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março 31, 2009
O Poder da Cultura com Leonardo Brant no Ateliê Brant Associados
O Poder da Cultura
Curso para gestores culturais, coordenado por Leonardo Brant, explora relações de poder e apresenta novos conteúdos sobre políticas culturais e relações de mercado em seus quatro módulos: O Poder da Política, O Poder do Mercado, O Poder do Mecenato e O Poder da Diversidade.
A partir de 29 de abril, todas as quartas-feiras, 19-22h
Ateliê Brant Associados
Rua Prof. Frontino Guimarães 302, Vila Mariana, São Paulo - SP
Informações: 11-50821-2111 ou atelie@brant.com.br
Com apenas 20 vagas, O Poder da Cultura possibilita a troca de experiências e opiniões, e estimulando a criação de uma rede de agentes preparados e dispostos a desenvolver ferramentas para superar seus desafios profissionais de maneira mais lúcidas, livre e condizente com a realidade.
Atuar no setor cultural é algo cada vez mais complexo e dinâmico. Além de ser o mercado que mais cresce no mundo, gerando inúmeras oportunidades de trabalho, é um dos mais difíceis de atuar, pois exige uma profunda compreensão das diversas nuances do ofício em diálogo com todas as esferas da sociedade.
O Poder da Cultura é um programa de aprimoramento profissional voltado para a ampla discussão da cultura em sua função política e mercadológica. Apresentando conceitos e propostas contemporâneas, cria um ambiente democrático de discussão, abrindo espaço ao surgimento de perspectivas inovadoras para a atuação no setor.
Coordenado pelo consultor e pesquisador Leonardo Brant, O Poder da Cultura oferece ao participante um panorama completo do conceito, estrutura e funcionamento de organismos culturais, nacionais e internacionais, tais como, empresas públicas e privadas, governos, institutos e organizações da área, incluindo análise de casos e bastidores do poder.
"A experiência de Leonardo Brant é algo raro de encontrar no universo da gestão e da política cultural. Além disso, se soma às suas qualidades e capacidades o aprofundamento crítico, tanto no que tange os conceitos, quanto os aspectos "sociais" e de articulação em âmbito nacional e internacional. Diria que é uma passagem obrigatória para todos que desejam se atualizar e se qualificar no trabalho e na reflexão sobre o universo cultural”, analisa Piatã Stoklos Kignel, Supervisor de Cultura da Subprefeitura de Pinheiros.
Contando com literatura especializada e debate com material audiovisual de pouco acesso, o programa promoverá ainda seminários com convidados especiais e profissionais experientes da área, estimulando a pesquisa e a troca de conteúdos, através de um sistema on line criado exclusivamente para o grupo.
“Participar desta iniciativa foi uma experiência única na minha formação profissional e pessoal. Raramente vemos um curso com tamanha interação entre os participantes e com tal sofisticação nas discussões propostas. Ali encontramos um espaço livre para compartilhar visões e debater idéias sobre cultura e política. A diversidade do olhar do grupo, que misturava num só fórum advogados, acadêmicos, profissionais de comunicação e marketing, pensadores, produtores culturais e jornalistas atuantes na área cultural, permitiu um aprendizado coletivo e carregado de sentido e significado”, aponta Minom Pinho, Produtora Cultural e Diretora da Casa Redonda Produções.
Conteúdo Programático:
Módulo 1 – O Poder da Política
29 de abril a 27 de maio de 2009
1. Cultura: chave-mestra da sociedade
2. Política Cultural: teoria e prática
3. Cidadania Cultural
4. O Estado e a organização da cultura
5. Provocação e diálogo
Módulo 2 – O Poder do Mercado
3 de junho a 1 de julho de 2009
1. A (de)formação do mercado cultural brasileiro
2. O Estado e o mercado
3. Negócios culturais sustentáveis
4. Indústrias culturais na era global
5. Provocação e diálogo
Módulo 3 – O Poder do Mecenato
26 de agosto a 23 de setembro de 2009
1. História do Mecenato
2. Marketing Cultural
3. Cultura e Cidadania Corporativa
4. Responsabilidade Cultural
5. Provocação e diálogo
Módulo 4 – O Poder da Diversidade
30 de setembro a 28 de outubro de 2009
1. Globalização e Culturas Locais
2. Direitos e Liberdades Culturais
3. Depois da Convenção da Unesco
4. Cooperação Internacional
5. Encontro dialógico
Sobre Leonardo Brant
Leonardo Brant é presidente da Brant Associados, empresa com mais de 10 anos de atuação no mercado, que atua como consultoria especializada em gestão e políticas culturais, Laboratório de pesquisas e Ateliê – espaço de integração, com foco no diálogo e na construção coletiva e compartilhada de conhecimentos; oferecendo uma programação de cursos, projeções, experimentos e mostras.
