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julho 30, 2015
Laura Lima na Luisa Strina, São Paulo
AGENDA SP Hoje 04/08 às 19h @ Luisa Strina: Alessandro Balteo Yazbeck + Laura Lima http://bit.ly/L-Strina_A-B-Yazbeck http://bit.ly/L-Strina_LauraLima
Posted by Canal Contemporâneo on Segunda, 3 de agosto de 2015
A Galeria Luisa Strina tem o prazer de apresentar Ágrafo, a segunda exposição da artista brasileira Laura Lima, seis anos depois de mostrar seu trabalho pela primeira vez na galeria.
Desde os anos 90, Laura Lima apresenta sua obra utilizando seres vivos (humanos, animais ou plantas) como matéria, construindo relações inesperadas com o espaço e a arquitetura. O que gera desafiar conceitos convenientes dentro do vocabulário da arte como a performance ou instalação, por exemplo. A maneira como as formas de comportamento humano reagem à complexidade das relações sociais também é objeto de fascinação da artista, provocando um contínuo exercício em construir um glossário próprio dentro da obra.
Nesta exposição, a artista realiza trabalho inédito, Ágrafo, aquele sem grafia, o não escrito. Obras cuidadosamente construídas e então embaladas com amarrações especiais geram um enigma sobre seu conteúdo, tornando aquilo que está dentro inacessível. Logo que embaladas, a artista dispõe as obras à presença de gatos, deixando com que estas sejam arranhadas pelos animais. Uma semana antes da abertura na Galeria Luisa Strina, as obras já estão à disposição dos animais que são levados a visitar a galeria.
Exposições individuais recentes incluem: The Naked Magician, National Gallery of Denmark, Copenhagen (2015); El Mago Desnudo, Museo de Arte Moderno de Buenos Aires (2015); Bonnierskonsthall, Estocolmo (2014); The Fifth Floor, Bonnefantenmuseum, Maastricht (2014); Bar Restaurant, Migros Museum für Gegenwartskunst, Zurique (2013); Por amor a la disidencia, Museo Universitario Arte Contemporáneo, Cidade do México (2013); Casa França Brasil, Rio de Janeiro (2011).
Laura Lima também participou recentemente das exposição coletivas: Encruzilhada, Parque Lage, Rio de Janeiro (2015); 140 Caracteres, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2014); Circuitos Cruzados – Centre Pompidou meets MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2013); 12 Rooms, Ruhrtriennale, Essen (2012); 11a Bienal de Lyon (2011). Em 2014, a artista ganhou o BACA, Bonnefanten Award for Contemporary Art, o mais prestigioso prêmio holandês dado a um artista internacional.
Seu trabalho faz parte das coleções do Museu de Arte Moderna de São Paulo; Instituto Inhotim, Brumadinho; Bonniers Konsthall, Estocolmo; Migros Museum für Gegenwartskunst, Zurique, entre outros.
Alessandro Balteo Yazbeck na Luisa Strina, São Paulo
A Galeria Luisa Strina tem o prazer de apresentar Eames-Derivative, (versão pequena), uma instalação do artista venezuelano Alessandro Balteo Yazbeck. Esta é a segunda exposição individual do artista, que atualmente vive em Berlim, a ser realizada na galeria.
As instalações de Balteo Yazbeck, que misturam diversas mídias, exploram os efeitos das estratégias de propaganda governamental e diplomacia cultural. Valendo-se de uma infinidade de fontes, ele embarca em uma espécie de deriva mapeada em escala global para instigar segredos públicos enredados e contextualizá-los no momento contemporâneo.
O aparato ideológico do Estado opera por vias misteriosas. Por vezes, isso fica manifesto, como quando Charles e Ray Eames foram encarregados de produzir o filme Glimpses of the USA [Relances dos EUA] para o primeiro intercâmbio cultural entre EUA e URSS em 1959. Projetado em sete telas em uma cúpula geodésica projetada por Buckminster Fuller, o filme retratava “um dia na vida dos Estados Unidos”. Automóveis, uma urbanidade cintilante, vistas naturais de tirar o fôlego, subúrbios e famílias adoráveis: mesmo pintando um retrato amigável da humanidade americana, acabava funcionando como uma ode tautológica ao poderio daquela nação. Ao final, os loops de formato floral dos trevos de estradas cedem lugar a cáusticos e derradeiros buquês de miosótis [forget-me-nots]. Era uma mensagem aterrorizante para a URSS, apesar de certa abertura amigável, talvez trabalhando para amenizar o fato de que cada um dos países tinha milhares de mísseis nucleares apontando para o outro.
Depois, a IBM – empresa americana por excelência – encomendaria aos Eames que produzissem Computer House of Cards [Computador House of Cards] para seu pavilhão na Feira Mundial de 1970, em Osaka. Tratava-se de uma continuação à colaboração de longa data entre a IBM e os Eames, que teve início em 1957. Também nesse caso havia uma diplomacia velada, desta vez com o objetivo manifesto de promover uma imagem positiva dos computadores e estabelecer as bases para a onipresença da tecnologia digital. A instalação Eames-Derivative, feita por Balteo Yazbeck em colaboração com a historiadora da arte Media Farzin, faz referência a isso, exibindo releituras das cartas com encaixes, cujas imagens se tornaram obsoletas. Elas são pareadas com uma cronologia da ascensão e queda do padrão-ouro do sistema monetário, entrelaçadas com a crescente adoção de computadores por parte de bancos nas transações financeiras mundiais e as colaborações dos Eames com a IBM e o Departamento de Estados dos EUA. O resultado é um castelo de cartas escultural – que é ao mesmo tempo testemunho da atual hegemonia do complexo militar-industrial dos EUA, como também lembrete da fragilidade do sistema financeiro global que o sustenta.
Exposições recentes incluem: Diplomatic Entanglements (solo), Rochester Art Center – Minnesota (2015); New Territories, Museum of Art and Design, Nova York (2014-2015); Beyond the Supersquare, Bronx Museum of the Arts, Nova York (2014); 12 Cuenca Biennale, Cuenca, Equador (2013); Liquid Assets: In the Aftermath of the Transformation of Money , Steirischer Herbst, Graz, Áustria; Order, Chaos, and the Space between: Contemporary Latin American Art from the Diane and Bruce Halle Collection, Phoenix Art Museum – Arizona; When Attitudes Became Form Become Attitudes, Museum of Contemporary Art, Detroit (2013) e CCA Wattis Institute, São Francisco (2012); Liberalis, Lütze-Museum e Galerie der Stadt Sindelfingen, Alemanha; 12a Bienal Internacional de Istambul (2010); Then & Now: Abstraction in Latin American art, 1950 to Present, Deutsche Bank, Nova York; 31o Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2009).
Seu trabalho está presente nas seguintes coleções: Tate, Londres; the Harvard Art Museum, Cambridge; Phoenix Art Museum, Arizona; The Bronx Museum of the Arts and El Museo del Barrio, Nova York; Museu de Arte Moderna de São Paulo; e em grandes coleções privadas como Colección Patricia Phelps de Cisneros, Nova York; Kadist Art Foundation, São Francisco; Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami; Die Mobiliar Collection, Zürich, Suíça; Coleção Teixeira de Freitas, Lisboa; Colección Charpenel, Guadalajara, México e Colección Banco Mercantil, Caracas.
julho 29, 2015
APC e Cosac Naify: lançamento do livro de Cao Guimarães no Pivô, São Paulo
Publicado pela Associação para o Patronato Contemporâneo – APC em parceria com a Cosac Naify, CAO oferece um percurso afetivo e intimista pela trajetória de Cao Guimarães, no ano em que o artista e cineasta comemora seu 50º aniversário
A Associação para o Patronato Contemporâneo – APC, em mais uma parceria de edição com a Cosac Naify, lança CAO, resultado de projeto realizado via Lei de Incentivo à Cultura com o apoio do Ministério da Cultura do Governo Federal do Brasil e patrocínio do Itaú. O livro oferece uma retrospectiva sobre a carreira de Cao Guimarães no ano de seu 50º aniversário. O artista e cineasta mineiro pesquisou seus arquivos durante um ano para fazer o percurso afetivo e intimista que permeia as 336 páginas do volume.
O que faz de CAO um desdobramento do universo poético de seu autor/personagem é a apresentação orgânica do material selecionado minuciosamente pelo artista e por Murilo Godoy no projeto gráfico de Elaine Ramos. Com as fotos e frames de seus filmes ocupando a totalidade da maioria das páginas, o tom confessional e despretensioso do conjunto são perceptíveis nos textos escritos pelo próprio Cao Guimarães, que desvendam histórias pessoais e contam como o artista ingressou no mundo da imagem.
Dessa forma, CAO é uma história imagética pontuada por textos que, antes de soarem didáticos, permitem novas camadas de compreensão sobre uma trajetória artística em que o registro de elementos visuais – não raro ignorados cotidianamente – sai de seu anonimato para evidenciar a passagem do tempo e, com ela, a efemeridade e a poesia que a vida traz nos detalhes.
Para incluir a apresentação das obras sem romper com a fluência narrativa das imagens, Moacir dos Anjos foi o crítico selecionado para escrever um glossário em que cada verbete desvenda pequenas histórias por detrás da concepção de várias obras presentes no volume, além de curiosidades sobre o próprio artista.
Registros de bastidores entremeados por frames e textos que narram momentos específicos dos filmes do artista, materiais inéditos que ganham novas leituras e imagens mais conhecidas completam o material. CAO é mais do que um livro sobre a trajetória de Cao Guimarães: é a exposição do processo errático e poético de constituição da memória em sua ação contra o tempo, que passa inevitavelmente.
Cao Guimarães nasceu em 1965 em Belo Horizonte, onde vive e trabalha. Participou das 25ª e 27ª edições da Bienal de São Paulo, Brasil (2002 e 2006); da 8ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, Brasil (2011); da 6ª Bienal de Montreal, Canadá (2009); e da Bienal de Arquitetura e Urbanismo de Shenzhen, China (2011). Sua obra está representada internacionalmente em museus e coleções privadas, incluindo: Fondation Cartier Pour L’art Contemporain, Paris, França; Tate Modern, Londres, Inglaterra; Walker Art Center, Minneapolis, EUA; Guggenheim Museum, Nova York, EUA; Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; MoMA, Nova York, EUA; San Francisco Museum of Modern Art, San Franciso, EUA; Instituto Cultural Inhotim, Brumadinho, Brasil; entre outros.
