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julho 12, 2021
Guga Szabzon na Superfície, São Paulo
Com curadoria e texto de Diego Matos, a Galeria Superfície inaugura a exposição individual de Guga Szabzon dia e noite, ainda é longe?, com trabalhos inéditos produzidos entre 2020 e 2021.
Dando continuidade a sua pesquisa sobre lugares imaginados e perguntas sem resposta, Guga apresenta uma série de obras em tecido e feltro, cujos desenhos bordados estabelecem uma relação entre dia e noite, onde a racionalidade diurna e o mistério evocado pela noite convivem e se complementam.
O aumento de escala dos trabalhos e os diversos conjuntos também refletem essa relação com o tempo e escancaram não só uma nova dinâmica entre a artista e o tempo de sua produção, mas também sua própria percepção temporal: incerta, marcada mais pelo contraste do dia e da noite, do que pela passagem das horas.
Sob a luz da razão e a penumbra do sonho, a produção de Guga se manifesta como vazão, uma tentativa de controlar o incontrolável. Na máquina de costura, seu gesto é intuitivo e percorre um caminho sem mapa onde o rumo não é traçado, como uma travessia em que não se sabe o destino.
Guga Szabzon (São Paulo, 1987). É artista e educadora, formada em artes plásticas pela FAAP e em licenciatura pela FPA. Trabalhou na Fundação Leonilson em 2007. Trabalhou na área de formação de professores da rede pública e na coordenação dos ateliês da 29° e da 30° Bienal de São Paulo. Foi educadora do instituto Acaia de 2014 a 2017. Como artista, realizou diversas exposições individuais na Casa Samambaia, Galeria Transversal, Galeria Superfície e no Sesc Ipiranga. Participou de exposições coletivas no Centro Cultural São Paulo – CCSP, na Galeria Mendes Wood, no Espaço Cultural Santander e no SESC Pompéia. Participou de residências artísticas em Lisboa, Berlim e São Paulo. Trabalhou como assistente dos artistas João Loureiro, Ana Luiza Dias Batista e Runo Lagomarcino. Participou da 33° Bienal de São Paulo como artista em fluxo. Atualmente seu trabalho é representado pela Galeria Superfície.