Página inicial

Blog do Canal

o weblog do canal contemporâneo
 


setembro 2021
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
      1 2 3 4
5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30    
Pesquise no blog:
Arquivos:
setembro 2021
agosto 2021
julho 2021
junho 2021
maio 2021
abril 2021
março 2021
fevereiro 2021
janeiro 2021
dezembro 2020
novembro 2020
outubro 2020
setembro 2020
agosto 2020
julho 2020
junho 2020
maio 2020
abril 2020
março 2020
fevereiro 2020
janeiro 2020
dezembro 2019
novembro 2019
outubro 2019
setembro 2019
agosto 2019
julho 2019
junho 2019
maio 2019
abril 2019
março 2019
fevereiro 2019
janeiro 2019
dezembro 2018
novembro 2018
outubro 2018
setembro 2018
agosto 2018
julho 2018
junho 2018
maio 2018
abril 2018
março 2018
fevereiro 2018
janeiro 2018
dezembro 2017
novembro 2017
outubro 2017
setembro 2017
agosto 2017
julho 2017
junho 2017
maio 2017
abril 2017
março 2017
fevereiro 2017
janeiro 2017
dezembro 2016
novembro 2016
outubro 2016
setembro 2016
agosto 2016
julho 2016
junho 2016
maio 2016
abril 2016
março 2016
fevereiro 2016
janeiro 2016
dezembro 2015
novembro 2015
outubro 2015
setembro 2015
agosto 2015
julho 2015
junho 2015
maio 2015
abril 2015
março 2015
fevereiro 2015
janeiro 2015
dezembro 2014
novembro 2014
outubro 2014
setembro 2014
agosto 2014
julho 2014
junho 2014
maio 2014
abril 2014
março 2014
fevereiro 2014
janeiro 2014
dezembro 2013
novembro 2013
outubro 2013
setembro 2013
agosto 2013
julho 2013
junho 2013
maio 2013
abril 2013
março 2013
fevereiro 2013
setembro 2012
agosto 2012
junho 2012
abril 2012
março 2012
fevereiro 2012
novembro 2011
setembro 2011
agosto 2011
junho 2011
maio 2011
março 2011
dezembro 2010
novembro 2010
outubro 2010
setembro 2010
junho 2010
fevereiro 2010
janeiro 2010
dezembro 2009
novembro 2009
maio 2009
março 2009
janeiro 2009
novembro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
maio 2008
abril 2008
fevereiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
agosto 2007
junho 2007
maio 2007
março 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005
fevereiro 2005
janeiro 2005
dezembro 2004
novembro 2004
outubro 2004
setembro 2004
agosto 2004
junho 2004
maio 2004
abril 2004
março 2004
janeiro 2004
dezembro 2003
novembro 2003
outubro 2003
agosto 2003
As últimas:
 

setembro 17, 2021

Almeida & Dale celebra Luiz Sacilotto em exposição e livro, no Brasil e na Inglaterra

Até dia 23 de outubro Sacilotto – A Vibração da Cor, com curadoria de Denise Mattar e Gabriel Pérez-Barreiro, fica na galeria em São Paulo, com 50 obras produzidas entre 1974 e 2003. Em setembro, o lançamento do livro (Cosac Naify) acontece na SP-Arte, e a mostra abre em Londres, na Cecilia Brunson Projects, com lançamento do livro em inglês na Frieze Master 2021

Luiz Sacilotto (1924-2003) foi um dos signatários do Manifesto Ruptura em 1952, sendo uma das figuras centrais do Concretismo histórico no Brasil. Sempre se manteve fiel aos princípios ordenadores do movimento, e foi considerado por Waldemar Cordeiro como a “viga mestra da arte concreta”, e por Frederico Morais como “o mais concreto dos concretos”. Uma precisão, que, segundo Gabriel Pérez-Barreiro se reveste de outros significados: “Vemos que o artista era obcecado pela perfeição e pela exatidão, e ainda assim podemos presumir que seu intuito não era a precisão técnica como um fim em si, mas antes como ferramenta para estimular uma experiência no subconsciente do observador: uma forma racional de provocar uma resposta irracional.”

