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junho 11, 2021

Terra e Temperatura na Almeida e Dale, São Paulo

Almeida e Dale abre, dia 12 de junho, a exposição Terra e Temperatura, com curadoria de Germano Dushá

Exposição reúne cerca de 90 obras de 30 artistas de diferentes épocas, regiões e práticas, como Mestre Guarany, Madalena dos Santos Reinbolt e Mira Schendel para abordar aspectos do imaginário social brasileiro por múltiplos vieses

A partir de um conjunto diverso de pinturas, desenhos, esculturas e objetos, a exposição “Terra e Temperatura” propõe um ambiente imersivo para colocar em diálogo questões universais manifestas em suas formas mais locais e singulares. Numa jornada não linear, livre de caminhos definidos, o projeto propõe encontros intensos entre artistas como Mestre Guarany (1884-1985), Tarsila do Amaral (1886-1973), Madalena dos Santos Reinbolt (1919-1977), Mira Schendel (1919-1988), Agnaldo Manoel do Santos (1926-1962), Solange Pessoa (1961-) e Castiel Vitorino Brasileiro (1996-).

No lugar de um método de aproximação definido ou recorte temático fechado, a mostra se orienta pela busca de um mesmo vigor que faz sentir a liberdade de conformação e transmutação da matéria.

Sempre sob um calor específico, as energias, atmosferas, paisagens e corpos que emergem das obras são aberturas para as pulsões vitais e suas inúmeras possibilidades de mundo. Cada gesto carrega consigo testemunhos genuínos do cotidiano, dos conflitos e das celebrações nucleares de um país que só pode ser entendido por meio das expressões de uma infinidade de existências, e da força de suas imaginações.

No cruzamento do discurso literal e figurativo com as sensações, deduções e abstrações, a exposição reitera repetidamente o convite para a experiência de fenômenos esotéricos, intangíveis, subjetivos em toda sua potência material e estética. “É o estado de espírito de um país, obviamente cheio de conflitos e contradições, mas também marcado pela inventividade da linguagem, pelos dribles diários, e pelos festejos e celebrações. É sobre como essas coisas inapreensíveis e indizíveis elaboram um povo vivendo num mesmo lugar; sobre suas ideias e formas sempre em movimento, em transformação”, diz Dushá.

Posted by Patricia Canetti at 2:34 PM