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abril 6, 2021

Jaider Esbell na Millan, São Paulo

A data de encerramento da exposição Apresentação : Ruku, individual do artista e curador indígena da etnia Makuxi Jaider Esbell, foi prorrogada para 10 de abril de 2021. Visando atender às medidas sanitárias da Fase Roxa para conter a pandemia, a exposição está fechada temporariamente e só será reaberta mediante novas medidas do Governo do Estado de São Paulo. Enquanto aguardamos novas orientações em casa, te convidamos a assistir a esse vídeo especial que preparamos com muito carinho sobre a exposição.

Neste vídeo, Esbell discute sua prática artística, a linhagem cosmológica do povo Makuxi, o significado de ser indígena e artista no Brasil contemporâneo e a importância da presença do jenipapo na concepção da mostra e na cultura indígena.


The closing date of Apresentação : Ruku, first solo show by Makuxi indigenous artist and curator Jaider Esbell, has been extended to April 10, 2021. In order to meet the Purple Phase's sanitary measures to contain the pandemic, the exhibition is temporarily closed and will be reopened only according the new measures of the State of São Paulo Government. While waiting for new directions at home, we invite you to watch this special video that we prepared with great joy about the exhibition.

In this video, Esbell discusses his artistic practice, the cosmological lineage of the Makuxi people, the meaning of being indigenous and an artist in contemporary Brazil and the importance of the presence of genipapo in the conecption of the exhibition and in indigenous culture.

SOBRE A MOSTRA

A Galeria Millan tem o prazer de anunciar a exposição Apresentação : Ruku, individual do artista e curador indígena da etnia Makuxi Jaider Esbell. Com curadoria do próprio artista e assistência curatorial da antropóloga Paula Berbert, a mostra reúne cerca de 60 obras, incluindo pinturas, objetos e desenhos, que destacam a diversa produção do artista.

Partindo da noção de artivismo — neologismo conceitual que abrange tanto o campo da arte quanto das ciências sociais —, Esbell combina pintura, escrita, desenho, instalação e performance para entrelaçar discussões interseccionais entre cosmologias, narrativas míticas originárias, espiritualidade, críticas à cultura hegemônica e preocupações socioambientais.

Suas pesquisas mais recentes vem se aprofundando também no txaísmo – modo de tecer relações de afinidades afetivas nos circuitos interculturais das artes contemporâneas pautadas pelo protagonismo indígena.

Desde 2013, quando organizou o I Encontro de Todos os Povos, Esbell assumiu um papel central no movimento de consolidação da Arte Indígena Contemporânea no contexto brasileiro, atuando de forma múltipla e interdisciplinar e combinando o papel de artista, curador, escritor, educador, ativista, promotor e catalisador cultural.

Para a exposição no Anexo Millan, o artista exibe um conjunto, produzido entre 2019 e 2021, que se debruça sobre as visões do artista em torno da árvore-pajé, Jenipapo ou Ruku, um “fruto-tecnologia e uma de minhas avós” nas palavras de Esbell, do qual se produz a tinta natural aplicada por inúmeros povos indígenas em pinturas corporais e utilizada em cerimônias rituais.


Galeria Millan is pleased to announce the exhibition Presentation : Ruku, the first solo show by Makuxi indigenous artist and curator Jaider Esbell. Curated by the artist himself, with the assistance of anthropologist Paula Berbert, the show brings together around 60 works, including paintings, objects and drawings, which highlight the artist's diverse production.

Starting from the notion of artivism—a conceptual neologism that covers both the field of art and the social sciences––Esbell combines paintings, writings, drawings, installations and performances to weave intersectional discussions between cosmologies, original mythic narratives, spirituality, critiques of hegemonic culture and socio-environmental concerns, sometimes presenting them as lyrical discourses and sometimes as strictly political stances. His more recent research has also delved into txaísmo––a way to weave relationships of affective affinity in the intercultural contemporary art circuit led by indigenous protagonism.

Since 2013, when he organized I Encontro de Todos os Povos (1st Meeting of All Peoples), Esbell played a central role in the movement for the consolidation of Contemporary Indigenous Art in the Brazilian context, acting in a multiple and interdisciplinary way and uniting the role of the artist, curator, writer, educator, activist, and cultural promoter and catalyst.

For the exhibition at Anexo Millan, the artist showcases a set of works, produced between 2019 and 2021, that focuses on his visions around the chief-tree known as Jenipapo or Ruku, a “fruit-technology and one of my grandmothers,” in Esbell's words, from which is produced natural paint used by countless indigenous peoples for body painting and ritual ceremonies.

Posted by Patricia Canetti at 1:58 PM