Ficha técnica
Concepção, pesquisa e edição de imagens: Cao Guimarães e Murilo Godoy
Textos: Cao Guimarães e Moacir dos Anjos
Coordenação geral: Mariana Dupas
Coordenação editorial: Ana Carolina Ramos
Produção executiva: Thays Salva
Assistente de produção: Bárbara Ariola
Preparação: Mariana Delfini
Revisão: Livia Lima e Cristina Yamazaki
Tradução (versão inglês): Barbara Wagner Mastrobuono
Projeto gráfico: Elaine Ramos
Produção gráfica: Aline Valli
Projeto executado com Lei de Incentivo à Cultura
Apoio: Galeria Nara Roesler
Patrocínio: Itaú
Edição: APC e Cosac Naify
Realização: Ministério da Cultura do Governo Federal do Brasil
Sobre a APC
A Associação para o Patronato Contemporâneo – APC é uma entidade sem fins lucrativos concebida e fundada em 2011 para promover a cultura no âmbito da Arte Contemporânea, colaborando para seu desenvolvimento e sua difusão no Brasil e no exterior. A APC elabora e executa projetos que promovem a valorização do patrimônio artístico e cultural contemporâneo, incentivando a pesquisa, a educação e a democratização do acesso à cultura. Propósito que se efetiva por meio de linhas específicas de atuação, tais como Publicações, Exposições, Consultorias e Produções Culturais, entre outros. A APC estabelece parcerias estratégicas com demais pessoas e entidades, públicas e privadas, no processo de edição de suas publicações, realização de curadorias, organização de programas culturais específicos e de residência artística e criação de espaços para o debate sobre arte e cultura via palestras, seminários, congressos etc. Todos os projetos são administrados pela associação desde sua fase inicial de elaboração, captação de recursos e produção até a divulgação e/ou distribuição final. Para tanto, a APC é mantida por diversos recursos, dentre eles doações e verbas obtidas por meio de editais e leis de incentivo fiscal.
Abraham Palatnik na Nara Roesler, São Paulo
AGENDA SP Hoje 01/08 às 11-15h @ Nara Roesler: Abraham Palatnik, curadoria de Fernando Cocchiarale, com Abraham Palatnik, Almir Mavignier, Ivan Serpa e Julio Le Parc http://bit.ly/N-Roesler-SP_A-Palatnik
Posted by Canal Contemporâneo on Sábado, 1 de agosto de 2015
Pioneiro da abstração geométrica e da arte cinética no Brasil, Abraham Palatnik ganha mostra em SP de sua produção recente em perspectiva com obras suas e de artistas com que ele conviveu no início de sua trajetória, no final da década de 1940
Abraham Palatnik dispensa apresentações. Pioneiro da abstração geométrica e da arte cinética no Brasil, o artista tem sua produção recente de pinturas e relevos das séries W e Relevo Progessivo, vista em perspectiva com obras suas e de artistas correlatos de seu tempo, como Almir Mavignier, Julio Le Parc e Ivan Serpa. É a mostra Abraham Palatnik, com curadoria de Fernando Cocchiarale, que a Galeria Nara Roesler apresenta entre 1 de agosto e 12 de setembro em sua sede paulistana.
Cocchiarale partiu da premissa definida por Giulio Carlo Argan e Maurizio Fagiolo no Guia de História da Arte: “ Em todas as épocas históricas o juízo de valor sobre as obras de arte foi formulado mais ou menos explicitamente, mas em cada época foi formulado segundo parâmetros diversos. (...) Para a nossa cultura, que se baseia na ciência e considera a história a ciência que estuda as ações humanas, o parâmetro de juízo é a história. Uma obra é vista como obra de arte quando têm importância na história da arte e contribuiu para a formação e desenvolvimento de uma cultura artística. Enfim: o juízo que reconhece a qualidade artística de uma obra, dela reconhece ao mesmo tempo sua historicidade.”
Ou seja, perceber a qualidade artística de Palatnik é observar os processos que levaram sua obra ao reconhecimento dentro de sua época, permitindo que hoje ela seja incontestavelmente considerada de fundamental importância dentro da trajetória da arte no Brasil e no mundo. Nas palavras de Cocchiarale, "a importância de Abraham Palatnik (e a de outros artistas Abstrato-concretos brasileiros que, como ele, surgiram no pós-guerra) funda-se precisamente em sua inegável contribuição “para a formação e desenvolvimento de uma cultura artística” brasileira efetivamente moderna. Tal virada não figurativa, vital para parte dos desdobramentos futuros da produção visual brasileira, tornou-se um divisor histórico entre o modernismo figurativo da primeira metade do século XIX e a ruptura representada pelo surgimento e consolidação da arte abstrata e concreta entre 1948 e a década de 1960".
Dois aspectos da produção de Palatnik são a chave para essa compreensão: o pioneirismo na opção pela abstração geométrica, que deu início ao concretismo; e a pesquisa cinética que o colocou na linha de frente dessa vertente não só em termos regionais, mas internacionais.
A escolha pela geometria aconteceu pela apropriação por parte de Palatnik e de alguns de seus contemporâneos, como Ivan Serpa e Mavignier, das teorias de Mario Pedrosa que incorporavam ideias da Gestalt, ou a psicologia da forma alemã. Para ela, os conteúdos expressos na obra de arte não derivavam da similaridade da forma com os contornos da natureza, como no figurativismo, mas eram fruto da forma em si. Esse foi o pontapé inicial para aquele que se tornaria um dos maiores referenciais da arte brasileira no mundo todo, o concretismo, do qual Palatnik tomou parte desde seu início. As obras de Ivan Serpa e Almir Mavignier formam uma ideia mais ampla do panorama concretista em que Palatnik estava inserido.
Por sua formação híbrida em arte e engenharia mecânica, Palatnik foi capaz de vislumbrar o que era então inexistente na arte nacional: a capacidade estética de máquinas e aparatos desenvolvidos por suas próprias mãos, como os Objetos Cinéticos e os Aparelhos Cinecromáticos, uma forma de transgredir o componente industrial, conferindo-lhe uma característica lúdica, poética. Julio Le Parc faz par com Palatnik no uso do movimento na arte e está na mostra com o trabalho Continuel-lumière avec 36 cylindres.
As pinturas e os relevos atuais de Palatnik atingem uma delicadeza formal que incorpora à forma mais que a noção do movimento, mas sua sensação. Nas pinturas, a divisão da tela em estreitas seções longitudinais de contornos sinuosos pintadas em alternância de tons, seguindo regras matemáticas, garantem o efeito de fluidez, como se o próprio suporte estivesse moldado e em movimento. Nos relevos feitos em papel branco, o efeito de leveza é obtido pela sobreposição de figuras geométricas que, projetando suas sombras no suporte, parecem flutuar em direção ao espectador.
Assim, como o curador define, "ainda que a exposição tenha por foco as pinturas mais recentes de Palatnik, (previstas para grande sala do lado esquerdo da Galeria), a mostra pretende trazer para as duas salas que antecedem à sala obras de outros artistas do período em que a produção de Abraham floresceu tanto na abstração quanto no cinetismo. Tal configuração espacial tem por objetivo contextualizar o pioneirismo de sua obra nas duas primeiras salas, em que a obra inicial de Palatnik é apresentada com a de outros artistas que, com ele, foram também pioneiros da arte abstrata no Brasil e da arte cinética internacional."
"Não pretende (nem poderia) devido à sua escala e concisão ser uma mostra histórica mas uma exposição que possua elementos mínimos para o estabelecimento da contribuição histórica desse grande artista". Assim, a Galeria Nara Roesler segue com a realização de mostras que complementam a formação de história da arte de seu público, como por exemplo Artist Book and Films 1970-2013, que trouxe no ano passado os cadernos de artista e filmes de Paulo Bruscky, e a mostra de painéis de azulejo de Athos Bulcão, exibidos pela primeira vez em uma galeria no mês passado.
Abraham Palatnik nasceu em 1928, em Natal. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Participou de oito edições da Bienal de São Paulo, Brasil (entre 1951 e 1969), além da 32ª Bienal de Veneza, Itália (1964), ao lado de Mavignier, Volpi e Weissmann, entre outros. Suas obras integram acervos de instituições como: Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, Brasil; MoMA, Nova York, EUA; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina; Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique , Bruxelas, Bélgica; entre outras.
julho 24, 2015
Antonio Bokel na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro
AGENDA RJ Hoje 28/07 às 19-22h: Antonio Bokel @ Mercedes Viegas http://bit.ly/M-Viegas_A-Bokel
Posted by Canal Contemporâneo on Terça, 28 de julho de 2015
A galeria Mercedes Viegas apresenta no próximo dia 28 de julho a individual do jovem artista Antonio Bokel, La Nature d'Or, dando inicio a nova fase de seu trabalho. Na primeira individual na galeria, Bokel mostra ao público em torno de trinta trabalhos, que ocuparão o espaço do primeiro andar, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias e um vídeo.
A presença das figuras geométricas nas pinturas sobre madeira, faz o contraponto com as pinceladas gestuais e expressivas. As esculturas são em bronze e madeira mas a grande novidade são as fotos feitas com celular, tratadas com filtros de instagram, que em sequência formam cenas de um filme nonsense, "entrevista com a natureza”.
La Nature d'Or retrata a busca do artista pela verdade, pela sua essência e pureza que se escondem ao longo da vida, por trás das máscaras e armaduras.