Criador e editor do Cultura e Mercado - um dos mais influentes blogs sobre políticas culturais no Brasil -, é fundador do Instituto Pensarte e do Divercult, com sede em Barcelona, na Espanha. Atuou, de 2002 a 2006, como vice-presidente da International Network for Cultural Diversity (INCD), com destacada participação em torno da Convenção da Unesco.
Conferencista internacional, já atuou na África do Sul, Argentina, China, Croácia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda e Senegal. Em 2007 foi laureado com a Medail de Vermeil da Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras.
É autor dos livros “Mercado Cultural”, “Políticas Culturais vol.1”, “Diversidade Cultural” e “Responsabilidade Cultural”, este ainda inédito.
Boa noite,
estou muito interessada no curso e gostaria de saber o valor de cada módulo.
grata,
Débora
Os Charlatões da Cultura: O Último Golpe
http://www.culturaemercado.com.br/post/o-juca-e-a-propria-lei/
Em um aumento frenético e alarmante dessa ladainha, novas horripilantes acusações são despejadas das mentes paranóicas dos Charlatões da Cultura. As acusações são lançadas em direção ao Ministro da Cultura, comparando o Ministro Juca Ferreira com “Hilter, Stalin e Bush” de forma boçal, abrindo as janelas para a mente deturpada e infantil dos acusadores.
È ferino e irônico que a iniciativa honrosa do Minc de democratizar e evidenciar a transparência e que incentiva a discussão aberta para transformar uma política que favorece uma minúscula minoria pode ser comparada com os atos destes ditadores assassinos. A política cultural atual do Brasil precisa ser mudada pois ela é antidemocrática e injusta, beneficiando o vulgar, o comercial. A arte e o artista são escravos do capitalismo selvagem.
Este último golpe revela o que está na mesa para os Charlatões da Cultura: pregando suas crenças bem articuladas como uma seita visionária, libertadora, quase-religiosa, publicando livros teóricos (e em breve inúteis) eles na verdade protegem com toda veemência a posição privilegiada e lucrativa, de contatos corporativos corruptos e o abuso sem remorso da inexperiência jurídica do ingênuo artista Brasileiro que não vê opções.
Acredito que os Charlatões da Cultura sofrem de outro fenômeno psíquico, a chamada ‘Neromania’, a compulsão incontrolável de queimar a capital (exterminado a oposição).
O próprio Hilter (já que o nome dele está sendo utilizado de forma tão inconseqüente) nos últimos dias da segunda guerra mundial impôs a política chamada “Verbrannte Erde” (“Terra Abrasada”, também chamado “decreto Nero”), decretando as tropas em processo de recuo a queima total da civilização. É graças ao renuncio corajoso de soldados ainda existe esperança. O ciclo incansável da história mundial se repete ad infinitum.
As comparações com “Hilter, Stalin e Bush” são altamente difamatórias e sinalizam o desejo ditatório se mascarando como “salvador da cultura” do país. Bravo! Que os Charlatãs da Cultura continuem suas estratégias, discursos, reuniões e cursinhos, pois todo império um dia acaba.
