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janeiro 21, 2009
Oficina de Pinhole com Leandro Pimentel no Ateliê da Imagem
26 a 29 de janeiro de 2009
Ateliê da Imagem
Av. Pasteur 453, Urca, Rio de Janeiro - RJ
21-25413314 | 22445660 | 25416930
www.ateliedaimagem.com.br
Horário: segunda-feira a quinta-feira, 15-18h
Paralelamente ao crescimento do processo fotográfico digital e ao incessante desenvolvimento tecnológico, ocorreu nos últimos anos um aumento significativo de experiências com modos de produção que investem na baixa tecnologia e no trabalho artesanal.
A construção de “câmeras de orifício”, as populares pinholes, está integrada nessa vertente da produção contemporânea que traça um caminho contrário ao da custosa corrida tecnológica que os fotógrafos digitalizados têm que acompanhar para se manterem atualizados.
A Semana da Pinhole no Ateliê da Imagem começa com uma oficina intensiva ministrada pelo fotógrafo Leandro Pimentel e pretende ser uma experiência que servirá tanto para o fotógrafo experiente, que poderá “descondicionar” o uso automatizado do seu equipamento, ampliando suas possibilidades criativas, quanto para quem não tem experiência alguma com fotografia. Este terá a oportunidade de compreender como funciona a milenar câmera obscura - utilizada desde antes do Renascimento auxiliando na confecção de gravuras, desenhos e pinturas – e explorar os princípios que regem o nascimento da imagem no interior da câmera fotográfica.
Como fechamento da Semana, o Projeto Sexta-livre terá como convidados a artista visual Ana Angélica Costa, que irá apresentar sua pesquisa com câmeras pinhole, e o professor Fábio Goveia, que abrirá a noite com um panorama dos usos da câmera de orifício hoje.
Ana Angélica Costa desenvolve desde 2002 uma pesquisa visual que envolve a produção de fotografias com câmeras sem lentes. Seu objetivo é a formação de imagens que incorporem a intervenção do acaso e que tragam uma ligação direta com o que está sendo fotografado sem, no entanto, serem a reprodução exata da sua manifestação visual. Nesse processo, a artista busca refletir sobre a possibilidade de uma imagem que questione os pressupostos da fotografia tradicional, como a instantaneidade, a reprodução do mundo visível e o automatismo.
Fábio Goveia produziu uma pesquisa inédita onde organiza um panorama da prática da pinhole no Brasil e no mundo. A partir desse estudo, percebe que essa forma lúdica de fotografar é levada a sério por muitos profissionais e artistas que, através dessa “brincadeira”, passam a revalorizar os mecanismos artesanais de captura de imagens. Fábio propõe que a utilização desse aparato despojado sugere um novo paradigma de visão que vai contra a corrente atual em que prolifera vertiginosamente a produção de fotografias e cria-se a incessante necessidade de busca pelas últimas novidades tecnológicas.