Antonio Bokel nasce no Rio de Janeiro em 1978. Forma-se em Design Gráfico pela Univercidade, RIo de Janeiro, em 2004. Realiza a primeira individual em Florença, onde faz cursos de historia da Arte e Fotografia. No Parque Laje, Rio de Janeiro, faz cursos com Bandeira de Mello, Luiz Ernesto e João Magalhães. Em 2008 expõe na galeria Silvia Cintra + Box 4 e em seguida, na sp-arte pela mesma galeria. Em 2010 realiza exposições na Galeria Portas Vilaseca no Rio de Janeiro e na Sid Lee Gallery em Amsterdam, Holanda. Em 2011, participa da 1ª exposição ARTUR - Artistas Unidos em Residência, em Lagos, Portugal. E no mesmo ano, também realiza duas exposições individuais: Corpus Cordex, no Centro Cultural Solar de Botafogo, Rio de Janeiro, e Grafitti Error, na FB Gallery, Nova York. Em 2012, participa da exposição Gramática Urbana, no Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro onde realiza também a individual Transfiguração do Rastro.Em 2013 participa da exposição e residência artística Movimentos Paralelos na República Dominicana. Em 2014 mais uma exposição individual a Periferia do Mundo com curadoria de Vanda Klabin, no Centro Cultural Justiça Federal no Rio de Janeiro. Seus trabalhos estão em grandes coleções brasileiras, como a de Gilberto Chateubriand e BGA Investimentos. Bokel tem alguns trabalhos no acervo do MAM, Rio de Janeiro. Atualmente é representado pela galeria Mercedes Viegas também no Rio de Janeiro.
julho 22, 2015
10ª edição do ON-OFF (live image) no Itaú Cultural, São Paulo
AGENDA SP Hoje 23/07 às 20h @ Itaú Cultural: 10ª edição do ON_OFF - Re-signagens audiovisuais, curadoria de Lucas...
Posted by Canal Contemporâneo on Quinta, 23 de julho de 2015
Com performances inéditas, ON_OFF 2015 depura o essencial do cinema
Em uma mescla de tecnologia que depura o essencial do cinema esta edição traz quatro noites de apresentações e duas tardes com workshop; os artistas convidados são o duo canadense Alexandre Burton e Julien Roy,do estúdio de criação Artificiel, dedicado a produzir projetos artísticos por meio de tecnologias digitais, o uruguaio residente no Brasil Fernando Velázquez, a dupla de brasileiros que vivem em Londres Tetine, formada por Bruno Verner e Eliete Mejorado, e os paulistas Mirella x Muep; a curadoria é do artista e pesquisador de cinema e videoarte Lucas Bambozzi
Na 10ª edição do ON_OFF, o Itaú Cultural traz uma programação mais compacta e totalmente focada na busca do essencial nas obras de live image. Sob o título Re-signagens audiovisuais, os trabalhos apresentados, de 23 a 26 (quinta-feira a domingo), arriscam indícios de uma nova configuração do cinema ao vivo, em diálogo com experiências que retomam elementos essenciais da imagem e do som Tetine criou o projeto The 4th World, especialmente para esta edição. Fernando Velázquez traz o desconhecido Reino. Mirella x Muep realizam duas performances, sendo a última também inédita. Desta vez, cabe a POWEr, do duo canadense Artificiel, despersonificar o artista no palco.
Mais uma vez, a curadoria é do artista e pesquisador de cinema e videoarte Lucas Bambozzi, o qual tem uma visão clara da evolução e das buscas deste gênero artístico que trabalha com a experimentação das mesclas sonoras e visuais. “Pensei nesta programação como uma busca do essencial que desemboca na codificação da luz, na manipulação da energia elétrica”, conta ele.
Uma obra emblemática da manipulação da eletricidade é POWEr, da dupla do Artificiel, que se apresenta na primeira noite, dia 23, quinta-feira às 20h. A despersonificação do artista se dá com o palco vazio. Usando como instrumento uma grande bobina de Tesla, modulada por sinais de áudio, arcos elétricos são gerados e transformados em um processo audiovisual manipulado em tempo real. A eletricidade é usada como um material primordial, em diferentes intensidades, levando a um acontecimento intrinsecamente sinestésico. A obra provoca uma experiência no espectador que vê, a partir de uma faísca capturada em plena descarga, o acender e o apagar daquilo que é a essência fundamental dessas artes: a eletricidade.
Mirella x Muep – ela, artista multimídia e designer de luz; ele, músico, compositor e engenheiro de som – se apresentam na sexta-feira, 24, em performance dupla: às 20h, Branco, e às 20h40 (intervalo de 10 minutos entre uma e outra), Chumbo, esta inédita. O duo, selecionado no programa do Itaú Cultural Rumos Cinema e Vídeo 2012/2014, se apropria de conceitos do audiovisual expandido e das instalações nas artes visuais, utilizando técnicas de artes cênicas para desenvolver narrativas diferenciadas de imersão.
Neste trabalho, os artistas buscam na luz e na sombra a essência da imagem, em uma narrativa audiovisual criada a partir de luz e som. A dupla paulista encerra, assim, a sua Trilogia das Cores– entendidas como não cores: Branco, Cinza e, agora,Chumbo. Para eles, a 'não cor', pode possuir em si todo o espectro visível e invisível desembocando em uma espécie de contra-narrativa tradicional. “É um diálogo direto, não existe o vídeo ou imagem em movimento propriamente dita”, observa Bambozzi. “O que temos ali é a essência do cinema de onde você retira tudo mas continua sendo cinema, a pulsação da luz continua tocando e emocionando o espectador.”
A noite de sábado, 25, a partir das 20h, é de Fernando Velázquez. Este artista multimídia uruguaio que vive em São Paulo, inclui em suas obras vídeos, instalações, objetos e performances audiovisuais. No ON_OFF, apresenta o inédito Reinos. Em uma espécie de laboratório montado no palco, ele explora por meio de câmeras de alta resolução, microscópio, lentes e outras próteses visuais, como a manipulação de imagens via código (software), o universo do reconhecimento de padrões aplicado aos reinos mineral, vegetal e animal, segundo classificação de Lineu no Século XVIII.
“Nessa apresentação, Velázquez questiona o digital e as respostas são parte integrante da performance”, observa Bambozzi. “O meio, em suas linguagens limítrofes, busca escapar de categorias estanques, produzindo sentido justamente em sua ecologia de signos.”
Outra dupla, Tetine, encerra a programação, às 19h do dia 26, domingo. O trabalho de Bruno Verner e Eliete Mejorado pode ser definido por uma necessidade de seus integrantes em traduzir os eventos da vida em imagens pessoais, texturas sonoras, atmosferas e estados psicológicos, por meio do uso de desempenho corporal, dispositivos eletrônicos, gravações de voz e projeções.Com The 4th World, desenvolvido especialmente para o ON_OFF, evoca as promessas de futuro que permeiam o imaginário ligado às tecnologias, pensando a imagem e o som a partir de conceitos que geram intercâmbios para alimentar e conduzir tanto um como outro. Aqui, todos os elementos tendem a ser desconstruídos, em termos de sons e de imagens. “Em um cenário eco-catastrófico, em situações de precariedade, toma lugar a impossibilidade de ‘troca’ afetiva, cultural, psicológica, linguística ou emocional”, escreve o curador.
PROGRAMAÇÃO
Dia 23, quinta-feira, às 20h
Artificiel, com POWEr
Dia 24, sexta-feira
Mirella x Muep, com Branco, às 20h, e Chumbo, às 20h40
Das 14h às 18h
Workshop com Artificiel – Alexandre Burton e Julien Roy
Dia 25, sábado, às 20h
Fernando Velázquez, com Reinos
Das 14h às 18h
Workshop com Tetine – Bruno Verner e Eliete Mejorado
Dia 26, domingo, às 19h
Tetine com The 4th World
WORKSHOPS
Além das apresentações, o público pode ainda participar dos workshops que acontecem nos dias24, sexta-feira, com Alexandre Burton e Julien Roy, do Artificiel, e no sábado, 25, com Bruno Verner e Eliete Mejorado, do Tetine. Em ambos os dias, as oficinas são das 14h às 18h. Ainda há vagas para o total de 25 para cada dia.
Alexandre Burton e Julien Roy demonstram o funcionamento de POWEr e de outros projetos de sua autoria, baseados na indução elétrica e no sampleamente sonoro e visual de uma grande bobina de Tesla – um transformador de alta voltagem inventado por Nicola Tesla em 1891 quando buscava a transmissão de energia elétrica sem uso de fios. Os artistas utilizam o equipamento como um instrumento musical para produzir ritmos e pulsações audiovisuais a partir de raios elétricos e arcos voltaicos.
Em seu workshop Bruno Verner e Eliete Mejorado conversam sobre o percurso da banda e sua atuação nas fronteiras entre artes visuais, cinema e música. A partir de comentários em torno de apresentações audiovisuais realizadas anteriormente, em colaborações com artistas como Sophie Calle, Jarbas Lopes e Helena Ignez, o foco principal do encontro é a elaboração do projeto The 4th World, que estreia no ON_OFF deste ano.
Dias 24 e 25 de agosto (sexta-feira e sábado)
Sala Vermelha (25 vagas)
Duração: cerca de 4 horas
Entrada franca; Faixa etária: Livre
Inscrições pelos telefones 11-2168-1777 e 2168-1876, de terça a sexta, das 9h às 20h.
Dia 24, sexta-feira, das 14h às 18h
Com Artificiel
Dia 25, sábado, das 14h às 18h
Com Tetine
SOBRE OS ARTISTAS
Artificiel (Montreal, Canadá): Estúdio de criação dedicado a produzir projetos artísticos através de tecnologias digitais. As obras têm diferentes formatos, de instalação a performances, apresentados na forma de exposições, espetáculos para palcos ou intervenções para locais específicos. Os projetos geralmente integram elementos e linguagens típicas de arte sonora, artes visuais, design de software e hardware, sempre levando em conta o contexto em que são apresentados.
Mirella X Muep (São Paulo): Mirella Brandi é artista multimídia e designer de luz. Muepetmo é músico, compositor e engenheiro de som. Desde 2006, exploram juntos, por meio da imagem e do som, as capacidades narrativas e de transformação perceptiva de instalações e performances imersivas. O duo se apropria de conceitos do cinema expandido e das instalações imersivas nas artes visuais, utilizando técnicas de artes cênicas para desenvolver narrativas diferenciadas de imersão.
Fernando Velázquez (Uruguai/São Paulo): Artista multimídia uruguaio que vive em São Paulo. Suas obras incluem vídeos, instalações, objetos e performances audiovisuais. Doutorando em Comunicação e semiótica pela PUC-SP, expõe ativamente no Brasil e no exterior com destaque para exposições como a Bienal do Mercosul e a Bienal de Tessalônica em 2009. Obteve diversos prêmios como o Premio Sergio Motta de Arte e Tecnologia em 2009 (Brasil) e 2008 Culturas (Madrid, Spain). Ministra cursos e workshops em arte tecnologia e audiovisual em universidades e instituições públicas e privadas. Suas obras e performances audiovisuais trazem para o campo da arte algoritmos típicos dos laboratórios de computação.
