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junho 5, 2021
Marcos Roberto na Movimento, Rio de Janeiro
Nascido no interior de São Paulo, Marcos Roberto, se muda aos 23 anos para capital com o intuito de cursar Artes Visuais na Faculdade Paulista de Artes. Por questões socioeconômicas, precisou voltar ao interior e trabalhar como operário em uma fábrica de placas de trânsito – o que se tornará um dos seus principais suportes para pintura.
Aos 32 anos, Marcos Roberto, trabalha e vive como artista visual. Desde que deixou o trabalho na fábrica, dedica-se exclusivamente a sua produção na arte contemporânea, apropriando-se dos materiais que usava enquanto operário, como parafusos e placas de sinalização descartadas. Com uma produção plural, Marcos utiliza estas placas e retrata cenas de um cotidiano miserável do país, no intuito de chamar a atenção das pessoas para a desigualdade social, da qual também fez parte em algum momento. Retrata operários em parafusos, como pequenos agentes que fazem rodar a engrenagem de um sistema; ou até pensa no prato e na relação do seu vazio e a fome.
Tendo sua produção notada por curadores e críticos, foi convidado pelo curador Hélio Menezes para a coletiva Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros, exposição que acontecerá no Instituto Moreira Salles de São Paulo, com previsão de abertura ainda em 2021.
A exposição individual na Galeria Movimento, com abertura dia 8 de junho, é de curadoria de Fernanda Lopes - leia o texto curatorial.