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outubro 4, 2021

Panmela Castro na Luisa Strina, São Paulo

A Galeria Luisa Strina tem o prazer de apresentar a primeira exposição individual da artista e ativista Panmela Castro, reunindo obras produzidas no último ano e que vão da performance à pintura, passando por suportes tradicionais e mídias pouco ortodoxas.

Autora de uma obra confessional e autobiográfica, Panmela começo u sua trajetória nas quebradas do subúrbio carioca. Nos últimos anos, seu trabalho alcaçou repercussão internacional não apenas no sistema da arte, como também meio a setores que lutam pelos direitos humanos de grupos historicamente marginalizados e periféricos - o que diz respeito a sua própria biografia.

Há dez anos fundou a rede Nami, um projeto de conscientização crítica pela arte e contra violência de gênero. Suas atividades multidisciplinares já a levaram para congressos internacionais, instituições de arte contemporânea e eventos de cultura urbana diversos pelo mundo. Um exemplo disso é o documentário “We Are One” (2020), do diretor Stéphane de Freitas, produção francesa do Netflix.

Ostentar é estar viva traz a experimentação estética de Panmela Castro e o impulso social de suas ações. A exposição se apresenta como uma grande narrativa de encontros, rituais e processos de transformação. Uma constelação que fala de relações de confiança e correntes de cuidado.

Além de muitas pinturas, entre retratos e telas abstratas, há objetos em bronze, espelho, madeira, neon, jóias, bibelôs, pixo, stories de redes sociais, print-screens, video... Uma profusão de suportes e visualidades que retratam vivências da artista com pessoas de diferentes círculos, durante o processo que originou a mostra. Portanto, esta individual não diz só sobre a autora. O discurso de soberania sobre si própria se materializa em obras de arte protagonizadas por imagens dessas outras pessoas, habitantes da exposição.

Com curadoria de Daniela Labra, Ostentar é estar viva é uma mostra auto-referente e midiática, inspirada em visualidades Gangstar, espiritualistas, queer, digital, acadêmica, da pixação e outras. Seus trabalhos e ambientes incorporam a multiplicidade complexa da cultura contemporânea, juntando à estética do agora relatos e existências que se afirmam no mundo de modo político, original e apaixonado.

Panmela Castro
Nasceu em 1981, Rio de Janeiro, Brasil.
Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

Originalmente pichadora do subúrbio do Rio, Panmela Castro interessou-se pelo diálogo que seu corpo feminino marginalizado estabelecia com a urbe, dedicando-se a construir obras a partir de experiências pessoais, em busca de uma afetividade recíproca com o outro de experiência similar. O cerne das inquietações da artista é descrito por ela como “alteridade e pertencimento: o trabalho é sempre sobre o amor, sobre a relação com o outro, é sobre a minha existência vivenciada a partir da existência do outro”. Sua obra já foi exposta em museus ao redor do mundo, como o Stedelijk Museum em Amsterdã, e faz parte de importantes coleções. Recentemente, seu trabalho passou a integrar o acervo do Institute of Contemporary Art (ICA- Miami) e a Jorge M. Pérez Collection. Sobrevivente de violência doméstica, Panmela desenvolve há quase 20 anos, projetos de arte e educação para conscientizar sobre os direitos das mulheres, especialmente por meio da Rede NAMI - associação criada por ela.

A artista foi indicada ao Prêmio Select Arte Educação, e ao Prêmio Pipa em 2020. Figurou na lista ‘The Next Generation of Activists Making a Difference’, W Magazine, em 2016; foi nomeada ‘Young Global Leader’, no World Economic Forum, Davos, Suíça, em 2013; recebeu o DVF Award, The Diller - Von Furstenberg Family Foundation, Nova Iorque, EUA; e fez parte da lista ‘150 Women That Are Shaking The World’, Newsweek Magazine, em 2012.

Exposições recentes incluem: O Canto do Bode, Comporta, Escrito no Corpo, Tanya Bonakdar, Enciclopédia Negra, na Pinacoteca do Estado de São Paulo; ‘Rua’, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, ‘Ocupação Lavra’, Centro de Artes Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, em 2020; ‘Aparelho’, Maus Hábitos, Porto,’Exposição Grau 360’, Museu da República, Rio de Janeiro, ‘Palavras Somam’, Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo, em 2019; Street Type”, Caixa Cultural DF, Brasília, em 2018; Frestas Trienal de Artes”, Sesc Sorocaba, Sorocaba, ‘Urban Nation Museum Permanent Collection’, Urban Nation Museum, Berlin, em 2017, entre outras.

Entre as coleções que possuem seu trabalho estão: Museu de Arte do Rio (MAR), Museu da República, Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), Espaço Furnas Cultural, Furnas Centrais Elétricas, no Rio de Janeiro; Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAB FAAP, Museu de Arte Brasileira Armando Álvares Penteado, em São Paulo; The United Nations Art Collection, ONU Mulheres, Museu da Câmara dos Deputados, em Brasília; Institute of Contemporary Art MIAMI (ICA), EUA; Stedelijk Museum, Amsterdan, Holanda; IDB Art Collection - Inter-American Development Bank (IDB) - Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Urban Nation Museum, Berlim, Alemanha.


