|
junho 1, 2021
Zip'Up: Paloma Mecozzi na Zipper Galeria
Na primeira exposição do programa Zip’Up em 2021, a Zipper Galeria recebe a mostra nebulosa abóbada celeste, concha azul fincada no céu, primeira individual da artista paulistana Paloma Mecozzi. Com pinturas e objetos em cerâmica, a exposição pode ser visitada a partir deste sábado, dia 15 de maio de 2021.
“Paloma apresenta pinturas que remetem a registros de florestas, montanhas, rios e céus, que trazem uma leitura filosófica sobre a construção de uma paisagem, não somente externa, mas interna”, escreve Carollina Lauriano, que assina a curadoria da exposição.
O trabalho da artista levanta questões em torno da imagem e suas simbologias e foi, a partir desta investigação, que Paloma foi montando a expografia e pensando as relações entre as diferentes pinturas e objetos apresentados. “Assim como o título desta exposição, as obras estão livres para interpretações conforme nosso próprio repertório” comenta Lauriano.
A mostra “nebulosa abóbada celeste, concha azul fincada no céu” fica em cartaz até 12 de junho de 2021.
Idealizado em 2011, um ano após a criação da Zipper Galeria, o programa Zip’Up é um projeto experimental voltado para receber novos artistas, nomes emergentes não representados por galerias paulistanas. O objetivo é manter a abertura a variadas investigações e abordagens, além de possibilitar a troca de experiência entre artistas, curadores independentes e o público, dando visibilidade a talentos em iminência ou amadurecimento. Em um processo permanente, a Zipper recebe, seleciona, orienta e sedia projetos expositivos, que, ao longo dos últimos anos, somam mais de cinquenta exposições e cerca de 70 artistas e 30 curadores que ocuparam a sala superior da galeria.
Sobre a artista
Paloma Mecozzi (1989, São Paulo. Vive e trabalha em Piracaia, SP) é formada em Arquitetura e Urbanismo e trabalha com direção de arte para cinema. Em sua pesquisa, a artista levanta questões em torno da imagem e suas simbologias. Embora tenha a tela como suporte predominante em seu trabalho, Paloma também se utiliza de objetos tridimensionais e da palavra como ferramenta para pensar a construção de novas imagens. Participou de algumas residências artísticas, dentre elas: Pivô (2019 - SP), Astra (2018 - Spoleto, Itália), Residência Fazenda São João (2012 e 2014 - RJ), Casa das Caldeiras (2012 - SP). Foi premiada pela editora Lote 42 por VERMELHO (Vibrant Editora, 2015) como melhor livro de artista. Expôs em coletivas no Ateliê 397, Oficina Cultural Oswald de Andrade e Pivô. Foi selecionada para o 12º Salão dos Artistas Sem Galeria. Nebulosa abóbada celeste, concha azul fincada no céu é sua primeira mostra individual.
Sobre a curadora
Carollina Lauriano (1983, São Paulo. Vive e trabalha em São Paulo) é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo. Tem extensão em Pesquisa e Análise de Tendências (em arte, design e moda) pela Central Saint Martins/University of the Arts London (UAL) e atua como curadora independente desde 2017. De 2018 a 2020 integrou o time de curadoria e gestão do Ateliê397, um dos principais espaços independentes de arte de São Paulo. Em suas pesquisas, interessa discutir a inserção, desafios e conquistas de jovens mulheres artistas no mercado da arte. Dentre os principais projetos realizados estão as exposições "Corpo além do corpo", que discute a transexualidade feminina e a busca pelo protagonismo de novos corpos na sociedade, "Céus Cruzados", individual da artista Sol Casal e "A noite não adormecerá jamais nos olhos nossos", que reuniu artistas racializadas na Galeria Baró para apresentar e discutir a produção de corpos dissidentes dentro do mercado de arte. Curadora adjunta da 13ª. edição da Bienal do Mercosul, mostra que acontece em Porto Alegre em 2022.