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março 31, 2016
Sandra Cinto na Triângulo, São Paulo
Sandra Cinto cria ponte e fala sobre a água em exposição que inaugura nova sede da Casa Triângulo
Casa Triângulo tem o prazer de apresentar Acaso e Necessidade, exposição individual de Sandra Cinto, que inaugura o novo espaço da galeria, agora no Jardins, com projeto da Metro Arquitetos Associados. A exposição também celebra 25 anos de parceria da artista com a galeria.
Acaso e Necessidade, título extraído de um pensamento Zen Budista, apresenta nova série de trabalhos, fruto de um período de 60 dias no Japão, a convite do Aomori Contemporary Art Centre, onde a artista aprofundou sua pesquisa sobre a arte oriental e sua influência no Ocidente.
A instalação, composta por duas telas panorâmicas e uma escultura em grande escala, foi pensada especialmente para dialogar com a arquitetura. Na sala anexa, serão apresentados os desenhos produzidos no Japão que deram origem à série.
A água, elemento recorrente na obra da artista, surge em telas monumentais, não apenas como metáfora de naufrágios da sociedade contemporânea, mas como elemento simbólico de renovação, transformação e movimento.
Inserida no processo de criação dos desenhos, a água escorre ao acaso pela superfície das telas e papéis e registra o incontrolável, o imprevisível. O desenho aparece em contraponto à mancha, como necessidade de expressão e manifestação do pensamento, transformando o campo compositivo numa grande paisagem, organizada em dois tempos: a fluidez da água e a lentidão do fazer com traços finos e contínuos.
A escultura posicionada no centro da sala é a peça fundamental na concepção da exposição: uma ponte, símbolo de passagem e transitoriedade, tem em suas extremidades objetos que sugerem uma reflexão sobre a infância, idade adulta e o envelhecer.
Atualmente, a artista realiza individual no USF Contemporary Art Museum/Flórida, com curadoria de Noel Smith. Em junho de 2016, instalará uma obra permanente em uma escola pública na cidade de Nova York, selecionada pelo projeto Percent for Art.
A artista também está desenvolvendo um projeto para o Centro de Arte Contemporânea de Cincinnati e participará de exposições na Espanha, Holanda, Estados Unidos, entre outros. Em 2015, sua obra Partitura foi adquirida pelo MoMA de Nova York.
O Muro: Rever o Rumo na Central, São Paulo
Sob nova direção, Central Galeria abre coletiva que expõe diferentes olhares sobre a cidade
Inaugurada em novembro de 2010 por Wagner Lungov, a Central Galeria muda de rumo sob a direção de Daniel de Lavor e Fernanda Resstom. Para marcar essa nova fase, a galeria promove a partir de 30 de março, às 18h, uma reinauguração com a exposição O muro: rever o rumo, apresentando trabalhos de 15 artistas de destaque no cenário nacional.
A mostra conta com obras de artistas que procuram em suas poéticas debater, investigar e problematizar nossa relação com a cidade, seja por meio de intervenções que ampliam nossa percepção diante da arquitetura ou de operações que revelam os códigos e interditos que tornam os espaços públicos, possíveis lugares de liberdade, cada vez mais em zonas de controle.
Seja na observação e uso dos materiais próprios da construção, nos deslocamentos de sua percepção ou na denúncia das estruturas de poder que formatam seus usos, a experiência do espaço é revista e desdobrada pelos artistas Alice Quaresma, Amalia Giacomini, Antonio Lee, associação massa falida, Carla Chaim, Carolina Martinez, Estela Sokol, Flavia Mielnik, Felipe Seixas, Gabriela Mureb, Gisele Camargo, Laura Gorski, Jaime Lauriano, Raphael Escobar e Tiago Mestre.
