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outubro 9, 2021
André Komatsu e coletivo Ali:Leste abordam o conceito de democracia em performance inédita na Pinacoteca de São Paulo
Ativação acontece no sábado (9 de outubro) no Octógono do museu em meio à instalação Noite Longa
A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, apresenta a performance inédita Corpo Manifesto, coordenada pelo artista André Komatsu em colaboração com o coletivo Ali:Leste. A programação acontece no dia 9 de outubro em dois horários: 11h e 15h, com sessões de 20 minutos, no octógono da Pina, em meio à instalação Noite Longa, do próprio Komatsu, que ocupa o espaço até novembro.
A ativação pretende transformar Octógono em um ponto de encontro para vozes plurais. Ocupando diferentes pontos da instalação, confrontando as paredes e com alguns megafones, os artistas do coletivo Ali:Leste recitarão, ao mesmo tempo, a interpretação do que significa democracia para cada um deles. O resultado será uma manifestação cacofônica.
Participam do coletivo Ali:Leste, as/os artistas Eliza Schiavinato, Lueji Abayomi, Lauresia (Laura Melo),Tom Guerra, Jamie Fraser, Jefferson de Sousa, William Ferreira (Sk8) e Euller Fernandes.
A entrada na Pinacoteca aos sábados é gratuita, mesmo assim, os visitantes precisam reservar o ingresso com antecedência pelo site www.pinacoteca.org.br.
Ali:Leste (arte livre itinerante) atua como coletivo nômade de arte que estabelece trânsitos entre centros e periferias e atua no distrito de Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo. O coletivo, do qual André Komatsu faz parte, surgiu em 2018 durante as eleições presidenciais.
Noite Longa
A instalação Noite Longa poderá ser vista até 08 de novembro de 2021. As relações de poder e os conflitos sociais permeiam os trabalhos de Komatsu. Nesta obra, o artista dialoga com as ideias de controle, possibilidade e restrição. A curadoria é de Ana Maria Maia.
Sobre a obra
O piso do Octógono foi revestido por placas de ferro, onde foram fixadas 52 lanças de aço de 4 metros de altura. Cada uma das lanças está posicionada a uma distância de 150 cm, criando uma organização com contornos de ordem e hostilidade, além de caracterizar um espaço controlado em que é impossível se movimentar livremente.
Nas extremidades das lanças, objetos como livros, sacos de terra, moedas empilhadas, papel moeda, folhas de ouro e garrafas de água estarão espetados. O público, que poderá circular entre essas estruturas de maneira ordenada, conseguirá vislumbrar os elementos em seu topo, longe do alcance das mãos. Os itens simbolizam bens que embora devessem ser garantidos enquanto direitos básicos, permanecem inacessíveis para grande parte da população, sobretudo em contextos de crise e agravamento das desigualdades sociais.