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outubro 4, 2021
Mariannita Luzzati na Cassia Bomeny, Rio de Janeiro
A Cassia Bomeny Galeria inaugura a exposição “Full Moon”, de Mariannita Luzzati. A curadoria é de Paula Terra-Neale e reúne cerca de nove pinturas inéditas em óleo sobre tela. Em seu processo, a artista sempre inicia o trabalho a partir de uma fotografia. O desenho surge com a desconstrução desta imagem, quer seja tirada por ela ou tomada por empréstimo de outras fontes. Em grandes e pequenas dimensões, os trabalhos apresentam atraentes acordes de azul e intrigantes nuances de luzes e sombras.
“As obras de Mariannita nos impactam fortemente com um aspecto imaterial. Ao olharmos para essas pinturas temos várias opções, tais como, refletir sobre nossa condição humana em relação predatória com a natureza, ou sobre a condição filosófica, histórica ou institucional da pintura. Ela trabalha na definição conceitual do que é ou possa ser paisagem, sua ontologia. Ela está convidando a um verdadeiro encontro meditativo com a obra para vivenciar o silêncio essencial da pintura.”, explica a curadora.
A exposição acontece em paralelo à ArtRio – Feira de Arte do Rio, que acontece de 8 a 12 de setembro na Marina da Glória. No espaço físico da galeria, “Full Moon” poderá ser visitada por hora marcada. A Cassia Bomeny Galeria fica na Rua Garcia D’Ávila, 196 – Ipanema. Agendamento pelos telefones: (21) 3085-3000 ou (21) 97390-5995.
Sobre a artista
É pintora, gravadora, desenhista. De 1982 a 1983, frequentou o Instituto per L’Arte e il Restauro, em Florença, Itália. Depois estudou com Carlos Fajardo, Carmela Gross e Evandro Carlos Jardim. Começa a expor no fim da década de 1980, participando de importantes salões em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. Expõe em Paris, na Galeria Debret, e em Berlim, na Intergrafik 90, em 1989. Em 1991 recebe o primeiro prêmio do Salão Nacional de Artes Plásticas e em 1994 passa a residir em Londres alternando temporadas em São Paulo.
Neste período seu trabalho adquire repercussão, integrando as principais exposições e coleções de arte do Brasil e do exterior, dentre as quais: a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu Nacional do Rio de Janeiro, House der Kulturen der Welt em Berlim, Museum of London, British Museum e a 22a Bienal Internacional de São Paulo, entre outras.
Recebeu o Prêmio de Aquisição na XI Mostra de gravura da Cidade de Curitiba; o Primeiro Prêmio do Salão de Arte de Ribeirão Preto; Prêmio no Salão Nacional de Artes Plásticas; Prêmio Aquisição na Mostra de gravura do Machida City Museum de Tóquio (Japão). Em 2007, recebeu uma bolsa para o Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo. Em 2015 recebeu o Sarajevo Winter Festival Prize pelo projeto Cinemusica. E em 2016 foi indicada ao Prêmio Pipa.
Além de coleções privadas, suas obras fazem parte do acervo: do Museu de Arte Contemporânea Dragão Mar (Fortaleza); Fundação Itaú Cultural, Fundação Padre Anchieta e Pinacoteca do Estado (São Paulo); Usiminas, (Belo Horizonte); Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro); Museu de Arte de Brasília; e Fundação Cultural de Curitiba.
Na Inglaterra, seus trabalhos estão: no British Museum, University of Essex, Accenture Coudert Brothers, Halifax plc, Herbert Smith, Credit Suisse First Boston, Rexam plc, Teodore Goddard e Embaixada da Itália em Londres. E ainda: Machida City Museum of Graphic Arts (Tóquio), Pearson plc (Nova Iorque), Embaixada do Brasil em Madrid, Musei Civici e MIDA (Italia).