Galeria Luisa Strina is pleased to present the first solo exhibition by artist and activist Panmela Castro, bringing together works produced last year ranging from performance to painting, passing through traditional supports, and unorthodox media.

Author of a confessional and autobiographical work, Panmela began her journey in the suburbs of Rio de Janeiro. In recent years, her work has achieved international repercussions not only in the art system but also among sectors that fight for human rights of historically marginalized and peripheral groups – as her own biography tells us.

Ten years ago she founded the Rede Nami, a project that through art raises critical awareness against gender violence. Her multidisciplinary activities have taken her to international congresses, contemporary art institutions and urban culture events around the world. An example of this is the documentary “We Are One” (2020), by director Stéphane de Freitas, a French production by Netflix.

To Flaunt is to be alive brings the aesthetic experimentation of Panmela Castro and the social impulse of her actions. The exhibition presents itself as a grand narrative of encounters, rituals, and transformation processes. A constellation that speaks of relationships of trust and care chains.

In addition to many paintings, including portraits and abstract canvases, there are objects in bronze, mirrors, wood, neon, jewelry, ornaments, pixo, stories from social networks, print-screens, video... A profusion of supports and visualities that incorporates the artist’s experiences with people from different circles, during the events that converged to the present exhibition. Therefore, this solo show not only speaks about its author. The discourse of sovereignty over herself is materialized in works of art featuring images of those other individuals, inhabitants of the exhibition.

Curated by Daniela Labra, To Flaunt is to be alive is a self-referential and mediatic exhibition, inspired by Gangstar, spiritualist, queer, digital, academic, grafitti, and other visual languages. Its works and environments embody the complex multiplicity of contemporary culture, joining the aesthetics of the “Now” with accounts and existences that assert themselves in the world in a political, original, and passionate way.

Panmela Castro
Born in 1981, Rio de Janeiro, Brazil.
Lives and works between Rio de Janeiro and São Paulo.

Originally a graffiti artist from the suburbs of Rio, Panmela Castro was interested in the dialogue that her marginalized female body established with the city, dedicating herself to building works based on personal experiences, in search of a reciprocal affection with others with a similar experience. The core of the artist’s concerns is described by her as “alterity and belonging: the work is always about love, about the relationship with the other, it is about my existence experienced through the existence of the other”. Her work has been exhibited in museums around the world, such as the Stedelijk Museum in Amsterdam, and is part of important collections. Recently, her work became part of the Institute of Contemporary Art (ICA-Miami) and the Jorge M. Pérez Collection. A survivor of domestic violence, Panmela has been developing art and education projects for nearly 20 years to raise awareness about women’s rights, especially through Rede NAMI - an association created by her.

The artist was nominated for the Select Arte Educação Award, and for the Pipa Award in 2020. She appeared on the list ‘The Next Generation of Activists Making a Difference’, W Magazine, in 2016; she was named ‘Young Global Leader’ at the World Economic Forum, Davos, Switzerland, in 2013; received the DVF Award, The Diller - Von Furstenberg Family Foundation, New York, USA; and made the ‘150 Women That Are Shaking The World’ list, Newsweek Magazine, in 2012.

Recent exhibitions include: O Canto do Bode, Comporta, Escrito no Corpo, Tanya Bonakdar, Enciclopédia Negra, at the São Paulo State Pinacoteca; ‘Rua’, Rio de Janeiro Art Museum (MAR), Rio de Janeiro, ‘Ocupação Lavra’, Hélio Oiticica Arts Center, Rio de Janeiro, in 2020; ‘Aparelho’, Maus Hábitos, Porto, ‘360 Degree Exhibition’, Museum of the Republic, Rio de Janeiro, ‘Palavras Somam’, FAAP Brazilian Art Museum, São Paulo, in 2019; Street Type”, Caixa Cultural DF, Brasília, in 2018; Frestas Trienal de Artes”, Sesc Sorocaba, Sorocaba, ‘Urban Nation Museum Permanent Collection’, Urban Nation Museum, Berlin, in 2017, among others.

Among the collections that have his work are: Museum of Art of Rio (MAR), Museum of the Republic, Anita Mantuano Foundation of Arts of the State of Rio de Janeiro (FUNARJ), Espaço Furnas Cultural, Furnas Centrais Elétricas, in Rio de Janeiro; São Paulo State Art Gallery, MAB FAAP, Armando Álvares Penteado Brazilian Art Museum, in São Paulo; The United Nations Art Collection, UN Women, Chamber of Deputies Museum, in Brasília; Institute of Contemporary Art MIAMI (ICA), USA; Stedelijk Museum, Amsterdam, Netherlands; IDB Art Collection - Inter-American Development Bank (IDB) - Inter-American Development Bank (IDB); Urban Nation Museum, Berlin, Germany.

Posted by Patricia Canetti at 1:00 PM