Tetine (São Paulo/Londres): O duo Tetine é formado por Bruno Verner e Eliete Mejorado. Formado em 1995 em São Paulo, e desde 2000 estabelecidos em Londres, o grupo desenvolve projetos musicais e audiovisuais a partir do uso de sons, tecnologia, cultura pop, arte performática, política do corpo, elementos autobiográficos e situações que se lançam ao acaso. O trabalho do Tetine pode ser definido por uma necessidade de seus integrantes em traduzir os eventos da vida em imagens pessoais, texturas sonoras, atmosferas e estados psicológicos, através do uso de desempenho corporal, dispositivos eletrônicos, gravações de voz e projeções.
Galeria Mezanino apresenta festival de performances Movimenta#1, São Paulo
Nove dias de puro movimento deflagram reflexões e indagações sobre o aqui e agora
A Galeria Mezanino dá continuidade a sua programação múltipla e contemporânea, apresentando o festival de performances Movimenta#1, que se propõe a ser o primeiro de uma série de eventos interdisciplinares e acontece gratuitamente durante os dias 24 de julho a 1 de agosto de 2015 na própria Galeria Mezanino e outros locais do bairro de Pinheiros.
Movimenta é uma exposição de artistas que têm, em suas trajetórias, a intersecção e o cruzamento de fronteiras. Ao partir do movimento, de um gesto primordial e de ações triviais, deflagram reflexões e indagações sobre o aqui e agora, expõem mundos internos e (re) cria-se tanto outros externos. O evento tem curadoria do galerista Renato De Cara, da artista plástica Luanna Jimenes e do produtor cultural Ivi Brasil.
PROGRAMAÇÃO
24 de julho, sexta-feira
19h
LUIZ83
Movimenta#1 | Pixação no muro
Jardim Galeria Mezanino
20h
Edna Rosane
Travessia... o de dentro | Performance, duração 1h
Refazer o caminho, atravessar as memórias. Só resta um minuto e o metrônomo não para. Performance e vídeo acionam a narrativa de uma volta no tempo, até que este pare e libere a performer de sua prisão interna.
Participação musical de Itamar Vidal.
Galeria Mezanino
25 de julho, sábado
11h
Marcos Moraes
O Porco e o Cozinheiro | Performance comestível, longa duração
A ação gastronômica integra o Projeto A Cozinha Performática – Plataforma Colaborativa de Pesquisa e Criação em Dança e Performance, dirigido pelo artista Marcos Moraes com o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo – 17a edição.
Produção Núcleo Corpo Rastreado.
Galeria Mezanino
17h
Lilian Colosso e Ariel Spadari
”...até hoje desafiam a boa fé do ho de terra“ l Performance, vídeo e objetos, duração 1h
Do resgate de restos de uma baleia, no litoral norte de São Paulo, ao processo de recuperação e transformação dos ossos em obras escultóricas.
*Seguido de conversa com o fotógrafo Daniel Malva, apresentando parte de sua série Museu de História Natural.
Galeria Mezanino
26 de julho, domingo
12h
SHIMA
Churrasquinho de Curador | Performance gastronômica, duração 3h
O artista da Mezanino propõe aos especialistas um convívio gastronômico informal, em meio às questões comuns da prática artística.
Jardim Galeria Mezanino
15h
Monica Schoenacker
Sericleta | Impressão serigráfica, duração variável
A artista oferece cartões impressos na hora, com mensagens criadas especialmente para a ação.
As serigrafias são produzidas em uma bicicleta adaptada.
Galeria Mezanino
16h
Julia Salém e Juliana Gennari
Instaura_ação | Performance de percurso, duração 1h
A ação é um convite ao público a instaurar o acontecimento-obra, indo da galeria até o Largo da Batata. Sob o efeito da trilha sonora e de imagens e movimentos compostos pelas intérpretes, o público é instigado a fazer um percurso pelo espaço de forma diferente, ressignificando seu uso.
Limitado a 20 participantes.
Largo da Batata
18h
SHIMA
Vendo a Vida Passar | Performance e impressão serigráfica, duração 7 dias
Com seu próprio sangue o artista imprimirá sete gravuras com a frase que dá nome ao trabalho, questionando a valia da obra. Diariamente às 18h, o artista destruirá uma das gravuras caso não seja vendida. O preço da série se mantém o mesmo, redistribuindo o valor entre as unidades restantes.
Galeria Mezanino
27 de julho, segunda-feira
11h
AqueleMario, Cacau Francisco, Marie Auip e Natália Coehi
Remova Antes de Usar | Performance residência, duração 5 dias
A ação/intervenção aborda questões de exploração do trabalho pelo capital e a subserviência da humanidade ao Deus dinheiro. Duração: 45 horas, 2.700 minutos, 162.000 segundos
Realização: Ogiva - ação.imagem. Produção: Sofá Amarelo
Galeria Mezanino
11h
Tatiana Schunck
Performance de uma pessoa Escrita | Performance, duração variável
A artista datilografa histórias contadas pelos transeuntes na galeria e pelo seu entorno.
Galeria Mezanino e entorno
15h
Programação especial de vídeos-performances
Galeria Mezanino
16h30
Cynthia Domenico
Siga-me | Performance de percurso e registro, duração variável
A partir de regras pré-estabelecidas pela artista, os participantes caminham e reagem aos estímulos da rua. A artista documenta em video as ações do público, sem interferir nas trajetórias. Os videos são incluídos em uma sequência fílmica exposta como videoperformance.
Galeria Mezanino
17h30
Felipe Bittencourt
Palhaço Ergométrico | Performance, duração 2h
O artista, caracterizado de palhaço, pedala uma bicicleta ergométrica até perder sua máscara e expressão.
Galeria Mezanino
18h
Shima
Vendo a Vida Passar | Performance, continuação 1/7
Galeria Mezanino
19h30
Celso Fioravante
A Imagem da Comida – a representação da comida nas artes plásticas no Brasil desde as pinturas rupestres até o século 21. | Conversa, duração 1h30
Galeria Mezanino
28 de julho, terça-feira
11h
AqueleMario, Cacau Francisco, Marie Auip e Natália Coehi
Remova Antes de Usar | Performance residência, duração +4 dias
Galeria Mezanino
15h
Programação especial de vídeos-performances
Galeria Mezanino
15h
Fanny Feigesson e Cristina Rossi
Olhar de Lagartixa | Performance, duração 3h
Saída fotográfica e oficina do olhar, para uma documentação do comércio popular do entorno da galeria.
Equipamento necessário: câmera fotográfica ou celular capacitado.
Galeria Mezanino e entorno
18h
Shima
Vendo a Vida Passar | Performance, continuação 2/7
Galeria Mezanino
20h
Renan Marcondes
Projeto Geral Para Situação Específica, 2015 | Performance, duração 1h
Trabalho em processo, iniciado como um estudo da série Os Caprichos, de Goya. Organiza de modo arbitrário datas, imagens e informações referentes às críticas sociais, visando compor planos abertos de relação sensível entre esses elementos. Questiona as possibilidades da performance de articular zonas de abstração e de criação de imagens.
Execução: Carolina Callegaro, Paula Carrara e Renan Marcondes
Galeria Mezanino
29 de julho, quarta-feira
11h
AqueleMario, Cacau Francisco, Marie Auip e Natália Coehi
Remova Antes de Usar | Performance residência, duração +3 dias
Galeria Mezanino
11h
Gilberto Tomé
Livrocidade: PI-IERÊ / Pinheiros | Intervenção gráfica com lambe-lambe, duração variável
O artista interfere no espaço e em seu entorno com peças gráficas, colando e recolhendo cartazes de rua.
Jardim Galeria Mezanino e entorno
15h
Programação especial de vide-performances
Galeria Mezanino
16h
Luanna Jimenes
Encarnado | Conversa, duração 1h
A artista da Mezanino conta sua experiência de criação da obra, durante residência artística em Portugal. A performance foi apresentada durante a coletiva de abertura da galeria, em abril. Objetos, referências e material cênico ambientarão o espaço.
Galeria Mezanino
18h
Shima
Vendo a Vida Passar | Performance, continuação 3/7
Galeria Mezanino
19h
Tathi Yazigi
Aupaba | Performance, duração 2h
Aupaba significa terra de origem e faz menção ao ato de voltar à simplicidade da terra, através de um percurso que simboliza a renovação da energia reprodutora, ou da energia criativa da performer.
Galeria Mezanino
30 de julho, quinta-feira
11h
AqueleMario, Cacau Francisco, Marie Auip e Natália Coehi
Remova Antes de Usar | Performance residência, duração +2 dias
Galeria Mezanino
11h30
João Batista
Ações Para Esquecer | Performance, duração 30min
A partir de poemas de Hilda Hilst, Jorge Luiz Borges e Manoel de Barros, a encenação revela a sombra e a luz de um mesmo homem. Um apresentador de programa de culinária cria movimentos de afeto e imagens de amor. Como conviver com as lembranças e torná-las inesquecíveis.
Encenação para até 5 pessoas, num apartamento próximo à galeria. Encontro na galeria 30 minutos antes.
Apartamento do curador
15h
Programação especial de vídeo-performances
Galeria Mezanino
16h30
João Batista
Ações Para Esquecer | Performance, duração 30min
Encenação para até 5 pessoas, num apartamento próximo à galeria. Encontro na galeria 30 minutos antes.
Apartamento do curador
18h
Shima
Vendo a Vida Passar | Performance, continuação 4/7
Galeria Mezanino
18h
Leitura no sebo
Sinopse: No vizinho e charmoso sebo de Ricardo Lombardi, leitura de alguns trechos de obras selecionadas pelo jornalista e proprietário.
Duração 1 hora
Sebo Desculpe a poeira
20h
Naira Ciotti
Ontologia Borrada: Cartas a Renato Cohen | Conversa, duração 1:30h
A performer e professora de artes da UFRN reflete sobre a possibilidade da relação entre a escritura e a performance a partir da produção de cartas de artistas sobre suas memórias de criação.
