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setembro 12, 2008
Seminário Economia da Cultura em Artes Visuais no Memorial à República, Maceió
Seminário Economia da Cultura em Artes Visuais
Participantes: Caroline de Gusmão, Cleomar Rocha, Paulo Miguez, Ronaldo Bispo dos Santos, Vítor Ortiz
18 e 19 de setembro de 2008
Memorial à República
Av. da Paz, Jaraguá, Maceió - AL
82-3315-1915 / 1920 / 6551
Inscrições: adjunto@cultura.al.gov.br
Coordenação: Ana Glafira
Realização: Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas
Parceria: Ufal e Sebrae
Programação:
18 de setembro, quinta-feira, 9h
Abertura do Seminário
Secretário de Cultura do Estado de AL / Osvaldo Viégas;
Secretário Adjunto de Cultura do Estado de AL / Álvaro Otacílio de Araújo Vasconcellos Neto;
Magn. Reitora UFAL Profª Ana Dayse R. Dórea;
Dir. Sup. Sebrae Arq. Marcos Vieira ( 30’ )
9h30
O desenvolvimento cultural e o desenvolvimento econômico, o ambiental e o social nos âmbitos global e local
Ementa: Para alguns teóricos sobre o tema, a cultura é o quarto pilar do desenvolvimento. Seu alcance na era contemporânea extrapola antigas funções e, inclusive, o terreno do simbólico para se transformar numa dimensão ativa, real e onipresente na vida das sociedades. Seus reflexos alteram contextos antes consolidados sob a forma bruta dos resultados econômicos e, ao mesmo tempo, produzem resultados materiais ainda maiores no seu campo econômico específico. Tanto no âmbito mundial como no contexto local, tornou-se impossível pensar o desenvolvimento sem a abrangência possibilitada e a interferência inevitável do cultural.
Palestrante: Vítor Ortiz (RS)
Diretor da Bienal de Artes Visuais do Mercosul e diretor do Instituto Hominus, de Porto Alegre. Um dos responsáveis pela elaboração do documento Agenda 21 da Cultura, aprovado por mais de 700 cidades, estados e províncias de todo o mundo no Fórum de Autoridades Locais de Porto Alegre, em 2004, no marco do Fórum Universal das Culturas de Barcelona. Foi diretor do Centro de Programas Integrados da Funarte/Ministério da Cultura, onde coordenou as ações do Centro de Documentação, das Edições Funarte, de criação e implantação do Canal Funarte na internet e também o projeto das Câmaras Setoriais de Artes Visuais, Circo, Dança, Música e Teatro.
14h
Ações de fomento e desenvolvimento na Cadeia Produtiva das Artes Visuais (20')
Apresentação BNB
15h
Produção e Consumo Culturais na Contemporaneidade: a revolução na arte continua ( 30’ )
Ementa: Desde o texto seminal de Benjamin em torno da reprodutibilidade técnica, que já apontava para uma revolução no conceito de arte, a humanidade não para de criar novas formas de comunicação estética que dão lugar a novas possibilidades de produção e consumo culturais. Como se caracteriza esse fenômeno contemporaneamente? Qual o sentido da pergunta “o que é arte” hoje? Quais os novos circuitos da experiência estética? Esses alguns assuntos a serem abordados em minha palestra.
Palestrante: Prof. Dr. Ronaldo Bispo dos Santos (AL)
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professor adjunto do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas, Diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes da UFAL.
15h30
Cultura visual alagoana em trânsito: os jogos travados entre a identidade da tradição e as novas traduções da identidade.
Ementa: Sabe-se que num panorama global de discussões a respeito da arte enquanto fazer ampliado pela complexidade do sujeito pós-moderno, noções importantes sobre a imprescindibilidade do pensar/refletir antes do fazer criativo e sobre a colocação do artista como sujeito da reflexão crítica de um determinado contexto sócio-cultural são pontos já definidos no horizonte da chamada modernidade artística. Como contextos periféricos a esse desenvolvimento cultural lidam com esses valores? Quais são os jogos travados na contemporaneidade destas ambiências ditas periféricas a estabelecer novos rumos para a arte? Quais são os vetores de força existentes nos diálogos entre o local e o global? Como intercambiam-se as tradições do lugar com as ampliações –ou relativizações - identitárias da cultura impregnada pelo global? Quais as vantagens e/ou desvantagens estabelecidas por estas relações plurimodais e híbridas no presente dos fazeres da arte? Temos agentes a apontar novos rumos? Como?
Palestrante: Caroline de Gusmão (AL)
Arquiteta e urbanista formada pela UFAL, atual mestranda em Dinâmicas do Espaço Habitado. Desde 2000 atua na área de pesquisa, curadoria e docência relacionadas à teoria, crítica, história e estética das artes visuais. Foi pesquisadora-bolsista do CNPq, desenvolvendo projetos orientadas pela profa. Dra. (USP) Célia Campos, a saber, “Cultura Alagoana: a Questão da Visualidade Plástica em Maceió” e “Análise da Produção Plástica Contemporânea em Maceió”, de onde resultaram inúmeros artigos sobre a produção artístico-cultural contemporânea local publicados em periódicos locais. Foi professora substituta do departamento de arquitetura da UFAL e membro do Conselho Curatorial da Pinacoteca/ UFAL. Atualmente é docente do ensino superior na ESAMC e no Cesmac.
19 de setembro, sexta-feira, 9h
A economia das artes visuais (2h)
Ementa: Economia da cultura e economia das artes visuais. Atores, instituições e mercados. Políticas culturais e a economia das artes visuais.
Palestrante: Prof. Dr. Paulo Miguez (BA)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Pesquisador na área de Políticas Culturais.
14h
Arte e Economia: processos de valoração dos produtos artísticos e o papel do Estado (2h)
Ementa: Desde o Renascimento a Arte como atividade econômica passou por várias mudanças, sendo o fundamento de ordem subjetiva, nas proposições de validação, valoração e avaliação, o mote principal, e não poderia ser de outra forma. O produto artístico, como elemento vendável, diz de uma materialidade sujeita ao pertencimento, e não exatamente situada nas sensações estéticas, estas de fundo individual e pragmática. De outro modo, e até por isto, o papel de Mecenas é hoje atribuído a órgãos diversos, seja na figura de curadores, galeristas, instituições culturais e mesmo do Estado, responsável, em última instância, pelo fomento, proteção e divulgação da cultura. Objetivamente as ações que podem garantir esta função está enevoada, envolta em uma problemática que inclui interesses, descasos e traços subjetivos da nossa época. Haverá um caminho?
Palestrante: Prof. Dr. Cleomar Rocha
Pós-doutorando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP), Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA), Mestre em Arte e Tecnologia da Imagem (UnB), professor do Programa de Pós-graduação em Cultural Visual da UFG, gerente de Metodologia e Projetos da Power.com, membro da diretoria da ANPAP - Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas.