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dezembro 10, 2014
Lançamento do livro Atletas 1988 – 2014 de Jac Leirner na Fortes Vilaça, São Paulo
Atletas 1988 – 2014, Jac Leirner
A noite de autógrafos acontece na quarta-feira, 10/12, das 19h às 21h, na Galeria Fortes Vilaça
O livro de artista Atletas 1988-2014, de autoria de Jac Leirner para a série Ponto e vírgula, da Ikrek Edições, é desdobramento do trabalho realizado a partir da coleção de imagens de atletas, e suas respectivas legendas reproduzidas nas páginas de jornais brasileiros e estrangeiros que Jac compila desde 1988. O conjunto desses recortes de jornais já deu origem a desenhos e colagens nos anos 1980 e 1990, assim como trabalhos em aço exibidos pela primeira vez na exposição Hardware Seda - Hardware Silk, na Yale School of Art, em 2012.
A utilização de objetos cotidianos é uma constante em seu trabalho. Esse fato é relevante para a leitura da obra que se apresenta, já que as manchetes selecionadas registram os acontecimentos esportivos que ganharam destaque diante da leitura diária dos periódicos, como também mapeiam os locais por onde passou Jac Leirner.
O livro revela uma narrativa não linear e não contextualizada, porém extremamente dramática. Isso se dá por meio de três eixos concebidos pela artista: a ausência das figuras humanas retratadas nas fotos, mas presentes nos contornos que as sugerem; a proeminência dado às legendas; e, por fim, a cor atribuída ao conteúdo: vermelho sangue.
Informações como data e nome do periódico são reservadas ao índice no final do livro, o que não interrompe a leitura e apreciação dos contornos. Uma vez que traz textos em diversas línguas, o livro não fica restrito a um público lusófono.
O processo de produção do livro é curioso: sobre as centenas de recortes de jornais, a artista fez os contornos a lápis. Foram pré-selecionados jornais e desenhos tomando-se como parâmetro a ausência da silhueta humana em perfeito estado de reconhecimento, ou seja, quanto mais amorfo o contorno, melhor. Posteriormente, foram escaneados. Os contornos foram vetorizados; as legendas foram tratadas de modo a preservar as famílias tipográficas dos jornais e o formato em que foram publicadas. Por fim, fez-se a escolha dos que estariam presentes na publicação.
Especificações técnicas
300 unidades; formato 155 mm x 230 mm (fechado); 128 páginas;
impresso em Pantone 2035u sobre papel Pólen.
Outras informações
Atletas 1988 – 2014 faz parte da série Ponto e vírgula, da Ikrek Edições.
A série é composta, em 2014, por quarto títulos: Não, de Fabio Morais; Vinte e cinco, de Rafael RG; O que une – separa, de Lenora de Barros.
O projeto teve patrocínio do Banco Itaú, via Lei Rouanet
dezembro 5, 2014
Waldemar Cordeiro no Paço Imperial, Rio de Janeiro
Mostra dedicada ao importante artista, morto aos 48 anos, chega ao Rio com mais de 250 trabalhos, entre desenhos, pinturas, fotografias e maquetes
A história de um dos maiores artistas brasileiros, pioneiro da arte por computador e principal líder do movimento concreto em São Paulo, está reunida na exposição retrospectiva Waldemar Cordeiro: Fantasia exata, de 17 de dezembro a 1 de março, no Paço Imperial. Depois de uma temporada de sucesso no Itaú Cultural em São Paulo, a mostra com 250 obras poderá ser vista pelos cariocas em oito salas do Paço, com apoio do instituto, numa área de mais de mil metros quadrados.
Com curadoria de Fernando Cocchiarale e Arlindo Machado, e idealização do Itaú Cultural, a mostra mapeia o processo criativo de um artista múltiplo, que foi também urbanista, arquiteto e paisagista. Costurada por textos escritos pelo próprio homenageado, a exposição traz um painel abrangente da produção artística de Cordeiro, entre estudos, pinturas, fotografias, objetos e desenhos inéditos.
Os trabalhos reunidos percorrem toda a trajetória de Waldemar - desde a liderança no grupo concretista Ruptura, ativo nos anos 1950, em SP, até suas últimas obras de arte feitas em computador, na década de 1970. Waldemar Cordeiro faleceu prematuramente em 1973, aos 48 anos, como um dos principais responsáveis pelas transformações radicais experimentadas pela produção artís¬tica brasileira da segunda metade do século XX.