Galeria Mezanino
31 de julho, sexta-feira
11h
AqueleMario, Cacau Francisco, Marie Auip e Natália Coehi
Remova Antes de Usar | Performance residência, último dia
Galeria Mezanino
15h
Programação de vídeo-performances
Galeria Mezanino
17h
Nilda Neves
O Sertão | Performance e pintura, duração 2h
A artista plástica fará leitura de alguns trechos de seus livros, apresentando em primeira mão, suas pinturas retratando o sertão da Bahia, onde nasceu e cresceu. O convite se estenderá para o público conhecer seu ateliê próximo à galeria.
Galeria Mezanino e Ateliê da Artista
18h
Maria Cecilia Mansur
PISC in À | Performance, duração 1h
Mergulho em busca dos prazeres liquefeitos, a impossibilidade de estabelecer relações duradouras. Em PSIC in À os sonhos, os conflitos, os desejos, encontros e desencontros submergem para o mundo aparente em estados, impulsos, improvisos que logo se conectam e se desfazem.
Partindo da Galeria Mezanino para o Largo da Batata
18h
Shima
Vendo a Vida Passar | Performance, continuação 5/7
Galeria Mezanino
20h
Nilda Neves X Miguel Paladino
Na diminuta galeria de Miguel Paladino – La mínima, a artista apresenta mais uma série de suas pinturas juntamente com as esculturas em madeira do artista, cenógrafo e galerista argentino.
Galeria La Minima
1 de agosto, sábado
11h
Ciro Cozzolino
Virgulino | Grafite live painting
Conhecido por suas pinturas aonde mistura a história da arte e personagens dos cartoons, o artista irá realizar um mural no jardim da galeria, homenageando os retirantes nordestinos.
Jardim Galeria Mezanino
13h
Nilda Neves
Festa do Acarajé | Festa de encerramento
A artista oferecerá ao público bolinhos de acarajé, celebrando o encerramento da Movimenta#1
Galeria Mezanino
18h
Shima
Vendo a Vida Passar | Performance, continuação 6/7
Galeria Mezanino
PROGRAMAÇÃO DE VIDEO-PERFORMANCES
Gabriel Brito Nunes
Luanna Jimenes
Luiz83
Cynthia Domenico
Marcos Moraes
Lilian Colosso e Ariel Spadari
Marise Maues
SOBRE OS PARTICIPANTES
AqueleMario
Nasceu em Fortaleza, CE, em 1979. É artista multimídia e ativista. Formado em Artes Cenicas pelo IFCE e Pós-graduando em Animação no SENAC SP. Desenvolve ações de intervenção em espaços públicos e alternativos mesclando diferentes linguagens como palhaçaria, mimo corpóreo, dança, novas mídias, artes visuais e animação.
Ariel Spadari
Nasceu em 1986. Vive e trabalha em São Paulo e é formado em Artes Visuais no Centro Universitário Belas Artes.
Cacau Francisco
Nasceu em Fortaleza, CE, em 1990. Bacharel em design de moda pela Universidade Federal do Ceará, com cursos de especialização em instituições como Senac e Senai. Atua como performer e figurinista após participar de uma oficina realizada pelo grupo Os Satyros em São Paulo.
Celso Fioravante
É crítico, curador e editor do Mapa das Artes apresenta sua pesquisa sobre gastronomia nas artes visuais.
Ciro Cozzolino
Nasceu em São Paulo em 1959. Estudou no Iadê, na Faculdade de Belas Artes de São Paulo e na École Supérieure de Beaux-Arts de Paris.
Cristina Rossi
Nasceu em 1962, possui graduação em Artes Plásticas pela Uni Santa em Santos, Mestrado e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Trabalhou como ilustradora para vários veículos e, atualmente, é professora e pesquisadora da FAU na UPM na área de Artes, atuando principalmente nos temas: desenho de expressão, percepção e representação.
Cynthia Domenico
Nasceu em São Paulo, em 1979. Artista multimedia. Desde 2007 pesquisa a transmidialidade na dança e cria coreografias por meio de diferentes suportes. Desde 2011 ministra oficinas de videodança no Brasil e no exterior.
Daniel Malva
Nasceu em 1977, vive e trabalha em São Paulo. Estudou fotografia no Senac e Mecatrônica Industrial no Senai. Interessado em biologia, trabalhou no projeto Genoma. De 1998 a 2001.
Edna Rosane
Nasceu em Jarinu, SP, em 1968. Vive e trabalha em São Paulo. Mestranda em Estética e História da Arte no MAC-USP, atriz formada no Teatro Escola Macunaíma, graduada em Educação Artística-Artes Cênicas na Faculdade Paulista de Artes, pós-graduada em Linguagens das Artes na USP.
Fanny Feigesson
Nasceu em São Paulo, em 1949. Doutora em Poéticas Visuais pela USP com orientação de Carlos Fajardo, mestra pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com orientação de José Teixeira. Professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie desde 1975, nas áreas de arte, design e arquitetura. Foi uma das criadoras do Grupo Casa Blindada.
Felipe Bittencourt
Nasceu em São Paulo, em 1987. Fotógrafo, ator e artista plástico. Bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Utiliza o desenho como base de pesquisa e estuda o limite físico e a auto-agressão como possibilidades poéticas em performances de longa duração.
Gilberto Tomé
Nasceu em São Paulo, em 1969. Artista gráfico, formado em arquitetura, desenvolve um trabalho relacionado à memória da cidade, elaborando experiências gráficas que envolvem diferentes sistemas de impressão, da xilogravura ao digital.
João Batista
Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1986. Ator, dramaturgo, editor de vídeos e ex-jogador de futebol. Formado no Curso Técnico de Atuação da Fundação Clóvis Salgado e graduado na Faculdade de Teatro da Escola de Belas-Artes da UFMG.
Julia Salém
Nasceu em São Paulo, em 1982. Bailarina e performer, graduada em Comunicação das Artes do Corpo na PUC-SP com habilitação em dança e performance.
Juliana Gennari
É graduada em dança pela Faculdade Paulista de Artes e em fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.
Lilian Colosso
Nasceu em 1988. Mora e trabalha em São Paulo. Formada pelo Centro Universitário Belas Artes.
LUIZ83
Nasceu em 1983. Mora em São Paulo. Trabalha com montagem de exposições e desenvolve seu trabalho artístico inspirado no lettering do pixo paulistano, no qual atuou.
Marcos Moraes
Nasceu em 1967, em São Paulo. Formado em Dança e Técnicas Piscocorporais pelo Espacio de Desarrollo Armónico de Montevideo, Uruguai.
Marie Auip
Nasceu em Fortaleza, CE, em 1987. É produtora, atriz e performer. Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR e graduanda em Licenciatura em Teatro pelo Instituto Federal de Educação do Ceará – IFCE. Atualmente é pós-graduanda em Gestão de Projetos Culturais na Universidade de São Paulo (USP).
Maria Cecilia Mansur
Nasceu em Vespasiano, MG, em 1979. Vive e trabalha em São Paulo. Atriz formada pela Escola Livre de Teatro e bacharel em Psicologia pela UFMG. Estagiou com o artista performático Olivier de Sagazan, na França em 2014.
Monica Schoenacker
Nasceu em 1967. Formada pela USP e The Royal College of Art, Schoenacker é especializada em serigrafia e cores. Dá aulas no Centro Universitário Belas Artes e consultoria para variadas empresas de estilo.
Nilda Neves
Nasceu em 1961, em Botuporã, no sertão da Bahia. Autoditada, já foi comerciante, professora e cabelereira. Escreve, compõem e pinta histórias e lendas que ouviu e viveu.
Renan Marcondes
Nasceu em São Bernardo do Campo, SP, em 1991. Vive e trabalha em São Paulo. Mestrando em Poéticas Visuais na UNICAMP, pós-graduado em História da Arte no Centro Universitário Belas Artes SP, onde se graduou em Artes Visuais.
SHIMA
Nasceu em 1978. Mora em Carrancas, MG. Estudou no Centro Universitário Belas Artes. Produz seus trabalhos em vídeos, performances, fotografia e tantos outros suportes.
Tathi Yazigi
Nasceu em São Paulo, em 1984. Formada em Performance pela Escola de Arte Dramática da USP, tem especialização na área em Nova York. Participou de festivais e exposições coletivas nos EUA, América Latina e Europa. Meus Quartos foi sua primeira individual, no Estúdio Lâmina, em São Paulo, 2015.
Tatiana Schunck
Nasceu em São Paulo, em 1979. Mestranda em Arte e Educação na UNESP com o projeto Ações de arte e educação na rua: aprendizados e questões em experiências de estar com o outro, graduada em Artes Cênicas pela ECA/USP, formada como atriz pelo Instituto de Arte e Ciência - INDAC.
LOCAIS
Galeria Mezanino
Rua Cunha Gago 208, Pinheiros, São Paulo
Largo da Batata
Pinheiros, São Paulo
Ateliê Nilda Neves
Rua Édson Dias 94, Pinheiros, São Paulo
Apartamento Renato De Cara
Rua dos Pinheiros 1.033/09, Pinheiros, São Paulo
Desculpe a Poeira
Rua Sebastião Velho 28A, Pinheiros, São Paulo
Galeria La Mínima
Avenida Pedroso de Moraes 822, Pinheiros, São Paulo
julho 21, 2015
Bushniki Farfel no NaCasa, Florianópolis
O artista Bushniki Farfel mostra pela primeira vez seu trabalho no Brasil. Na sala de exposição do NaCasa Coletivo Artístico, serão instalados quinhentos desenhos. Ao final da exposição, numa ação performática, todos os trabalhos serão colocados em um grande saco de lixo e serão descartados.
Esse é o argumento de Disposable (descartáveis) que estará aberta a visitação de 24 de julho até o dia 5 de agosto de 2015. Atenção: não haverá abertura propriamente dita da exposição, com a presença de público, mas sim finissage, que ocorrerá no dia 5 de agosto, às 18h.
Bushniki Farfel é um heterônimo criado pelo artista David Ronce em 2009 para explorar uma identidade estética alternativa, com formas mais experimentais de pura abstração: “Lembro-me do meu primeiro desenho de um pássaro em voo, queimando e coberto de chamas alaranjadas e vermelhas. Simbólico da minha infância, eu suponho. Mais tarde, eu fiz mais desenhos e pinturas, principalmente de representação das coisas e das pessoas ao meu redor. Com o tempo, o trabalho mudou completamente em direção ao meu inconsciente/subconsciente, com imagens de idéias de expressão abstratas”.
