|
dezembro 17, 2020
Ascânio MMM na Galeria 111, Portugal
Ascânio MMM [Maria Martins Monteiro] está em cartaz na Galeria 111, em Lisboa, até 9 de janeiro de 2021, com a individual intitulada Quacors e Prismas: três esculturas de chão [Prismas] e oito relevos de parede [Quacors], todos em alumínio, da produção mais recente do artista.
As esculturas de Ascânio invocam espaços arquitetônicos, que instigam o espectador a um encontro com a obra, como as peças de dimensões maiores desta mostra. Já nos relevos de parede, os Quacors, o alumínio inerte se transforma em malhas leves e parcialmente diáfanas, com áreas de cores sólidas.
Há 20 anos, o artista começou a trabalhar com o alumínio como alternativa de material mais resistente para seus trabalhos de grandes dimensões destinados a espaços externos. Desde então, experimenta cortes, cores e fixações variadas, excedendo o uso convencional do material, mantendo, porém, os princípios da matemática e a inspiração do neoconcretismo, que norteiam sua produção.
As Piramidais de madeira dados anos 1990 deram lugar a uma geração de piramidais em alumínio. Nesse momento, Ascânio se surpreendeu com as novas possibilidades do material, mais sólido ou mais vazados, de acordo com o ponto de observação do espectador. Nas décadas seguintes explorou a flexibilidade e a transparência do alumínio.
Assim, MMM reforçou o aspecto da escultura que mais lhe interessa: o convite para que o observador se movimente, se aproxime, se questione e procure seu melhor lugar.
O catálogo de Quacors e Prismas, a ser lançado em janeiro, tem texto da crítica de arte Cristiana Tejo.
Ascânio MMM tem obra em coleções públicas dos principais museus brasileiros e em coleções particulares como as do arquiteto inglês Norman Foster, do fundador da MacLaren, Ron Dennis, de Gilberto Chateaubriand, Sergio Fadel e Manuel de Brito [Lisboa].
Sobre o artista
Ascânio MMM nasceu em Fão, Portugal, em 1941. Mora e trabalha no Rio de Janeiro desde 1959. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes da Universidade do Brasil entre 1963 e 1964 e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, de 1965 a 1969, onde se graduou. Trabalhou como arquiteto até 1977, quando passou a se dedicar exclusivamente à escultura.
Em 1966, participou do I Salão de Abril no MAM Rio com escultura. Participou também de vários salões no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e de exposições em Portugal e Londres e, ainda, das Bienais Internacionais de São Paulo de 1969 e 1979.
Sua primeira individual foi em 1969, no Rio de Janeiro. Depois no MAM Rio (1996); no Palácio das Artes (1994), em Belo Horizonte; na Galeria 111 (1989 e 1995) em Lisboa; Galeria Zen (1990) no Porto, além de outras exposições em diversas galerias no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Em 1972 ganhou o Grande Prêmio para Escultura no IV Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM São Paulo e, em 1979, o Prêmio Viagem ao Exterior no I Salão Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura, além de vários prêmios aquisição.
Ascânio tem esculturas de grandes dimensões em espaços públicos, entre eles: Edifício Matarazzo, Sede da Prefeitura Municipal de São Paulo, Jardim da Luz, Pinacoteca do Estado de São Paulo; Edifício Daniel Maclise, no Cosme Velho, RJ; Centro Empresarial Rio, Praia de Botafogo; Hotel Royalty em Copacabana; Hotel Royalty na Barra da Tijuca; GlaxoSmithKline, Jacarepaguá; Edifício Nissin em Tóquio, Japão; Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa; Largo do Cortinhal, na Vila de Fão em Portugal; Jardim da sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na Avenida Presidente Vargas.