Posted by: Benjamin Baumann at abril 15, 2009 12:03 PM“O grito acusatório do culpado é o mais feroz” Sócrates
A polemica sobre as mudanças propostas na Lei Rouanet tem revelado de maneira cristalina o que está em jogo. O grito “A Lei Rouanet é Nossa!” expõe o desespero existencial de uma classe em extinção - a classe dos “consultores”, “especialistas”, “gerentes de projetos”, os “diretores de marketing”, os “captadores de recurso”, os “advogados” unicamente especializados nas leis de incentivo fiscais. Eles são os mensalistas da cultura, vivendo nas costas do artista, ganhando indevidamente dinheiro público.
Este período é um momento traumático para eles. Eles lutam com todas as forças para manter o Status Quo que favoreceu tanto á eles. Um Status Quo tomada por uma política cultural sem rumo, sem direção e sem visão, uma política movida pelo dinheiro e interesses financeiros. O investimento na cultura deste país é determinado por diretores de marketing, na maioria das vezes sem mínimo conhecimento de cultura e seus desdobramentos ou comitês que foram se educando pelo próprio sistema e se tornando tão viciado quando ele. E ainda lidamos com aquelas figuras sombrias que “representam” o artista.
Nenhuma empresa vai querer estimular cultura – para que? Por definição, a prioridade dela é outra. A preocupação dela é a vinculação da marca e seu projeto “social” (aliviando sua responsabilidade na integra) – e ainda de graça!
Dessa forma a política cultural está sendo executada sem critério de excelência artística e sem planejamento, criando assim um caos, algo efêmero, sem fundamento. A ausência de cultura.
Aplaudo de pé as mudanças propostas pelo Minc.
A revolta dos parasitas está sendo, e vai continuar sendo, bestial. Pressentindo que os dias deles estão contados, que a festa acabou, só sobrou a agressão e o ataque suicida.
A mentira mascarando a verdade: o perverso sermão dos defensores da Lei Rouanet.
Após a erupção de acusações lançadas ao Ministro da Cultura, culminando na comparação com Hitler, Stalin e Bush, (www.culturaemercado.com.br/post/o-juca-e-a-propria-lei/) a oposição à reformulação da Lei Rouanet continua com a campanha da distorção da realidade, questionando a integridade do Minc.
Parece-me que os proponentes dessas barbaridades (uma turma Paulista bem-articulada de “consultores” e advogados “especializados”) estudaram e aprenderam as táticas do Governo neoliberal Bush/Cheney que brilhou na propaganda difamatória e na concepção de mentiras mascarando a verdade: simplesmente a inversão total da realidade e a projeção máxima da mesma.
Basta lembrar dos “Clear Skies Act” (Ato do céu limpo), permitindo mais poluição industrial, “Healthy Forest initiative” (Iniciativa floresta saudável) permitindo mais desmatamento, EPA Clean Water Rules (regras para água limpa) permitindo a industria poluir a água potável com arsênico, etc.
A utilização e manipulação mais cínica e oportunista da mídia, do povo e da democracia podem ser visto na campanha “A lei Rouanet é Nossa!”, junto à perturbadora (ridícula) imagem de mãos de pessoas presas e sem saída – quando se sabe que 3% dos proponentes (concentrados no sudeste) ficam com 50% do dinheiro publico destinado para cultura (R$1 bilhão), e uma assustadora e execrável porcentagem deste dinheiro fica nas mãos dos advogados, captadores e consultores e outros parasitas da cultura Brasileira (aparentemente presos e sem saída se o sistema se tornar justo e democrático).
“Democracia se faz com Arte” e outros slogans banais e o uso sedutor e sórdido de palavras politicamente corretas como “liberdade”, “equidade para dialogo” e “interesse publico” são utilizados sem escrúpulo, virando assim mantras triviais: palavras vazias e sem sentido em um contexto onde poucos ganham tudo e a maioria fica com nada que reflete exatamente o quadro sócio-econômico do país.
A provocativa pergunta “Quem ganha com o fim da Lei Rouanet?” (www.culturaemercado.com.br/post/quem-ganha-com-o-fim-da-lei-rouanet/) que conclui, mais uma vez, com uma abominável declaração que o Ministro Juca Ferreira somente se beneficia com projeção na mídia, tem uma simples resposta: O artista e o povo Brasileiro.
Quem perde? Aqueles 3% que até agora abusaram do sistema.