Os desenhos de Bushniki Farfel são resultado de um processo que incorpora camadas onde o abstrato de cada desenho revela texturas e combinações inusitadas. São linhas de diferentes espessuras que criam um diálogo vibrante, ora agressivo, ora mais sombrio. A obra final, conforme o artista, não é planejada. “É tudo muito espontâneo. As escolhas acontecem muito rapidamente e reconheço que mudam a todo instante”. Todos os desenhos são fruto de um trabalho diário e contínuo. Ele produz, em média,de dois a dez desenhos por dia, usando canetas-tinteiros de diferentes diâmetros.
Sobre o artista
Nascido em San Diego, Califórnia, o americano David Ronce (1947), tem um longo currículo que perpassa diversas artes. Graduou-se em Artes Visuais (pintura, atuação e cinema), na Universidade da Califórnia, e se tornou mestre em Artes (cinema) pela Universidade de São Francisco, Califórnia. Em 30 anos de produção continua, fez cinema, pintura, desenho e fotografia. Trabalhou com direção, fotografia, som e edição de filmes em liveaction e animações, muitos apresentados nas principais cidades americanas, como Nova Iorque, São Francisco e São Diego. Estas cidades abrigaram também, em renomados espaços, exposições de seus trabalhos de pintura, desenho e fotografia, cuja produção se estende até hoje. Ronce mudou-se dos EUA para o Brasil em novembro de 2012 e atualmente vive e trabalha em Florianópolis(SC). www.davidronce.com / www.bushniki.com
julho 20, 2015
Lara Felipe na Matias Brotas, Vitória
A individual da artista, "O peso exato dessa leveza", com curadoria de Neusa Mendes, conta com mais de 30 obras entre objetos, colagens e pintura. A visitação é gratuita
O peso exato dessa leveza. Esse é o nome da individual da artista capixaba Lara Felipe, que fica em exposição na galeria Matias Brotas Arte Contemporânea até o dia 1º de agosto. A mostra, que marca a comemoração do aniversário de 9 anos da galeria, tem curadoria de Neusa Mendes, um dos nomes mais renomados das artes plásticas, visuais e da cultura do Estado.
A artista, que nasceu em Alegre e atualmente mora no Estado do Arizona, nos Estados Unidos, com uma incrível ousadia criativa, associa e recodifica objetos de diferentes naturezas alcançando em suas obras um universo poético singular. Através do uso de diversos materiais, a artista aborda nesta mostra o tema melancolia, afetos, memórias, buscando em outras referências artísticas e na literatura sua inspiração.
Lara Felipe já participou de exposições de arte e design no Brasil e na América Latina, e já recebeu prêmios como designer e artista plástica, sendo mais importante o Prêmio Phillips de Arte para Jovens Talentos no Brasil e América Latina. Sua mais recente exposição no Estado, em janeiro deste ano, foi a coletiva no Centro Cultural SESC Glória, intitulada ‘Corpo–Casa’. A artista capixaba possui obras no acervo da Galeria da UFES e já participou de coletivas em outros estados com artistas renomados como José Bechara, Manfredo de Souzanetto, Amilcar de Castro, entre outros.
Segundo a galerista Lara Brotas, a nova exposição da artista pede silêncio e convida para uma “pausa”. “Com delicadeza e originalidade, os trabalhos potencializam a reflexão, provocando no observador um resgate das suas próprias memórias”, explica.
Para a artista capixaba, a exposição representa um fechamento de um ciclo. “A cada série de trabalhos, abordo questões relacionadas às vivências pessoais, ao espírito humano e seus conflitos, às mudanças na nossa cultura. Para esta série me inspirei na gravura intitulada Melancolia de Albrech Dürer (1514), abordando a mesma temática, de uma forma poética, passando entre dor e o lúdico. Tracei um paralelo entre minha visão estética contemporânea e a linguagem alegórica adotada por ele durante o período da Renascença”, explica Lara.
Um dos destaques da exposição, que reúne mais de 30 obras entre objetos, colagens e pintura, é a peça logo na entrada da galeria que dá nome à individual da artista, a obra “O peso exato dessa leveza”. A artista explica que o nome veio de uma frase do livro ‘Seis propostas para o próximo milênio’ de Ítalo Calvino e se refere ao poema de Dante Alighieri.
Outra obra destacada pela própria artista é a "bile Negra" - um tapete feito de paninhos de crochê, novelos de retalhos de pano e esferas de vidro contendo tinta negra e vazios. Segundo Lara Felipe esta peça faz alusão ao pensamento da antiguidade grega, onde acreditava-se que o estado melancólico do sujeito era causado pela produção em excesso de bile negra no corpo, um dos quatros humores existentes no ser humano. A melancolia era atribuída aos artistas em geral, a conexão com o divino e a loucura.
Outro destaque é a peça "a dor dos Dias" - novelo de retalhos de pano em redoma de vidro. A "A dor dos dias" representa o processo sublimatório da dor e do pesar, consequentes da melancolia. “É a Purificação da alma através da passagem dos dias. Só o tempo e o esforço empenhado na recuperação do sujeito (simbolizados pelo movimento do enrolar de retalhos de panos surrados e marcados por nódoas transformando-os em novelos) detêm o poder de cura de todas as dores”, explica a artista.
A curadora Neusa Mendes conta que nesta exposição Lara Felipe se aproxima da maior criação estética de Albrecht Dürer, artista renascentista, cuja personificação alegórica, sobrecarregada de símbolos e mistérios, tornou-se a representação mais célebre da melancolia, afecção insubordinada à separação entre matéria e espírito.
“Esses objetos – cordas, roldanas, molho de chaves, pregos folheados a ouro, esferas de vidro e madeira recobertas de ataduras brancas e outras tantas em azul, objetos de madeira e pano e aparelho torcedor antigo – intermediam o estado entre seres e coisas, entram na matéria vertente da vida, solvem o presente na sua evanescência, nos paralisam os movimentos. Por mais diferentes que sejam os objetos reunidos, tudo conspira para que ao final se produza uma unidade impositiva, não tanto da ordem formal, mas afetiva. Eles nos falam do corpo, não da sua relação arrastada decididamente melancólica, mas como coisa do mundo, em direção à compreensão de um olhar de quem vê, e lhe parece pertencer a outro lugar. A artista tem o dom desconcertante de criar intimidade e delicadeza em tudo que organiza. Lara Felipe – uma guardiã de afetos”, explica Neusa.
julho 12, 2015
Trajetórias em Processo 3 na Anita Schwartz, Rio de Janeiro
AGENDA RJ Hoje 15/07 às 19h @ Anita Schwartz: Trajetórias em Processo 3 - curadoria de Guilherme Bueno http://bit.ly/A-Schwartz_Trajetorias-3
Posted by Canal Contemporâneo on Quarta, 15 de julho de 2015
Com curadoria de Guilherme Bueno, mostra traz 28 obras de dez artistas do Rio, São Paulo, Porto Alegre, além de Rússia e Alemanha
Anita Schwartz Galeria de Arte apresenta, a partir do dia 15 de julho para convidados e do dia seguinte para o público, a exposição Trajetórias em Processo 3, com 28 de obras de dez artistas selecionadas pelo curador Guilherme Bueno. Como nas edições anteriores, a ideia da exposição é apresentar trabalhos de artistas “cuja produção encontra-se em um momento decisivo, marcado pela consolidação da maturidade poética”.
Na exposição, serão apresentadas obras em diferentes técnicas e suportes, como pinturas, desenhos, fotografias, objetos, esculturas e instalações, produzidas entre 2010 e 2015 pelos artistas Andrei Loginov (Berlim), Anton Steenbock (Rio), Daniel Albuquerque (Rio), Daniela Mattos (Rio), Fyodor Pavlov (Moscou), Guilherme Dable (Porto Alegre), Lucas Sargentelli (Rio), Marina Weffort (São Paulo), Romy Pocztaruk (Porto Alegre) e Thomas Jefferson (Rio), que não fazem parte do grupo representado pela galeria.
“Os artistas convidados a participarem da edição de 2015, cada um por um viés próprio, apontam-nos para um feixe – dos inúmeros possíveis – a atravessar a condição atual da arte. Com isso pode-se explorar desde o paradoxo de uma tradição do readymade (passando, ademais por outro paradoxo – o dele ver-se exposto a uma irônica paráfrase de artesania), à obsedante inquietação provocada pelo poder conferido às imagens ou, igualmente desafiador, a possibilidade de a arte - independente ou decididamente crítica ao seu sistema assentado – tensionar sua lógica produtiva (que pode abarcar o debate em torno de sua institucionalização ou uma estrutura de trabalho a extrapolar a convencional rotina do ateliê)”, afirma o curador Guilherme Bueno.
“Um aspecto presente em todas as edições é a atenção à pluralidade de linguagens, privilegiando um olhar aberto sobre a arte contemporânea, afortunadamente irredutível a simplificações. Isso nos leva, inclusive, a refletir o quanto, nesse contexto, uma certa dinâmica de heterogeneidade e hibridismo permite, inclusive, que práticas mais atreladas a uma ‘historicidade’ da arte (como, por exemplo, a pintura e a escultura), para além da assimilação de questões vindas de outros meios, se vejam dispostas a rearticular seus próprios termos”, diz o curador.
julho 8, 2015
Edu Simões na Marcelo Guarnieri, São Paulo
AGENDA SP Amanhã 11/07 às 11h: Edu Simões @ Marcelo Guarnieri São Paulo http://bit.ly/MG-SP_EduSimoes
Posted by Canal Contemporâneo on Quinta, 9 de julho de 2015
Clichê / Rio, individual do fotógrafo Edu Simões, revisita os lugares comuns do Rio de Janeiro, transformando-os, a partir da inspiração na literatura de autores brasileiros. As 36 imagens que compõem a exposição foram produzidas entre os anos de 2000 a 2014 durante visitas pessoais e profissionais de Simões à cidade carioca.