No início da década de 1960, Sacilotto interrompeu seu trabalho, desencantado com os caminhos do Concretismo e com o excesso de controle político no país. Retomou a atividade artística em 1974, realizando em 1980 uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo, com um trabalho maduro e original sobre o qual disse Décio Pignatari: “o tempo o transformou nele mesmo”.

A mostra Sacilotto – A Vibração da Cor enfoca essa produção do artista, apresentando trabalhos da década de 1970, quando o movimento se tornou o eixo central da sua busca, passando pela vibração da cor em obras das décadas de 1980 e 1990, até a exposição de um impactante conjunto de trabalhos realizados com elementos recortados, produzido na década de 2000, já perto do falecimento de Sacilotto, que ocorreu em 2003.

Na década de 1970, a partir de rotações de signos geométricos serializados, colocados em ordem progressiva ou regressiva, o artista constrói um trabalho pleno de relações, que exploram a ambiguidade espacial e resultam em estruturas de caráter óptico-cinético. Para enfatizar a forma, Sacilotto trabalha apenas com cores básicas – preto, vermelho ou azul, sobre o branco. O processo, decorrente da pesquisa iniciada com guache, se estende para outras técnicas e mantêm as características monocromáticas.

Nos anos 1980, Sacilotto começa a incorporar a cor à sua obra, e faz um verdadeiro mergulho na pesquisa cromática, retornando, de certa forma, à paleta de seu trabalho expressionista da década de 1940. Começa, então, a comprar novos pigmentos e a catalogar os que acumulara ao longo da vida, cria suas próprias tintas e elabora escalas cromáticas para estudar a constituição das cores e as relações entre elas. A minuciosa pesquisa permite que o artista adquira total controle sobre o material e possa obter e repetir exatamente a cor desejada. Ainda testando possibilidades, ele passa a produzir telas pequenas, de 20 × 20 cm, que depois transforma em grandes formatos, com absoluta exatidão, fazendo também o inverso, pequenas obras a partir das grandes.

Para Denise Mattar: “O pleno domínio da forma, aliado ao virtuosismo cromático, permite a Sacilotto realizar de meados de 1980 até 1993 uma produção inteiramente particular. O artista contrapõe cores quentes e frias, e assim aumenta sua intensidade luminosa. Cria profundidades com a alternância cromática de figura e fundo, constrói assimetrias a partir de linhas simétricas alinhadas, ousa trabalhar com semitons e transparências produzindo uma obra que, nas palavras de Enock Sacramento, é ao mesmo tempo “lúcida e lúdica”.

Todas essas facetas estão apresentadas na exposição, incluindo alguns de seus pigmentos e escalas cromáticas, tal como os dispunha, impecavelmente, em seu ateliê. A Almeida & Dale representa o espólio do artista desde 2020 e esta será a primeira grande exposição com obras selecionadas.

LIVRO

Paralelamente à exposição, a Almeida & Dale prepara para lançamento em outubro, durante a realização da SP-Arte, uma publicação reunindo cerca de 250 obras do artista, que integram acervos de instituições internacionais, como MoMA, Coleção Patricia Phelps de Cisneros, The Museum of Fine Arts – Houston, de instituições nacionais, como MAM-SP, MAC- USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAM-RJ, Fundação Edson Queiroz, IAC, além de coleções particulares como Hecilda e Sergio Fadel, Gilberto Chateaubriand, e Airton Queiroz. Serão incluídos desenhos, pinturas, esculturas e obras públicas, fazendo o percurso desde o início da carreira do artista até seu falecimento, e a edição é da Cosac Naify.

O livro reúne textos do poeta Augusto de Campos, de Gabriel Pérez-Barreiro, curador da 33ª edição da Bienal Internacional de São Paulo, de Pia Gottschaller, do The Courtauld Institute of Art, Londres e da curadora brasileira, Denise Mattar. Para ampliar a abrangência da publicação os autores tratam de diferentes aspectos da obra do artista: Augusto de Campos conta sua relação com Sacilotto. Denise Mattar traça seu percurso artístico, Pia Gottschaller faz uma análise do processo técnico de Sacilotto e Perez-Barreiro propõe uma leitura do concretismo brasileiro a partir de conceitos de percepção e psicologia visual.

Posted by Patricia Canetti at 12:06 PM