Como lembra o curador Arlindo Machado, o artista esteve na ponta dos principais movimentos artísticos do seu tempo. “Nas décadas de 1950 e 1960, liderou o movimento concreto, do qual foi um de seus principais teorizadores. Esteve entre os artistas mais proeminentes na fase popcreto (1964/1966) e na arte cinética (1966/1969). Cordeiro também é considerado o fun¬dador das artes eletrônicas no Brasil e um dos seus pioneiros no plano internacional”, sintetiza.
Principal mentor das ideias do grupo Ruptura – formado por artistas concretos de São Paulo – e autor do Manifesto Ruptura (1952), lançado na mostra de mesmo nome, Waldemar Cordeiro chegou ao Brasil com pouco mais de 20 anos, em 1946. Trabalhou como jornalista, crítico e ilustrador para jornais. Sua produção se caracteriza pelo abstracionismo geométrico e pelo uso de materiais industriais.
Para Fernando Cocchiarale, também curador da mostra, a ruptura apresentada por Waldemar Cordeiro não se restringiu à produção artís¬tica. “Ele era urbano, cosmopolita, defensor da ruptura definitiva com a ruralidade brasileira. Ele rompeu também com a escolha dos materiais. Não gostava, por exemplo, da madeira crua, preferido materiais industrializados. Cordeiro era uma pessoa que pensava a ruptura em todos os sentidos, inclusive no sentido político. De uma sagacidade teórica admirável”, observa Cocchiarale.
Quem for à exposição no Paço Imperial, idealizada pelo Núcleo de Artes Visuais do Itaú Cultural em parceria com a família de Waldemar Cordeiro, poderá conferir um rico acervo do principal líder do movimento concreto na capital paulista.
Uma das salas será reservada à arte computacional de Cordeiro. Nela estará a elogiada obra A mulher que não é BB (Brigite Bardot), que reproduz graficamente em um antigo computador IBM 360 o rosto da pequena vietnamita atingida pela bomba de Hiroshima – cuja foto em que aparece correndo nua e desesperada rodou e chocou o mundo nos anos 1970. Foi o último trabalho deixado pelo artista.
Nas palavras da nova diretora do Paço Imperial, Claudia Saldanha, a exposição Waldemar Cordeiro: Fantasia exata é um presente para os interessados pela história da arte brasileira. “Waldemar Cordeiro foi fundamental para abrir novos caminhos para a cena dos anos 50. A mostra retrata um importante capítulo da nossa trajetória”, convida Claudia.
Waldemar Cordeiro participou, entre diversas coletivas, de dez edições da “Bienal Internacional de São Paulo” (inclusive da primeira, em 1951) e de mostras de Arte Concreta no Brasil e no exterior, como a KonkreteKunst (Zurique, 1960), “Opinião 65” e “Nova Objetividade Brasileira” (MAM/RJ, 1967). Em 1949 participou da exposiçãoDo figurativo ao abstracionismo, organizada por Léon Degand, que marca o início das atividades do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Mam-SP).Em 1952 inicia seus estudos de paisagismo, realizando ao longo de sua vida mais de uma centena de projetos para residências, edifícios, parques e praças.No final dos anos 1960, entrou em contato com a Pop Art e introduziu no Brasil a arte feita com computador. Ganhou retrospectiva póstuma no Centro Cultural São Paulo, em 1983, e no MAC-USP, em 1986.
dezembro 4, 2014
Latitude lança aplicativo gratuito e leva 22 galerias a Miami
Aplicativo bilíngue e gratuito para iPhone e Android permite que usuário trace itinerários, salve preferências e saiba de toda a agenda das galerias de arte contemporânea
O projeto de promoção internacional do mercado de arte contemporânea brasileira, o Latitude – Platform for Art Galleries Abroad, apresenta seu aplicativo para que os profissionais e amantes das artes plásticas, brasileiros e estrangeiros, possam organizar sua agenda e roteiros da maneira mais completa e focada nos seus interesses. O aplicativo pode ser baixado diretamente da App Store e Google Play.
O usuário pode conhecer as 49 galerias participantes do Latitude e salvar seus contatos e eventos diretamente na memória do seu celular. Também pode buscar a lista de artistas representados, a localização das galerias por ordem alfabética, por cidade ou proximidade e se informar sobre a programação em cartaz.
As informações podem ser compartilhadas pelo usuário por meio das redes sociais e também favoritadas no my guide. “O objetivo é criar uma ponte direta entre galerias e público, facilitando a visitação tanto por parte dos profissionais da área quanto do público doméstico”, diz Mônica Novaes Esmanhotto, gerente do projeto.