Edu Simões - Clichê / Rio, Galeria Marcelo Guarnieri, São Paulo, SP - 13/07/2015 a 10/08/2015
Patrimônio do imaginário coletivo brasileiro, a cidade do Rio de Janeiro, que completou 450 anos em 2015, é, sem dúvida, um dos locais mais retratados por fotógrafos e turistas de todas as partes do mundo. Sejam os monumentos públicos – pensemos no Cristo Redentor, nos Arcos da Lapa – ou nas paisagens naturais, como o Corcovado e o Pão de Açúcar, a poética da “cidade maravilhosa” foi abordada, vista e revista, de diversas maneiras, de forma a privilegiar os cartões-postais que reiteram a vocação da cidade como cenário para a exuberância, os contrastes sociais e a perfeição da natureza como espelho do belo.
Ao revisitar espaços e endereços fotografados à exaustão na cidade, a exposição Clichê / Rio do fotógrafo paulistano Edu Simões propõe-se ao desafio de ressignificar estes clichês, lançando um novo olhar, a partir da inspiração do fotógrafo nos romances, contos, crônicas e poemas de grandes nomes da literatura brasileira. O resultado desta trajetória pelo desejo de sair do “lugar comum”, pode ser conferido na Galeria Marcelo Guarnieri, unidade Jardins-SP, a partir de 11 (convidados) e 13 de julho de 2015. A individual apresenta 36 imagens, todas em P&B, produzidas entre os anos de 2000 a 2014 durante as visitas pessoais e profissionais de Simões ao Rio.
Dentre os significados previstos no dicionário Aurélio para o verbete clichê, palavra de origem francesa (cliché), o primeiro deles afirma tratar-se de “placa gravada em relevo sobre metal, para a impressão de textos e imagens por meio de prensa tipográfica”, o que, segundo Edu Simões remeter-lhe-ia à infância e o seu primeiro contato com o universo profissional da imagem. As lembranças que ocupam a sua memória, são as visitas ao local de trabalho do pai – na época funcionário do jornal Folha de São Paulo -, e a admiração e curiosidade com os clichês em metal, responsáveis pela produção e impressão das páginas de notícias.
O último significado, habitualmente expresso quando nos referimos no cotidiano ao termo clichê, simplesmente indica a ideia de lugar-comum. Para este, Simões guarda uma relação afetiva com a cidade carioca, que complementa a sua visão crítica como fotógrafo; além de ter sido casado com mulheres naturais da cidade, foi no ano de 2000, a serviço do Caderno de Literatura do IMS (Instituto Moreira Salles), que o paulista começou a fotografar as belezas da antiga capital do Brasil. Partindo, como inspiração, das obras de consagrados escritores nacionais que abordaram a cidade como cenário de seus romances, contos, crônicas e poemas, Simões acumulou, ao longo destes anos, um acervo de mais de XX imagens, que verbalizam a procura de um Rio que não seja apenas um ideal de paisagem, mas uma personagem, uma arquitetura e uma nova possibilidade de encontrar as formas, a partir da incursão pelas letras e imaginários de nomes como Clarice Lispector, Carlos Heitor Cony, Rubem Braga, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Millôr Fernandes.
“O Rio de Janeiro é uma das cidades mais fotografadas do mundo. Existe uma fórmula de se ver o Rio, por meio das alegorias do Carnaval, das praias, das belezas naturais. O meu desejo, nesta exposição, é mostrar outros espaços inimaginados, tendo como inspiração o que a literatura brasileira pode oferecer na busca por outras formas”, explica o fotógrafo Edu Simões, motivado pelo desafio de encarar de frente, segundo ele, aquilo que mais “assusta” um fotógrafo: o clichê.
UM OLHAR PARA AS LETRAS PELAS FORMAS
Com experiência no fotojornalismo desde 1976, Edu Simões, que trabalhou em veículos como a revista Istoé, presenciou os principais acontecimentos históricos, retratando importantes personalidades das últimas décadas do século XX. Foi no ano de 2001, a convite de uma publicação especializada em literatura, que recebeu a “missão” em revelar pela fotografia a cidade do Rio de Janeiro como personagem, a partir das escrituras de autores nacionais, como Clarice Lispector, Carlos Heitor Cony, Rubem Braga, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Millôr Fernandes, que imortalizaram, de forma direta ou indireta, os cartões-postais, ruas, morros, praias e paisagens da cidade. Para isto, o fotógrafo lia toda a obra do escritor, e roteirizava o que aparecia naquela obra literária. Com o mapa traçado, Simões saía, como um flâneur, em busca do inesperado daquele local, que, quase sempre, já havia sido retratado por outros artistas da imagem.
A beleza da busca do impensado neste encontro entre a fotografia e a literatura evidencia-se, por exemplo, nas imagens dedicadas ao mineiro Carlos Drummond de Andrade, no ano de 2012. A praia de Copacabana, bairro onde residiu o poeta e escritor, ganha contornos modernistas, no qual a preocupação é o rigor geométrico, evidenciado pela perspectiva das linhas quadradas de uma trave de futebol na areia da praia, ou, ainda, na arquitetura do hall do Palácio de Capanema, antiga sede do Ministério da Educação, local em que Drummond trabalhou, bem como serviu de cenário a alguns de seus contos e crônicas.
Uma passagem de “O Búfalo”, conto de Clarice Lispector, descreve o peso natural do corpo de um elefante e o contraste de sua docilidade ao se deixar ser conduzido para um circo. Na poética visual de Edu Simões, o trecho transforma-se na imagem de uma tromba de elefante apoiada num muro branco no Jardim Zoológico da Quinta da Boa Vista. Num outro sentido de “animalidade”, desta vez artificial, a imagem “O Cisne” (2000/2001), mostra uma Lagoa Rodrigo de Freitas, presente nas crônicas de Carlos Heitor Cony, como o cenário de um filme noir; ao invés de destacar as águas envolvendo as ruas do bairro, Simões opta por colocar em primeiro plano a estrutura de um pedalo de cisne e todos os seus detalhes.
O mergulhar na literatura destes escritores como inspiração para a fotografia valoriza alguns temas recorrentes no trabalho de pesquisa de Edu Simões, tais como a opção pelo quadrado, ao invés da tão utilizada forma retangular, bem como a direção das tensões presentes em suas imagens, as quais percebe-se convergindo-se das pontas rumo ao centro da obra, e a busca por signos emblemáticos para a identidade do Brasil. Ao retratar os roteiros geográficos de cada autor, Simões desvela não apenas lugares como a Central do Brasil, Aterro do Flamengo, Catete, Cosme Velho, Corcovado, Urca, Parque Lage, Pão de Açúcar, entre outros, mas possibilita – ao leitor/ observador – que essas imagens recriem, à maneira das potências e da grandiosidade da literatura e da fotografia, novamente, o imaginário de uma cidade que não cessa de evocar múltiplos sentidos e outras possibilidades poéticas; transforma o Rio num convite, ou mero pré-texto, para que saiamos de lugares comuns, a partir da beleza daquilo que não se esgota: a forma transmutada da letra para a imagem na sua relação com o olhar.
Edu Simões (São Paulo, 1956) iniciou sua carreira como fotojornalista em 1976. Três anos mais tarde tornou-se um dos membros fundadores da agência F4, na qual permaneceu até 1982, ano em que passou a integrar a equipe da revista Istoé como editor-assistente de fotografia. Em 1988, começou a atuar como autônomo e foi editor de fotografia da revista Goodyear, na qual esteve até 1992. Deu início à série de ensaios fotográficos dos Cadernos de Literatura Brasileira, do Intituto Moreira Salles, em 1996. No ano seguinte, tornou-se editor de fotografia das revistas Bravo e República. Seu trabalho “Gastronomia para um dia de trabalho duro” foi exibido em 2011 no Fotorio e na Maison Européenne de la Photographie, em Paris. Foi contemplado com o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia 2012, Vladmir Herzog de Direitos Humanos, em 1980, o Prêmio ABERJE de Fotografia, em 1989, e o Prêmio ABRIL de Ensaio Fotográfico, em 1995. Suas obras integram os acervos da Coleção Pirelli/Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do MIS-SP (Museu da Imagem e do Som de São Paulo), do MAB-Faap (Museu de Arte Brasileira), da Coleção Mastercard e da Maison Européenne de la Photographie. Em 2012 publicou o livro Amazônia, pela editora Terra Virgem. Em junho de 2013 apresenta o trabalho “Eu tenho um sonho”, exposição a céu aberto na Favela da Rocinha. (www.eutenhoumsonho.org)
julho 5, 2015
Lançamento do livro de Carlos Bevilacqua na Fortes Vilaça, São Paulo
AGENDA SP Hoje 07/07 às 18-21h @ Fortes Vilaça: Lançamento + sessão de autógrafos do livro de Carlos Bevilacqua http://bit.ly/FV_livro_C-Bevilacqua
Posted by Canal Contemporâneo on Terça, 7 de julho de 2015
Na terça-feira, 7 de julho, a Galeria Fortes Vilaça fará o lançamento do livro de Carlos Bevilacqua, das 18h às 21h. Com texto da curadora holandesa Carolyn H. Drake, esta é a primeira publicação monográfica do artista carioca e abrange os 10 últimos anos de sua carreira. Bevilacqua estará presente e fará uma sessão de autógrafos, em meio a sua mais recente exposição, Let it Go, em cartaz na Galeria até 11 de julho.
O livro apresenta cerca de 30 trabalhos das principais séries que o artista desenvolveu na última década. É possível identificar a predominância das esculturas com madeira, pedras e aço, mas há ainda exemplos de suas experimentações com vidro, glicerina, PVC, entre outros. Mesmo lidando com materiais tão diversos, tensão, equilíbrio e espacialidade permanecem como elementos centrais e, para o artista, tornam-se mecanismos para discutir questões existenciais e metafísicas, distantes da racionalidade. Assim como Carolyn H. Drake descreve no texto, "A arte de Bevilacqua (...) trata da acumulação desigual de formas fenomenológicas que são simultaneamente minúsculas e universais, primordiais e futurísticas, sistemáticas e, ao mesmo tempo, descontroladas".
Carlos Bevilacqua nasceu no Rio de Janeiro em 1965, onde vive e trabalha. Dentre suas exposições individuais, destacam-se as mostras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2000) e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1992). Suas mostras coletivas incluem participações em: Desejo da forma, Akademie der Künste (Berlim, Alemanha, 2010); Um Mundo Sem Molduras, MAC-USP (São Paulo, 2009). Sua obra está presente em importantes coleções, como: Instituto Inhotim (Brumadinho), MAM Rio de Janeiro, MAC-USP (São Paulo), entre outras.
