estudos de casos - junho 2011
Prof. Márcia Braga – Mestre - 10 Horas
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro
O Corcovado
O antigo prédio do Banco Central
A igreja da Sé do Rio de Janeiro
Calçada da Cultura de São José do vale do Rio Preto
Hotel Glória
Cine Rio Carioca
Palácio Anchieta
4 esculturas em Carrara
Tela retrátil do altar mor da Sé
Teatro Municipal de Niterói
Edifício Flamengo
Painel de Burle Marx
Oratório dos 40 mártires
Rocaille de Glaziou
Anjos
Prof. Jorge Astorga – Mestrando – 10 horas
Igreja da Candelária.
Mosteiro de São Bento.
Gerenciamento do Restauro do Convento de Santa Teresa (1º PRONAC )
Fazenda Santa Monica em Valença da EMBRAPA.
Projeto de Restauro da Igreja da Saúde MITRA.
Gerenciamento do Restauro da Igreja da Saúde (PRONAC )
Igreja do Bom Jesus da Coluna (Exercito Brasileiro).
Igreja Mãe dos Homens.
Projeto de Morro da Conceição.
Projeto da Igreja de Santa Luzia.
Igreja da Ribeira (Angra dos Reis).
HESFA (coberturas e restauro arquitetônico).
Casa do Padre Correias.
Palácio de Ferro em Luanda