O hall de entrada da galeria, agora sempre de portas abertas, ganha parceria com o Fonte - espaço de ateliês e programa de residência coordenado pelos artistas Marcelo Amorim, Nino Cais e Simone Moraes - que agora ocupa o segundo andar do edifício. Focado exclusivamente na linguagem do vídeo, o programa “Vídeo de hoje” inaugura com uma retrospectiva do longevo projeto Exquisite Corpse da artista Kika Nicolela. Partindo da vontade de tornar o espaço mais convidativo e assim se conectar diretamente com a rua, com seus transeuntes e com a cidade, essa é apenas uma das dinâmicas que pretendem marcar essa nova fase da Central Galeria, que também repensa seus muros e seus rumos.
março 30, 2016
Cao Guimarães na Nara Roesler, New York
Temos o prazer de apresentar a primeira exposição individual de Cao Guimarães em Nova York, no espaço recém-inaugurado pela Galeria Nara Roesler na cidade.
A exposição terá curadoria de Moacir dos Anjos, editor da primeira monografia sobre Guimarães, Cao (publicada pela APC em parceria com a Cosac Naify em novembro de 2015) e curador da retrospectiva do artista realizada no Itau Cultural em 2014.
A exposição no novo espaço da galeria será composta por 8 filmes raramente exibidos de Guimarães, com ênfase num conjunto de trabalhos sobre crianças e idosos. As 8 obras foram filmadas em materiais e formatos diversos. Nesses trabalhos, o artista afirma que a idade adulta não existe e que é só um período cheio de memórias do que passou e expectativas acerca do que está por vir. Ao contrário da idade adulta, a infância e a velhice estão livres da obsessão com a passagem cronológica do tempo. Guimarães opta por capturar esses dois períodos da vida das pessoas nesta seleção de filmes. Criados em diferentes períodos, todos esses filmes apresentam narrativas incompletas, não concluídas, e deixam a cargo o espectador imaginar os possíveis desdobramentos com base em suas próprias histórias de vida únicas.
Filmes como Da janela do meu quarto (2004) e Peiote (2007) retratam a infância como o tempo em que se ignoram as normas e os limites que regem os corpos no mundo adulto. Situações de desregramento de condutas e de incerteza de procedimentos que sugerem a infância como um período de vida em que todos os futuros são possíveis. Por outro lado, em filmes como Reza (2016) e Lero lero (2016), o foco do artista se dirige para aqueles que já atravessaram muitas décadas de vida. Para aqueles que certamente abandonaram alguns dos planos que tiveram um dia, e que lançam sua atenção para cada momento de vida que ainda desfrutam.
Paralelamente à exposição, a Galeria Nara Roesler e o Cinema Tropical lançarão um livro e exibirão o mais recente longa-metragem do artista, O Homem das Multidões (2013, 95´00´´), além de apresentar diversos curtas de sua autoria.
Considerado um dos mais produtivos artistas contemporâneos brasileiros, Cao Guimarães trabalha na interseção entre o cinema e as artes visuais. O artista produz filmes desde o final da década de 80 e seu trabalho está representado nas coleções de instituições respeitadas, como Tate Modern (Reino Unido), MoMA e Guggenheim Museum (EUA), Fondation Cartier (França), Colección Jumex (México), Inhotim (Brasil), Museo Thyssen-Bornemisza (Espanha) e outras. Guimarães participou de exposições importantes, como a XXV e a XXVII Bienais de São Paulo, no Brasil; Bienal Insite de 2005, no México; Cruzamentos: Contemporary Art in Brazil, nos EUA; Tropicália: The 60s in Brazil, na Áustria; Programa de Filmes da 11ª Bienal de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos; e Ver é Uma Fábula, no Brasil, uma retrospectiva abrangente, apresentando a maior parte das obras do artista, realizada no Itaú Cultural, no Brasil.
Guimarães é autor de 9 longas-metragens: O Homem das Multidões (2013), Otto (2012), Elvira Lorelay Alma de Dragón (2012), Ex It (2010), Andarilho (2007), Acidente (2006), A Alma do Osso (2004), Rua de Mão Dupla (2002) e O Fim do Sem Fim (2001).
