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março 5, 2008
Seminários Semestrais de Curadoria: Conferência de Paulo Herkenhoff na FASM, São Paulo
Seminários Semestrais de Curadoria
Conferência de Paulo Herkenhoff
12 de março, quarta-feira, 14h30-18h30
Faculdade Santa Marcelina - Sala 207
Rua Dr. Emilio Ribas 89, Edifício Monsenhor Biraghi, 3º andar, sala 332, Perdizes, São Paulo - SP
11-3824 5800/5808 ou pos-graduacao@fasm.edu.br
www.fasm.edu.br
Organização: Lisette Lagnado
Programação
14h30
Lisette Lagnado: As tarefas do curador
15h
Conferência
Paulo Herkenhoff: Bienal da Antropofagia: 10 ANOS (1998-2008)
17h30
Debate
Um encontro com o curador Paulo Herkenhoff dá início ao projeto Seminário Semestral de Curadoria, organizado pela Profa Dra Lisette Lagnado, com o objetivo de construir, aos poucos, um horizonte conceitual para a teoria e prática curatorial no Brasil, dentro do âmbito acadêmico. Os dez anos da XXIV Bienal de São Paulo, conhecida como a Bienal da Antropofagia, são o tema da primeira conferência, que ocorre quarta-feira, dia 12 de março, das 14h30 às 18h30. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.
A fim de compreender o que é a tarefa do curador à frente de uma das maiores mostras internacionais do mundo, é importante fazer uma revisão desse último período, entre 1998-2008, até para verificar que a Bienal de SP, voltada para a Antropofagia, é considerada por especialistas a edição que mudou os paradigmas da crítica brasileira no plano internacional, enquanto foi recebida com críticas negativas no país.
Segundo Lagnado, que fará a mediação, a atividade do curador não é suficientemente levada a sério, o que tem contribuído para um “sentimento híbrido entre o preconceito e a banalização de um saber que tem especificidades críticas”.
Lisette Lagnado, autora de Leonilson - São Tantas as Verdades, foi curadora-geral da 27ª Bienal de São Paulo, intitulada “Como Viver Junto”.
O Seminário com Paulo Herkenhoff é o assunto do dossiê de março da revista eletrônica TRÓPICO (www.uol.com.br/tropico), editado por Alcino Leite Neto, Esther Hamburger e Lisette Lagnado.
A Faculdade Santa Marcelina já vinha atuando no reconhecimento do desenvolvimento da pesquisa multidisciplinar, que caracteriza as práticas artísticas contemporâneas. A etapa atual testemunha um esforço voltado para a abertura de frentes de discussão e ampliação do recinto acadêmico nas principais questões da cultura produzidas hoje.
Alguns tópicos da conferência de Paulo Herkenhoff
A Bienal da Antropofagia: 10 anos (1998-2008) - A experiência da XXIV Bienal de São Paulo: a prevalência da noção de conceito (Antropofagia e canibalismo) sobre a noção de tema. O objetivo de discutir uma questão da arte brasileira como caminho de um diálogo do sistema internacional. Avaliação de resultados: o reconhecimento do conceito de antropofagia.
Estratégias curatoriais: contaminação (diálogo e lugar da arte brasileira e a arte ocidental), estratégias de localização (confrontos visuais e percursos), o centro como vazio (e o mundo sem centro) e outros. A montagem da XXIV Bienal e montagens no MoMA e na Tate. Conceitos espaciais para a arquitetura da montagem. A exposição: resultados e frustrações. O arco editorial e seus leitores: catálogos e academia, textos de parede e visitante médio. O projeto educacional: metodologia, materiais, a escola pública e o objetivo social da inclusão social. Algumas leituras da Bienal: em São Paulo, no Brasil e no exterior. Avaliação da XXIV Bienal: 1998/2008.
Paulo Herkenhoff (1949) é Mestre em Jurisprudência Comparativa pela New York University, Nova York (1975). Reside no Rio de Janeiro Posições ocupadas Diretor do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (2003/2006); Curador Adjunto do MoMA de Nova York (1999/2002); Curador da XXIV Bienal de SP (1997/98); Curador Fundação Eva Klabin Rapaport (1995/97); Assessor Presidência Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro (1991/93), Curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1985/1990) e Diretor Instituto Nacional de Artes Plásticas, (1983/1985).