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setembro 14, 2021

Antonio Dias no IAC, São Paulo

A exposição Antonio Dias / Arquivo / O lugar do trabalho, aberta no dia 1º de setembro no Instituto de Arte Contemporânea – IAC, integra a rede de parcerias da 34ª Bienal Internacional de São Paulo, acompanha fragmentos e rastros materiais das estratégias, ao mesmo tempo políticas e estéticas, delineadas pelo artista brasileiro Antonio Dias durante a década de 1970. Com curadoria de Gustavo Motta, traz ao público notas, projetos, obras, cadernos, publicações, esboços e recortes – oriundos majoritariamente do arquivo de trabalho de Antonio Dias, recém-confiados ao IAC.

Esses materiais jogam nova luz sobre os procedimentos de reengenharia subversiva da arte efetuados pelo artista – que configuraram intervenções decisivas no debate coletivo da vanguarda artística brasileira do pós-1964, e cujas reverberações críticas aparecem intensificadas no presente. O artista também participa da 34ª Bienal de São Paulo, que poderá ser visitada gratuitamente no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, de 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021.

Sobre Antonio Dias

Nascido em Campina Grande, Paraíba, em 1944, viveu e trabalhou entre Milão, Itália, e Rio de Janeiro, Brasil, onde faleceu em 2018. Um dos nomes mais importantes da arte contemporânea brasileira contemporânea, iniciou sua carreira na década de 1960. Artista multimídia e professor, suas obras foram apresentadas em mais de uma centena de exposições individuais e coletivas nas mais destacadas instituições do mundo e fazem parte de importantes coleções públicas e privadas: MoMA NY; Daros Latinamerica Collection; Museum Ludwig; MALBA; MAM-SP, Instituto Itaú Cultural, entre inúmeras outras.

Sobre o Curador

Gustavo Motta é crítico e historiador da arte, Mestre e Doutor em Artes Visuais pela USP, com pesquisas sobre arte brasileira (da década de 1960 à atualidade). Editor da revista dazibao – crítica de arte, foi professor de história da arte na UDESC (Florianópolis-SC) e de cursos de Arte Conceitual no SESC-Pompeia.

Sobre o IAC – Instituto de arte Contemporânea

Única instituição no país voltada exclusivamente à preservação de arquivos pessoais de artistas visuais brasileiros, o IAC – Instituto de Arte Contemporânea surgiu em 1997 para a preservação inicial de dois acervos confiados a Raquel Arnaud: Willys de Castro e Sergio Camargo. São 23 anos de credibilidade, incluindo dois Prêmios APCA, em 2006, como melhor iniciativa cultural do ano e em 2021, como melhor atividade cultural na área das artes visuais em 2020. Com sede própria desde 2020, o IAC operou até então por meio de parcerias institucionais com a Universidade de São Paulo (2006-2011) e com o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2011-2019).

Se de um lado, com seu potente Núcleo de Documentação e Pesquisa, atende a estudiosos, de outro, o IAC oferece ao público exposições que revelam o processo de trabalho de grandes nomes da arte brasileira, além de cursos, palestras e workshops. Pela interface on-line ainda, pesquisadores de qualquer parte do mundo podem ter acesso ao acervo por meio de seu banco de dados.

Atualmente o acervo conta com mais de 70 mil documentos, dos artistas: Amilcar de Castro, Antonio Dias, Hermelindo Fiaminghi, Iole de Freitas, Ivan Serpa, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Sergio Camargo, Sérvulo Esmeraldo e Willys de Castro e do arquiteto Jorge Wilheim. Até o final de 2022, o IAC se prepara para receber os acervos de Carmela Gross e Rubem Ludolf.

Sobre a 34ª Bienal

Com curadoria geral de Jacopo Crivelli Visconti, a 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto, iniciada em fevereiro de 2020, vem se desdobrando no espaço e no tempo com programação tanto física quanto on-line, e culminará na mostra coletiva que vai ocupar todo o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera, a partir de setembro de 2021, simultaneamente à realização de dezenas de exposições individuais em instituições parceiras na cidade de São Paulo. De 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021. Entrada gratuita.

Posted by Patricia Canetti at 6:41 PM