Cao Guimarães foi convidado a exibir seus filmes em importantes festivais internacionais de cinema, entre eles Cannes, Locarno, Sundance, Veneza, Roterdã e Berlim. Em 2011, o MoMA sediou uma retrospectiva de seus filmes e em 2014, o BAFICI, em Buenos Aires, e a Cinemateca do México também realizaram retrospectivas de seu trabalho. Cao Guimarães nasceu em 1965 em Belo Horizonte, onde vive e trabalha, e é representado pela Galeria Nara Roesler desde 2002.
Moacir dos Anjos é pesquisador sênior e curador da Fundação Joaquim Nabuco e ex-diretor do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), no Recife (2001-2006). Moacir foi pesquisador visitante no centro de pesquisas TrAIN, na University of the Arts, em Londres (2008-2009), e foi curador do Pavilhão Brasileiro na 54ª Bienal de Veneza (2011), da 29ª Bienal de São Paulo (2010) e das exposições coletivas Cães sem Plumas (2014, MAMAM) e A queda do Céu (2015, Paço das Artes, São Paulo). Publicou os livros Local/Global: arte em trânsito (2005), ArteBra Crítica (2010) e Política da Arte (2014), entre outros. Foi editor convidado dos livros Pertença. Caderno_SESC_Videobrasil 8 (SESC/Videobrasil, 2012).
A Cinema Tropical é uma organização sem fins lucrativos sediada em Nova York e dedicada a exibir, promover e distribuir obras do Cinema Latino-Americano nos Estados Unidos.
A Cinema Tropical utiliza plataformas híbridas, atuando com organizações de mídia, instituições culturais, consulados, distribuidoras, cineastas e festivais, criando oportunidades e buscando sinergias para maximizar a exposição do Cinema Latino-Americano nos EUA durante todo o ano. A Cinema Tropical já colaborou com as programações de instituições como MoMA, Film at Lincoln Center, MoMI, Carnegie Hall, BAM, Museum of Fine Arts Boston, Guggenheim, TriBeCa Film Festival, IFC Theaters e Film Forum, e lançou produções em salas de cinema e outros locais, incluindo Film Forum, 92YTribeca, IFC e MoMA, além de trabalhar com companhias de distribuição norte-americanas de pequeno e grande porte como Weinstein, Focus, Sony , IFC, Oscilloscope, Kino Lorber e Cinema Guild.
março 10, 2016
Maria-Carmen Perlingeiro na Multiarte, Fortaleza
AGENDA CE Hoje 10/03 às 19h Maria-Carmen Perlingeiro @ Multiarte >>> A mostra reúne as séries mais significativas de sua...
Publicado por Canal Contemporâneo em Quinta, 10 de março de 2016
Maria-Carmen faz parte de uma geração de artistas profundamente comprometida com o seu trabalho. Estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e na École Supérieure d’Art Visuel, em Genebra, na Suíça.
A escultura não foi um acidente na sua trajetória, ao visitar o ateliê de Sergio Camargo (1930-1990) em Carrara, na Itália, apaixonou-se pelo mármore e, logo em seguida, descobriu o alabastro.
Maria-Carmen Perlingeiro, Galeria Multiarte, Fortaleza, CE - 11/03/2016 a 09/04/2016
Ao longo de sua carreira artística participou de inúmeras exposições, individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Sua individual mais recente – Luz de pedra foi apresentada em 2012, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, curadoria de Cristina Burlamaqui, acompanhada de catálogo, com texto do historiador de arte francês Pierre Daix. Segundo o autor: “Pelo título de sua exposição, Luz de pedra, Maria-Carmen Perlingeiro já afirma que, a seu ver, esculpir é não apenas criar um objeto tridimensional, carregado de sentido e beleza, mas também uma irradiação que se desprende desse objeto, ou de sua multiplicação, e que altera a luz do ambiente. Que o arranca daquilo que esperávamos ver. Dessa forma, em pleno século XXI, a artista mantém uma tradição e, ao mesmo tempo, renova os primeiros traços das esculturas, das montagens em três dimensões que chegaram até nós como o crânio de urso disposto na Gruta de Chauvet sobre blocos de pedras, dos quais se eleva um plano horizontal, uma base em que ele se destaca, adquirindo o valor de uma peça religiosa”.
