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abril 1, 2021

Fayga Ostrower no MAM, Rio de Janeiro

Fayga Ostrower: formações do avesso - Mostra aborda o pensamento da artista sobre arte e sua prática em educação desenvolvida entre 1953 e 1969, no Bloco Escola do MAM Rio

Em celebração ao centenário de nascimento da artista, educadora e crítica de arte Fayga Ostrower (1920-2001), uma das pioneiras da gravura abstrata no Brasil, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) abrirá a mostra panorâmica Fayga Ostrower: formações do avesso, no dia 20 de março. Com cerca de 60 trabalhos - entre gravuras, aquarelas, desenhos, tecidos e joias - a exposição explora a pluralidade da produção da artista e aborda sua prática em educação, desenvolvida no período em que lecionou no Bloco Escola do museu carioca. A curadoria é um projeto conjunto da equipe curatorial do museu, com Beatriz Lemos, Keyna Eleison e Pablo Lafuente, e a gerência de Educação e Participação, com Gilson Plano, Daniel Bruno e Shion Lucas.

Recentemente, o Instituto Fayga Ostrower doou ao MAM Rio cerca de 70 obras, entre gravuras, aquarelas e desenhos. A mostra parte destes trabalhos somados à peças selecionadas do acervo do museu e da Coleção Gilberto Chateaubriand, em comodato de longa duração. Joias e tecidos pertencentes ao acervo do Instituto também integram a individual e revelam um vocabulário artístico muito particular. O conjunto compõe um importante panorama da produção realizada em diferentes períodos da trajetória de Ostrower, e possibilita um estudo apurado sobre o abstracionismo informal na arte brasileira e o uso das cores na técnica da gravura.

De acordo com a curadora Beatriz Lemos, a exposição traz ao público a importância da atuação de Fayga como teórica e educadora: “É um convite ao mergulho na produção artística e intelectual dela. Entendemos que seu papel como educadora é tão fundamental para o MAM quanto sua trajetória artística. Celebramos seu centenário e a recente doação de obras com uma conversa entre curadoria e educação a partir da expansão de cores de seus trabalhos pelo espaço“.

O pensamento educacional de Fayga – que conduziu o curso de Composição e Análise Crítica no MAM Rio, entre 1953 e 1969 – ganha protagonismo na mostra. Trechos de seus textos, livros e arquivo documental são apresentados no espaço expositivo, criando um solo semântico. Dessa forma, a curadoria estabelece correlações entre a prática em educação e a criação artística na trajetória desta importante personagem para a história do MAM Rio, do Bloco Escola e da cena de arte brasileira.

Sem dúvida, é difícil ser professor de arte, pois nós, artistas, bem sabemos que arte nem se ensina; a única coisa que é possível fazer, dificílima, é ajudar os outros a formularem perguntas, suas próprias perguntas. Ao formularem as perguntas, estarão encaminhando-se para as possíveis respostas. (Fayga Ostrower, A arte como processo na educação, coord. Maria de Lourdes Mäder Pereira. FUNARTE, 1981)

“Em muitos momentos encontramos nos escritos da educadora passagens em que ela partilha generosamente suas pedagogias da criação, enfatizando como aprendemos e criamos por meio das relações com o mundo. É sempre bom relembrar o quanto o compromisso educacional é importante para o MAM. Fayga faz parte de uma geração que vivenciou o museu também como escola”, avalia Gilson Plano, coordenador de mediação do MAM Rio.

Ocorreu-me então: e se nas minhas aulas eu não partisse de conceitos? Se substituísse a definição verbal por uma experiência direta, por uma atuação do grupo? O caminho para se chegar aos vários resultados poderia servir para ilustrar os conceitos. Não haveria necessidade de se abstrair ou verbalizar o sentido do fazer. O fator mais importante e convincente seria mesmo a possibilidade de se vivenciar o fazer.
(Fayga Ostrower, Universos da arte. Editora Campus, 1983)

Em cartaz até 6 de junho deste ano, a mostra ocupa o terceiro piso do museu, que revela a arquitetura externa do edifício modernista de frente para a Baía de Guanabara.

Sobre Fayga Ostrower

Nascida em 1920 em Lodz, na Polônia, Fayga Ostrower emigrou para o Brasil em 1934. Estudou artes gráficas na FGV, foi bolsista da Fullbright em Nova York e lecionou na Slade School da Universidade de Londres, entre outras instituições. Recebeu numerosos prêmios, inclusive das Bienais de São Paulo e de Veneza. Em 1953, expôs pela primeira vez obras abstracionistas no MEC, Rio de Janeiro. Podemos localizá-la entre os pensadores mais importantes do abstracionismo informal brasileiro e uma crítica militante das vertentes construtivistas, então hegemônicas no país. As idéias estéticas expressas em sua obra foram difundidas também por meio dos livros que publicou e dos cursos de Composição e Análise Crítica por ela ministrados no MAM-RJ entre 1956 e 1967. A artista experimentou quase todas as mídias gráficas, incluindo a estamparia.

Sobre o MAM Rio

O MAM Rio é uma instituição cultural constituída como uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos, apoiada por pessoas físicas e por empresas, que tem atualmente, como parceiro estratégico, o Instituto Cultural Vale e como patrocinador master o Grupo PetraGold, a Petrobras e a Ternium.

Desde janeiro de 2020, a nova gestão do MAM Rio, deu início a um processo de profunda transformação institucional envolvendo novas ideias, novos fluxos de trabalho e novas atitudes. As ações do processo de transformação buscam coerência com o projeto original do museu, pautado pelo tripé arte-educação-cultura. Um movimento de potencialização das ações já realizadas no museu, em consonância com seu histórico, e de acolhimento de todos que desfrutaram da efervescência dos diversos espaços do MAM Rio, incluindo públicos que nunca visitaram a instituição.

Posted by Patricia Canetti at 11:26 AM