Carolyn H. Drake nasceu em 1985 e atualmente vive entre Amsterdã e Nova York. Formada na New York University e com mestrado em curadoria na Goldsmiths College de Londres, ela atua desde 2012 como curadora independente. Entre seus projetos recentes, destacam-se as exposições: The Poetry In Between: South-South, Goodman Gallery (Cidade do Cabo, África do Sul, 2015); Game Changer, Coleção Moraes-Barbosa (São Paulo, 2014); My Third Land, Frankendael Foundation (Amsterdã, Holanda, 2013). Desde 2014, Drake atua também na direção do A Tale of a Tub, um espaço independente e sem fins lucrativos de Roterdã, Holanda, que dedica-se a pesquisa, reflexão e diálogo sobre arte contemporânea.
julho 2, 2015
Manoela Medeiros na Zipper, São Paulo
A relação entre o corpo e o espaço é pensada pela artista carioca Manoela Medeiros como tema de sua exposição que inaugura na Zipper Galeria, em 2 de julho, simultaneamente da exposição de Luis Coquenão. Com curadoria de Maria Catarina Duncan, é. é. é faz parte da programação do projeto Zip’Up, reunindo instalações, vídeos e gravuras, além de duas performances que serão apresentadas ao longo da exposição. A primeira delas será na noite da abertura, a partir das 19h. Usando as extremidades do corpo, a artista irá fragmentar uma parede que ela mesma constrói.
Os trabalhos exibidos sugerem um diálogo sobre a ideia da pele como limite, questionando sua permeabilidade. Em uma das obras, a artista se aproxima de uma parede com um balão entre seu corpo e o espaço, pressionando-o até que o ar esvazie. Em outro trabalho, Manoela escava a parede, na tentativa de demarcar a transição da luz refletida no espaço.
“A artista se movimenta em relação às paredes que a abrigam, corpo e espaço, em uma constante tentativa de aproximação. Tudo é relação – espaço é sujeito. Cria-se, assim, uma troca mútua em um jogo sem final”, enfatiza Maria Catarina Duncan.
Manoela Medeiros nasceu e vive no Rio de Janeiro, Brasil. Estudou na École Des Beaux Arts, em Paris, e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde participa do programa Práticas Artísticas Contemporâneas Nível II. Formou-se na PUC-Rio e posteriormente estudou fotografia na universidade IADE-Creativy University, em Lisboa. Já apresentou seu trabalho no Palácio do Quintela (Lisboa, 2014) e no Abre Alas na galeria A Gentil Carioca (RJ, 2015). Atualmente, apresenta uma exposição individual, “Instruções Para Construção de Uma Ruína” na Casa Mata (RJ, 2015) e integra a coletiva “A Mão Negativa”, no Parque Lage, com curadoria de Bernardo de Souza (RJ, 2015). Apresentará também a performance “Lugar do Ar” na mostra Verbo, na Galeria Vermelho (SP, 2015).
Luis Coquenão na Zipper, São Paulo
AGENDA SP Hoje 02/07 às 19h @ Zipper: Luis Coquenão + Manoela Medeiros http://bit.ly/Zipper_L-Coquenao http://bit.ly/Zipper_M-Medeiros
Posted by Canal Contemporâneo on Quinta, 2 de julho de 2015
Artista luso-angolano exibe série de pinturas em sua primeira individual no Brasil
Primeira individual do artista luso-angolano Luis Coquenão no país, a mostra Marca d’água na Zipper Galeria reúne uma série de 14 pinturas inéditas. Com curadoria de Isabel Sanson Portella, o conjunto de trabalhos faz parte de um processo iniciado pelo artista em 2007. Usando materiais variados, Coquenão despeja diversas camadas de tinta sobre a tela, retirando o excesso e diluindo as cores com um pincel ou pano molhado. A faixa branca na parte inferior, por onde as tintas escorrem, é o ponto em comum entre todas as obras desta série. “O desenho surge sempre por acaso. Não tenho problema em imaginar o que vai se tornar”, afirma o artista.
Embora as imagens surjam de forma quase aleatória, a relação com as paisagens sugerida pelas pinturas não é exatamente por acaso. Entre suas principais influências, o artista cita os pintores ingleses John Constable (1776-1837) e William Turner (1775-1851), especialmente a fase mais abstrata.
Nascido em Angola e radicado em Vila do Prado (Braga), Portugal, Coquenão vem construindo sua trajetória sob diversas influências: abstração e figuração, espiritualidade e naturalismo, tradição e novidade. Influenciado pela filosofia e pintura chinesas, ele cria suas obras na certeza de que a natureza existe tanto fora quanto dentro do observador. As mudanças e movimentos estão presentes em cada uma das telas expostas.
De acordo com a curadora, o artista privilegia o tradicional: a tinta, a tela, o naturalismo. Sobrepõe camadas de tinta, deixando sua marca na transparência do processo. Escorrem as tintas, formam teias e franjas, molduras e contornos. Por trás ficam as marcas, ora mais claras e iluminadas, ora sombrias e mais escuras. Não há linhas retas, não há rigidez. Tudo é suave e sugere mais do que impõe. Por sua obra transparece a coerência, o aprendizado que levou o artista a opções conscientes e maduras. Como marcas d´água.
Luis Coquenão vive e trabalha na Vila de Prado, em Portugal. Estudou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e na Faculdade de Filosofia, em Braga. Nos últimos anos, participou de exposições em galerias como a Astarté, em Madrid, em 2010; na portuguesa Mario Sequeira, em 2012; e na Fundação Muñuz, em Pedraza, na Espanha, em 2015.
julho 1, 2015
Carla Linhares no NaCasa Coletivo Artístico, Florianópolis
AGENDA SC Hoje 03/07 às 19h: Carla Linhares @ NaCasa Coletivo Artístico http://bit.ly/NaCasa_C-Linhares
Posted by Canal Contemporâneo on Sexta, 3 de julho de 2015
Exposição individual de Carla Linhares em NaCasa Coletivo Artístico
Quatro fotografias alinhadas em uma parede. Sobre elas, a projeção de uma linha vermelha que vai do início ao fim das imagens. O áudio do coro dos índios Imbiá Guarani se diluindo no som de uma multidão e se reconstituindo a partir deste mesmo som de massa, numa forma circular.
Essas são algumas das variáveis do trabalho Permanente/Mutável, que dá título a exposição individual de Carla Linhares, que abrirá no dia 3 de julho de 2015, às 19h, em NaCasa Coletivo Artístico e que ficará em cartaz até o dia 22 de julho. A programação da exposição contará com a presença de Karai Djkupe, cacique da tribo Imbiá Guarani, que conversará com o público, junto à artista, durante a abertura da exposição, a partir das 19h do dia 3 de julho.
De uma parte, as fotografias são perceptíveis materialmente mas, por outra, a imagem projetada, a linha vermelha, por mais que pareça sólida, não pode ser tocada, ou segurada. É permanente, mas sutil. Uma ficção social criada, presente, mas não tão palpável quanto a presença dos próprios índios. A projeção desta linha, uma linha de borda, de fronteira, está em um plano de percepções, onde os limites são tênues e nítidos ao mesmo tempo.
Existe uma busca da dimensão material da multidão, a multidão como forma de resistência ao poder. A questão dos índios urbanos é pertinente à questão das lutas de poder inserida nas práticas do biopoder, desenvolvidas pelo Estado e aplicadas em larga escala pela população no seu dia a dia.
Segundo a artista: “Vivendo os índios da cidade nesta linha de fronteira não geográfica, considero ser algo representativo encontrar inserido no múltiplo o singular, estar apto para isto e para criar novos circuitos cooperativos. Afinal, somos todos personagens de um jogo social, de comportamentos, de pequenas e abstratas lutas de poder. Onde, segundo algumas regras deste jogo, estabelecidas pelo Estado, existem práticas de controle social. O espaço das práticas de biopoder é o espaço da vida”.
É o espaço urbano da rua o cenário onde se desenvolve o tema desta proposta, que busca trazer os limites do convívio social ao qual os índios que vivem ou trabalham na cidade estão sujeitos. Estes representam hoje 36% do total da população indígena, mas se somarmos os índios que vão à cidade para trabalhar e passam ali todo o seu dia, este número aumenta consideravelmente. A diáspora indígena decorrente da expulsão dos mesmos de suas terras, que muitas vezes traz a dispersão de uma cultura, com seus membros buscando viver socialmente em um ambiente urbano, estabelece ao mesmo tempo óbvios e camuflados limites socioeconômicos. Os índios urbanos, vivem em um limite de convívio social, estão em uma linha de fronteira não geográfica, mas perceptível.
Sobre a artista
Carla Linhares (Itabira, MG, 1975) é bacharel em desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, 2000. Participou de cursos e seminários sobre arte contemporânea e fotografia no Brasil e exterior, como Paraty em Foco, 2014, Produção Pessoal e Construção do Sentido, com Eduardo Gil, Ecarta, Porto Alegre, 2011 e TransUrbanism, Netherlands Architecture Institute/Roterdã, Holanda, 2002. Realizou uma série de exposições individuais e coletivas, como Portraits 2014 - The Center for Fine Art Photography / USA, Multitude, SESC Pompéia/São Paulo, 2014, 10º Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco/RJ, 2014, Tudo é Brasil - Instituto Itaú Cultural/São Paulo, 2005, Carla Linhares, Museu de Arte da Pampulha/Belo Horizonte, 2004, Carla Linhares, Galeria Thomas Cohn/São Paulo, 2001, Salão Paulista de Arte Contemporânea/SP, 2000. Vive e trabalha em Florianópolis.
Sobre o NaCasa Coletivo Artístico
O espaço de NaCasa Coletivo Artístico existe há 5 anos. Localizado em uma ampla casa no bairro da Trindade, em Florianópolis (SC), opera em regime coletivo com artistas, pesquisadores, professores e curadores dividindo os cômodos e ambientes assim como as despesas. O espaço oferece diversas oficinas temporárias e permanentes além de contar com uma sala de exposições. Desde 2010, já foram realizadas mais de 50 mostras de artistas como Diego de los Campos, Egidio Rocci, Jorge Menna Barreto, Joelson Bugila, Julia Amaral, Juliana Hoffmann, Karina Segantini, Karina Zen, Rubens Oestroem, Sandra Fávero, entre outros.