Serão apresentadas na Galeria Multiarte, as séries mais significativas de sua produção:
- Cadernos de alabastro: placas desenhadas com ouro sobre a pedra como se fosse folha de papel;
- Recto verso ou um fragmento e duas figuras: uma série bem-humorada de esculturas de pedra que representam objetos do cotidiano em frente e verso;
- Piercings: esculturas de parede, extremamente leves, com folhas de ouro;
- Livros: esculpidos empilhados, de forma desordenada;
- A bela e a fera: uma instigante instalação com pedra e pele de cabra;
- Objetos flutuantes: instalação com dezenas de esculturas suspensas.
Além do catálogo, editado especialmente para a exposição, no dia 9 de março, um dia antes da abertura oficial da mostra, será promovido um encontro com o crítico Franklin Pedroso, Maria Carmen e o público para diálogos sobre o processo criativo da artista. A inscrição pode ser feita através dos telefones da Multiarte.
CRONOLOGIA
1971 - Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro
1973 - ÉcoleSupérieure d’ArtVisuel (Diploma de graduação) Genebra
1982 - PrattInstitute (Escultura) Nova York
1983 - ArtStudent’sLeague (Escultura) Nova York
Principais Exposições individuais
1978 - Letras, Galeria da Aliança Francesa, Rio de Janeiro
1979 - N Operações, Galeria do Centro Cultural Candido Mendes, Rio de Janeiro (Projeto com Rute
Gusmão)
1980 - Si-la-box, Galeria César Aché, Rio de Janeiro
1981 - Ici-là-ailleurs, Galerie Bernard Letu, Genebra
1982 - Bicho de sete cabeças, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro (Projeto ABC-Funarte)
1991 - Sculptures, Château de Villa, Sierre, Suiça
1992 - Sculptures, Galerie Ruine, Genebra
1993 - Esculturas, Galeria Goudard, Rio de Janeiro
1994 - Esculturas, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
1996 - Petitsmensonges, Galerie Rosa Turetsky, Genebra
-Águas vivas, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
1999 - Esculturas reto/verso, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Gabinete de Arte Raquel
Arnaud, São Paulo
2001 - Hauts-reliefs, Galerie Charlotte Moser, Genebra
2002 - Alabastros, HAP Galeria, Rio de Janeiro
2006 - Obras recentes 2005-2002, Paço Imperial, Rio de Janeiro
2007 - Eclipses, Museu da Chácara do Céu, Rio de Janeiro
- Histoires de peaux, Simon StuderArt, Genebra
- Aquatiques, Livraria Archigraphy, Genebra
- Alabastros, Espace Topographie de l’Art, Paris
- Aquáticas, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
2008 - Sculptures, Artrium, Genebra
- Alasbastri, Scantinatidella Pinacoteca CivicadiVolterra
2010 - Sculptures, Centre de Bien-Être -SPA, Lausanne
2012 - Luz de pedra, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
2013 - Art Genève, Simon Studer Art, Genebra
- Luz de pedra, Galeria Raquel Arnaud,
- Cinéticos e Construtivos, Galeria Carbono, São Paulo
- Luz de pedra, Galeria Raquel Arnaud, São Paulo
- Mul.ti.plo Espaço Arte, Rio de Janeiro
- Luz de pedra EMCB, Rio de Janeiro
- 2014 Luz de pedra, Simon StuderArt, Genebra
- 2015 Esculturas, Fundação Brasilea, Basileia