Disponível para download gratuito a partir de 02/12/2014 na App Store e Google Play.
Projeto Latitude apresenta número recorde de galerias nas feiras de Miami
De 1 a 7 de dezembro, serão 15 galerias na Art Basel Miami Beach, cinco na Pinta Miami e uma na Art Untitled
O Projeto Latitude – Platform for Brazilian Art Galleries Abroad, parceria entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para a promoção do setor brasileiro de galerias de arte contemporânea, anuncia o maior número de galerias apoiadas em quatro feiras em dezembro. As feiras acontecem entre 1 e 7 de dezembro.
Na Art Basel Miami Beach, serão 15 galerias: A Gentil Carioca, Anita Schwartz Galeria de Arte, Casa Triângulo, Central Galeria de Arte, Galeria Fortes Vilaça, Galeria Leme, Luciana Brito Galeria, Galeria Luisa Strina, Mendes Wood DM, Galeria Millan, Galeria Marilia Razuk, Galeria Nara Roesler, Galeria Raquel Arnaud, Silvia Cintra + Box 4 e Vermelho.
O apoio acontece também à Galeria Pilar, na feira Art Untitled e às galerias Blau Projects, Luciana Caravello Arte Contemporânea, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Sergio Gonçalves Galeria e Zipper Galeria, presentes à feira Pinta Miami e Athena Contemporânea na Context.
Seis das galerias participantes dessa importante semana de arte recebem seu apoio pela primeira vez, caso das participantes da feira Art Untitled e da Central Galeria, participante da Art Basel Miami Beach.
As feiras de arte são um momento importante para a realização de contatos e para a efetivação de vendas. Segundo a 3ª edição da Pesquisa Setorial Latitude, divulgada em abril desse ano, 40% do volume de vendas das galerias acontecem em feiras. “A participação cada vez maior em feiras internacionais mostra o amadurecimento das galerias e a dinamização das exportações. É mais um importante passo de um mercado cada vez mais profissionalizado”, diz Mônica Novaes Esmanhotto, gerente do projeto Latitude.
Sobre o Projeto Latitude
O Projeto de Promoção Internacional do Mercado de Arte Contemporânea Brasileiro foi criado em 2007 pela Apex-Brasil em parceria com a Fundação Bienal de São Paulo e o segmento de galerias nacionais do mercado primário com o objetivo de fomentar as exportações brasileiras deste setor.
Em 2011, a Fundação Bienal de São Paulo passou a gerência do projeto para ABACT. Hoje, o projeto Latitude representa 49 galerias de arte contemporânea em seis estados, promovendo o trabalho de mais de mil artistas.
dezembro 2, 2014
Coletiva '20' na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro
A Mercedes Viegas Arte Contemporânea inaugura, no próximo dia 15 de dezembro a exposição coletiva ‘20’ - exposição comemorativa dos 20 anos de existência da galeria.
Com curadoria de Daniela Name, a mostra reúne artistas que fizeram parte da história da galeria e da marchand, que começou seu trabalho em arte como museóloga da Galeria Banerj, ao lado do crítico Frederico Moraes.
A escolha dos trabalhos foi orientada pela importância histórica e afetiva do artista para a galeria. Caso de Ivan Serpa, primeira exposição realizada por Mercedes na Gávea; ou de Adriano de Aquino, artista do qual a artista vendeu o primeiro trabalho. A atuação de Mercedes na Galeria Banerj também é destacada pela presença de obras dos "quatro cavaleiros" da Nova Figuração - Antonio Dias, Carlos Vergara, Roberto Magalhães e Rubens Gerchman (e Cildo Meireles). Grandes nomes da arte contemporânea brasileira que já expuseram na Mercedes Viegas ou foram representados pela galeria também estão na mostra, como Tunga, Angelo Venosa, José Bechara e Daniel Senise.
Estes nomes que fizeram parte do passado da galerista e de sua casa se misturam ao ótimo elenco atual da Mercedes Viegas, que conta com artistas como Alvaro Seixas, Amalia Giacomini, Enrica Bernardelli, Jaqueline Vojta e Regina de Paula.
"O objetivo da curadoria não foi criar um conceito aleatório e gratuito para esta festa, e sim transformar a celebração no grande mote da mostra, que é feita de uma rede afetiva. Mercedes é um ótima tecelã deste tipo de rede, e isso fica evidente pela quantidade e pela qualidade dos artistas que conseguimos reunir em '20' “
Daniela Name